Penso que deveria ter avisado a Thamur, que viria a empresa. Mas já que estou aqui vou entra. Passo pelo hall indo diretamente para a recepção. A mulher uniformizada me encara sorridente.— Em que posso ajudar?— Vim falar com meu marido, Thamur Garson.— Oh!A mesma ergue as sobrancelhas escuras surpresa, sinto seu olhar me avalia desde os pés a cabeça.— Vou liga para informa que a senhora está aqui.Fala pegando o telefone do gancho.— Não precisa, Madison.Sinto meu corpo instantaneamente ficar rígido ao ouvir a voz feminina atrás de mim. Conheço muito bem a voz ríspida e o sarcasmo que ela carrega. Giro em meus calcanhares dando de cara com Corine, a mesma me encara com o queixo erguido. Os braços cruzados em superioridade. Noto seus olhos descerem para o meu ventre e fixarem lá. Tem algo em seu olhar que não consigo decifra, mas como sei de sua paixão platônica por meu marido, suponho que ela pensou que isso tudo não iria para frente. Ainda mas depois de ter armado aquele "teatr
Me sentia frágil diante do seu olhar severo, é nítido que está irritado. Sei dos seus motivos para está assim, mas ainda sim, não consigo sufoca a mágoa dentro de mim. O que quero é está o mais distante possível de Thamur, sei que se ficar mais um segundo ao seu lado vou dizer coisas que não devo e não quero. Me ergo e passo por ele indo em direção as escadas, ao entra no quarto vejo que ele veio atrás de mim. Me dispo jogando o vestido sobre a cama.— Bellinda, precisamos conversar!Fala rude com ambas as mãos na cintura, ele observa cada movimento que faço. Lembro da decisão que tomei enquanto vagava pela cidade, as consequências que elas carregam. E sei que estou preparada para tudo isso, eu quero ficar ao lado de Thamur, mesmo com todas as mentiras e segredos. Mesmo que isso signifique ter Corine, ao nosso redor pelo resto das nossas vidas. Eu me apaixonei perdidamente por Thamur, como alguém que caí em um sono profundo e bom, e jamais quer acordar. Em questões de meses me apaguei
Me espreguiço na cama afundando o rosto no travesseiro. Na noite passava Thamur, me trouxe uma bandeja carregada de comida. Já que passei o dia inteiro ontem sem comer nada. Molly, levou Luz para dormir com ela em seu quarto. Mas no meio da noite a pequenina veio para nossa cama. Abro meus olhos observando a mesma que dormi profundamente, os cabelos espalhados pelo cama, bagunçados. Os raios do sol entram pela janela aquecendo o local, o som do mar é reconfortante. Me levanto indo até uma janela abrindo a mesma, a brisa fresca entra. Procuro Thamur, pelo quarto mas não o encontro. Molho meus rosto após escovar os dentes, ao voltar para o quarto a pequenina está sentada na cama, coçando seu olho com as costas da mão. Noto que Luz, está agarrada a sua boneca preferida. Me aproximo da mesma, solto uma gargalhada ao ver sua carinha amassada.— Bom dia.— Bum dia.Pego a mesma em meus braços, a levando ao banheiro. Ajudo a pequenina a escovar os dentes e saio do quarto com ela em meus braç
Ao nos aproximamos da casa noto várias luzes acesas, encaro Thamur com um olhar curiosa, o mesmo sorri para mim confiante. O jipe para a alguns metros da casa, ao descer do veículo vejo uma aglomeração na varanda. Ao nos aproximar vejo Molly, vestindo uma roupa praiana elegante, Nick no seu habitual terno e Luz vestida como uma princesa. Noto os Pais de Thamur, atrás dos três. Vejo um caminho de flores indo de encontro a um arco de flores onde um padre se encontra, o local está coberto por velas iluminando o local.— O que é tudo isso?— Eu pedi você em casamento, lembra?Thamur responde ao meu lado, segurando minha mão.— Nós vamos casar agora?— Sim, achei que você iria gostar de uma coisa mas privada. Por isso convidei as pessoas mais próximas a nós.— Parabéns querida! Eu desejo que vocês sejam muito felizes.Verá, fala alegre me abraçando. Agora entendo o por quê de tanto mistério.— Vocês eram cúmplices dele não é?Meu olhar vai de Molly, a Nick que sorri envergonhado.— Ele nos
