Movo minhas pernas inquietas na cadeira, sem conseguir ficar parada. Minhas mãos soam e sinto que meu coração bate tão forte ao ponto de sair pela boca. A mão de Thamur, cobre as minhas me passando conforto, olho para ele que sorri de forma acolhedora. Ouço a porta abrir e meu olhar vai de encontro a Charlotte, que entra na sala segurando um papel na mão. A mesma se senta do outro lado da mesa, e suspira.— Aqui está o resultado. Querem que eu abra ou preferem...— Charlotte, chega de suspense, fale o resultado.Thamur, a repreende. Sua voz soa impaciente. A Charlotte, encolhe os ombros e desdobra o papel. Noto seus olhos se alargar e sua expressão se ilumina.— Positivo!Charlotte, diz em tom alegre, entregando o papel para Thamur. Sinto meu coração vacilar uma batida, minha mente fica totalmente em branco. Involuntáriamente levo uma mão ao meu ventre e toco o local, sinto meus olhos arder mas não deixo cair uma única lágrima, não quero fazer uma cena aqui. Meus pensamentos estão mui
Ao abrir a porta jogo minha bolsa sobre o sofá, e sento no mesmo tirando meus saltos. Logo depois de falar com Thamur, voltei para casa. Não iria ficar sentada esperando ele voltar, não sou esse tipo de mulher. Me levanto sentindo o alívio imediato em tirar os saltos. Ao erguer o olhar solto um grito fino ao ver Thamur, parado na soleira da porta da cozinha, ele me encara de forma neutra. Thamur, leva a taça que segura aos lábios, pela cor do líquido suponho ser vinho.— O que está fazendo aqui? Pensei que estivesse ocupado demais com o trabalho.Disparo cruzando os braços em frente ao corpo, esperando por sua resposta.— É, eu tinha sim. Mas uma coisa importante surgiu.Fala deixando a taça de lado vindo em minha direção, como um predador nato. Sem quaisquer aviso prévio Thamur se abaixa e envolve seus braços em volta de mim, erguendo meu corpo do chão fazendo com que eu debruce sobre seu ombro. Agarro sua camisa por reflexo, ele se move comigo em seu ombro. Thamur sobe as escadas se
Fico encarando a mulher alta e bem vestida a minha frente por um bom tempo, tenho a nítida sensação de que já a vi antes, mas não lembro onde. Seus olhos verdes me analisam meticulosamente de baixo para cima, escondo metade do meu corpo atrás da porta ao me lembra que não visto nada além da blusa de Thamur, e uma calcinha.— Sim, sou eu. Você poderia espera só um pouquinho.— Claro.Sua voz é fime e autoritária, trasparecendo uma confiança inabalável. Fecho a porta e vou a passos rápidos até o quarto, dou uma boa olhada em volta e opto por vestir o roupão de banho. Desço as escadas e tento ajeita um pouco meu cabelo bagunçado, abro a porta novamente e dou passagem para que ela entre, e vou logo atrás dela fechando a porta.— Não quer sentar?Pergunto em pé a sua frente, seus olhos analisam cada detalhe a sua volta posso ver o resquício de desgosto em seus olhos. De alguma forma ela me faz sentir nervosa, sinto que nada bom vai acontecer aqui.— Eu prefiro ficar em pé. — Diz voltando s
Passo uma das mãos por minha barriga sentindo a mesma um pouco mais elevada, ou talvez só seja eu engordando. Suspiro e termino de fazer o chá, despejo o líquido quente na xícara, o aroma doce invade meu ofato. Hoje o dia está monótono, sinto falta do meu trabalho e culpada por ter esquecido a Marcy. Depois da sua mensagem dizendo que está fazendo meu trabalho, minha culpa multiplicou. Estou sendo negligente com minhas responsabilidades, e eu nunca fui assim. Pego meu celular e mando uma mensagem para Marcy, espero que sua raiva tenha diminuído um pouco.Eu; Oi, já faz um tempo.Envio a mensagem e pego a xícara e subo as escadas, ao chegar em frente a porta do quarto de Molly, dou duas batidas e abro a porta. Observo seu corpo pequeno encolhido na cama, sua respiração lenta me traquilaza ao percebe que ela não chora mas. Seus olhos estão fechados dormindo em um sono calmo, mas seus olhos inchedos com seus cílios húmidos denúncia que ela chorou um bom tempo antes de dormir, seu rosto a
