— Saia de cima de mim! — Alana gritou, tentando empurrar Juan.Mas a diferença de força entre eles era evidente. Por mais que Alana se esforçasse, Juan permanecia firme, pressionando-a contra a cama sem se mover um centímetro.Depois de muito lutar, Alana começou a perder as forças. Seu corpo ficou mais fraco, e seus movimentos diminuíram.Juan aproveitou o momento e segurou os dois pulsos dela, unindo-os com uma das mãos e levantando-os acima de sua cabeça.Alana arregalou os olhos, indignada, e falou com um tom de repreensão:— Juan, o que você está fazendo? Me solte agora!Ele se aproximou de seu ouvido e respondeu com uma voz baixa e rouca:— Lana, o que você acha que eu quero fazer? Nós somos marido e mulher, sabia?Alana balançou a cabeça vigorosamente:— Não! Me solte! Agora!A ideia do que poderia acontecer a seguir deixou Alana ainda mais agitada, e seus movimentos ficaram mais intensos.Juan sentiu o coração apertar ao ver a resistência dela. Ele não queria machucá-la, então,
Edgar olhou para Juan e não conseguiu esconder sua surpresa. Era a primeira vez que via o chefe naquele estado, e isso o deixou desconfortável.O Juan que ele conhecia era sempre um homem frio, calculista e cheio de ambição, alguém que jamais deixava suas emoções transparecerem. Mas agora, ele parecia completamente diferente. Seria mais um efeito causado por sua esposa?— Chefe, você já bebeu demais. Não acha melhor parar por aqui hoje? — Edgar sugeriu, reunindo um pouco de coragem para tentar convencê-lo.Juan levantou os olhos, e seu olhar afiado fez Edgar estremecer.— Te chamei aqui, não para ficar reclamando. Vai buscar mais bebida. — Disse Juan, apontando para o balcão do bar.Sem alternativa, Edgar suspirou e foi buscar mais uma garrafa de bebida forte. Afinal, ele era apenas um trabalhador comum. E quem estava na sua frente era ninguém menos do que o homem que assinava seus cheques.E assim, Edgar passou a noite inteira ao lado de Juan, acompanhando-o enquanto ele bebia sem par
— Antes, eu fui influenciado por pessoas erradas, mas agora eu finalmente acordei. Estou aqui para pedir o seu perdão. — Diego continuou, com uma expressão que tentava ser arrependida.A confusão entre os dois já havia atraído várias pessoas para a frente da empresa. Uma multidão se formou, e alguns curiosos que não entendiam o que estava acontecendo começaram a aplaudir e a incentivar.— Aceita ele! Aceita ele! — Os gritos ecoavam de todas as direções.O sorriso no rosto de Diego ficou ainda mais amplo. Ele havia trazido alguns "ajudantes" para criar uma atmosfera favorável e aumentar a pressão sobre Alana.Na mente dele, Alana não teria escolha. Sob a pressão da multidão, ela teria que ceder. Afinal, aquilo estava acontecendo bem na frente da sua empresa. Se ela recusasse e a situação afetasse a imagem da companhia, poderia até prejudicar as ações da Grupo Alves.Diego estava confiante. Ele achava que conhecia Alana perfeitamente: uma mulher tímida, frágil e sempre preocupada em evit
"Ação concreta, não é? Tudo bem. Vou mostrar a você do que sou capaz." Pensou Diego, com o rosto escurecido, enquanto observava a multidão ao seu redor.Respirando fundo, ele olhou para as pessoas que ainda estavam ali, aparentemente sem intenção de ir embora. A irritação em seu peito aumentou.— O que estão olhando? Não têm nada para fazer? Vão embora! Que tipo de gente tão desocupada fica parada aqui?Mas seu tom rude não intimidou as pessoas que ele mesmo havia contratado para criar a cena. Pelo contrário, um deles deu um passo à frente e disse:— Chefe, você ainda não pagou a gente.Outro acrescentou:— Isso mesmo. Você prometeu um valor específico, e até agora não vimos a cor do dinheiro.Um terceiro, mais ousado, resmungou:— Não vai nos enrolar, vai?Ao ouvir isso, Diego perdeu a paciência.— Como assim enrolar vocês? Vocês estão malucos? Eu nunca faria isso!No entanto, o tom exaltado de Diego apenas atraiu mais olhares de curiosidade e desconfiança da multidão. Aqueles que ini
