— Por favor, me perdoe, Srta. Alana! Eu realmente errei, prometo que nunca mais vou fazer isso!— Nunca mais? — Alana estreitou os olhos, sua expressão carregando um toque de ironia e frieza.Ela ouviu as súplicas de Iva sem qualquer comoção. Alana não era do tipo que tinha pena de pessoas como ela. Não era uma santa nem alguém que perdoava com facilidade. Se não estivesse preparada para o que aconteceu hoje, provavelmente teria sido derrotada. E se, no lugar dela, fosse um estagiário recém-contratado? A carreira de alguém assim teria sido destruída antes mesmo de começar.Ao pensar nisso, os olhos de Alana brilharam com um frio cortante.Iva, percebendo o olhar, sacudiu a cabeça rapidamente, tentando se justificar:— Não, não, Srta. Alana! Foi só desta vez, eu juro! Nunca mais vou fazer algo assim!Ela chorava copiosamente, com lágrimas e ranho escorrendo pelo rosto. Mas ninguém no ambiente parecia sequer cogitar interceder por ela. Ficava evidente que, no dia a dia, Iva não era uma p
Iva foi jogada para fora da empresa, bem na porta de entrada. Um grupo de seguranças a empurrou sem qualquer cerimônia.Na recepção, os funcionários espiavam discretamente, curiosos para entender o que estava acontecendo. Afinal, era a primeira vez que viam uma cena tão humilhante.Logo em seguida, os seguranças lançaram os pertences de Iva sobre ela.— Pode ir embora. E é melhor não aparecer mais por aqui. — Disse um dos seguranças, sacudindo as mãos como quem se livra de algo sujo.Ele virou as costas com uma expressão de desprezo e foi embora, visivelmente satisfeito. Aquelas eram ordens diretas do gerente, e ele estava apenas cumprindo.Para os seguranças, Iva era, sem dúvida, a pessoa que teve a saída mais vergonhosa que já haviam presenciado em anos de trabalho.Iva ergueu o olhar e viu as recepcionistas observando a cena. Elas tinham um misto de curiosidade e sarcasmo nos olhos, o que fez Iva morder os lábios com força. Ela apertou os punhos, e em seu coração, prometeu que jamai
Por coincidência, Diego já vinha pressionando Bruno para encontrar uma forma de derrubar Alana. Ele estava apenas esperando uma oportunidade, e agora parecia que ela tinha surgido.Bruno, depois de acalmar a ainda soluçante Iva, afastou-se e foi até um canto para ligar para Diego.Iva, observando os movimentos de Bruno, teve um brilho sombrio no olhar. Ela sempre soube que Bruno não era tão ousado sozinho. Por trás dele, não estava apenas Srta. Liz, mas também o poderoso Sr. Diego. Se Diego entrasse em ação, Alana certamente não teria como escapar dessa vez.Na outra ponta da linha, Diego viu o nome de Bruno aparecer na tela do celular e sentiu um misto de tédio e irritação.Ao ver a ligação, ele lembrou-se de sua frustração recente: ainda não havia encontrado a filha do meio da família Alves. Desde aquele breve encontro na recepção da empresa, ela parecia ter desaparecido. E agora, com Bruno ligando, seu humor só piorou.Diego atendeu o telefone com uma voz carregada de desdém:— Inút
Alana analisou o ambiente ao seu redor e logo compreendeu: ela havia sido sequestrada.Passou rapidamente pela mente quem poderia estar por trás disso. Não eram muitas pessoas, podia contar nos dedos de uma mão.Quando Bruno apareceu diante dela, os olhos de Alana brilharam com uma expressão de "eu já sabia". Ela o encarou com um olhar calmo, como se estivesse diante de um palhaço de circo.Bruno percebeu o desprezo no olhar de Alana e, irritado, segurou o queixo dela com força. Sua voz saiu baixa e ameaçadora:— Que olhar é esse? Está tentando me intimidar? Fale agora!Alana soltou um som de desdém pelo nariz, inclinando levemente a cabeça enquanto indicava com os olhos que sua boca estava coberta pelo pano.Foi então que Iva se aproximou e arrancou o pano da boca de Alana, com um sorriso de triunfo no rosto:— E aí, cadê aquela sua pose toda da sala de reuniões agora?Iva aproveitou o momento para dar dois tapinhas na bochecha de Alana, com um sorriso sarcástico.Alana cuspiu no chão
