Aquela pessoa estava dentro do quarto. De repente, um nome surgiu na mente de Luiza. "Jaqueline! A mãe do Theo, ela também estava envolvida nisso na época. Então, foi ela quem gravou o vídeo? Quer dizer que esse vídeo, o Theo já o tinha há muito tempo?"Num instante, todas as imagens em sua cabeça se conectaram. "Talvez, desde que o Theo soube da minha identidade, ele tenha escondido essa verdade?" A mente de Luiza estava uma confusão. Francisco também tinha terminado de assistir a todo o conteúdo e se virou para olhá-la. — Este vídeo parece ser antigo, é sobre a causa da morte do Zeca naquela época? Ele também tinha visto essa notícia em Valenciana do Rio naquela época. Mas naquela ocasião, ele não tinha nenhum vínculo com Luiza e, portanto, não deu muita importância, dando apenas uma olhada superficial antes de esquecer o assunto. Luiza assentiu. Francisco refletiu por um momento e disse: — Você disse que este vídeo foi enviado pela governanta da família do Theo?
O passado e os acontecimentos futuros passaram em flashes diante dos olhos de Luiza, cujas pupilas ficaram úmidas.Francisco não perguntou mais nada, não querendo tocar nas dores dela. Ele colocou o pen drive em suas mãos e disse:— Vamos voltar.— Tudo bem. — Luiza também estava cansada e queria ir para casa.De repente, ela sentiu vontade de voltar para abraçar Felipinho.Francisco a acompanhou até a porta e mencionou casualmente:— Que tal divulgarmos esse vídeo hoje?— Divulgar? — O cérebro de Luiza ainda estava confuso, seu olhar um pouco vazio.Francisco sugeriu:— Colocamos o vídeo na mídia de Valenciana do Rio para limpar o nome do seu pai.Luiza parou de andar e olhou para Francisco.— Isso é possível?— Claro que sim, só precisamos gastar um pouco de dinheiro. — Francisco foi direto ao ponto, sempre sendo leal a seus parceiros.Luiza estava prestes a falar, mas, como se tivesse sido atingida por um raio, ficou imóvel, olhando fixamente para um ponto à frente.Francisco, ao ve
Felipinho não queria que a mamãe ficasse com um homem tão desprezível e soltou um leve resmungo pelo nariz enquanto sussurrava no ouvido de Luiza:— O papai, aquele canalha até seguiu a gente até aqui, mamãe. Ele tem outra mulher, você não pode dar atenção para ele de jeito nenhum.Luiza não pôde deixar de rir e acariciou a cabeça de Felipinho.— Ele parece que não tem.Ela já tinha ouvido Marina falar sobre os acontecimentos em Valenciana do Rio.Marina disse que, depois que Luiza saiu, Alice foi arruinada por Miguel e acabou até presa.Nesse momento, Luiza sentiu um certo alívio em seu coração. Ela cobriu os olhos de Felipinho e disse para Francisco:— Guarde as armas primeiro, não assuste a criança.— Se eu guardar, ele pode te machucar. — Respondeu Francisco, que considerava Miguel extremamente perigoso.Luiza balançou a cabeça.— Não se preocupe, aqui é o País R. Ele não vai conseguir me levar.Aqui não era as Américas, nem Valenciana do Rio, e sim o País R, onde suas forças eram
— É do Theo. — Luiza falou sinceramente. — Ele já tinha esse vídeo há muito tempo, deve ter sido gravado pela mãe dele, Jaqueline, mas ele nunca mostrou antes.— Há muito tempo? — Miguel prestou atenção nessa expressão e, de repente, se lembrou de quatro anos atrás, quando Theo lhe contou que era filho de Jaqueline.Naquela época, Theo havia usado Luiza para enganá-lo, dizendo que ela não o amava há tempos, que ela o tinha traído e estava junto com Theo para conspirar contra ele, Miguel.Ele tinha sido consumido pelo ciúme e não pensou que poderia haver outra explicação."Então o Theo sabia de toda a verdade."Foi por isso que ele forneceu um vídeo para que a Nanda voltasse e os separasse?"Isso também explicava por que a Nanda, uma mulher inteligente, decidiu voltar para prejudicar a Luiza e o Bryan, porque, na verdade, o pai dela era o verdadeiro assassino..."Todos os mistérios em seu coração foram dissipados; as peças da verdade se encaixaram uma a uma, e Miguel riu de si mesmo.Qu
