Elisa, já sem paciência, bateu o sanduíche na mesa, frustrada.Até agora, ela e Juan não haviam tido nenhum progresso. Se as coisas continuassem assim, seu plano acabaria sendo adiado mais uma vez.Respirando fundo, Elisa tentou se acalmar. Mas seus olhos brilharam com uma ideia repentina, enquanto sua mente parecia trabalhar em um novo plano.Enquanto isso, no escritório, Alana havia acabado de se sentar quando recebeu uma mensagem de Erick.[Alana, muito obrigado por ontem. Foi a primeira vez que minha irmã falou com alguém fora de casa.][Você não faz ideia de como fiquei feliz. Compartilhei isso com meus pais, e eles também ficaram muito emocionados. Disseram que, se tiverem oportunidade, gostariam de te agradecer pessoalmente.]Ao ler a mensagem, Alana quase podia imaginar o rosto de Erick. Seus cabelos loiros brilhantes refletem o sol, seus olhos claros irradiando felicidade. Ele devia estar segurando a irmã nos braços, cheio de surpresa e alegria.Só de pensar na cena, Alana sen
Handson estava completamente confuso:— Tem certeza? Esse garoto sabe gostar de alguém?— Pode esperar para ver. Essa senhorita Alana com certeza não é uma pessoa qualquer para ele. — Respondeu Ana com convicção.Com apenas algumas frases, os dois já haviam decidido que Alana era a mulher que Erick gostava.Ana, especialmente, estava certa disso. Afinal, ela conhecia Erick como ninguém. Era seu filho, e ela sabia muito bem como ele era.Desde pequeno, Erick sempre foi assim: ao enfrentar qualquer dificuldade, sua primeira reação era fugir. E à medida que cresceu, essa característica só piorou. Ele nem tinha mais o charme de quando era criança.Depois de sair de casa, Erick caminhou sem rumo pelas ruas. Ele não tinha nada realmente importante para fazer, mas ficar sob o olhar atento de sua mãe o deixava desconfortável. Era como se Ana pudesse enxergar através dele, e isso o fazia se sentir completamente exposto.Enquanto caminhava, as palavras de sua mãe ecoavam em sua mente.“Será que
Juan estava de costas para a porta e não percebeu que Alana estava ali, parada, vendo tudo o que acontecia no quarto.Por outro lado, Elisa notou a presença de Alana pelo canto do olho. Um brilho malicioso passou por seus olhos, e sua voz tornou-se ainda mais alta e exagerada nos elogios.Alana, sem dizer uma palavra, apertou os punhos lentamente, contendo suas emoções, até virar-se e sair dali. Se alguém prestasse atenção, poderia notar o gelo em seu olhar.Elisa acompanhou cada movimento de Alana com o canto dos olhos. Quando percebeu que ela realmente havia ido embora, um sorriso vitorioso começou a se formar em seus lábios.— Fale sobre o projeto, mas fique longe de mim. — Resmungou Juan com evidente impaciência, enquanto se afastava para o lado direito.Elisa não se incomodou. Ela já havia conseguido o que queria. Se Juan preferia manter distância agora, que fosse. O mais importante era que Alana havia visto tudo.— Juan, vou tomar mais cuidado da próxima vez. — Respondeu Elisa co
Ninguém sabia por quanto tempo Elisa permaneceu ali parada, olhando para a porta fechada. Seus lábios tremiam enquanto ela murmurava para si mesma:— Eu não acredito. Eu vou voltar a ser como antes com ele. Isso não pode ser verdade. Nós dois éramos perfeitos juntos. Eu gostava tanto de você, Juan. Por quê? Por que agora não podemos ser como antes? Qual é a diferença?A expressão de Elisa começou a se distorcer. A doçura e obediência que ela demonstrara momentos antes desapareceram por completo, dando lugar a um semblante sombrio e perturbador.Enquanto isso, Juan voltava para o quarto. No caminho, passou pela porta do quarto de hóspedes e ouviu algum barulho vindo de dentro.Ele parou por um momento, franzindo a testa. Algo parecia estranho.Sem pensar muito, abriu a porta e, para sua surpresa, viu Alana dentro, tomando banho.Os olhos de Juan escureceram, e o pomo de Adão em sua garganta subiu e desceu lentamente.Ele deu um passo à frente, mas, antes de avançar mais, parou. Algo não
