Alana desviou o olhar, sem saber direito como encarar Juan e respondeu:— Com toda essa confusão, duvido que essa pessoa tenha coragem de aparecer de novo.— Mas… e se aparecer? — Juan suspirou internamente. Não adiantava insistir naquele assunto. — Tudo bem. Vamos para casa.Ele já havia colocado alguém para investigar o responsável pelas fotos. Até que obtivesse uma resposta, não ficaria tranquilo deixando Alana sozinha por aí.Ela apenas murmurou um “hm” baixo e seguiu ao lado dele, silenciosa.Juan franziu as sobrancelhas. Desde a noite passada, Alana estava agindo de maneira estranha, como se estivesse tentando evitá-lo.Discretamente, estendeu a mão na direção dela, mas acabou segurando apenas o ar. No exato momento, Alana colocou as mãos no bolso do casaco.Coincidência? Ou fez de propósito?Alana fingiu não perceber e olhou para os carros estacionados à beira da calçada:— Onde está seu carro?— Aqui.Juan conteve a estranha sensação no peito e, com um gesto cortês, abriu a por
Juan trouxe uma tigela de caldo de peixe espesso e fumegante. O aroma quente e reconfortante preencheu o quarto, despertando instantaneamente o apetite de Alana.Sem hesitar, ela pegou a tigela e provou a primeira colherada. O sabor era incrível.A textura cremosa do caldo combinava perfeitamente com a suavidade do peixe, e os grãos de arroz estavam cozidos no ponto certo, desmanchando na boca.Conforme o calor do alimento se espalhava pelo estômago, seu corpo inteiro parecia relaxar.Em poucos minutos, a tigela estava praticamente vazia.Ao levantar os olhos, percebeu que Juan ainda estava ali, sentado ao lado da cama, observando-a. Suas bochechas esquentaram.— Você já comeu? Vai lá jantar também, eu posso me virar sozinha. — Disse Alana.Juan pegou a tigela vazia das mãos dela:— Quer mais?Alana hesitou por um momento, meio sem graça, mas acabou assentindo com a cabeça.Juan sorriu de leve, levantando-se para buscar mais. Quando voltou, trouxe não apenas outra porção de caldo, mas
Bruno soltou um sorriso imediato:— Sua intenção é…?Diego ergueu o queixo para ele, semicerrando os olhos com a frieza de uma serpente venenosa:— Preciso mesmo te ensinar o que fazer?— Entendido. — Bruno assentiu.Depois de acertarem os detalhes do plano, Diego dispensou Bruno.No momento, o mais importante para ele era garantir o contrato com o Grupo Griiff. Por mais que não quisesse admitir, precisava encarar a realidade: seu maior concorrente agora era o Grupo Alves.Se queria vencer, precisava descobrir qual estratégia o Grupo Alves estava preparando.Diego pegou o celular. Um amigo ligou, trazendo uma novidade interessante:— Você não quer fechar negócio com o Grupo Griiff? Fiquei sabendo que a segunda filha da família Alves está envolvida no projeto. Pelo que escutei, ela se apaixona fácil... e você é um mestre na arte da conquista. Não seria uma questão de tempo até ela cair na sua?— Legal. Se der certo, você não sairá de mãos abanando.— Mas Sr. Diego… seria bom preparar um
O olhar de Diego deslizou para baixo, cheio de malícia, enquanto ele continuava:— Mas… se você souber se comportar, posso até considerar te manter por fora. Ser minha amante ainda te renderia mais dinheiro do que ficar com aquele fracassado que vive às custas de mulher.Alana fitou seus olhos, notando a expressão distorcida em seu rosto. Sentiu um leve enjoo."Homem da segunda filha da família Alves?"Alana franziu a testa. Karina não havia dito que era apenas uma festa casual? Agora vinham com essa de apresentá-la para Diego? Engraçado… sendo ela mesma a tal "segunda filha da família Alves", ninguém a consultou sobre isso.— Segunda filha da família Alves?A risada da Alana foi fria.— Isso mesmo! A jovem da família Alves! — Diego inflou o peito, convencido. — Pelo seu jeito de roceira, imagino que nunca tenha chegado perto dela. A segunda filha da família Alves é uma verdadeira dama da alta sociedade. Nosso círculo não é para qualquer uma que se pendura em ricaços, achando que vai e
