Manhã de domingo, Jhom tomava um longo banho perdido em seus pensamentos. Tentava organizar suas ideias de forma clara e definitiva antes de falar com Eva. Eva o esperava na sala de jantar com a mesa posta. Ela não era uma mulher que conseguiria cozinhar mais após um tempo de namoro com Jhon acabou tendo que aprender a se virar e até acabou gostando. Quando saiu do banho ele já sentiu o cheiro dos ovos com bacon que ela preparava com frequência pois sabia que eram seus preferidos. Ele balançou a cabeça como se tentasse voltar os pensamentos novamente a conversa que teriam.Sentados á mesa Eva digitava o seu celular e tomando café puro. Sem olhar pro noivo não percebeu que ele a observava, ele por sua vez olhava e se sentia culpado por querer ter coragem de se separar por não querer mais aquela mulher do seu lado.Mais espera? Ele pensou, eu vou contar que tenho uma filha e não que vamos terminar. Respirou fundo e silenciou dentro de si a vontade enorme de dar um fim ao noivado de f
Ana já não se aguentava de ansiedade aguardando pela ligação do pai, Mary cada vez mais triste e isolada via os dias passar e sentia setão ansiosa quanto a própria filha. Jhon, por sua vez não conseguirá falar com Eva e via seu casamento se aproximando e o ódio por ela crescia cada vez mais. Depois das revelações de sua noiva ele não pode mais esperar. Mal esperou que ela saísse chamou Marcus seu amigo e secretário particular para que o acompanhasse novamente ao interior, seu assistente o lembrou que Anna estaria na escola no momento de sua chegada ele sorriu e disse, teremos então que buscar minha filha na escola hoje não é? Ambos sorriram e por um momento ele sentiu o orgulho de ter uma filha, o coração estava acelerado como se fosse ver o seu bebê a primeira vez e na verdade seria, ela somente não é mais um bebê. Algumas horas se passaram e ele longe em seus pensamentos tentava imaginar a vida que teriam tido os três, como teria sido criar a filha junto com Mary. Quanto sofrimen
Ao entrar pela porta de sua casa, Anna olhou a mãe nos olhos pela primeira vez a dias, sentiu seu coração acelerar ao perceber o quando a mãe estava abatida, havia perdido peso e estava bem mais pálida que antes. Anna correu e deu um longo abraço na mãe, ela era mais alta que a mãe então colocou a no peito como se ela fosse agora a filha, percebeu o quanto havia sido injusta com aquela que lhe deu a vida e acima de tudo sofreu e abriu mão de tudo para que ela pudesse nascer.Mary sentiu o coração quente novamente como se o mundo todo tivesse girado e estivesse novamente no lugar onde deveria estar, a sensação de segurança voltou novamente ao seu coração e naquele momento uma alegria enorme tomou conta dela. Enxugou as lágrimas da filha, pegou as flores em suas mãos e as colocou em um vaso. Com a empolgação de sempre disse: - Seu pai não mudou em nada mesmo.Sorrindo, foi para cozinha e de lá gritou:- Panquecas com chocolate? Temos sorvete de creme!Anna riu e pensou, ah quanto tempo
No outro dia pela manhã Mary se antecipou ao ligar para Jhon pedindo pra que ele marcasse o horário e escolhesse um laboratório de confiança para que fizesse o DNA de Anna pra confirmar sua paternidade. Ele se assustou com a pergunta; - Mary, não creio que seja necessário, eu não tenho nenhuma dúvida quanto a paternidade da nossa filha, somos adultos, não precisamos de um papel que prove o que está explícito. Ela respondeu: -Jhon, você sabe, eu sei, mas nós dois sabemos em que mundo ela está entrando e sabemos que um papel no seu mundo não é algo desnecessário pelo contrário, garantirá a segurança dela, ela tem pensado muito em ir morar com você após o encerramento das aulas e eu estou apoiando, será difícil, mas ao mesmo tempo terei um tempo para me dedicar a minha vida pessoal. Ele engoliu seco, se dedicar? Seu rosto queimava, ainda bem que estavam se falando por áudio somente. E pensou, como assim estou com ciúmes? Já se passou tanto tempo! Mais como ela quer ter tempo
