Pelo canto do olho, Alana percebeu um pedaço de tecido familiar.Era Diego. Ele ainda não tinha ido embora?No instante em que seus olhares se cruzaram, o ódio nos olhos dele se intensificou. Sem hesitar, saiu do canto onde estava escondido e avançou até os dois.Alana ergueu os lábios em um sorriso sarcástico:— Ora, ora… se não é o Sr. Diego, que saiu correndo do salão com o rabo entre as pernas.— Alana, sua vadia, não se ache demais!Diego lançou um olhar venenoso para Juan.Estar diante dele novamente era sufocante. Havia algo na presença desse homem que o fazia estremecer. Mas, engolindo o desconforto, cerrou os dentes e cuspiu:— Você acha que, só porque encontrou um homem sustentado por mulher, pode bater de frente com a família Arruda? Enquanto vocês estiverem em Cidade Nyerere, eu vou estar esperando. Vamos ver quem ri por último!Os olhos de Alana se tornaram gélidos:— Nesse caso, devolvo suas palavras.Seu olhar para Diego era de puro desprezo, como se ele não passasse de
Juan movia as mãos com extrema delicadeza, secando os cabelos macios de Alana, como se estivesse lidando com um tesouro raro.Alana ouviu a voz grave e suave de Juan. Quando abriu os olhos, encontrou o olhar profundo e carinhoso dele fixo em si.Ao encarar aquele rosto impecavelmente bonito, o coração de Alana inevitavelmente perdeu uma batida. Por um instante, ela sentiu o peito aquecer. Com os lábios ligeiramente entreabertos, estava prestes a criar coragem para perguntar sobre o primeiro amor de Juan, quando o som estridente de um toque de celular quebrou o clima.Juan franziu os lábios, claramente irritado por terem interrompido o momento.Alana, por sua vez, levantou-se da posição deitada e, sem dizer muito, pegou a toalha e começou a secar os cabelos de forma desajeitada. Sua voz soou tranquila:— Atenda o telefone.Juan suspirou, parecendo contrariado, mas pegou o celular. Quando viu que era Edgar ligando, decidiu atender:— O que foi?O que quer que Edgar tenha dito, fez o rost
Alana, ainda cheia de dúvidas, foi até o banheiro para lavar o rosto. Quando se virou, deu de cara com um par de olhos profundos e gentis que a encaravam.Juan percebeu que havia um pouco de espuma branca no canto dos lábios de Alana. Seus olhos brilharam com uma leve ternura enquanto ele se aproximava dela com passos tranquilos.Alana olhou para Juan sem entender e sentiu suas orelhas ficarem levemente ruborizadas:— O que foi?O homem não disse nada. Apenas levantou a mão e, com delicadeza, limpou o canto da boca dela:— Tinha espuma.Alana finalmente soltou um suspiro aliviado, mas, por dentro, se xingou. "Que vergonha."— Quando terminar, venha comer. Eu já preparei tudo.A voz de Juan, grave e sensual, parecia ainda mais charmosa com o avental que ele usava, transmitindo uma aura calorosa de “homem de família”.Alana respondeu algo de forma apressada, virou-se para a pia, abriu a torneira e começou a jogar água no rosto, tentando abaixar a temperatura que sentia subir.Juan, vendo
Alana decidiu ignorar completamente Diego."Lixo é lixo. Se você der atenção demais, ele ainda vai achar que você realmente se importa."Ela planejava passar direto por ele e deixar a Grupo Alves, mas Diego a viu saindo do prédio. Seus olhos brilharam com um lampejo de maldade. Ao lembrar da humilhação que sofreu na festa do dia anterior, sentiu o sangue ferver de raiva.Diego caminhou rapidamente até Alana e a bloqueou, impedindo sua passagem. Ele a olhou de cima a baixo, com um sorriso sarcástico, antes de falar com desprezo:— Olha só você! Agora que conseguiu se agarrar a um velho rico, está se achando, né? Essa sua pose de falsa moralista quase me enganou! Será que o seu amante sabe quem você realmente é?Alana respirou fundo, controlando a vontade de socá-lo. Com o nome da Grupo Alves em jogo, ela preferiu manter a calma:— Pessoas sujas só conseguem enxergar sujeira. Se não tem nada útil para dizer, suma da minha frente.Diego soltou uma risada de desdém:— Você acha que é quem?
