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POV JANEEle havia feito de novo, havia fugido das minhas perguntas.Me lembrei do que Marius havia me dito, sobre o sequestro de fêmeas por lobos da alcateia garras sombrias. Meu palpite era que a mãe de Marius havia sido sequestrada por um lobo negro, já que agora eu sabia que eles não estavam extintos, e foi assim que Marius nasceu.Em algum momento de sua vida, seu pai deve tê-lo procurado e contado a ele essas coisas. Eu via claramente agora que Marius devia odiar o pai pelo que ele fez com a mãe, mas será que existia uma alcateia de lobos negros em algum lugar por aí?Me levantei da cama, suspirando enquanto pensava em Marius. Como devia ter sido a vida para ele nesses três anos de isolamento, vivendo como um criminoso acusado de matar toda a alcateia?De repente, a porta da cabana se abriu, não pensei, apenas corri em direção a ela, Marius havia voltado!Eu seria mais suave em minhas perguntas, sim, ele precisava de tempo.Assim que cheguei na sala, me deparei com olhos quase i
Kilian me observava com uma expressão altiva e arrogante, até que bebeu mais de sua bebida e rosnou:— Acha que sou cego? Estou vendo a marca de rastreadora em seu pescoço!Ao ouvir seus gritos, recuei no sofá, meu coração dando um salto enquanto meu olhar vagou para a porta. Havia uma esperança em meu coração que a qualquer momento Marius entraria pela porta e eu me sentiria segura novamente.Mas os minutos passavam e ele não voltava, eu precisava encarar a realidade.Se Kilian quisesse me matar, ele faria isso e não havia nada que eu pudesse fazer, ele era o dobro do meu peso e tamanho, e era um lobo negro.Kilian parecia furioso e eu tentava acompanhar a razão da sua fúria, ainda estava tentando assimilar que ele era o pai de Marius, e que Marius por minha causa havia matado o filho do Alfa de Delister.Kilian caminhou de um lado para o outro, ele passou as mãos nos cabelos bem cortados e eu permaneci sentada, sem saber o que dizer ou fazer. Eu apenas queria que ele fosse embora.—
POV MARIUSTodo o meu corpo parecia estar ardendo em chamas furiosas, enquanto tudo que se passava em minha mente era matar o meu pai. Era me virar e atacá-lo, deixá-lo o mais longe possível de Jane. No instante que a vi sendo atacada por ele, tudo que passou pela minha mente foi que eu queria matá-lo devagar. Jane ainda segurava em meu braço e eu via em sua expressão que ela estava com urgência para que eu ouvisse o que ele tinha a dizer. O que ela queria dizer com ele havia tentado matá-la por minha causa? — Apenas fale com ele. — ela disse e me soltou, quando ela foi se virando para entrar na cabana, eu a segurei, no momento que a toquei, ouvi como seu coração havia aumentado as batidas, como se eu meu toque estivesse causando isso a ela. — Vou entrar logo. — falei. Jane entrou na cabana e eu me virei para Kilian, que estava me observando com olhos curiosos. Ele cruzou os braços sobre o peito, e eu avancei, correndo em sua direção e o acertando um soco no queixo. Kilian c
POV JANEMarius estava com uma expressão enlouquecida, como se estivesse a ponto de perder completamente a cabeça, como se estivesse desmoronando e quando ele me segurou forte, minha primeira reação foi empurrá-lo.Por que exatamente ele estava gritando comigo?Foi quando percebi o que ele queria dizer com “ele te tocou”. Sim, ele estava com medo, Marius, o lobo negro estava com medo de que eu tivesse sido abusada pelo pai dele.— Não faça isso, não fique em silencio. Se aconteceu algo, se ele fez... — sua voz estava ficando mais baixa e ameaçadora a cada palavra que ele proferia.Foi quando finalmente, decidi tirá-lo de seu tormento.— Ele não fez nada além de tentar me matar.Marius respirou aliviado sem sequer disfarçar.— Ah, que bom ouvir isso. — ele exalou.— Ah, que ótimo que você ficou aliviado que ele só tenha tentado me matar.Marius voltou seu olhar castanho escuro em minha direção e pareceu perceber meu desconforto, porque tentou se explicar:— Não seja idiota, Jane. Não e
