A ruiva atraente entra e se esforça para me picar com sua coqueteria. Ela acha que eu mordo a isca, na verdade Sou eu quem pega, ninguém me coloca na cadeia. Seus expressivos olhos esverdeados não demoram a me olhar com intenções duplas, ela ataca sedutoramente. Seus métodos são ridículos, um interlúdio antiquado que não capta meu interesse. O idílio que tivemos deve ficar por aí, uma aventura simples, mas ela não supera.- Alek, trouxe seu chá preferido, achei que dava jeito. Como vai? - pergunta deixando o copo contendo o líquido fumegante, na minha mesa. Devo agradecer a ele? —. E aqui estão os documentos, desculpe a demora, mas eu não estaria tão ocupado se você tivesse um assistente também.Ele tem razão, mas se focasse apenas no trabalho, teria mais desempenho. Reviro os olhos com a bebida quente. Tomo um gole. Ele é do jeito que eu gosto dele. Não há dúvida de que ele quer alguma coisa. Acho que ele está procurando o de sempre: sexo e dinheiro ou apenas sexo. Grizela não é mai
Uma semana que não voltei a ver seus olhos, sete dias de aparente tranquilidade, foram cento e sessenta e oito horas que a ausência do lobo me deixou com uma crescente sensação de suspense.É por isso que sempre que alguém vem, temo que possa ser ele. O alívio toma conta de mim toda vez que não me torno esse homem. Estive na sala sem saber o que fazer, então estou começando a me lembrar da minha vida tranquila em Nova York, dos momentos com meu pai e Elena; e das palhaçadas de Grace, que causam tanta dor de cabeça.Acho que relembrar momentos familiares consegue me fazer esquecer que estou aqui, e sempre chega aquele momento em que acontece o efeito contrário. Tenho consciência do quanto sinto falta deles, do quanto sinto falta deles.Preciso de um abraço do PAPAI, de um beijo na bochecha da mamãe, também dos sorrisinhos safados da minha irmãzinha. Tudo isso aperta meu peito, é nostalgia, é melancolia, é um sentimento que domina cada parte de mim.Veronika entra, a empregada, ela tamb
Liberte meus tornozelos e pulsos da prisão opressiva. Mas ele não acabou com o inferno. Ela pega o que deixou no meio do caminho, se veste rapidamente, mas eu ainda estou nua. Ele puxa meu braço e me faz caminhar até a parede. Estou de costas e só trêmulo esperando os socos. Ele vai me chicotear. Minhas pernas já estão flácidas, vai doer.Consequentemente, ele me açoita com raiva, ele não para. A picada é insuportável, cada parte das minhas costas se abre com sua fúria. Não resisto mais, os soluços surgem sem parar, me rasga por dentro e por fora.Tão severo que acho sua força sobrenatural.- Por favor, pare, Eu te imploro! - exclamo lich, implorar é a única coisa que emana antes de perder a noção.- Você vai morrer, porra! - ruge sentenciando o fim.Suas palavras se cumprem, num Instante A luz se transformou em trevas....Queima, é uma fogueira viva nas minhas costas, é um inferno roendo as fendas que sua tortura deixou. A abrasão não atenua, a algiar é austera.Me encontro de bruço
- Olha você, você resiste, devo admitir que você me surpreende, Luazinha - afirma imperiosamente. Sua mão repousa sob meu queixo, ele a levanta bruscamente -. Teria sido sua irmãzinha que era deplorável como você.- Ela é sua irmã, Aleksander, seu sangue corre em suas veias também - eu a lembro fazendo-o recobrar o juízo.Por Mais que negue, não dará o braço para torcer.Ele é implacável.- Não pense que vai amolecer meu coração. Isso nunca funciona comigo-ele expressa passando um gesto maligno.- Eu sei, você nem tem coração-Eu jogo soltando um bufo.Ele sorri presunçosamente, com aquela aura perigosa ele se abaixa, colocando os lábios na minha testa. A pressão que ele exerce, fingindo ser um beijo, também é zombaria, ele é pior que o traidor de Judas."Dentro de mim", ele dá um tapinha no peito dela. Há um coração, garanto-lhe, graças a ele você ainda está vivo. Vou tirar algumas fotos.- O quê? - Franzo a testa, consternado. O que faltava, que ele me fotografou naquele estado. Será