Juan girou nos calcanhares e saiu apressado do prédio. Ele pegou o celular e ligou para Edgar:— Verifique as câmeras de segurança do estacionamento subterrâneo do Grupo Alves. Quero saber onde está a Alana.Edgar ouviu a ordem direta e urgente do chefe e, sem questionar, desligou na mesma hora para começar a buscar as imagens.Enquanto isso, Juan não perdeu tempo. Seus lábios estavam cerrados em uma linha dura, e suas sobrancelhas franzidas mostravam toda a tensão que consumia seu corpo. Ele abriu o notebook que carregava no carro e começou a rastrear a localização do celular de Alana.Poucos minutos depois, o celular tocou. Era Edgar, com as informações.— Presidente, eu encontrei. A Srta. Alana foi levada por algumas pessoas. A localização atual é...Antes que Edgar pudesse terminar, Juan completou com um tom grave e frio:— Armazém no subúrbio oeste. Leve a polícia para lá. Estou a caminho.Sem esperar resposta, Juan encerrou a ligação.Edgar ficou em silêncio por alguns segundos,
Enquanto falava, Bruno, sem qualquer hesitação ou remorso, desferiu um tapa no rosto de Alana. Não demonstrou sequer um pingo de compaixão.Iva, que observava tudo ao lado, não conseguiu esconder seu prazer ao presenciar a cena.Os lábios de Alana ficaram manchados com um pequeno fio de sangue após o golpe. Ela ergueu seus olhos belos, mas cheios de ódio, encarando Bruno com fúria.Bruno, ao ser encarado daquela forma, sentiu um leve arrepio na espinha. Ainda assim, não conteve sua provocação:— O quê? Está com raiva? Vai fazer alguma coisa?Enquanto ele falava, levantou a mão novamente, disposto a desferir outro tapa. Mas, antes que pudesse completar o movimento, uma grande mão segurou seu pulso com força, torcendo-o e jogando-o para longe. Logo em seguida, um chute certeiro o derrubou no chão, acompanhado de uma voz grave e ameaçadora:— Quer morrer?Alana reconheceu a voz imediatamente. Ela abriu os olhos e virou-se para ver quem era. Contra a luz, ela viu um homem parado ali. Quand
Quando Edgar entrou com os policiais, ele viu Juan saindo com Alana nos braços. A mulher estava coberta com o paletó de Juan.Alana parecia pequena e delicada, aninhada contra o peito forte de Juan. Os dois formavam uma imagem tão harmônica que Edgar, mesmo contrariado, teve que admitir isso.— Senhor, eu trouxe os policiais.Ao ver Alana nos braços de Juan, Edgar apressou-se a falar, tentando não perder o foco.Como esperado, Juan lançou um olhar satisfeito em sua direção. Ele fez um leve aceno com a cabeça antes de ordenar:— Não deixem ninguém escapar.Após dizer isso, ele saiu em passos firmes, ainda carregando Alana. Ele sabia que as roupas dela estavam em estado deplorável e que ela não gostaria de permanecer naquele lugar nem por mais um segundo.Juan estava certo. Naquele momento, Alana mantinha o rosto escondido em seu pescoço, tentando se proteger do mundo ao redor. Ter apanhado um tapa era algo que ela considerava uma humilhação indescritível.— Eu sei o que está pensando, L
Do outro lado, Juan colocou Alana com delicadeza no banco do carona e, em seguida, entrou no lugar do motorista. Seus olhos, cheios de ternura, pousaram sobre ela. Contudo, por trás dessa suavidade, havia uma dor evidente.A proximidade entre os dois era intensa, e, com um homem tão absurdamente bonito como ele ao lado, o rosto de Alana logo ficou ruborizado.— Você, chega pra lá! — Alana gaguejou, tentando afastá-lo.Mas Juan não deu ouvidos. Ele se inclinou ainda mais, até que seu corpo quase encostasse no dela. Sua voz grave e carregada de culpa ecoou:— Me desculpe, Lana. Foi por minha causa que você passou por isso.As palavras de Juan estavam impregnadas de autocrítica. Ele se culpava profundamente por ter permitido que Alana fosse machucada.Desde o momento em que entrou no local e viu Alana cercada por aqueles homens, com sangue no canto de sua boca, Juan só conseguia pensar em eliminá-los um por um. Ele queria que todos eles pagassem com a vida por terem ousado encostar na mul