— Saia de cima de mim! — Alana gritou, tentando empurrar Juan.Mas a diferença de força entre eles era evidente. Por mais que Alana se esforçasse, Juan permanecia firme, pressionando-a contra a cama sem se mover um centímetro.Depois de muito lutar, Alana começou a perder as forças. Seu corpo ficou mais fraco, e seus movimentos diminuíram.Juan aproveitou o momento e segurou os dois pulsos dela, unindo-os com uma das mãos e levantando-os acima de sua cabeça.Alana arregalou os olhos, indignada, e falou com um tom de repreensão:— Juan, o que você está fazendo? Me solte agora!Ele se aproximou de seu ouvido e respondeu com uma voz baixa e rouca:— Lana, o que você acha que eu quero fazer? Nós somos marido e mulher, sabia?Alana balançou a cabeça vigorosamente:— Não! Me solte! Agora!A ideia do que poderia acontecer a seguir deixou Alana ainda mais agitada, e seus movimentos ficaram mais intensos.Juan sentiu o coração apertar ao ver a resistência dela. Ele não queria machucá-la, então,
Edgar olhou para Juan e não conseguiu esconder sua surpresa. Era a primeira vez que via o chefe naquele estado, e isso o deixou desconfortável.O Juan que ele conhecia era sempre um homem frio, calculista e cheio de ambição, alguém que jamais deixava suas emoções transparecerem. Mas agora, ele parecia completamente diferente. Seria mais um efeito causado por sua esposa?— Chefe, você já bebeu demais. Não acha melhor parar por aqui hoje? — Edgar sugeriu, reunindo um pouco de coragem para tentar convencê-lo.Juan levantou os olhos, e seu olhar afiado fez Edgar estremecer.— Te chamei aqui, não para ficar reclamando. Vai buscar mais bebida. — Disse Juan, apontando para o balcão do bar.Sem alternativa, Edgar suspirou e foi buscar mais uma garrafa de bebida forte. Afinal, ele era apenas um trabalhador comum. E quem estava na sua frente era ninguém menos do que o homem que assinava seus cheques.E assim, Edgar passou a noite inteira ao lado de Juan, acompanhando-o enquanto ele bebia sem par
— Antes, eu fui influenciado por pessoas erradas, mas agora eu finalmente acordei. Estou aqui para pedir o seu perdão. — Diego continuou, com uma expressão que tentava ser arrependida.A confusão entre os dois já havia atraído várias pessoas para a frente da empresa. Uma multidão se formou, e alguns curiosos que não entendiam o que estava acontecendo começaram a aplaudir e a incentivar.— Aceita ele! Aceita ele! — Os gritos ecoavam de todas as direções.O sorriso no rosto de Diego ficou ainda mais amplo. Ele havia trazido alguns "ajudantes" para criar uma atmosfera favorável e aumentar a pressão sobre Alana.Na mente dele, Alana não teria escolha. Sob a pressão da multidão, ela teria que ceder. Afinal, aquilo estava acontecendo bem na frente da sua empresa. Se ela recusasse e a situação afetasse a imagem da companhia, poderia até prejudicar as ações da Grupo Alves.Diego estava confiante. Ele achava que conhecia Alana perfeitamente: uma mulher tímida, frágil e sempre preocupada em evit
"Ação concreta, não é? Tudo bem. Vou mostrar a você do que sou capaz." Pensou Diego, com o rosto escurecido, enquanto observava a multidão ao seu redor.Respirando fundo, ele olhou para as pessoas que ainda estavam ali, aparentemente sem intenção de ir embora. A irritação em seu peito aumentou.— O que estão olhando? Não têm nada para fazer? Vão embora! Que tipo de gente tão desocupada fica parada aqui?Mas seu tom rude não intimidou as pessoas que ele mesmo havia contratado para criar a cena. Pelo contrário, um deles deu um passo à frente e disse:— Chefe, você ainda não pagou a gente.Outro acrescentou:— Isso mesmo. Você prometeu um valor específico, e até agora não vimos a cor do dinheiro.Um terceiro, mais ousado, resmungou:— Não vai nos enrolar, vai?Ao ouvir isso, Diego perdeu a paciência.— Como assim enrolar vocês? Vocês estão malucos? Eu nunca faria isso!No entanto, o tom exaltado de Diego apenas atraiu mais olhares de curiosidade e desconfiança da multidão. Aqueles que ini