— Sobre o Felipinho, ele é seu filho, sim, mas fui eu quem o criou desde pequeno. Cuidei dele por quatro anos, e espero que, por causa disso, você não dispute a guarda do Felipinho comigo. Claro, mesmo que você queira lutar, eu não teria medo de você. Mas espero que possamos resolver isso pacificamente. Você tem boas condições, vai se casar de novo no futuro e terá filhos com sua esposa, enquanto eu... Você sabe que minha saúde é frágil, é muito difícil para eu engravidar. Espero que você aceite deixar o Felipinho comigo.— Eu não vou me casar de novo. — Miguel balançou a cabeça. — O Felipinho é meu filho, eu quero cuidar dele.Ele tinha acabado de vê-lo apenas uma vez e nem sequer tinha conseguido ver seu rosto com clareza.Luiza franziu as sobrancelhas:— O que você quer dizer? Vai mesmo disputar a guarda do Felipinho comigo?— Não. — Ele balançou a cabeça. Como ele poderia disputar a guarda do filho com ela? Ele não tinha esse direito. Segurando a dor que quase o despedaçava por den
- Senhora, o senhor voltou para casa.- Verdade? - Luiza estava desenhando quando ouviu isso. Seus olhos brilharam, e ela abriu as cortinas à sua frente.Um carro de luxo entrou na mansão. Ela olhou para fora. O homem estava sentado no carro, com um rosto profundo e olhos estreitos, emanando uma dignidade majestosa em cada gesto."É mesmo ele, é o Senhor!"O coração de Luiza começou a bater forte.Especialmente ao pensar no que ele fazia toda vez que voltava, suas bochechas ficavam ainda mais vermelhas.Cada beijo era tão apaixonado e intenso.Ela se sentia nervosa e envergonhada.Nesse momento, a porta do quarto se abriu, e um homem elegante entrou.Luiza olhou para ele, sorrindo: - Senhor.- Venha aqui. - O homem, com mãos bem definidas, desfez a gravata.Luiza, envergonhada, caminhou em sua direção.No segundo seguinte, foi puxada para seus braços e beijada intensamente.Luiza murmurou duas vezes antes de se entregar completamente, sendo levada para a cama e ardentemente dominada
Luiza sentia uma amargura no coração.Ao pegar roupas escuras no vestiário, voltou para o quarto e o ouviu atendendo uma ligação.- Não tenha medo, deixe a Nicole cuidar de você, estarei aí em breve. - Disse Miguel ao telefone, com uma ternura que ela nunca tinha ouvido antes.Luiza parou por um momento, e a doçura em seu coração subitamente desapareceu.- Senhor. - Perguntando com cautela. - De quem é a ligação?Miguel a olhou.Sua estatura, de quase um metro e noventa, era intimidadora. Ele respondeu friamente: - Não é ninguém.- É uma mulher?- Não é da sua conta. - Disse ele, antes de pegar as roupas dela e vesti-las.Normalmente, era ela quem o vestia.Será que um homem, ao se apaixonar por outra, começaria a rejeitar a própria esposa?O estômago de Luiza começou a se contrair novamente.Parecia mesmo ser uma doença estomacal.Ela sentia desconforto e dor.Miguel se vestiu e partiu.Luiza sentiu um senso de crise. A intuição feminina era sempre precisa.Ela correu até a porta e
Luiza subitamente se lembrou das palavras proferidas pelo amigo do seu Senhor. Este havia comentado: "Miguel carrega no coração uma mulher que conheceu nas Américas, ele a tem guardado em seu coração por muitos anos, e ela se assemelha muito a você."Naquela época, Luiza não se convenceu, pensando que essa mulher era apenas uma lembrança do passado e certamente inferior a ela.Hoje, como se despertasse de um sonho, ao ver o Senhor tratando essa mulher com tanta gentileza, sentiu seu coração ser perfurado por uma adaga, doendo a ponto de suas entranhas se retorcerem.No ambiente ruidoso, Miguel estava prestes a acompanhar a mulher para fora, quando avistou Luiza, acompanhada por Lívia. Ele franziu levemente a testa.A mulher perguntou com suavidade:- Miguel, você a conhece?- Sim, ela é minha esposa, Luiza. - Respondeu Miguel, com um tom frio. - Clara, vá para o carro, já estou a caminho.Clara Freitas assentiu obedientemente e, antes de ir embora, lançou um olhar para Luiza.Seus ol