- Para que conste, se eu te der o dinheiro, não significa que estou aceitando condições. Vai ter que fazer alguma coisa por mim. Pegar ou largar.- OK, está combinado. O que fazer?- Siga Elena, pegue um táxi e siga-a até seu destino. Então você me manda o endereço. Bob é seu tio. Assim que você fizer a sua parte, eu farei a minha.- Por que você está encomendando isso para mim? Tem seus homens-reclama.- Meus homens não têm tempo a perder com ninharias.- Feito. Estou te deixando agora, devo continuar estudando.Bufo encerrando a ligação.Nikon plays, aguarde minha Permissão para entrar. Assim que ele entra, ele se senta quando eu faço um gesto com o queixo.- Chefe, ele pediu para me ver.- Isso mesmo, preciso falar sobre a entrega desta segunda-feira. Dá-me a previsão, Nikon.Cerca de meia hora falando ele me aconselha. O que coincide com a minha decisão. Nos despedimos, faço algumas ligações pendentes, principalmente a ligação internacional. Meu advogado e detetive nos Estados Uni
Não descarto que haja mais pessoas como eles por aí.- Trouxe o jantar. Como vai? - expresso, acabo fazendo contato com ela.Uma careta se forma em meus lábios. Não é só a comida, mas também a pílula que vai evitar uma gravidez indesejada.- Ruim.Ele me dá e eu Engulo, nem me preocupo em beber água.- Ele bateu em você? - ele indaga se aproximando, ele procura novas feridas em mim, o que ele não sabe é que eu as carrego para dentro.- Muito pior-enxugo com a palma da mão as lágrimas que escaparam e as que estão tentando sair —. Não quero entrar em detalhes, Alena."Eu imagino", ele dá um suspiro alto. Vejo que você tomou banho, por que não esperou por mim? Suas feridas ainda não estão cicatrizando.- Eu sei. - Dou de ombros.- Coma um pouco e deixe-me dar uma olhada.- Não tenho apetite-admito com relutância.Meu estômago vai rejeitar qualquer coisa, eu realmente não quero ter que vomitar tudo de novo. A própria ideia me desagrada. Alena me repreende com um abanão de cabeça. Eu sei q
A noite caiu, sua perversidade venenosa injetada em minha alma maltratada, novamente. Não havia sutileza, não havia compaixão. Minhas súplicas foram apagadas com a violência de seus lábios movendo-se ferozmente. O mesmo capítulo próprio do mal, a mesma história em que fui usado e jogado fora após o ato.Ninguém pode se acostumar com tal abuso, e não tenho escolha a não ser me resignar à sua brutalidade.A repulsa me pega toda vez que suas mãos me tocam e toma conta do meu corpo. E eu olho para ele ali, indiferente, tão desdenhoso que o acho de outro mundo. Ele não tem coração. Aleksander puxa o zíper da calça e termina de abotoar a camisa branca. Sigo cada movimento dela em uma bola na cama.A intensidade de seus verdes acinzentados preserva a lascívia, aquele brilho malicioso que eu gero para ela.- Como sempre, foi um prazer possuí— la, Senhorita Luna Miller - " comenta provocadoramente.Se eu pudesse me levantar e dar o devido, mas ele merece a morte e não está no meu sistema derra
No meu lugar tremo, me apavora aos decibéis quando é expresso na língua deles, soa mais macabro.Ele se vira e caminha em direção à entrada.- Aleksander-eu ligo para ele, tentando a sorte. Ele pode mudar de ideia e me matar agora mesmo. O que você fez com a Alena?—Não é da sua conta", ele ruge, batendo a porta.Fico paralisado, finalmente caio em um chão que tanto sentiu minhas quedas. Sempre caio como um castelo de areia, sendo a causa a força de suas ondas impassíveis e agressivas em minha Costa.Venho pra praguejar contra sua força implacável que desfaz, desmorona, Tomba e destrói tudo em seu caminho. Ele é tão malicioso, é tão mau e inexorável que não encontro nele um ponto fraco. Seu hermetismo me impede de fazê-lo, o suspense que ele administra e o mistério que o define. Haverá uma maneira de conhecê-lo? A chance é baixa e a pequena porcentagem me motiva a tentar.Inesperadamente, quero entrar na caverna do lobo. Me perder, desafiar, tentar. Se eu não fizer isso, não saberei o