Alana percebeu os olhares curiosos das recepcionistas e, com a voz baixa, disparou:— Estou te avisando, isso aqui é a Grupo Alves. Use a cabeça. Se você quer mesmo conquistar a segunda filha da família Alves, pelo menos não passe vergonha aqui dentro.Assim que terminou de falar, ela puxou o braço com força, livrando-se do contato com Diego. Seu olhar de desprezo pousou sobre ele como se estivesse olhando para um lixo jogado na calçada.Para completar, Alana pegou um lenço de papel e começou a limpar o local onde Diego havia tocado, como se quisesse apagar qualquer vestígio daquele contato.Ao ver isso, Diego ficou tão irritado que seu peito subia e descia de forma descontrolada. Mas, ao lembrar das palavras que Alana havia dito, ele optou por engolir o orgulho e se controlar.— Pode esperar, Alana. Quando eu conhecer a segunda filha da família Alves, vou fazer questão de pedir que ela te mande embora daqui. — Ele cuspiu no chão, cheio de rancor. — Você não é nada.Alana soltou uma ri
— Você está me procurando por quê?Liz perguntou, com um tom que parecia casual, mas claramente calculado.Diego, por dentro, estava radiante. "Eu sabia! Nenhuma mulher consegue resistir ao meu charme. Todas acabam caindo por mim."— Ah, eu ouvi dizer que a segunda filha da família Alves é uma mulher de beleza incomparável, elegante e extremamente competente. Assim que soube da sua fama, quis muito te conhecer e fazer amizade com você.Enquanto falava, Diego ainda piscou de forma insinuante para Liz.Liz sentiu um arrepio incômodo percorrer seu corpo. Era como se sua pele gritasse em protesto contra a presença dele.— Só veio aqui para fazer amizade? — Liz perguntou, com uma sobrancelha levemente arqueada, o tom de voz carregado de ironia.Diego deixou o olhar ganhar um ar mais sugestivo:— Claro, mas também podemos aprofundar essa amizade. Quem sabe, nos conhecendo melhor…Liz estreitou os olhos, o brilho de desprezo ficando evidente. Conversar mais um minuto com aquele homem era o su
Ao ouvir as palavras de Liz, a expressão de Laura ficou ainda mais sombria. O relacionamento de Alana com aquele homem no passado já havia sido motivo de fofoca em Cidade Nyerere, e agora parecia que ela ainda não tinha aprendido a lição.Laura suspirou internamente, frustrada com a falta de juízo de Alana. Em seguida, ela olhou para Liz e disse com firmeza:— Liz, eu sei que você tem um bom coração, mas não precisa se envolver nisso. Alana já é uma adulta, tem que aprender a lidar com as consequências das próprias escolhas. Não podemos ficar sempre protegendo ela.Liz fez uma expressão de quem queria dizer algo, mas hesitou. Por fim, suspirou e concordou:— Eu farei o que a mamãe disser. Só espero que minha irmã possa amadurecer e não te dar mais preocupações.Em suas palavras, Liz transmitiu preocupação e cuidado, como se estivesse defendendo Laura do peso causado por Alana.Laura, ao olhar para a filha mais velha, tão compreensiva e sensata, não pôde evitar fazer uma comparação sile
— Alana, me escuta, por favor. Me dá uma chance, pode ser? — Disse Nelson, com a voz arrastada pelo efeito do álcool.Alana explodiu:— Me solta! Você não tem vergonha? Isso é nojento! Não se esqueça de que você é noivo da minha irmã!Ao ouvir o nome de Liz, um brilho sombrio passou pelos olhos de Nelson. Ainda tomado pela embriaguez, ele ignorou completamente as palavras de Alana, apertando-a ainda mais em seus braços:— Mas no começo... o noivado era entre nós dois, lembra? Alana, na verdade, eu sempre gostei de você...As palavras de Nelson fizeram Alana sentir o estômago revirar. Ela se debateu com mais força, mas a diferença de força entre eles, somada ao estado alterado de Nelson, tornava impossível se livrar dele.— Cunhado, se minha irmã souber disso, ela nunca vai te perdoar! — Alana gritou, encarando o rosto corado de Nelson com um misto de nojo e raiva. — Você já está comprometido com ela, todo mundo sabe do noivado de vocês! Como você tem coragem de fazer isso?O corpo de N