Natalie logicamente imaginou que ser gerente em uma empresa, no caso de Diego, fosse algo assim:Ele só precisava ficar sentado no escritório, enquanto outras pessoas traziam propostas e documentos prontos até ele. O trabalho dele se resumia a revisar e aprovar as ideias.Ao observar essa cena, Natalie arqueou as sobrancelhas, sem conseguir esconder um leve desprezo. Ela achava que Diego era muito mais competente do que isso.Às vezes, ela até se perguntava se seu julgamento estava errado. Será que aquele homem era mesmo alguém que ela escolheu?Tirando o sobrenome e a posição que ele ocupava, o que mais ele tinha a oferecer?Quando Diego finalmente notou Natalie parada na porta segurando uma marmita térmica, ele rapidamente se ajeitou na cadeira, assumindo uma postura mais séria.— Natalie! Já que veio até aqui, por que está parada aí fora? Na próxima vez, entre direto. A porta do meu escritório está sempre aberta para você.Assim que ele disse isso, os funcionários que estavam na sal
Depois que Diego terminou de falar, Natalie não disse mais nada. Ela ficou em silêncio, mas seus pensamentos estavam a mil. Ele falava bonito agora, mas não era o mesmo homem que estava, minutos atrás, surtando no escritório? "Esses homens... sempre iguais."— A sopa já foi entregue. Vou indo agora. — Disse Natalie, com um sorriso quase imperceptível, antes de dar meia-volta e sair.Diego ficou parado por um instante, observando a porta, mas não disse nada. Logo voltou sua atenção para os planos que tinha em mente.Diego estava decidido a explorar o potencial do Grupo Hondo. Depois de algumas investigações, seus contatos descobriram o nome de Elisa.— Elisa? — Repetiu Diego, enquanto o assistente relatava tudo o que havia descoberto nos últimos dias.— Exatamente. — Continuou o assistente. — Pelo que soubemos, ela mantém uma relação aparentemente amigável com Alana, mas, na verdade, é uma peça-chave na rivalidade entre o Grupo Hondo e o Grupo Alves. Desde que entrou na empresa, ela dei
Alana soltou uma leve risada.— Tudo bem, vamos focar no trabalho. Não adianta pensar tanto em coisas que não podemos mudar.Dulce refletiu por um momento e concordou com a lógica de Alana.Enquanto conversavam, a porta do escritório de Alana foi batida. Ambas olharam ao mesmo tempo para a entrada.Uma funcionária entrou e, com um tom respeitoso, disse:— Diretora-geral, o presidente pediu para que você vá até o escritório dele.O olhar de Alana escureceu levemente.— Entendi. Já estou indo.Dulce, ao lado, fez uma suposição.— Será que tem a ver com o que aconteceu hoje de manhã?— Talvez. — Respondeu Alana, com um leve aceno de cabeça. — Não sei o motivo ainda. Vou descobrir.— Então vá lá, Alana. Eu também vou voltar para o meu trabalho.As duas se separaram, e Alana foi diretamente para o escritório do presidente. Ao chegar, ela bateu na porta e, após alguns momentos de silêncio, ouviu uma voz convidando-a a entrar.Assim que entrou, viu Laura, sua mãe e presidente do Grupo Alves,
Alana respirou fundo. Era óbvio que Diego já estava começando a afetar seu trabalho, e ela sabia que isso não podia continuar. Da próxima vez, ela precisaria ser ainda mais firme."Colocar ele na delegacia da última vez claramente não foi suficiente. Esse homem parece não aprender a lição."Enquanto girava lentamente o bracelete em seu pulso, Alana semicerrava os olhos, pensando cuidadosamente no próximo passo que deveria tomar.— Diego? — Elisa repetiu o nome, sem entender de imediato. Era como se aquele nome não lhe despertasse nenhuma memória.O assistente estava ao lado dela, explicando.— Sim, ele é o herdeiro do Grupo Arruda. Ele veio até aqui e disse que precisa falar pessoalmente com você. Segundo ele, tem algo que pode te interessar.Ao ouvir isso, Elisa ficou curiosa.Ela se levantou, ajeitando o blazer, e olhou para o assistente.— Ele realmente disse isso?— Exatamente. Ele parecia muito confiante quando me disse. Está na sala de reuniões, esperando por você agora mesmo.Os