O sorriso de Liz desapareceu abruptamente:— Por que você está com tanta pressa? O trabalho ainda não terminou. Eu quero que você continue seguindo Alana. E quanto ao dinheiro, isso pode esperar. Diante da firmeza de Liz, o detetive não teve escolha a não ser aceitar. Ele sabia que Liz ainda precisava dos seus serviços e, por isso, era improvável que ela tentasse enganá-lo nesse momento. "Ela ainda precisa de mim como uma ferramenta. Não faz sentido me descartar agora."Pensou o detetive. — Tudo bem. Se for para a próxima vez, que seja. — Respondeu ele. — Lembre-se, fique de olho em Alana e não faça mais nenhum movimento por enquanto. Liz enfatizou suas instruções, deixando claro que queria resultados precisos e que não toleraria erros. — Pode deixar. Nós já trabalhamos juntos várias vezes, você sabe que eu sou confiável. O detetive sabia muito bem com quem estava lidando. Ele entendia que, enquanto Liz precisasse dele, ela cumpriria sua parte. — Se tem algo a dizer, dig
Edgar, seguindo as instruções de Juan, foi procurar Alexandre. Quando Alexandre viu Edgar pela primeira vez, sua expressão se fechou imediatamente. Ele pensou que Edgar era mais um enviado por Alana. Afinal, já tinha deixado claro que não queria mais nenhum contato com o Grupo Alves, e, mesmo assim, parecia que eles insistiam em se aproximar.Alexandre, apesar de não ter vindo de uma família abastada, conseguiu, ao longo dos anos, construir uma ampla rede de contatos enquanto batalhava em Nyerere. Com esforço e determinação, ele foi conquistando seu espaço.No setor de materiais de construção, ele realmente alcançou uma posição de destaque, tornando-se uma figura influente na cidade.— Você foi enviado pelo Grupo Alves, não foi? Já disse que não vou recebê-los. Não importa quantas pessoas venham, minha resposta será sempre a mesma.Alexandre suspirou com irritação. Para ele, o Grupo Alves era como uma mosca teimosa e incômoda, que por mais que tentasse afastar, continuava voltando. Alé
Ao ouvir o tom de reclamação na voz de Alexandre, Edgar percebeu imediatamente que aquilo era fruto de um ressentimento acumulado.— O que isso significa? — Edgar perguntou.Alexandre lançou um olhar para Edgar antes de começar a explicar lentamente:— Só estou contando isso porque você é do Grupo Griiff. Caso contrário, eu não diria nada para mais ninguém.Depois de ouvir toda a verdade, Edgar finalmente entendeu o que estava acontecendo. Ele tentou convencer Alexandre:— Na verdade, acho que você não deveria acreditar em boatos. Por que vocês dois não sentam e conversam para esclarecer tudo? Dêem uma chance um ao outro. Além disso, o Grupo Alves é uma empresa antiga, confiável em muitos aspectos. Eles são um excelente parceiro para uma colaboração de longo prazo.Ao ouvir isso, Alexandre começou a refletir e percebeu que Edgar tinha razão.Além disso, o fato de o Grupo Griiff ter vindo interceder mostrava que o Grupo Alves não era uma empresa comum. Se tinham um apoio tão forte assim
O assistente do outro lado foi muito educado e logo foi direto ao ponto:[Olá, o Sr. Alexandre decidiu lhe dar uma oportunidade. Amanhã, podemos marcar um encontro entre as duas empresas.]Ao ler essa mensagem, Alana ficou surpresa. O que estava acontecendo?Até pouco tempo atrás, Alexandre parecia completamente irredutível, como se não houvesse sequer uma chance de reconciliação. E agora, do nada, ele estava disposto a conversar?Não conseguindo conter sua curiosidade, Alana perguntou ao assistente o motivo dessa mudança repentina. No entanto, o assistente, mantendo-se profissional, não revelou nada sobre a intervenção de Edgar.[A atitude da Srta. Alana tocou o coração do Sr. Alexandre. Além disso, considerando os anos de relacionamento entre as empresas, decidimos dar ao Grupo Alves mais uma chance. Só esperamos que o Grupo Alves não decepcione nosso chefe.]Ao ler essa mensagem, as sobrancelhas franzidas de Alana finalmente relaxaram.A grande pedra que estava pesando em seu coraçã
