Eu devia saber que isso aconteceria. Não devia estar surpresa ou decepcionada, porque Marius era um lobo negro e toda a sua raça parecia ser composta por canalhas traiçoeiros, mesmo assim, vê-lo ali pelado no banho com Beth foi um grande baque para mim.Ele não havia dito que desejava ter nascido qualquer outra pessoa desde que fosse o meu companheiro? Ele havia me feito acreditar que não me tomaria como sua companheira porque desejava que eu tivesse uma vida melhor.Era nisso que ele havia me feito acreditar. Eu me sentia uma tola.— Será que pode nos dar privacidade? — Beth falou, então deslizou suas mãos pelo peito musculoso de Marius, que ainda estava de olhos fechados, agora seu corpo estava quase todo apoiado no de Beth, a empurrando para a parede.— Você passou a noite aqui com ele?Beth assentiu.— Ele me chamou bem tarde ontem a noite, para que eu atendesse as suas necessidades. — ela disse.Marius a havia chamado depois que nós não transamos? Como ele pode fazer isso? Mas qu
Orfanato Delister JANE — Mas o que significa isso, Jane? — A senhora Calister apontou para as pequenas manchas de café na barra da minha saia, eu olhei imediatamente para Hayley que sorria maldosamente. — Senhora Calister... — tentei explicar, mas ela desferiu um tapa contra o meu rosto tão forte que eu caí para trás. Arregalei os olhos quando vi um dente meu no tapete. — A Luna Clarisse está vindo para cá ver como eu estou administrando o orfanato e você mancha sua melhor roupa! Ah, sua órfã imunda! Hayley havia jogado seu café na minha roupa de propósito, mas a senhora Calister não se importava com isso. Ela me puxou pelos cabelos e me arrastou para fora da sala, me empurrando em direção as escadas. Cai sentada no primeiro degrau, o sangue em minha cabeça fervendo enquanto a dor no meu rosto e na minha boca sem o meu dente, faziam minhas pernas tremerem. A senhora Calister era uma loba muito forte e cruel. — Vá para o quarto e fique lá, direi que está doente. Sua idi
Meu sangue gelou enquanto tentava cobrir meus seios com os braços.Olhei para os três machos, me encarando com um olhar de luxuria em seus olhos e engoli em seco, meu coração batia tão forte que parecia que iria explodir.Dany continuava segurando Daiane, que parecia estar horrorizada com o que estava acontecendo.— Dany, me solte. O que estão fazendo? — sua voz estava tremula.Daiane ainda não havia entendido, mas eu sim.— Eu disse, sua órfã imbecil, que haveria uma festa aqui na clareira. E vocês só vão embora quando eu e meus amigos nos cansarmos! — ele rosnou, enquanto segurava o rosto de Daiane com força.A loba já estava chorando e eu senti um ódio terrível, olhei ao redor rapidamente e vi um pedaço de madeira que poderia me servir.Caio foi o primeiro que avançou em minha direção, me abaixei e peguei a madeira, o acertei no rosto com toda a minha força, ele caiu de joelhos por causa de seu olho direito que foi atingido.Nem sequer tive tempo de ficar aliviada com isso, porque
Tudo que passava pela minha cabeça era:Ao menos ele me mataria rapidamente e eu não seria abusada.Eu estranhamente não senti medo, foi como se esse pensamento me confortasse, isso, até ouvir os gritos de horror e medo de Daiane, o que me fez despertar para o fato de que eu estava prestes a morrer, o que era bem ruim...O enorme lobo negro avançou e eu sabia que seria sua primeira vítima, já que estava deitada no chão e era a mais próxima dele, pensei em fechar os olhos e torcer para que ele me matasse rapidamente, mas não os fechei. Afinal, onde estava o meu espírito de luta? Como eu podia desistir assim tão fácil, quando tudo que fiz nos meus dezessete anos foi lutar e sobreviver, suportar todos os abusos e desprezo no orfanato. Eu morreria assim, quieta e conformada?Antes que eu pudesse colocar em prática esse pensamento, o lobo avançou contra mim, por um segundo, eu o vi olhar diretamente para mim, como se estivesse percebendo algo, ele desviou seu caminho. Eu me virei, a temp
