Uma única frase fez com que Luiza sentisse um frio por todo o corpo, e ela se virou para olhá-lo.Miguel repetiu a mesma frase:- Volte comigo.Luiza respirou fundo e, finalmente, disse a Theo:- Theozinho, descanse bem aqui, eu volto amanhã para te ver.- Certo. - Theo sorriu suavemente, sempre mantendo sua habitual serenidade.Luiza seguiu Miguel para fora do quarto do hospital.Ela não esperava que, no fim, ele usasse seu pai como ameaça. Luiza se sentiu desapontada. Enquanto seu pai estivesse preso, ela estaria à mercê de outros, incapaz de agir livremente.Os dois deixaram o hospital e entraram no carro.Durante o trajeto, não trocaram uma palavra. Luiza não queria dizer nada, apenas se encostou na janela do carro e fechou os olhos.Ao chegarem aos Jardins da Serra, Lívia os recebeu:- Senhor, senhora, vocês voltaram? O jantar já está pronto, venham comer enquanto está quente.Miguel não respondeu e se dirigiu à sala de jantar.Luiza, por outro lado, disse a Lívia:- Lívia, não
Então, ela balançou a cabeça, respondendo:- Não, Theozinho está ferido por minha causa, preciso cuidar dele.Além do mais, a mãe de Theo era a melhor amiga da sua mãe, e ela desejava se aproximar mais de Theo para aprender sobre sua mãe.- Já lhe disse que você não pode ir. - A expressão de Miguel se tornou sombria.Luiza afirmou com convicção:- Eu irei.Miguel soltou uma risada fria:- Parece que você está decidida a me trair, não é?Ele havia alertado sobre as segundas intenções de Theo, mas ela não dava ouvidos, insistindo em se aproximar dele para serem amigos?Diante dessas palavras, Luiza não se defendeu, apenas virou a cabeça, o ignorando.Miguel, subitamente, segurou seu queixo com força, o olhar se tornando perigoso e sombrio:- Se você ousar ir, esqueça a liberdade do seu pai. - Dito isso, soltou ela e saiu com passos largos do quarto.O queixo de Luiza doía; ela tocou o local levemente, com o rosto determinado.Os acontecimentos do dia fizeram-na perceber que não podia sim
Suas mãos ásperas amassavam sua pele alva.Luiza franzia a testa, desconfortável.- Miguel, me solte.Ele se recusou a soltar, prendendo ela contra a cabeceira da cama, se colando a ela como um forno, mordendo loucamente seu pescoço.Luiza tremia com as mordidas.Marcas vermelhas e roxas apareciam em sua pele; ela tentava se soltar sem sucesso, pressionada contra a cama por ele.Ele ainda vestia seu roupão, com um braço envolvendo sua cintura delgada e o outro causando tumulto em seu corpo, acendendo um fogo que rapidamente deixava as bochechas de Luiza levemente avermelhadas.Ela era estimulada a tremer.Miguel sentiu isso, seu interesse se intensificou, apertando sua cintura e se entregando à paixão.Sob o luar, ela estava pressionada por ele, sua pele como neve, delicada e bela, com os cantos dos olhos avermelhados, incitando ainda mais o homem a desejá-la intensamente....O dia começava a clarear.Miguel ainda a abraçava, como uma fera insaciável.Luiza chamava sem forças:- Me de
Bruna se virou para olhar para Theo, que já cuidava de Luiza.- Lulu, venha para mais perto, não fique tão distante dela.Luiza, sem temer muito Bruna, ergueu o queixo friamente e a encarou.- Bruna, se você ousar fazer algo aqui, chamarei a polícia e direi que você me agrediu intencionalmente.Bruna se enfureceu com a provocação, e disse ao Theo:- Theozinho, como você pode fazer isso comigo? Esta manhã, minha mãe disse que a família Souza queria arranjar um casamento com a família Pires, e pensaram em marcar uma data para o nosso noivado!Ao ouvir isso, a expressão de Theo esfriou.- Eu não concordei.- Você acha que pode discordar? A grande família Pires concordaria em ter você casando com Luiza, uma mulher que já foi de outro?Bruna apontou para Luiza, dizendo com arrogância:- Luiza, se for esperta, fique longe do Theozinho. Nossas famílias se unirão em casamento em breve, e então Theozinho será meu noivo. Se continuar se aproximando dele, não me culpe por tomar medidas contra voc
