Marius havia realmente acabado de me pedir para dormir com ele?Mas espera, em que sentido?Eu recuei tão rápido que bati as costas contra a parede atrás de mim, enquanto Marius assimilava o que eu estava pensando, encarei-o com o meu maior olhar julgador, enquanto ele sacudia a cabeça freneticamente, dizendo:— Não falei nesse sentido, ah, caramba.... — Eu o observei cautelosa enquanto ele passava as mãos nos cabelos e bufava impaciente.— Vamos apenas dormir no mesmo quarto porque é mais seguro, entendeu?Cruzei os braços e o olhei desconfiada.— Seguro para quem? Para mim que não é. — retruquei e o olhei dos pés a cabeça exatamente como ele fazia tantas vezes comigo.Marius franziu o cenho e em seguida bufou novamente, sua expressão era impaciente, mas quando notou meu olhar de desdém e desconfiança, sua expressão se tornou fria.— Se eu quisesse isso de você, eu teria sem ter que forçar. Acredite. — Pronunciou.Fiquei chocada, ele realmente estava falando aquilo? Ele falava com ta
Marius me olhou como se eu tivesse feito uma pergunta tola e sem sentido, mas de repente, vi algo atravessar sua expressão.Insegurança, ele havia ficado por um momento inseguro quanto ao que eu havia dito, mas tão rápido quanto esse sentimento surgiu, ele se foi dando lugar a uma expressão impaciente e bruta, que era seu habitual.— Eu acho que você não está entendendo o que se passa aqui. Kilian pode voltar, e se isso acontecer, será com péssimas intenções, vai desejar que eu esteja ao seu lado. Mas se quiser ficar no seu quarto, tudo bem. — Anunciou ele e se virou, dando as costas para mim.Eu o toquei no braço levemente, para que ele se virasse.— Não vamos dormir na mesma cama, não é? — perguntei, hesitante.O macho se virou e eu podia jurar que um sorriso malicioso havia atravessado seu rosto, mas logo ele ficou sério.— Você pode dormir no chão se quiser.Coloquei as mãos na cintura, indignada.— Você está falando sério? Vai me deixar dormir no chão enquanto dorme na cama?Mari
Uma sensação esmagadora de medo atingiu o meu coração, eu estava em um lugar escuro e com uma névoa quase etérea.Minhas mãos tremiam, meu corpo estava gelado e foi quando vi uma sombra logo a frente.— Olá? Tem alguém aí? — gritei e minha voz fez um enorme eco.Ninguém me respondeu, respirei fundo, sentindo novamente aquela sensação estranha me envolver. O frio era congelante e eu não sabia que lugar era aquele...Meus pés se moveram, caminhando em direção a sombra que vi.Quando meus olhos se acostumaram a neblina, não tive que chegar mais perto para ver o que era aquela sombra.Era eu mesma, em um caixão. Em pé, ao lado do meu corpo, estava Marius com seus dentes caninos repletos de sangue, e havia uma ferida aberta em meu pescoço, de onde ele havia mordido. Meu coração acelerou, minhas mãos suando cada vez mais enquanto eu não conseguia assimilar o que estava vendo...O olhar de Marius se ergueu para mim, olhos vermelhos e perigosos, olhos sedentos de sangue.Gritei.Abri os olhos
Se eu já estive com alguém? Ele queria saber se eu era virgem?Pisquei rápido demais, olhando para o chão respondi:— Não.Eu conseguia vê-lo assentir lentamente, enquanto respirava fundo.— Por quê?Sua pergunta me pegou de surpresa, como eu poderia dizer a ele que ninguém nunca havia demonstrado interesse em mim? Que eu era uma órfã e mesmo quando havia passeios e reuniões com outras alcateias, ou eventos, nenhum macho demonstrou interesse particular em mim?Isso era humilhante. Como eu poderia olhar em seus olhos e dizer que a única vez que pareci desejável para um macho, foi naquela maldita clareira?— Eu estou esperando encontrar meu companheiro destinado. — Menti.Mas não era bem uma mentira, eu nutria esperanças de encontrar meu companheiro destinado quando finalmente deixasse o orfanato, quando tivesse um emprego e me mudasse, deixando a vida de rejeitada para trás.Mas isso havia sido antes, antes de conhecê-lo e pela primeira vez experimentar um desejo tão feroz por alguém a