Eu devo ter desmaiado com o choque da situação, ou de exaustão por ficar tanto tempo de cabeça para baixo, porque quando acordei estava sendo colocada em um sofá macio e cheiroso. Que cheiro era aquele? Tão masculino...Espera, onde eu estava?Tudo retornou em uma avalanche para a minha mente, Paul em cima de mim, sua ereção me pressionando... o sangue depois.Aquele sorriso sarcástico. Os olhos ameaçadores e confiantes.Abri os olhos bem a tempo de ver o macho colocando um coberto sobre a minha saia, que estava levantada!Nossos olhos se encontraram por alguns segundos e minha primeira reação foi chutar seu rosto com toda a minha força, o macho caiu para trás do sofá parecendo bem surpreso e eu pulei do sofá, pegando a primeira coisa que vi, um livro bem pesado. Eu o jogaria nele assim como fiz com a pedra.— Seu tarado desprezível! Não serei sua escrava sexual! Se tentar me tocar novamente, vai se arrepender! — ameacei.O lobo se levantou e limpou o nariz, que estava sangrando. Note
Eu pisquei, tentando assimilar o que aquele macho estava dizendo.Ele havia dito que eu seria sua refém até receber o meu lobo? Mas isso seria daqui um ano! Meu rosto devia ter empalidecido, porque ele pigarreou e acrescentou:— Se me obedecer e se comportar, não teremos problemas. Essa marca no seu pescoço indica que será uma loba rastreadora e eu preciso encontrar uma pessoa, quando fizer isso, poderá partir sem problemas.Ele dizia tudo aquilo como se fosse um acordo irrecusável, como se estivesse me dizendo que ganhei uma bolsa de estudos ou um concurso, e eu podia ver em seus olhos que ele acreditava que estava me fazendo uma espécie de “favor”.— Não serei sua prisioneira. Encontre quem precisa sozinho. — Foi a primeira coisa que me veio na cabeça e saiu antes mesmo que eu pudesse pensar muito sobre.Ele franziu o cenho, então jogou outra perna em cima de mim, eu tentei me levantar, mas ele colocou uma mão em meu peito para me empurrar para trás, contra o sofá.Ao fazer isso, mi
Meus olhos já estavam mais acostumados com a escuridão, ainda assim, estava cada vez mais difícil de continuar e eu não conseguia me lembrar qual era a trilha que ele havia usado. Eu estava quase inconsciente e de cabeça para baixo, sendo carregada por ele a força.A chuva caía ao meu redor de modo torrencial, uma tempestade retumbava acima, o som dos trovões cada vez mais alto, enquanto eu corria pela mata.— Merda, como vou encontrar o caminho de volta? — murmurei para mim mesma.Parei perto de uma arvore, me apoiando temporiamente, enquanto respirava, minhas roupas estavam ensopadas e eu começava a sentir o frio cortante. Minhas mãos estavam geladas e eu abracei a mim mesma, olhando ao redor e tentando saber para onde deveria ir. Ele conseguiria me achar? Devia ser difícil seguir o meu cheiro através dessa chuva, então eu estava em vantagem, isso se eu não estivesse perdida.Passei as mãos no rosto, tentando tirar o excesso de água, que nublava minha visão, assim que avancei,
Fiquei por um segundo paralisada quando Marius pegou o último cobertor e me ocorreu que aquele quarto já era frio demais, mas agora eu estava molhada e realmente com frio...— Você está tentando me matar! — reclamei e Marius não olhou para trás fechando a porta atrás de si. Ele realmente havia feito isso? Me manter presa molhada em um quarto frio como aquele?Senti meus olhos arderem e rapidamente limpei meu rosto, não deixando que as lágrimas descessem.Eu já devia estar acostumada em ser castigada, eu havia sido castigada e menosprezada desde que me lembro, então porque estava com esse nó na garganta agora?Respirei fundo e comecei a tirar as roupas molhadas, seria melhor ficar nua, logo meu corpo secaria e eu me encolheria no colchão velho.Quando tirei a última peça, me senti imediatamente melhor por não estar mais com as roupas molhadas grudadas em meu corpo.Mesmo assim, meus dentes ainda batiam uns nos outros devido ao frio.Fui para a cama me deitando encolhida como se fosse u