San Francisco...Sofia LancemO silêncio no local predomina, ainda sinto o cheiro da nossa excitação no ar. Sinto a mão de Khaol, tocar minha cintura. Ele gira meu corpo, ficando entre minhas pernas abertas, seu corpo cobrindo o meu. O mesmo apoia um braço ao meu lado, com seu rosto a centímetros do meu. Com a outra mão ele toca minha face, seu polegar acaricia minha pele. Seus olhos negros fixos aos meus, o desejo ainda bem vivo.— não quer fazer sexo comigo?Pergunto juntando a coragem que tenho. Khaol, sorri. Mas não vejo qualquer resquício de ironia, ou seu habitual sorriso sacana.— não, eu não quero fazer sexo com você Sofia. Quero fazer amor.Mas arrepios se espalham por meu corpo, minha respiração se torna pesada e tenho a sensação do meu estômago revirar. O mar negro nos olhos de Khaol, mostra o quão sério ele está falando. Sinto minha boca ficar seca, e pequenas correntes elétricas se espalhar por meu corpo, um incômodo surge entre minhas pernas.— amor... Repito sua última
San Francisco...Sofia LancemGiro meu corpo na cama, afundo meu rosto contra o travesseiro macio. Minha mente vai clareando aos poucos, pisco devagar me acostumando ao ambiente ao meu redor. Levo meus olhos em direção a parede de vidro, mas as cortinas estão fechadas, poucos raios de sol conseguem atravessa entre as brechas das grossas cortinas. Movo minha mão até o móvel próximo a minha cama, pego meu celular. O brilho repentino da tela me incomoda um pouco, vejo que já passou das quatro horas da tarde. Uma ardência aguda no meio das minhas pernas chama minha atenção, assim como o aroma forte e intoxicante no ar. Observo bem a cama em que estou deitada, os lençóis estão amassados, alguns travesseiros espalhados pelo chão. E não preciso me olhar no espelho para saber que estou uma total bagunça. Lembranças de algumas horas atrás surgem na minha mente. A forma como Khaol, me tomou. Suas carícias por meu corpo, seus beijos sedentos. A forma bruta mas ao mesmo tempo cuidadoso, suas gran
San Francisco...Sofia LancemDepois que saí do banheiro e entrei no closet, optei por um vestido mas sofisticado que Mamãe, comprou para mim. Não sou fã do seu gosto por roupas, mas acho que essa é a única peça que poderia no mínimo, agradar Magot. Apesar de não conhecê-la muito bem, pude notar alguns aspectos parecidos que tem com Mamãe. Diferente de Mamãe, superficial e fútil. Magot, é fria e direta. Recordo do jantar desastroso de ontem a noite, e a forma como fomos embora, ignorando seus protesto. Também notei que Magot, cede algum tipo de poder sobre Khaol. Pude perceber como ele fica desconfortável próxima a ela, e as farpas escondidas nas poucas palavras que trocam. Meu relacionamento com Mamãe, não é tão diferente da relação que Khaol, tem com Magot. Agora penso que posso está enganada em pensar no início que Khaol, e Magot se uniram para fazer esse casamento acontecer. Lembro das palavras amargas de Khaol, quando o acusava sem qualquer pudor em ter me comprado. Sinto que as
San Francisco...Sofia LancemMeu corpo treme, uma vibração intensa atinge o meio das minhas pernas, minha respiração fraqueja. Mordo o lábio inferior, sinto um calor intenso se espalhar por meu sexo, enviando ondas de prazer por meu corpo. Por que ele sempre tem que ser tão intenso e usar palavras tão sujas? Ouvir Khaol, falar algo tão imoral faz minha carne pulsa. Nem mesmo impeço meu corpo de se render a ele, esse homem selvagem e louco me encurralou. Sinto meu rosto quente, mas não sei se é pela vergonha de ter sido pega espionando ou por suas palavras cruas que adoro ouvir. Seguro a maçaneta, me pergunto como ele soube que eu estava aqui, me nego acreditar que percebeu minha presença dessa forma tão devassa, até mesmo questiono minhas crenças se isso é possível, mas que porcaria estou pensando agora? Um sorriso cínico estampa seu rosto, seus olhos fixos nos meus. Me sinto indo direto para toca do lobo, ou melhor. Para sua boca faminta e insaciável. Não vejo um único resquício de
