Trinta minutos se passaram.Eles chegaram ao hospital.- A Marina já chegou? Onde ela está? - Miguel perguntou à enfermeira assim que adentrou o hospital.Este era o hospital de Miguel e as enfermeiras o conheciam bem. Uma delas respondeu prontamente: - A Sra. Marina está no quarto do ultrassom.Miguel se adiantou rapidamente, seguido de perto por Luiza.Quando chegaram ao quarto do ultrassom, viram Marina sendo conduzida para fora pela enfermeira, deitada na maca, sem se mover.- Mari. - Luiza correu até ela apressadamente. - Como você está agora?- Está tudo bem. Acabei de fazer o ultrassom e o médico disse que a posição do bebê está correta, só precisamos esperar o bebê se mover.- E agora? Precisamos fazer alguma coisa?- Não, os outros exames podem ser feitos na sala de parto.- Que alívio.Luiza segurou a mão de Marina. Durante a viagem, ela estava muito preocupada, inquieta.Eles voltaram para a sala de parto, um espaço separado.Miguel não entrou.A enfermeira retirou o sangue
Ao ouvir isso, Marina se sentiu um pouco desanimada.Originalmente, sua data prevista de parto seria daqui a 5 dias, quando Geraldo estaria de volta. No entanto, não esperava que sua bolsa rompesse às 39 semanas e 2 dias, antes de completar 40 semanas.Mas às 39 semanas e alguns dias, o médico também disse que era normal. Alguns bebês nasciam cedo, outros tarde, cada um era diferente.Luiza viu sua desilusão e segurou sua mão. - Desculpe, Mari, foi por minha causa que o Geraldo foi para a América, atrasando vocês...- Não tem problema. - Marina apertou sua mão. - Desta vez, o Geraldo foi para a América para te ajudar, e para fazer justiça. Eu também não suportava mais aquela mulher hipócrita!Luiza riu.- A comida na marmita já está fria, vá logo dar para o Miguel, eu também preciso comer algo, para não ficar com fome mais tarde quando a dor começar. - Marina terminou a sopa e começou a comer, tinha muita carne.Luiza viu que ela estava comendo bem, o franzir de sua testa relaxou, ent
Dentro do quarto, os médicos estavam examinando Marina e, como não havia nada de errado, estavam prestes a sair.Yago estava bastante curioso sobre Marina e perguntou a ela: - Este bebê é do Geraldo, certo?- Sim.- Parece bem forte. Você comprou todas as roupas?- Comprei algumas.- De que cor? Me deixe ver.Yago estava curioso, então Marina pediu a Ivana para trazer as roupas para que Yago pudesse ver.A maioria delas era rosa e amarela.Yago riu.- Você não sabe se é menino ou menina?- Não sei. - Marina balançou a cabeça.Yago sorriu e disse: - Então vou te dizer agora. Você comprou errado. O que está dentro de você é um menino.Marina ficou surpresa por saber o sexo com antecedência.- Meu bebê é um menino?- Sim, está prestes a nascer, então não faz mal te contar. - Yago com as mãos nos bolsos do jaleco, parecia alto e bonito.- Então comprei as roupas erradas. - Marina lamentou um pouco, talvez os itens para bebês meninas fossem mais bonitos, então Marina acabou comprando muit
Apenas um minuto havia passado e Marina já estava encolhida na cama, se contorcendo de dor como um camarão congelado.Luiza se aproximou e segurou a mão de Marina. - Mari, se estiver doendo, aperte minha mão...Marina segurou sua mão com força, como se quisesse quebrar seus ossos.Luiza sentiu a angústia dela, seus olhos se encheram de lágrimas ao perceber o quão doloroso era para uma mulher dar à luz. Ela a confortou: - Mari, vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem...A obstetra logo veio e examinou Marina, confirmando que ela estava tendo contrações.A obstetra disse: - Sra. Marina, durante as contrações, não grite. Respire fundo, conserve sua energia, para que tenha força quando o bebê nascer.- Eu não consigo... Ah...Marina se contorceu na cama, sentindo como se algo estivesse prestes a rasgar sua barriga e sair. Ela estava batendo de dor na cama.A obstetra a segurou. - Sra. Marina, não se mexa assim, respire fundo, relaxe, respire fundo...Marina estava tão dolorida que lágri