Porque se casando com a Bruna, que não possuía poder real, ele perdia a chance de competir com Francisco. Francisco, por sua vez, certamente faria de tudo para aproveitar essa situação.Theo pressentia que, a partir deste momento, precisava planejar como sabotar os planos de Francisco. Claro, uma sabotagem abrupta não funcionaria, pois levantaria suspeitas. Assim, ele teria que agir de maneira discreta....Ao descer para o térreo, Luiza se dirigiu ao seu carro, já que veio dirigindo.- Para onde? - Miguel segurou sua mão, com um olhar gélido.Luiza o encarou:- Procurando problemas no hospital durante o dia? Parece que está realmente entediado.- Como assim, procurando problemas? Se explique direito.Luiza respondeu:- Não tenho o que te dizer. Solte minha mão, estou de saída.- Só porque não te deixei vir ao hospital ver Theo, você fica assim? - Indagou Miguel, friamente.Luiza queria dizer que não, que o que realmente a incomodava era o comportamento dominador e coercitivo dele n
Ela leu algumas mensagens e se sentiu mal com os insultos. Colocou o celular de cabeça para baixo na mesa, sem querer olhar mais.Ruídos tumultuados vinham de fora do prédio.Marina foi até a janela e viu que estava cheio de fãs da Clara lá fora.Eles seguravam faixas insultando Luiza, chamando ela de amante, e exigiam que ela saísse para pedir desculpas.Marina franziu a testa e disse:- Lulu, você definitivamente não deve sair agora, lá fora está cheio de fãs da Clara, eles estão agindo como loucos.Luiza franziu a testa.Como isso aconteceu?Quem postou esse vídeo?Nesse momento, o barulho lá fora se tornou ainda mais alto, alguns fãs invadiram o prédio e a multidão começou a entrar como se tivessem enlouquecido.A expressão de Marina mudou, e ela correu escada abaixo para falar com Luiza:- Lulu, eles estão subindo, você definitivamente não deve descer, vou trancar a porta do estúdio.Marina correu até a porta principal, tentando fechar a porta com um cadeado.Mas, antes que pudes
- A amante está descendo! Vamos lá, pessoal! - Gritavam os fãs do lado de fora ao verem Luiza chegando, em voz alta.Luiza mal conseguia segurar a porta, que agora exibia uma fresta.Um fã estendeu a mão para dentro, agarrando o longo cabelo de Luiza:- Sua amante, saia aqui!Luiza sentiu uma dor aguda no couro cabeludo e, sem saber de onde veio a força, deu um passo à frente e empurrou a porta de vidro com força, aprisionando o braço do fã.Ele gritou como se estivesse abatendo um porco e recuou alguns passos.Os demais começaram a gritar:- Sua vagabunda, você ousa bater nas pessoas sendo uma amante. Gente, vamos lá, vamos pegar essa amante!A multidão enlouqueceu e empurrou a porta de vidro com força, abrindo ela.Luiza e Marina recuaram dois passos.Marina tentou proteger Luiza, mas era difícil lutar contra tantos, e foi arrastada para trás, enquanto Luiza foi cercada por um grupo de fãs.- Então, amante, você finalmente ousou enfrentar a gente. - Um grupo cercou Luiza, apontando e
A pessoa que falava era exatamente a garota que tinha puxado o cabelo da Luiza antes.Miguel a olhou friamente, emanando uma aura intimidadora.- Foi você que puxou o cabelo dela agora há pouco, não foi?Miguel tinha visto tudo pela transmissão ao vivo.A garota, assustada, explicou:- Eu só estava tentando defender a Clara.- Ela precisa de você para defendê-la? Quem você pensa que é para ela?A garota engasgou, sem conseguir responder; elas eram apenas fãs, não amigas da Clara, sem nenhum laço familiar com ela.Miguel se virou para o policial à frente e disse:- Este grupo todo cometeu o crime de provocação e perturbação. Por favor, policial Davi, leve-as todas para a delegacia. Não vamos fazer acordo.Ao ouvir isso, o grupo de fãs ficou atordoado, chocado e assustado.Todas eram jovens de dezoito ou dezenove anos, ainda estudando, vieram em defesa da Clara, mas agora estavam sendo acusadas de provocação e perturbação?- Presidente Miguel, há algum equívoco? Viemos pela Clara, sua na