Após alguns minutos de silêncio o casal sorriu sem graça, tentando mudar de assunto Mary deu um sorriso ao ver a cafeteria que tanto gostava e que não tinham no interior.Disse pra eles já em passos acelerados:- vamos vamos quero muito meu café!Entrando o três na cafeteria ela já seguiu para o balcão e os dois sentaram se a sua espera nas mesas da entrada. Mary já veio com os três cafés, de Anna um Mocha completo com bastante chantilly, e dois caramel Machiato para ela Jhon, entregou o copo e ambos ficaram corados. Ele pensou, ela ainda se lembra! Sorrindo ele agradeceu mas não pode deixar de comentar:-Mary, você ainda toma isso! Cuidado não somos mais crianças!Ela respondeu:-Querido, não há nada melhor do que se presentear com as pequenas doçuras da vida, não fiquei tão preso aos detalhes só aproveite esse momento, a comida também é memória afetiva. O cheiro a cor o lugar, pra mim quase uma máquina do tempo. Depois disso um longo período de silêncio se estabeleceu ali, a impres
Sentindo-se ofendida Eva titubeou e por alguns segundos se calou. Mary conhecendo bem a antiga amiga aproveitou os segundos de descanso entre as palavras negativas e saiu agradecendo a Eva e a ajudante o delicioso lanche e caminhou em direção ao quarto de visitas, Eva estava perplexa em saber que Mary estava hospedada tão próximo do seu noivo. Mary fechou a porta e foi para o banheiro para ficar o mais longe possível do corredor e poder chorar sem ser ouvida e ela chorou, chorou muito. Se sentiu perdedora, invalidada pela arrogância da ex amiga. Sentiu ódio dela, mas também sentia muito ódio de Jhon, sentia que seu peito iria explodir e refletia em cada palavra q havia acabado de ouvir. Pensava nelas várias e várias vezes. Depois de chorar bastante tomou um banho olhou as horas e percebeu que já eram 21h olhou para o celular e viu uma mensagem de Anna dizendo que iam visitar alguns amigos do pai mais estariam em casa até as as 22h. Mary se sentiu sobrando naquele momento, mas não
Após a saída dramática de Eva, Mary desabou em prantos. Anna por sua vez era deveras forte parecida com seu pai, tomou 1 copo de água e seguiu como se fosse inabalável. Jhon buscou água para Mary que tremia muito e rindo sem jeito disse: - Algumas coisas não mudam nunca não é? Acalme- se, jamais deixaria que ela as ofendesse e saísse impune. Sentado muito próximo a ela, Anna percebeu e foi se deitar deixando os dois a vontade. Mary estava tão assustada que não percebeu a saída proposital da filha. Jhon não resistiu a proximidade, o cheiro dela, e o quanto ela precisava dele, ansiava por proteção e cuidado, ele sentiu uma vontade descontrolada de abraça- la e resolveu ceder ao impulso, abraçando- a gentilmente sentado ao seu lado, frágil, ela cedeu deitando a cabeça sobre o ombro do seu único amor. E ficaram presos nesse abraço por um tempo incontável. Juntos, sentido o cheiro um do outro todos os sentidos foram provocados. Mas ainda não encontraram o caminho um para o outro. Mary
Jhon se sentia culpado, envergonhado ao se lembrar da forma com que havia falado com Eva, a final ela estava em um relacionamento porque para ele era cômodo é extremamente seguro, a responsabilidade era dele de ter a colocado em meio a essa confusão. Realmente Eva foi grosseira é extremamente invasiva ao abordar Eva antes mesmo de falar com ele. Mesmo assim eles viveram uma história esses anos, construíram um afeto que deveria ser acompanhado com a responsabilidade afetiva e emocional um com o outro. Ele estava a caminho do hospital, o na maior velocidade possível e não parava ter fleches em sua lembrança da noite anterior. Chegando no hospital seu sogro estava visivelmente abatido com olheiras enormes e rosto de quem havia chorado bastante. Jhon não consegui parar de pensar no que havia feito e pedia muito a Deus pela recuperação dela. Pensava nas inúmeras possibilidades de sequelas de tudo. Ele foi diretamente ao guichê do hospital e disse que garantissem o melhor tratamento q