Desperto sentindo algo quente tocar meu rosto, aperto meus olhos e respiro fundo. Ao abrir tenho a deslumbrante visão de Thamur, sentado na beira da cama usando nada além de uma cueca box com estampa dos vingadores. Seu peito definido me arranca um suspiro, me sinto aérea quando nossos olhares se encontram.— Como se sente?— Um pouco melhor.— Posso me deita com você?Me afasta dando espaço e bato no local vazio a minha frente, sorrio. Sem demora ele se deita ao meu lado, me aconchego em seus braços. Seu corpo cheira bem, com uma pitada de fresco como se tivesse acabado de sair do banho.— O que você fez hoje?— Um pouco de tudo.Falo sentindo uma de suas mãos passear por minha costas, com a outra mão ele acaricia meu pulso sobre seu peito nú.— A Molly, me ligou e disse que você não tava muito bem.— Foram só uns enjoos.Respondo encarando o teto, a voz de Thamur, está mansa. Me pergunto se ele saio assim que Molly, ligou ou só depois de terminar o expediente. De qualquer forma não
Ao acordar pela manhã não encontrei Thamur, ao meu lado. Provavelmente já foi para a empresa. Me espreguiço na cama, sinto que esses dias fiquei mais relaxada e cansada. Não sei se isso tem alguma relação com a gravidez, ou pode ser desgaste mental. Tem acontecidos tantas coisas ultimamente que deixei minhas prioridades de lado. Pego meu celular no móvel ao lado da cama, e vejo que tenho uma nova mensagem. Tinha me esquecido que enviei uma mensagem ontem para a Marcy. Com tudo aquilo que aconteceu com a Molly, e a visita de Corine, minha mente ficou em um completo caus.Marcy; Um tempo? Mulher você sumiu da face da terra!Eu; Me desculpa por isso, mas aconteceu tantas coisas.Largo o celular ao meu lado na cama, mas ele solta um bagulho anunciando que tenho uma nova mensagem. Pego o aparelho novamente e vejo que é a Marcy.Marcy; Que coisas?Eu; Bom... por onde começar? Eu fiquei noiva!Sua resposta é imediata.Marcy; Noiva!? Nós precisamos nos encontra. AGORA!Acho que seria bom desa
Após me despedir da Marcy, vim direito para casa. Meus pés estavam me matando, sem mencionar as náuseas e os enjoos. Ao abrir a porta sou recebida por um aroma agridoce vindo da cozinha, deixo minha bolsa de lado sobre o sofá e sigo o aroma. Salivo ao ver Thamur, de costas usando uma calça moletom em tom vinho sem camisa.Noto seus músculos moverem a medida em que ele mexe nas panelas. Me aproximo do mesmo e passo meus braços em volta do seu corpo, o abraçando por trás. Beijo o meio das suas costas e encosto a lateral do meu rosto em seus músculos. O calor do seu corpo me aquece por dentro, uma sensação gostosa se instala em mim. O frescor da sua pele, invade minha narina. Não me sinto bem assim a anos. Ouço o fogo ser desligado, afrouxo o aperto em volta do seu corpo e me afasto o suficiente para Thamur, gira seu corpo ficando de frente para mim. Thamur, passa seus braços por volta de mim, entrelaçando nossos corpos. Seu olhar é terno.— Como foi o seu dia?— Foi ótimo. e o seu? — O
Já fazia três longos e tediosos dias que Thamur, viajou. Se não fosse pelas suas ligações diárias de três vezes ao dia, e as milhares de mensagem. Não iria aparentar que ele entrou na minha vida. Mas a cada momento que me deito na cama e não sinto seu corpo ao meu lado, o sentimento de solidão me invade junto com a saudade. Me apaguei a ele de tantas formas, que algumas eu mesma não conseguria explicar.Suspiro passando uma mão por minha barriga, sentindo a mesma se moldar e tomar sua forma oval. Um dia depois que Thamur viajou Charlotte, veio me visitar. Conversamos bastante e tirei várias dúvidas que tinha sobre a Família Garson. Pelo o que ouvi da Charlotte eles são uma família perfeita! Eu concordo pós notei isso no jantar "surpresa" que Thamur fez, e eu estraguei. Charlotte também me tranquilizou sobre alguns fatores da gravidez, e me receitou vitaminas e alguns exercícios que terei de fazer por algum tempo. A mesma me acompanhará durante toda a gestação, me senti até mal quando