A melhor escolha seria confessar tudo de uma vez.Alana, pelo canto do olho, observava Karina, que claramente estava mergulhada em seus próprios pensamentos. Ela não pôde evitar xingar a si mesma mentalmente:"Eu sou uma idiota."Se soubesse que Karina era uma pequena espiã, jamais teria chamado ela para beber. Agora, Alana não conseguia parar de se arrepender dessa decisão.Quando os três finalmente entraram no carro, a tensão no ar era palpável. Eles se entreolhavam em silêncio, e Alana ainda não sabia como começar a explicar tudo para Juan.Karina, percebendo o clima pesado, decidiu intervir:— Primo, me leva para casa, por favor.Juan abriu a boca para responder, mas, antes que pudesse dizer algo, Karina juntou as mãos, formando um gesto de súplica, e lançou-lhe um olhar inocente:— Por favor, primo! Não conta nada para o meu pai e a minha mãe sobre hoje à noite. Eu prometo que vou fazer tudo o que você mandar depois. Sério, primo, estou te implorando!Ela se lembrava muito bem da
Karina assentiu rapidamente, com um sorriso nervoso:— Pode deixar, primo! Eu prometo que não vou trair a confiança da Alana.Depois de sair do carro, Karina praticamente saiu saltitando em direção à sua casa, como se nada tivesse acontecido.Assim que ela desapareceu de vista, o ambiente dentro do carro ficou completamente silencioso. Juan e Alana, sozinhos no carro, não conseguiam evitar o clima pesado e constrangedor que pairava entre eles, especialmente considerando o estado da relação nos últimos dias.Tentando aliviar a tensão, Juan iniciou uma conversa:— O banco de trás está vazio agora. Por que você não vem sentar aqui na frente?— Não precisa. Estou bem aqui. — Alana respondeu com frieza, sem a menor hesitação.Desde o dia em que viu Juan no mesmo quarto que Elisa, os sentimentos de Alana em relação a ele haviam ficado extremamente confusos. Toda vez que olhava para Juan, a imagem de Elisa surgia em sua mente. Era como se ela fosse a intrusa nessa história. Esse pensamento a
"Interessante."Alana pensou, enquanto um leve sorriso brincava em seus lábios.Com um olhar astuto e brilhante, ela virou-se para Juan e disse:— Chega, vocês já terminaram de conversar? Se já terminaram, eu vou para o quarto. Trabalhei o dia inteiro, estou com as costas doendo. Anda, venha me fazer uma massagem.Ela colocou uma das mãos nas costas, como se estivesse realmente exausta, e lançou um olhar preguiçoso para Juan antes de começar a caminhar na direção do quarto.Juan ficou completamente paralisado por um momento, os olhos fixos em Alana. Aquela expressão de cansaço misturada com uma pitada de charme foi como um golpe direto em seus sentidos. Aquele olhar dela, mesmo que simples, era carregado de uma feminilidade arrebatadora que fazia sua espinha estremecer.— Está parado aí por quê? Não quer vir? — Alana disse, fingindo descontentamento. — Se não quer, tudo bem, eu vou sozinha.Elisa, que ainda estava ali, apertou as mãos com força, as unhas cravando nas palmas. Seus olhos
Juan ficou em chamas com as palavras de Alana, enquanto ela, por sua vez, sabia exatamente o que estava fazendo.Juan, vendo que Alana permanecia em silêncio, não conseguiu mais se conter e quebrou o gelo.— Lana, quando vamos começar? Você tem se esforçado muito ultimamente. — Perguntou Juan, com um tom cheio de segundas intenções.Alana, no entanto, virou-se. O sorriso que ela exibia mais cedo desaparecera completamente.— Juan, eu estava apenas brincando. Não leve isso a sério. — Declarou Alana, cruzando os braços com uma expressão séria.Ela sabia que Juan ficaria irritado, mas não tinha outra escolha. Ao ver Elisa com aquele ar arrogante, ela simplesmente não conseguiu resistir à provocação.Ao ouvir as palavras "apenas brincando", Juan pareceu entender tudo imediatamente.— Então, você fez isso só para provocar a Elisa, não foi?Ao fazer essa pergunta, Juan exalava uma frieza assustadora. Seus olhos, afiados como os de uma águia, fixaram-se em Alana, como se estivessem prontos pa