POV MARIUSSua voz foi como o canto da sereia para mim, fui repentinamente dominado por ela.Quando Jane me perguntou porque a beijei, uma parte de mim quis apenas continuar fingindo que nada aconteceu, mas a outra parte, gritava para que eu dissesse a verdade.E desejava desesperadamente que ela sentisse o mesmo.Mesmo que eu pudesse farejar quando ela estava excitada, eu queria que Jane dissesse que me desejava. Queria que ela pedisse para que eu a tocasse.E como eu queria tocá-la, cada pedacinho dela.Gaius gritava na minha mente para que eu rasgasse suas roupas e a possuísse, ele não parecia se importar com o consentimento de Jane, mas felizmente eu consegui mantê-lo sob controle.E foi então que Jane pediu, sua voz doce e sensual, pediu que eu a beijasse.Meu corpo se moveu sozinho, Gaius assumindo o controle por alguns segundos por causa do meu choque ao ouvir o que ela havia pedido.E em um instante, eu tomei sua boca na minha, sentindo todo o seu sabor, seus lábios macios e s
POV JANEEu não devia ter perguntado aquilo, mas parte de mim ansiava pela sua resposta.Mas o que eu estava pensando droga, ele havia admitido que se sentia atraído por mim, sexualmente, mas em várias ocasiões Marius era um bruto, rude e sem educação.Não sabia falar com fêmeas e frequentemente, fazia o que queria usando sua força.Contudo, eu estava aqui, em sua cama perguntando se haveria algo mais entre nós do que apenas sexo? Onde eu estava com a cabeça?Devia agradecer que ele estivesse hesitando em responder, porque isso talvez significasse que ele me deixaria partir viva.Eu apenas não poderia ignorar o fato de que sim, Marius era um assassino, eu nunca havia visto nenhum lobo matar tão rapidamente quanto ele, que não havia hesitado em matar os lobos na clareira, e vi pela janela como ele havia avançado contra Kilian.Mesmo que todos aqueles canalhas merecessem a morte, parecia que essa maneira sangrenta de resolver as coisas era tudo que Marius conhecia.Eu desejo me tornar l
Kilian me encarava com seus olhos castanhos luxuriosos, ele estava a poucos metros de mim, seus braços cruzados sobre o peito e sua postura arrogante.Tentei me cobrir com as mãos, sentindo-me totalmente exposta, o que eu estava.— Ah, o que? Não se cubra, eu esperei durante um tempão que sua choradeira terminasse. Não queria interromper, acho que mereço uma recompensa pela minha paciência.Ah! Mas que maldito, havia me ouvido desabafar meus sentimentos, me espionando como um verdadeiro vilão pervertido.— É melhor você ir embora, Marius não está longe. — Blefei, mas Kilian apenas sorriu maliciosamente e coçou o queixo despreocupado.— Não me tire como um tolo, fêmea. Eu sei que ele está na cabana e que você veio sozinha, estava apenas esperando uma oportunidade todos esses dias.Engoli em seco, uma oportunidade para que?— Uma oportunidade para que? — perguntei e olhei para as minhas roupas na pedra.Eu queria me abaixar e pegá-las, queria ter algum pano me cobrindo, não desejava ter
Jane Onze anos de idade— Ai... como dói. Acho que vou morrer. — gemeu Daiane, se contorcendo na cama.Coloquei a mão em sua testa, ela estava com febre. Mas eu não poderia nem sonhar de acordar a senhora Calister no meio da noite para cuidar de Daiane, ela bateria em nós duas. Eu olhei em seu rosto que estava com uma careta de dor, passei a mão ternamente em sua testa e olhei ao redor, todas as outras meninas estavam adormecidas, e continuariam assim se Daiane não fizesse muito barulho.Me inclinei até ela e sussurrei:— Se quiser chorar, faça isso com a coberta em sua boca, por favor Dai, não podemos acordar ninguém. — eu entreguei a coberta a ela, que a levou a boca e chorou, seus olhos fechados e inchados de tanto chorar.Respirei fundo, meu coração apertado, Daiane era minha melhor amiga, oh, queria que essa dor fosse em mim.Engoli em seco e olhei de novo para Daiene, encolhida na cama e chorando baixinho, me inclinei e sussurrei:— Dai, eu vou até a cozinha e tentar encontra