Marina olhou para a diretora do departamento de obstetrícia.Yago interveio: - Não é possível, as condições corporais da Mari são adequadas para um parto normal. Não podemos mudar para uma cesariana aleatoriamente, pois isso pode causar danos ainda mais graves ao corpo.- Então, ela pode suportar essa dor? - Geraldo falou com um tom mais sério, e aqueles que o conheciam sabiam que ele não estava contente.- Se a dor for insuportável, podemos administrar a anestesia epidural mais tarde. - Disse Yago com uma expressão de desamparo.- Então dê a ela agora mesmo! - Geraldo ordenou com o rosto sombrio.Yago parecia resignado. - A anestesia epidural é administrada quando o colo do útero está dilatado em dois dedos. A Mari está apenas começando a ter contrações, não está nesse estágio ainda.Luiza ficou chocada.Mari já estava sentindo tanta dor e ainda não havia dilatado o colo do útero em dois dedos? Se doía assim agora, como seria quando estivesse completamente dilatado?Marina também co
As lágrimas de Marina inundaram ainda mais seu rosto, enquanto ela soluçava: - Realmente doeu muito agora há pouco.- E agora? - Perguntou Geraldo.Marina sentiu um alívio, parecia que a anestesia epidural estava fazendo efeito. Ela se sentiu muito melhor, fazendo um bico lamentável: - Depois de tomar a anestesia epidural, parece que melhorou muito, não dói tanto...- Que bom. - Geraldo soltou um suspiro de alívio.Yago lembrou: - Enquanto a Mari ainda não começou o parto, se ela conseguir comer, dê um pouco de chocolate para ela, para repor as energias, o parto é o que realmente importa.- Entendido. - Geraldo pegou o chocolate ao lado, abriu cuidadosamente e ofereceu a Marina. - Mari, coma um pouco de chocolate.Marina deu uma mordida e as lágrimas voltaram.Ela não sabia por que estava chorando, talvez fosse por estar vendo alguém em quem confiava, ela se sentia frágil.- Mari, coma mais um pouco. - O homem indescritivelmente nobre e calmo enxugou suas lágrimas e a alimentou mais
Um grupo de pessoas esperava ansiosamente.Às três da manhã, Luiza perguntou: - Como está a Mari? O bebê ainda não nasceu?Ela dirigiu a pergunta a Yago.Yago ligou para dentro e obteve a resposta: - Ainda está em trabalho de parto.Luiza realmente compreendeu o quão difícil era para as mulheres dar à luz e suspirou.Às sete da manhã, finalmente uma enfermeira saiu para dar as boas notícias: - Parabéns, parabéns! A Sra. Marina deu à luz um menino, às 7h01 da manhã, mãe e filho estão bem.O coração tenso de Luiza finalmente relaxou.O parto durou exatamente seis horas. Luiza estava exausta e preocupada do lado de fora, não se atrevendo a dormir, aguardando ansiosamente.Agora que ouviu que Marina estava bem, Luiza se acalmou e se levantou para perguntar à enfermeira.Mas assim que se levantou, suas pernas fraquejaram e quase caiu.Miguel, ao lado, a segurou a tempo, a envolvendo em seus braços calorosos.- Cuidado.- Minhas pernas estão dormentes. Respondeu Luiza, perguntando à enfe
Luiza se espreguiçou, o sol da tarde era preguiçoso, uma sensação de estar em um mundo diferente.Ela desceu da cama, calçou os sapatos e saiu da sala.Aquele homem estava sentado à mesa da cozinha com seu laptop, as mangas ligeiramente enroladas, o nariz alto e esguio, na luz do sol, sua silhueta lateral era especialmente bonita e charmosa.Luiza parou por um momento. - Você ainda está aqui?- Dormi tarde ontem à noite. Estou trabalhando em casa hoje. - Miguel falou, vendo que ela havia acordado, ele perguntou. - Está com fome? Posso fazer algo para você comer.- Não precisa, só vou tomar leite. - Luiza respondeu.Luiza entrou na cozinha, abriu a geladeira, que estava cheia de comida que Miguel mandou entregar.Luiza franziu a testa, ele planejava se instalar aqui? Ele realmente mandou entregar tanta comida?Luiza ficou um pouco irritada. Pegou uma garrafa de leite, mas Miguel a tomou logo em seguida.Ela olhou para ele.O homem estava de pé contra a luz, sua figura alta a envolvia.