Separo meus lábios dos de Thamur, rapidamente para ver Corine. Seus olhos são como chamas ardentes, seu cabelo está bagunçado por conta do vento. Noto sua respiração acelerada, a agonia em seu rosto, seus dentes cerrados. Suas palavras ecoam na minha cabeça, claras e evidentes. Todos os olhares estão voltados em sua direção, o aperto da mão de Thamur, na minha se intensifica. Em passos lentos Corine, vem até nós.— Contou a verdade para ela, Thamur?A mesma pergunta de forma acusadora, o mesmo não esboça quaisquer reação.— Contou o que?Pergunto sentindo a aflição me dominar, o medo. Os sentimentos dos quais afastei para está com Thamur. Corine, gargalha me encarando. A confusão deve ser evidente em meu rosto.— Ele nunca amou você, só queria alguém que pudesse dar um filho a ele.A mesma fala a poucos passos de nós. Prendo a respiração ao ouvir suas palavras, isso não é verdade. Só pode ser mais uma das suas mentiras para me afastar de Thamur. Levo meu olhar para o mesmo que encara
Os dias passavam sucessivamente, nublados e cinzas. Eu não tinha notícias de Thamur. Ele não ligou, mandou mensagem ou sequer veio até mim. Isso só reforçava ainda mais o fato de que ele não me amava, e não se importava com nosso filho. Tudo não passou de uma diversão, de um capricho. Com forme o tempo foi passando os dias viraram semanas, e semanas se tornaram meses. Eu tentava seguir com minha vida, começar do zero. Volta para a fazenda onde cresci foi o melhor que aconteceu. Ajudar meu Pai, na fazenda, ocupava minha mente. Me ajudava a esquecer por um tempo o buraco em meu coração. Nesse período de tempo Molly, tentou bastante se reaproximar de mim, no começo foi difícil pois precisava de um tempo para mim, ela respeitou isso. As poucos nossa relação foi voltando aos pouco, mas sinto que nunca será tão forte como antes.Mantive o foco no meu filho que iria nascer, criei forças para cuidar dele. O fato dele ser fruto de um amor falso não faria eu ama-lo menos. Ele se tornou o motivo
O pensamento de que eu poderia encontra Glaes, dominava a minha mente. A coincidência de que ele morava a poucos quilômetros de mim era surreal. Ao acorda na manhã seguinte, pensei na possibilidade de ligar para Thamur. Mas eu não me sentia preparada para fazer isso ainda, eu poderia ligar para seus Pais. Mas me veio a mente a lembrança de que não tinha o número deles. A única pessoa que poderia me ajudar era Nick, e para isso eu precisaria da ajuda de Molly. Após o café da manhã chamei a mesma no meu quarto, contei tudo o que descobri. Sua expressão foi de total espanto.— Não me admira ele não querer perder você, olha só tudo o que ele passou.— Isso não tem nada haver com o que acabei de falar pra você Molly.— Como não?Molly, pergunta eufórica, andando de um lado para o outro no quarto. Fico sentada na cama observando a mesma.— Pensa em tudo o que ele passou, as pessoas que perdeu. Agora entendo o por quê de tanto desespero quando ameaçei contar toda a verdade pra você.Desvio m
THAMURVer ela ali, parada. Me encarando era como um raio de sol que iluminou a escuridão ao meu redor. Ver seu rosto angelical era um choque para mim depois de tanto tempo vendo-a de longe, e não poder ir até ela. Abraça, beija-la. Pedir perdão pelo erro que cometi, mas fui um completo covarde. Me escondi aqui a obseravndo de longe. Todas as vezes que fui até sua porta e estava prestes a bater, me acovardava com medo da sua rejeição, o ódio que senti por mim ser mais forte que nosso amor. Desço meu olhar por seu corpo até chegar em sua barriga, o volume é evidente por baixo da capa de chuva. Noto suas mãos trêmulos por conta do frio, ergo meu olhar. Seus lábios tremem, seu rosto está pálido e molhado por conta da chuva. Sinto a preocupação me invadir em pensar que ela pode ficar doente.— Rápido, entre antes que pegue um resfriado.Falo dando passagem para que ela entre. Bellinda, pisca diversas vezes como se saísse de um transe.— eu não quero. Só vim trazer as coisas que a Senhora