Por um instante, Alana se tornou o centro das atenções.Os olhares estavam todos sobre ela, carregados de expectativa, como se estivessem prestes a assistir a um espetáculo.— Não me diga que ela veio até aqui implorar pra voltar com ele? — Alguém zombou.Alana franziu as sobrancelhas. A maioria ali era composta por jovens herdeiros mimados; fazia sentido que não a reconhecessem como a segunda filha da família Alves, já que ela não costumava frequentar esses eventos.Mas insinuarem que ela estava ali para rastejar atrás de um ex-traidor já era demais.Uma socialite levou a mão à boca, rindo baixinho:— Pois é. Como alguém como ela conseguiu se infiltrar no nosso meio? Sr. Diego, você ainda tem sentimentos por essa daí?Diego bufou:— Ela veio do interior. No passado, só fui um pouco mais generoso com ela, só isso.— Roceira é sempre roceira. Olha só essa roupa cafona! Parece que nunca viu um evento de verdade. Sr. Diego, como você pôde ter um gosto tão ruim? — Outro debochou.Diego peg
Juan soltou um riso leve, carregado de desdém. Ao ouvir o nome "segunda filha da família Alves", o sarcasmo em seus lábios se intensificou. Seu olhar recaiu sobre Alana, que, instintivamente, encolheu um pouco os ombros.— Não me importa quem você é. Se ousar falar da minha esposa mais uma vez, eu pessoalmente vou garantir que você desapareça da face da Terra. — A voz do Juan era calma, mas carregada de uma ameaça mortal. — Além disso, pelo que sei, foi o Sr. Diego quem foi descartado pela minha esposa. Todo esse chilique… seria porque você não consegue aceitar a rejeição?— Você…!Os olhos afiados de Juan transbordavam uma frieza cortante, como lâminas de gelo. Diego, ao encará-lo, sentiu-se petrificado no lugar, incapaz de reagir. Até esqueceu o que ia dizer."Como pode um homem sustentado por mulher ter uma presença tão dominante?"Havia algo de errado. A postura, os gestos, a elegância natural. Nada nele condizia com a imagem de um "parasita". Ele era mesmo um homem sem poder própr
Pelo canto do olho, Alana percebeu um pedaço de tecido familiar.Era Diego. Ele ainda não tinha ido embora?No instante em que seus olhares se cruzaram, o ódio nos olhos dele se intensificou. Sem hesitar, saiu do canto onde estava escondido e avançou até os dois.Alana ergueu os lábios em um sorriso sarcástico:— Ora, ora… se não é o Sr. Diego, que saiu correndo do salão com o rabo entre as pernas.— Alana, sua vadia, não se ache demais!Diego lançou um olhar venenoso para Juan.Estar diante dele novamente era sufocante. Havia algo na presença desse homem que o fazia estremecer. Mas, engolindo o desconforto, cerrou os dentes e cuspiu:— Você acha que, só porque encontrou um homem sustentado por mulher, pode bater de frente com a família Arruda? Enquanto vocês estiverem em Cidade Nyerere, eu vou estar esperando. Vamos ver quem ri por último!Os olhos de Alana se tornaram gélidos:— Nesse caso, devolvo suas palavras.Seu olhar para Diego era de puro desprezo, como se ele não passasse de
Juan movia as mãos com extrema delicadeza, secando os cabelos macios de Alana, como se estivesse lidando com um tesouro raro.Alana ouviu a voz grave e suave de Juan. Quando abriu os olhos, encontrou o olhar profundo e carinhoso dele fixo em si.Ao encarar aquele rosto impecavelmente bonito, o coração de Alana inevitavelmente perdeu uma batida. Por um instante, ela sentiu o peito aquecer. Com os lábios ligeiramente entreabertos, estava prestes a criar coragem para perguntar sobre o primeiro amor de Juan, quando o som estridente de um toque de celular quebrou o clima.Juan franziu os lábios, claramente irritado por terem interrompido o momento.Alana, por sua vez, levantou-se da posição deitada e, sem dizer muito, pegou a toalha e começou a secar os cabelos de forma desajeitada. Sua voz soou tranquila:— Atenda o telefone.Juan suspirou, parecendo contrariado, mas pegou o celular. Quando viu que era Edgar ligando, decidiu atender:— O que foi?O que quer que Edgar tenha dito, fez o rost