As lágrimas de Marina inundaram ainda mais seu rosto, enquanto ela soluçava: - Realmente doeu muito agora há pouco.- E agora? - Perguntou Geraldo.Marina sentiu um alívio, parecia que a anestesia epidural estava fazendo efeito. Ela se sentiu muito melhor, fazendo um bico lamentável: - Depois de tomar a anestesia epidural, parece que melhorou muito, não dói tanto...- Que bom. - Geraldo soltou um suspiro de alívio.Yago lembrou: - Enquanto a Mari ainda não começou o parto, se ela conseguir comer, dê um pouco de chocolate para ela, para repor as energias, o parto é o que realmente importa.- Entendido. - Geraldo pegou o chocolate ao lado, abriu cuidadosamente e ofereceu a Marina. - Mari, coma um pouco de chocolate.Marina deu uma mordida e as lágrimas voltaram.Ela não sabia por que estava chorando, talvez fosse por estar vendo alguém em quem confiava, ela se sentia frágil.- Mari, coma mais um pouco. - O homem indescritivelmente nobre e calmo enxugou suas lágrimas e a alimentou mais
Um grupo de pessoas esperava ansiosamente.Às três da manhã, Luiza perguntou: - Como está a Mari? O bebê ainda não nasceu?Ela dirigiu a pergunta a Yago.Yago ligou para dentro e obteve a resposta: - Ainda está em trabalho de parto.Luiza realmente compreendeu o quão difícil era para as mulheres dar à luz e suspirou.Às sete da manhã, finalmente uma enfermeira saiu para dar as boas notícias: - Parabéns, parabéns! A Sra. Marina deu à luz um menino, às 7h01 da manhã, mãe e filho estão bem.O coração tenso de Luiza finalmente relaxou.O parto durou exatamente seis horas. Luiza estava exausta e preocupada do lado de fora, não se atrevendo a dormir, aguardando ansiosamente.Agora que ouviu que Marina estava bem, Luiza se acalmou e se levantou para perguntar à enfermeira.Mas assim que se levantou, suas pernas fraquejaram e quase caiu.Miguel, ao lado, a segurou a tempo, a envolvendo em seus braços calorosos.- Cuidado.- Minhas pernas estão dormentes. Respondeu Luiza, perguntando à enfe
Luiza se espreguiçou, o sol da tarde era preguiçoso, uma sensação de estar em um mundo diferente.Ela desceu da cama, calçou os sapatos e saiu da sala.Aquele homem estava sentado à mesa da cozinha com seu laptop, as mangas ligeiramente enroladas, o nariz alto e esguio, na luz do sol, sua silhueta lateral era especialmente bonita e charmosa.Luiza parou por um momento. - Você ainda está aqui?- Dormi tarde ontem à noite. Estou trabalhando em casa hoje. - Miguel falou, vendo que ela havia acordado, ele perguntou. - Está com fome? Posso fazer algo para você comer.- Não precisa, só vou tomar leite. - Luiza respondeu.Luiza entrou na cozinha, abriu a geladeira, que estava cheia de comida que Miguel mandou entregar.Luiza franziu a testa, ele planejava se instalar aqui? Ele realmente mandou entregar tanta comida?Luiza ficou um pouco irritada. Pegou uma garrafa de leite, mas Miguel a tomou logo em seguida.Ela olhou para ele.O homem estava de pé contra a luz, sua figura alta a envolvia.
