JANE O ar noturno bateu cotra o meu rosto e fiquei momentaneamente atordoada com tantas pessoas passando ao meu redor. O som de carros, motos e pessoas falando todas ao mesmo tempo quase fizeram minha mente colapsar, meu coração batia descompassado em meu peito, meus pés descalços no asfalto me confirmavam que sim, eu havia fugido. Diversos pensamentos atravessavam a minha mente e o primeiro deles era, quem era aquele macho e porque ele me olhou daquela forma? Afastei esses pensamentos e dúvidas, eu precisava correr, precisava me afastar daquele lugar. Logo notei alguns olhares maldosos de machos, quando olhei para baixo percebi que eu estava usando apenas aquela camisola de seda, era a roupa mais sensual e vulgar que eu já havia usado na vida, minhas pernas estavam expostas. Meus seios expostos como se estivessem em uma vitrine prontos para serem levados para quem pagasse mais, contudo, essa devia ser a intenção daquela loba rancorosa. Desci rapidamente a rua me afastando de tod
Suas palavras só podiam ser mentira.Meu companheiro? O macho tinha olhos de esmeralda que ficaram mais escuros conforme ele se aproximou. Seu rosto era incrivelmente bonito e seus cabelos bem cortados.Sua barba estava baixa e escura e ele usava roupas que de longe se viam que eram caras, sem contar com o relógio em seu pulso, a marca dele valia mais que uma casa.Ele continuava a me encarar como se eu fosse um verdadeiro enigma que ele não conseguia desvendar e eu acabei me dando conta de que estava quase nua na rua. Aquilo não era um vestido, era uma camisola sensual que estava me expondo de todas as formas possíveis.Abracei a mim mesma quando uma brisa gelada me atingiu, mas não apenas tentava me proteger do frio, mas do olhar dele que mesmo não sendo luxurioso ou desrespeitoso, mas ainda assim eu podia ver claramente que ele estava consciente dos meus trajes.De repente, vi algo atravessar seu rosto quando ele desceu o olhar para a camisola.Ele pareceu incomodado, em seguida tir
JANE Quando finalmente me vi sozinha naquele quarto de pensão, tranquei a porta mesmo sabendo que deviam existir outras chaves da dona do lugar. Mesmo assim, tranquei e só o ato de fazer isso, de poder ficar finalmente sozinha, me fez respirar fundo e meus olhos arderem um pouco.Me virei para olhar para o quarto e percebi que havia uma porta de madeira escura em um canto, o que eu desejei intensamente que fosse o banheiro.O quarto era pequeno, mas aconchegante, as mantas estavam dobradas sobre a cama, as paredes limpas e o chão igualmente limpo.Caminhei em direção ao banheiro, empurrando a porta e revelando um banheiro até que amplo, com paredes de azulejo branco, piso cinza claro.A divisa do box era apenas uma cortina verde com flores, o vaso sanitário estava limpo, nas prateleiras havia potes pequenos fechados de xampu e sabonete e eu agradeci por isso. Não me lembrava da última vez que havia tomado um banho sozinho, voltei meu olhar para o vaso e lembranças de mim fazendo mi
Minha respiração estava sobressaltada, meu coração batendo como um louco, apenas porque eu havia ouvido um maldito bêbado gritar no corredor. De repente, o olhar de Demetrius desceu do meu rosto e quando acompanhei o seu olhar, percebi que ele estava encarando minhas mãos. Quando olhei para elas, percebi que estavam tremendo, mas ele não deve ter notado só isso. Todos os meus dedos sem unhas, completamente feridos ainda. Sua expressão mudou completamente, indo da palidez ao rubro, ele respirou fundo e o vi fechar os olhos por alguns segundos com força demais. Seu maxilar se contraiu e ele abriu os olhos. Estavam escuros como a noite. — Quer me contar o que aconteceu com você? — sua pergunta direta me surpreendeu, mas era compreensível. — Eu... quero me vestir. — falei. Quando disse essas palavras e me encolhi, o macho pareceu despertar e seus olhos clarearam novamente. Rapidamente ele disse: — É claro. Ele se virou e fechou a porta em seguida. Fiquei alguns segundos olhando