Alana achou curioso observar aquelas duas pessoas. Depois de comer rapidamente algumas garfadas, ela seguiu para o Grupo Alves. No caminho, a mente de Alana voltou a se ocupar com os problemas relacionados aos fornecedores. A situação estava piorando rapidamente, e ela sabia que não poderia mais adiar uma solução. Alana poderia esperar, mas o projeto do Grupo Griiff não tinha esse luxo. Aquilo não era apenas um esforço individual dela, mas o resultado de um trabalho coletivo. Ela estacionou o carro na garagem subterrânea e caminhou em direção ao elevador. No momento, o mais importante era tranquilizar os fornecedores. No entanto, quando Alana chegou ao escritório, percebeu que a situação havia tomado um rumo inesperado. Ela estava planejando marcar um encontro com os fornecedores, talvez até um jantar, para conversar e resolver as coisas. Mas, para sua surpresa, todos eles haviam bloqueado seus contatos. Não apenas isso: mesmo ao tentar ligar de outros números, as chamadas nã
Diante daquela situação, a assistente ficou realmente curiosa para saber qual seria o próximo passo. Alana balançou a cabeça e suspirou: — Eu também não tenho certeza. Agora, o que podemos fazer é apostar na sorte. Não importa o que aconteça, precisamos encontrar os responsáveis principais e descobrir o que está acontecendo. Não é possível que simplesmente nos bloqueiem sem dar nenhuma explicação. Ao ouvir isso, a assistente assentiu repetidamente. Fazia todo o sentido. Alana apontou para um dos nomes na lista e declarou: — Esse Alexandre é a chave. Se quisermos resolver isso, precisamos começar pelo maior fornecedor. É aquele velho ditado: para capturar o líder, primeiro prendemos o rei. A assistente olhou para Alana com expressão de dúvida, mas Alana não se preocupou em explicar mais. Ela apenas complementou: — Vou até a empresa dele e tentar resolver isso pessoalmente. No momento, é tudo o que podemos fazer. O resto, só vamos saber conforme avançarmos. A assistente
A recepcionista jamais imaginou que uma mulher pudesse ter uma postura tão intimidadora. No entanto, no instante seguinte, ela se deu conta de que não poderia se acovardar, afinal, aquele ainda era o território dela. — Você disse que eu te difamei? Onde está a prova disso? — A recepcionista ergueu o queixo com arrogância. — Sem provas, é melhor ficar quieta! Conforme falava, sua postura ficava cada vez mais altiva, claramente convencida de que tinha razão e que não havia problema algum no que dizia. A discussão na recepção logo atraiu a atenção de várias pessoas, que começaram a lançar olhares curiosos para a cena. Por coincidência, Alexandre, o chefe da empresa de materiais, saiu de uma reunião acompanhado de sua assistente e se deparou com a situação. Assim que seus olhos pousaram em Alana, seu rosto ficou sombrio como uma tempestade. — O que essa mulher está fazendo aqui? Expulsem-na imediatamente! — Ordenou Alexandre com a voz firme e cheia de desdém. Assim que viu Alana,
O sorriso de Liz desapareceu abruptamente:— Por que você está com tanta pressa? O trabalho ainda não terminou. Eu quero que você continue seguindo Alana. E quanto ao dinheiro, isso pode esperar. Diante da firmeza de Liz, o detetive não teve escolha a não ser aceitar. Ele sabia que Liz ainda precisava dos seus serviços e, por isso, era improvável que ela tentasse enganá-lo nesse momento. "Ela ainda precisa de mim como uma ferramenta. Não faz sentido me descartar agora."Pensou o detetive. — Tudo bem. Se for para a próxima vez, que seja. — Respondeu ele. — Lembre-se, fique de olho em Alana e não faça mais nenhum movimento por enquanto. Liz enfatizou suas instruções, deixando claro que queria resultados precisos e que não toleraria erros. — Pode deixar. Nós já trabalhamos juntos várias vezes, você sabe que eu sou confiável. O detetive sabia muito bem com quem estava lidando. Ele entendia que, enquanto Liz precisasse dele, ela cumpriria sua parte. — Se tem algo a dizer, dig