- Não consigo controlar. - Ele sorriu e acariciou o longo cabelo dela. - Espere por mim em casa, eu volto logo.Luiza manteve a expressão inalterada, mas sua beleza transmitia uma delicadeza cativante. Miguel riu, a cobriu com uma manta leve e saiu.Depois que ele partiu, Luiza suspirou suavemente.Ela realmente não queria se reconciliar com Miguel.Não o rejeitava porque estava cansada de dizer não; esse homem era como um chiclete que não se desgrudava.Luiza pensou: "Vou esperar até o dia em que ele mesmo desista de me perseguir..."Miguel retornou por volta das sete horas, segurando um buquê de rosas brancas nas mãos.O diamante roxo já havia sido comprado e enviado para a joalheria para ser personalizado.Ele entrou em casa de bom humor, tirou os sapatos no hall de entrada, imaginando o quão feliz Luiza ficaria ao ver o buquê, e não pôde evitar um sorriso. - Lulu.As luzes estavam acesas, mas ninguém respondeu.- Lulu.Miguel se dirigiu ao quarto, onde viu uma revista jogada na po
Geraldo sorriu e disse: - Mesmo que goste, você não deve cuidar agora. Você está se recuperando, é melhor descansar e se fortalecer. Só depois da licença-maternidade é que vou permitir que você brinque com o bebê.- Você é mandão. - Marina protestou, resmungando. - Eu quero ficar de olho no bebê.- Você pode ficar de olho, mas evite brincar muito com ele. Tente não o carregar tanto e cuide mais do seu próprio corpo.Luiza, ouvindo a conversa dos dois no quarto, quase quis cobrir os olhos. Eles realmente não estavam levando em consideração que havia uma terceira pessoa ali.Depois de um tempo, o bebê voltou do banho. Quando Geraldo viu o bebê, seus olhos ficaram cheios de ternura. Ele se aproximou, pegou o bebê nos braços e mostrou para Marina e Luiza.O bebê de Marina parecia uma mistura perfeita dela e de Geraldo, herdando todas as melhores características dos dois.Luiza olhou para o pequeno bebê e, sem perceber, sorriu.- Que fofo. Ela estendeu a mão e tocou suavemente a bochecha
Ela ficou parada em silêncio. Com outras pessoas por perto, não disse nada, apenas falou para Geraldo: "Vou embora agora" e entrou no elevador.- Você saiu sem me avisar? E nem atendeu a chamada?Quando a porta do elevador se fechou, Miguel se virou para ela, seus olhos profundos, e tentou segurar sua mão.Luiza se esquivou.A mão de Miguel ficou suspensa no ar.Ela não queria se aproximar dele, para evitar que a situação saísse do controle. Disse vagamente: - Eu não queria falar.- Se você não fala, eu fico preocupado.Luiza ficou quieta por um momento e, de repente, suspirou. - Eu já disse, você não precisa se preocupar comigo. Eu sei cuidar de mim mesma. Não preciso te informar sobre meus passos. Não temos nenhum tipo de relação.Miguel ficou em silêncio por alguns segundos.O elevador chegou, e Luiza saiu rapidamente, pegando o primeiro táxi que viu.Pelo retrovisor, ela viu que Miguel não a seguiu. Respirou aliviada.Chegando ao Residencial Brisa Flor, ela abriu a porta.No hall
- Você está interessado na Luana, não está? - Miguel foi direto ao ponto.- Cof, cof! Também estou te ajudando. - Disse Yago, já tendo notado Luana ao lado de Simão, usando um pequeno vestido preto. Sua pele branca como a neve era hipnotizante, difícil de desviar o olhar.Yago ficou encantado por alguns segundos antes de seguir em frente. - Vou cuidar disso.Depois que ele saiu, não demorou muito para alguém se aproximar de Luana e sussurrar algumas palavras em seu ouvido.Luana assentiu e disse a Simão: - Simão, há um senhor querendo discutir uma parceria com a Joia Miranda. Vamos lá conversar com ele.- Claro. - Simão se despediu de Luiza e saiu com Luana.Luiza ficou sozinha, e ainda não era hora do lançamento. Um pouco entediada, pegou dois pequenos bolos da mesa de buffet, pois ainda não tinha jantado.Quando se sentou para comer, uma sombra caiu sobre ela, bloqueando a luz.Luiza levantou o olhar e viu Miguel parado à sua frente, com uma expressão de desagrado.Luiza suspirou,
Ela ficava reclamando atrás dele, com uma voz suave, puxando a barra de sua roupa. Miguel ficava extremamente irritado com os lamentos dela, e, no final, relutantemente a levava para comprar uma pulseira.Agora, a situação se invertia: ela não queria mais nada dele, e ele insistia em presentear ela.- Desculpe, eu não quero. - Recusou Luiza novamente.Embora as mulheres geralmente se encantassem com coisas bonitas, ela sabia que aceitar aquele colar significaria algo mais, e ela não podia aceitar. Aceitar seria dar a ele uma chance.Os lábios de Miguel se comprimiram. - Não há segundas intenções, apenas achei que esse colar combinava com você.- Mesmo que combine, eu não quero.Ela recusou sem hesitar, se levantou e saiu com sua bolsa.Nanda estava em um canto, mordendo os lábios e olhando furiosa para Luiza.Ela tinha conseguido entrar na festa com o objetivo de falar com Simão, sua última esperança, alguém que ela não podia perder.Assim que entrou, viu Luiza e Miguel juntos. Migu