Depois que Diego terminou de falar, Natalie não disse mais nada. Ela ficou em silêncio, mas seus pensamentos estavam a mil. Ele falava bonito agora, mas não era o mesmo homem que estava, minutos atrás, surtando no escritório? "Esses homens... sempre iguais."— A sopa já foi entregue. Vou indo agora. — Disse Natalie, com um sorriso quase imperceptível, antes de dar meia-volta e sair.Diego ficou parado por um instante, observando a porta, mas não disse nada. Logo voltou sua atenção para os planos que tinha em mente.Diego estava decidido a explorar o potencial do Grupo Hondo. Depois de algumas investigações, seus contatos descobriram o nome de Elisa.— Elisa? — Repetiu Diego, enquanto o assistente relatava tudo o que havia descoberto nos últimos dias.— Exatamente. — Continuou o assistente. — Pelo que soubemos, ela mantém uma relação aparentemente amigável com Alana, mas, na verdade, é uma peça-chave na rivalidade entre o Grupo Hondo e o Grupo Alves. Desde que entrou na empresa, ela dei
Alana soltou uma leve risada.— Tudo bem, vamos focar no trabalho. Não adianta pensar tanto em coisas que não podemos mudar.Dulce refletiu por um momento e concordou com a lógica de Alana.Enquanto conversavam, a porta do escritório de Alana foi batida. Ambas olharam ao mesmo tempo para a entrada.Uma funcionária entrou e, com um tom respeitoso, disse:— Diretora-geral, o presidente pediu para que você vá até o escritório dele.O olhar de Alana escureceu levemente.— Entendi. Já estou indo.Dulce, ao lado, fez uma suposição.— Será que tem a ver com o que aconteceu hoje de manhã?— Talvez. — Respondeu Alana, com um leve aceno de cabeça. — Não sei o motivo ainda. Vou descobrir.— Então vá lá, Alana. Eu também vou voltar para o meu trabalho.As duas se separaram, e Alana foi diretamente para o escritório do presidente. Ao chegar, ela bateu na porta e, após alguns momentos de silêncio, ouviu uma voz convidando-a a entrar.Assim que entrou, viu Laura, sua mãe e presidente do Grupo Alves,
Alana respirou fundo. Era óbvio que Diego já estava começando a afetar seu trabalho, e ela sabia que isso não podia continuar. Da próxima vez, ela precisaria ser ainda mais firme."Colocar ele na delegacia da última vez claramente não foi suficiente. Esse homem parece não aprender a lição."Enquanto girava lentamente o bracelete em seu pulso, Alana semicerrava os olhos, pensando cuidadosamente no próximo passo que deveria tomar.— Diego? — Elisa repetiu o nome, sem entender de imediato. Era como se aquele nome não lhe despertasse nenhuma memória.O assistente estava ao lado dela, explicando.— Sim, ele é o herdeiro do Grupo Arruda. Ele veio até aqui e disse que precisa falar pessoalmente com você. Segundo ele, tem algo que pode te interessar.Ao ouvir isso, Elisa ficou curiosa.Ela se levantou, ajeitando o blazer, e olhou para o assistente.— Ele realmente disse isso?— Exatamente. Ele parecia muito confiante quando me disse. Está na sala de reuniões, esperando por você agora mesmo.Os
Assim que Elisa estendeu a mão, Diego não hesitou em fazer o mesmo. Os dois apertaram as mãos de maneira amigável, selando a parceria.Elisa não sabia ao certo por quê, mas aquele aperto de mãos, que deveria ser algo trivial, trouxe uma calma inesperada ao seu coração antes inquieto.— Fique tranquila, Srta. Elisa. Prometo que não vou decepcioná-la. Afinal, temos um inimigo em comum. — Disse Diego, com um tom que misturava confiança e determinação.Elisa puxou sua mão de volta, mantendo um sorriso educado, mas claramente distante:— Sendo assim, mostre-me sua sinceridade. O que exatamente você pretende fazer?Diego percebeu o gesto dela, mas não pareceu se importar. Seu sorriso permaneceu intacto, tão confiante quanto antes.— A sua empresa e o Grupo Alves são concorrentes diretos. Tudo o que vocês disserem terá muito mais peso e credibilidade.Elisa arqueou as sobrancelhas, mostrando interesse:— Continue.— O que precisamos fazer é simples: o Grupo Alves valoriza mais do que qualquer
