Após a saída dramática de Eva, Mary desabou em prantos. Anna por sua vez era deveras forte parecida com seu pai, tomou 1 copo de água e seguiu como se fosse inabalável. Jhon buscou água para Mary que tremia muito e rindo sem jeito disse: - Algumas coisas não mudam nunca não é? Acalme- se, jamais deixaria que ela as ofendesse e saísse impune. Sentado muito próximo a ela, Anna percebeu e foi se deitar deixando os dois a vontade. Mary estava tão assustada que não percebeu a saída proposital da filha. Jhon não resistiu a proximidade, o cheiro dela, e o quanto ela precisava dele, ansiava por proteção e cuidado, ele sentiu uma vontade descontrolada de abraça- la e resolveu ceder ao impulso, abraçando- a gentilmente sentado ao seu lado, frágil, ela cedeu deitando a cabeça sobre o ombro do seu único amor. E ficaram presos nesse abraço por um tempo incontável. Juntos, sentido o cheiro um do outro todos os sentidos foram provocados. Mas ainda não encontraram o caminho um para o outro. Mary
Jhon se sentia culpado, envergonhado ao se lembrar da forma com que havia falado com Eva, a final ela estava em um relacionamento porque para ele era cômodo é extremamente seguro, a responsabilidade era dele de ter a colocado em meio a essa confusão. Realmente Eva foi grosseira é extremamente invasiva ao abordar Eva antes mesmo de falar com ele. Mesmo assim eles viveram uma história esses anos, construíram um afeto que deveria ser acompanhado com a responsabilidade afetiva e emocional um com o outro. Ele estava a caminho do hospital, o na maior velocidade possível e não parava ter fleches em sua lembrança da noite anterior. Chegando no hospital seu sogro estava visivelmente abatido com olheiras enormes e rosto de quem havia chorado bastante. Jhon não consegui parar de pensar no que havia feito e pedia muito a Deus pela recuperação dela. Pensava nas inúmeras possibilidades de sequelas de tudo. Ele foi diretamente ao guichê do hospital e disse que garantissem o melhor tratamento q
Finalmente quase as 14h Eva mandou chamá-lo, Jhon entrou pensando e ver até onde ele iria esconder a gestação, ao entrar no quarto viu que ela havia tido bastante escoriações pelo rosto mãos e braços, mais havia se trocado lavado os cabelos e aparentemente estava bem. Pediu para que ele entrasse sozinho, ele chegou bem próximo a ela e perguntou como ela se sentia. - Me sinto melhor por fora do que estou por dentro! Essas palavras rasgaram seu peito feito uma flecha . Deixando sem palavras. Somente abaixou a cabeça e ela continuou a desabafar. - Não quero falar muito sobre isso, acho que já sofri demais por ter feito o que fiz. Me arrependo sim, a todo momento. Mas você errou bastante comigo Jhon, todos esses anos. Eva falava e lágrimas rolavam em seu rosto parecia estar sendo muito franca e continuou: - Tenho tanto a conversar com você que hoje eu não conseguiria terminar o assunto que preciso começar. Prefiro deixar para outra oportunidade. - Como assim? Outra oportunidade
Após sua chegada de volta a cidade Mary, que estava acostumada a viver somente ela e a filha, todos os dias, sempre em companhia uma da outra, estranhou a casa e se sentiu bastante desanimada. Olhando para o telefone , viu uma chamada da filha, prontamente retornou, era apenas para saber se havia chegado bem. A filha a tranquilizou dizendo que lá corria bem evitando entrar em detalhes sobre os últimos acontecimentos com Eva, brevemente encerraram a chamada. Mary desfez as malas preferindo não no quarto da filha para não se emocionar, continuou seus dias, mesmo assim sentia um vazio gigantesco no peito, o primeiro dia foi mais difícil mais no decorrer da semana ela foi preenchendo os seus dias com seu trabalho, fazendo seus sabonetes naturais, aromatizadores e essências vegetais, já estava cheia de encomendas da loja pra quem vendia, resolveu fazer também itens a mais para vender por conta própria deixando um bom estoque já que agora tinha mais tempo. No outro dia ela resolveu