Marius havia realmente acabado de me pedir para dormir com ele?Mas espera, em que sentido?Eu recuei tão rápido que bati as costas contra a parede atrás de mim, enquanto Marius assimilava o que eu estava pensando, encarei-o com o meu maior olhar julgador, enquanto ele sacudia a cabeça freneticamente, dizendo:— Não falei nesse sentido, ah, caramba.... — Eu o observei cautelosa enquanto ele passava as mãos nos cabelos e bufava impaciente.— Vamos apenas dormir no mesmo quarto porque é mais seguro, entendeu?Cruzei os braços e o olhei desconfiada.— Seguro para quem? Para mim que não é. — retruquei e o olhei dos pés a cabeça exatamente como ele fazia tantas vezes comigo.Marius franziu o cenho e em seguida bufou novamente, sua expressão era impaciente, mas quando notou meu olhar de desdém e desconfiança, sua expressão se tornou fria.— Se eu quisesse isso de você, eu teria sem ter que forçar. Acredite. — Pronunciou.Fiquei chocada, ele realmente estava falando aquilo? Ele falava com ta
Marius me olhou como se eu tivesse feito uma pergunta tola e sem sentido, mas de repente, vi algo atravessar sua expressão.Insegurança, ele havia ficado por um momento inseguro quanto ao que eu havia dito, mas tão rápido quanto esse sentimento surgiu, ele se foi dando lugar a uma expressão impaciente e bruta, que era seu habitual.— Eu acho que você não está entendendo o que se passa aqui. Kilian pode voltar, e se isso acontecer, será com péssimas intenções, vai desejar que eu esteja ao seu lado. Mas se quiser ficar no seu quarto, tudo bem. — Anunciou ele e se virou, dando as costas para mim.Eu o toquei no braço levemente, para que ele se virasse.— Não vamos dormir na mesma cama, não é? — perguntei, hesitante.O macho se virou e eu podia jurar que um sorriso malicioso havia atravessado seu rosto, mas logo ele ficou sério.— Você pode dormir no chão se quiser.Coloquei as mãos na cintura, indignada.— Você está falando sério? Vai me deixar dormir no chão enquanto dorme na cama?Mari
Uma sensação esmagadora de medo atingiu o meu coração, eu estava em um lugar escuro e com uma névoa quase etérea.Minhas mãos tremiam, meu corpo estava gelado e foi quando vi uma sombra logo a frente.— Olá? Tem alguém aí? — gritei e minha voz fez um enorme eco.Ninguém me respondeu, respirei fundo, sentindo novamente aquela sensação estranha me envolver. O frio era congelante e eu não sabia que lugar era aquele...Meus pés se moveram, caminhando em direção a sombra que vi.Quando meus olhos se acostumaram a neblina, não tive que chegar mais perto para ver o que era aquela sombra.Era eu mesma, em um caixão. Em pé, ao lado do meu corpo, estava Marius com seus dentes caninos repletos de sangue, e havia uma ferida aberta em meu pescoço, de onde ele havia mordido. Meu coração acelerou, minhas mãos suando cada vez mais enquanto eu não conseguia assimilar o que estava vendo...O olhar de Marius se ergueu para mim, olhos vermelhos e perigosos, olhos sedentos de sangue.Gritei.Abri os olhos
Se eu já estive com alguém? Ele queria saber se eu era virgem?Pisquei rápido demais, olhando para o chão respondi:— Não.Eu conseguia vê-lo assentir lentamente, enquanto respirava fundo.— Por quê?Sua pergunta me pegou de surpresa, como eu poderia dizer a ele que ninguém nunca havia demonstrado interesse em mim? Que eu era uma órfã e mesmo quando havia passeios e reuniões com outras alcateias, ou eventos, nenhum macho demonstrou interesse particular em mim?Isso era humilhante. Como eu poderia olhar em seus olhos e dizer que a única vez que pareci desejável para um macho, foi naquela maldita clareira?— Eu estou esperando encontrar meu companheiro destinado. — Menti.Mas não era bem uma mentira, eu nutria esperanças de encontrar meu companheiro destinado quando finalmente deixasse o orfanato, quando tivesse um emprego e me mudasse, deixando a vida de rejeitada para trás.Mas isso havia sido antes, antes de conhecê-lo e pela primeira vez experimentar um desejo tão feroz por alguém a