San Francisco...Sofia LancemContínuo sentada de lado no colo de Khaol, ele me serve outro pedaço de melão cortado em cubo. O gosto doce e exótico me faz querer mas, passo a língua na ponta do seu dedo ao tocar meu lábio inferior, quero aproveitar até o último resquício e talvez provocá-lo um pouco. Seus olhos estão cheio de desejo, seus lábios tocam meu ombro, estou completamente desnuda. Khaol, fez questão de tirar meu vestido, fiquei surpresa quando ele disse que odiou, e mas surpresa ainda quando soube de suas intenções perversas por trás disso. Seu beijo em minha pele é quente e úmido. Com a outra mão ele massageia minhas costas nua, seus dedos fazem pequenos círculos causando arrepios em minha pele. Tento mover minha perna mas paro ao sentir Khaol, pulsar dentro de mim. Um gemido escapa por meus lábios, meu ponto sensível pulsa constante. Não acredito que concordei com essa depravação, fico imaginando como a Sra. Robin, reagiria ao entrar aqui agora, ou algum outro emprego e no
San Francisco...Sofia LancemSeu toque é delicado, seus dedos massageiam minha coxa, com o polegar ele faz círculos lentos, depois para e com um pouco de força amassa minha carne. Essa é a melhor massagem que já fizeram em mim, quer dizer, a melhor primeira massagem. Mesmo Khaol, estando ocupado com o trabalho, ele quer dedicar mesmo que seja um pouco da sua atenção em mim. Movo meus olhos em sua direção, observo sua postura sólida, vejo que está concentrado na tela do laptop. Com a outra mão ele toca seu queixo, o indicador deslizando suavemente pela barba por fazer. O brilho da tela reflete nas lentes do seu óculos de leitura, as sobrancelhas negras juntas formando uma ruga na sua testa. Seus lábios grossos em uma perfeita linha reta. Oh Deus! Até sério esse homem é extremamente sexy. Quem imaginaria que o devasso Khaol Santiago, conseguiria fazer uma expressão tão sisudo. Recordo do nosso desastroso primeiro encontro, e como prometi que jamais dormiria com Khaol. Nossas palavras t
Brasil... São Paulo...Sofia Lancem— meu doce, vamos pousar.Sinto a mão áspera e quente de Khaol, tocar meu rosto. Sua voz se torna mas audível dessa vez. O clima entre nos dois estava tão bom que fingi está dormindo por mais uns dez ou quinze minutos. Mas depois que o piloto anunciou que iriamos pousar em vinte minutos, fiquei triste por não poder mas fingir. Aperto o corpo musculoso de Khaol, contra o meu. Beijo seu peito por cima da camisa social, gostaria de poder ficar assim o dia inteiro. Pisco algumas vezes antes de abrir os olhos, movo minha cabeça para cima. Observo sua face, um sorriso caloroso em seus lábios me aquece por dentro, os olhos negros fixos no meu rosto. Sinto uma pequena inquietação dentro de mim, retribuo seu sorriso. A forma natural e calorosa como estamos agindo é muito reconfortante, espero que Khaol, esteja sentindo o mesmo. Depois da nossa conversa nada agradável, fiquei em silêncio pensando por um bom tempo até inconsequentemente dormir. De alguma forma
Brasil... São Paulo...Sofia LancemOfego deixando todo o cansaço sair com esse ato. Apesar de ter dormido uma boa parte da viagem meu corpo ainda sente a exaustão, e também tem o fuso horário o que não ajuda em nada. Khaol, deve está fazendo algo muito importante. Se me lembro bem, ele não dormiu durante a viagem. E mesmo quando deitamos na cama no fundo do jato, sei que ele não dormiu. Em alguns momentos eu acaba despertando por frações de segundos e podia perceber seu corpo rígido, posso afirmar que até mesmo alerta. Não acho que ele tenha alguma fobia de aviões, pude notar isso pela primeira vez quando viajamos para San Francisco. Sinto uma pontada de curiosidade, ainda bem fresco na minha memória lembro que ele queria vir para o Brasil. Ele falou isso no dia do nosso casamento. Tenho o pressentimento que ele vem adiando essa viagem há muito tempo, sem que eu possa evitar isso fica circulando na minha cabeça por um tempo. Ofego mas uma vez, e afundo meu corpo na banheira até a águ