— Você não sabe sobre isso? — Alexandre perguntou, um pouco confuso. — Mas eu sei disso, e não foi você quem disse essas coisas?As dúvidas de Alana aumentaram ainda mais:— Eu disse o quê? Sr. Alexandre, o que você está dizendo? Estou completamente perdida.Ela olhou para Alexandre, que parecia absolutamente sério. No fundo, Alana sentia que algo estava errado. Pela expressão no rosto de Alexandre, ela podia ver que ele não estava mentindo.Por outro lado, por que ele mentiria? Afinal, aquilo envolvia a parceria entre eles.Dessa vez, até mesmo Alexandre percebeu que algo não estava certo. Observando o olhar confuso de Alana, ele começou a acreditar que os rumores na internet não tinham nada a ver com ela.Afinal, tratava-se de uma colaboração entre eles. Se ela fosse realmente destruída, que benefício traria para qualquer uma das partes?Vendo que Alexandre finalmente compreendia a situação, Alana respondeu com seriedade:— Sr. Alexandre, acho que deveríamos apresentar todas as prova
Alana arqueou levemente as sobrancelhas e estendeu a mão. O aperto de mãos foi breve, mas simbólico o suficiente para marcar o reinício da parceria.Um sorriso surgiu no rosto impecável de Alana.— Pode ficar tranquilo. Em breve, enviarei um novo contrato para a sua empresa, e continuaremos a manter uma relação amigável.— Não se preocupe, eu entendo perfeitamente, Srta. Alana. — Garantiu Alexandre. — Desta vez, nossa parceria será ainda mais sólida do que antes.Por dentro, Alexandre refletia com certo sarcasmo. "Mais sólida precisa ser mesmo. Afinal, o Grupo Alves está respaldado pelo Grupo Griiff."Alexandre não era ingênuo, sabia muito bem quem tinha influência em Nyerere e a quem deveria agradar.Alana, por sua vez, achou a fala de Alexandre um pouco estranha, mas não deu muita importância. Talvez fosse apenas o reflexo do mal-entendido resolvido, que agora fazia com que ele confiasse mais nela.Fora isso, Alana não conseguia encontrar outra explicação.Quanto àquela carta maldit
Alana chegou à empresa na tarde daquele dia.Todos os funcionários a olhavam com admiração enquanto ela passava pelos corredores. Eles não podiam deixar de pensar:"Quem diria que Alana conseguiria resolver esse problema tão bem?"Quando o presidente da empresa havia chamado Alana para conversar, muitos acreditavam que aquele projeto estava perdido.O fornecedor Alexandre tinha a fama de ser extremamente difícil de lidar. No entanto, agora, não só o fornecimento de materiais havia sido retomado, como também o contrato estava em processo de renovação, preparado pela própria equipe de Alana.Ao pensar nisso, os olhares sobre Alana ficaram ainda mais cheios de respeito. Para eles, ela era o exemplo perfeito a ser seguido.— Alana, como você conseguiu resolver esse projeto? — Perguntou Dulce, que veio correndo até ela, com os olhos brilhando de admiração e alegria. Diferente dos outros, que ainda carregavam um pouco de inveja no olhar, Dulce parecia genuinamente feliz por ela.Alana perceb
— Tudo bem, não se preocupe. Use os materiais à vontade. — Disse Alexandre, com um sorriso no rosto e um tom claramente bajulador.Ao ouvir isso, Alana ficou ainda mais intrigada. Esse era mesmo o Alexandre que ela conhecia antes? Como ele podia estar tão diferente agora? Antes, ele sempre falava com um tom arrogante, ou, na melhor das hipóteses, com uma frieza desinteressada. Jamais demonstrava essa atitude quase subserviente que tinha agora.Quando os dois desligaram o telefone, Alana continuou olhando para o celular, sem conseguir reagir de imediato. Já Alexandre respirou aliviado. Finalmente havia enviado os materiais. Ele tinha certeza de que Alana, ao menos por gratidão, falaria algo positivo sobre ele. E, com isso, se aproximar do Grupo Griiff não seria mais do que uma questão de tempo. Ao entender isso, Alexandre sentiu-se ainda mais otimista. Quando conseguisse estabelecer uma boa relação com o Grupo Griiff, ele certamente não se esqueceria de Alana, que foi a peça-chave