Tarde quente, final da aula de educação física na High Scool Avenue no Texas. Como em todos os colégios, a turma do colegial era divida em 4 grupos, os descolados, os nerds, a equipe de teatro e aqueles que não se encaixam, os excluídos. Ana tem 17 anos, alta, usa óculos e possui umas sardinhas, seus cabelos ruivos naturais completamente lisos compridos até a cintura. Saiu da corrida esbaforida e com falta de ar, não tem lá muito talento para atividades físicas, mais bastou Ethan passar ao seu lado e ela retomou a postura e colocou um sorriso no rosto mesmo que o cansaço ainda fosse visível, e os fiapinhos do seu cabelo liso já tivessem desprendido do rabo de cavalo e estivesse sobre o rosto denunciando sua dificuldade em realizar as atividades. Ethan era descolado e muito bonito e sabe disso faz questão de ressaltar sua beleza atlética usando sempre a jaqueta do time de futebol americano do qual ele é o astro principal . Ana é dona de uma beleza verdadeira porém a esconde e
Era sábado em fim o dia mais esperado da semana, mãe e filha dormiam mais um pouquinho e o sol já invadia a cozinha e brilhava sobre a mesa com um forro com estampado de girassol. A casa delas é simples porém muito aconchegante e colorida. Mary era talentosa com diversos artesanatos além dos seus sabonetes e perfumes ela fazia crochê e bordado, sua casa é uma casinha de bonecas. Ela tem uma paixão especial por girassóis que ninguém sabe bem explicar. Por onde se olha girassóis de diversas formas e formatos. Assim quando marcava 10h Mary se levantou e preparou o café da manhã da sua filha, colocou a mesa que estava linda como sempre. Ana acordou com o barulho do seu celular na cabeceira da cama, mas não deu muita atenção se trocou e foi tomar café tranquilamente com a mãe como sempre fizera. Sentadas á mesa, Ana tentou novamente tocar no assunto do seu pai, ela sempre quis saber se tem avós e primos pois se sente sozinha já que a família da mãe é pequena e todos moram no Brasil. M
Jhon por sua vez estava ainda em Nova York sentado a sua mesa de jantar e em sua companhia somente Maria a ajudante da casa o servia. Jhon sentiu uma brisa leve tocar seu rosto e trouxe consigo aquele cheiro inesquecível de patchouli, baunilha e pimenta rosa, a combinação que mais aquecia seu coração e seu corpo. Sentiu o coração acelerado errando as batidas e empalideceu. Começou a lembrar o quanto ele achava que Mary lhe fez mal o abandonando derrepente, sofrera tanto por ela que jamais quis se casar, Jhon passou a amaldiçoar o amor e tudo o que viesse com ele. Eva o acompanhava em troca das migalhas de atenção que sobrava entre suas extensas reuniões. Jhon voltou o pensamento para o almoço, comeu e foi se preparar para um passeio ao ar livre de bicicleta quando novamente o aroma que castigava do seu coração veio inebriar seus sentidos, foi quando ele sem perceber disse: -Mary o que você quer comigo? Continuou a se preparar para sua caminhada mais os pensamentos agora era
Depois de mandar a filha pra aula Mary tomou uma decisão que adiou por 17 anos. Sentido se ferida pela filha e pronta para contra-atacar Mary escreveu tópico a tópico o que deveria falar a Jhon mais infelizmente seriam muitas coisas e muitas mesmo para que ele pudesse compreender os seus motivos de ter fugido grávida e nunca ter contado a ele mesmo estando vivendo um namoro lindo e cheio de alegrias. Pensou em como abordaria o ex namorado mais precisava ser rápida. Conhecendo bem Jhon ela sabia que ao saber ter uma filha ele chegaria em horas não mediria distância nem esforços até mesmo porque suas condições financeiras facilitariam sua ação. A tempos ela já pensava sobre isso, sobre o que estaria negando a sua filha, estudos e uma vida mais confortável e até mesmo mais divertida. Sabendo que a mãe de Jhon, Olívia havia falecido, Mary sentiu que poderia voltar sem expor sua filha a qualquer risco e talvez vendo que ele não teve outros filhos, Ana seria a alegria dos pai e avó