DEMETRIUSSeus olhos castanhos estavam cautelosos, quando meus dedos tocaram sua pele suave, o meu lobo Éden ficou agitado.Ele estava quase me fazendo perder o controle, apenas com um mínimo toque na pele dela.Eu não tinha ideia de quem ela realmente era, do que havia passado, merda, eu nem sequer sabia se ela era uma prostituta ou não. E o que mais me assustava nisso tudo era que não sabia se isso realmente importava para mim.Devia importar, eu sempre fui muito seletivo com fêmeas para relacionamentos, e já fazia anos que me transformei, era de se esperar que eu não tivesse companheiro.Ao menos eu estava vivendo dessa forma, sem me importar com uma companheira. E de repente, em uma noite qualquer, eu sou arrastado até ela.Arrebatado pelo seu aroma, pelo seu rosto, pela sua voz...Jane parecia pensativa com a minha resposta e eu só podia supor que a data para o seu aniversário estava próxima. Isso me deixou extremamente ansioso, porque isso significava que ela sentiria as mesmas
Orfanato Delister JANE — Mas o que significa isso, Jane? — A senhora Calister apontou para as pequenas manchas de café na barra da minha saia, eu olhei imediatamente para Hayley que sorria maldosamente. — Senhora Calister... — tentei explicar, mas ela desferiu um tapa contra o meu rosto tão forte que eu caí para trás. Arregalei os olhos quando vi um dente meu no tapete. — A Luna Clarisse está vindo para cá ver como eu estou administrando o orfanato e você mancha sua melhor roupa! Ah, sua órfã imunda! Hayley havia jogado seu café na minha roupa de propósito, mas a senhora Calister não se importava com isso. Ela me puxou pelos cabelos e me arrastou para fora da sala, me empurrando em direção as escadas. Cai sentada no primeiro degrau, o sangue em minha cabeça fervendo enquanto a dor no meu rosto e na minha boca sem o meu dente, faziam minhas pernas tremerem. A senhora Calister era uma loba muito forte e cruel. — Vá para o quarto e fique lá, direi que está doente. Sua id
Meu sangue gelou enquanto tentava cobrir meus seios com os braços.Olhei para os três machos, me encarando com um olhar de luxuria em seus olhos e engoli em seco, meu coração batia tão forte que parecia que iria explodir.Dany continuava segurando Daiane, que parecia estar horrorizada com o que estava acontecendo.— Dany, me solte. O que estão fazendo? — sua voz estava tremula.Daiane ainda não havia entendido, mas eu sim.— Eu disse, sua órfã imbecil, que haveria uma festa aqui na clareira. E vocês só vão embora quando eu e meus amigos nos cansarmos! — ele rosnou, enquanto segurava o rosto de Daiane com força.A loba já estava chorando e eu senti um ódio terrível, olhei ao redor rapidamente e vi um pedaço de madeira que poderia me servir.Caio foi o primeiro que avançou em minha direção, me abaixei e peguei a madeira, o acertei no rosto com toda a minha força, ele caiu de joelhos por causa de seu olho direito que foi atingido.Nem sequer tive tempo de ficar aliviada com isso, porque
Tudo que passava pela minha cabeça era:Ao menos ele me mataria rapidamente e eu não seria abusada.Eu estranhamente não senti medo, foi como se esse pensamento me confortasse, isso, até ouvir os gritos de horror e medo de Daiane, o que me fez despertar para o fato de que eu estava prestes a morrer, o que era bem ruim...O enorme lobo negro avançou e eu sabia que seria sua primeira vítima, já que estava deitada no chão e era a mais próxima dele, pensei em fechar os olhos e torcer para que ele me matasse rapidamente, mas não os fechei. Afinal, onde estava o meu espírito de luta? Como eu podia desistir assim tão fácil, quando tudo que fiz nos meus dezessete anos foi lutar e sobreviver, suportar todos os abusos e desprezo no orfanato. Eu morreria assim, quieta e conformada?Antes que eu pudesse colocar em prática esse pensamento, o lobo avançou contra mim, por um segundo, eu o vi olhar diretamente para mim, como se estivesse percebendo algo, ele desviou seu caminho. Eu me virei, a temp