— Tudo bem com você?Uma voz masculina suave e preocupada ecoou no ar.Alana, massageando a testa, levantou o olhar e viu Juan parado à sua frente, com a expressão séria, mas os olhos revelando cuidado.— Sim, estou bem.Ao encarar o rosto de Juan, Alana sentiu que não tinha mais nada a dizer. Ela desviou o corpo e continuou caminhando para dentro da casa.Mas Juan rapidamente segurou o pulso dela. Seus olhos demonstraram uma pontada de dor enquanto ele murmurava:— Lana, podemos conversar?Os dois ficaram ali, presos em uma tensão que parecia interminável. Nenhum dos dois queria dar o primeiro passo para quebrar o silêncio.Contudo, Alana sabia muito bem que o relacionamento deles já não era o mesmo. Desde que Elisa apareceu, parecia que o caminho de volta havia desaparecido. Não havia mais como retomar o que um dia tiveram.— Juan, o problema sou eu. Você não precisa pensar demais nisso. — Disse Alana, forçando um sorriso. — Além disso, nosso casamento foi um casamento relâmpago, fei
Elisa pensou na conversa que havia escutado na noite anterior. Sentia-se como se uma fileira de formigas estivesse caminhando dentro dela, causando uma coceira que parecia não ter fim.Tudo o que ela queria agora era que o casal se divorciasse o mais rápido possível. Assim, ela poderia convencer seu irmão a permanecer em Nyerere, junto com Juan.— Não se preocupe com isso. No momento, só quero focar em derrubar nosso inimigo em comum.Ao ouvir isso, Diego apenas deu de ombros, desistindo de insistir. Ele sabia muito bem que sua parceira de conspiração também tinha pressa em ver Alana fora do caminho.— Certo, entendi o recado. — Ele puxou um cigarro com calma, acendeu-o e soltou um círculo de fumaça perfeito na direção de Elisa. — Depois, é só você entrar em contato com algumas mídias e fazer o escândalo crescer ainda mais.Elisa observou o homem soltando a fumaça com suavidade, especialmente aquele círculo perfeito, e sua expressão se tornou levemente irritada.— Não fume na minha fre
A assistente, ao observar como Alana rapidamente encontrou estratégias para lidar com a situação, ficou surpresa e aliviada. Ela era nova no cargo e ainda não conhecia bem Alana. Quando viu as notícias pela manhã, achou que o mundo estava desabando.Agora, vendo que Alana demonstrava firmeza e capacidade, sentiu-se mais tranquila.No entanto, antes mesmo que as duas pudessem respirar um pouco, a situação escalou de forma inesperada e assustadoramente rápida.Pouco tempo depois, a assistente voltou correndo ao escritório de Alana, visivelmente aflita.— Diretora-geral, temos um problema ainda maior! Não é só a empresa que mencionei antes. Agora, várias outras fornecedoras também estão cancelando os contratos. Com isso, os nossos projetos terão que ser totalmente paralisados.A caneta que Alana segurava parou no ar. Ela finalmente percebeu que a situação estava se desenvolvendo rápido demais, como se uma força invisível estivesse manipulando tudo nos bastidores.Ela sabia que algo estava
Era evidente que tudo aquilo era um ataque premeditado. Alana não fazia ideia de como sua mãe reagiria a essa situação...Quando Alana chegou ao escritório, viu algo que a deixou ainda mais desconfortável: Liz também estava lá, ao lado de Laura.Laura massageava a testa, com uma expressão de cansaço enquanto olhava para os documentos sobre a mesa. Já Liz, sempre tão atenciosa e carinhosa, estava de pé ao lado dela, massageando os ombros da mãe e murmurando palavras reconfortantes de vez em quando.Ao ver aquela cena, Alana apertou os punhos. Seu rosto delicado e impecável exibiu um sorriso amargo.Elas realmente pareciam uma família feliz.Se era só para mostrar essa "cena perfeita" de mãe e filha, por que a chamaram? Alana já sabia muito bem o lugar que ocupava no coração de Laura. Não precisava de mais um lembrete.Respirando fundo, Alana olhou pela janela por um momento, tentando se recompor. Depois de muito esforço para construir coragem, ela finalmente bateu na porta do escritório