POV LAURA:
Abro a porta e Renata está dormindo. Finalmente eu vou acabar com isso de uma vez por todas. Consegui, através de um amigo, uma passagem de ônibus que me vai levar para o Paraguai assim que eu matar Renata. Depois de chegar Paraguai eu sou uma mulher livre e talvez vá para os Estados Unidos.
- Acorde. – eu falo para Renata, chutando numa perna dela – Renata, acorde!
Eu falo mas ela não reage. Me agacho e levanto a cabeça dela, mas mesmo assim ela não acorda.
- Não me diga que morreu mais cedo do que ao que eu pensava? – falo para Renata.
Solto a mão da cabeça dela e ela a deixa cair, sem reação alguma. Volto a levantar a cabeça dela e coloca a mão à frente do nariz dela e não sinto a r
4 de fevereiro de 2020POV LEON:Já estamos em Portugal faz quatro dias. Hoje é o dia em que Renata vai fazer a entrevista de que me falou.A gente tem tirado algumas fotografias e postado nas redes sociais. Mas as fotos que postamos são no hotel.Estamos evitando postar fotos que mostrem onde nós estamos. Não podemos correr riscos enquanto Laura estiver à solta. Mesmo que a gente esteja do outro lado do Atlântico. E Renata, desde que fugiu de Laura, está se comportando como se nada tivesse acontecido. Realmente é o melhor. Temos que viver como se Laura não existisse, mas temos que ter cuidado na mesma.Estamos em Lisboa, num café junto do rio Tejo. É aqui que a gente tem tomado o caf&e
20 de fevereiro de 2020POV RENATA:Depois de Portugal, eu e Leon fomos para Veneza. Estivemos lá por uns dias e depois acabamos voltando para o Brasil.Laura nunca mais apareceu ou ligou. Mas nós sabemos que ela está preparando alguma coisa. Ela joga sempre nas sombras, onde ninguém a vê e ninguém sabe onde ela tá. Sabemos que é um risco voltar ao Brasil, mas a verdade é que, depois do que vimos Laura fazer em Portugal, nós não estamos seguros em lado algum.Mas não é Laura que vai estragar o dia de hoje, pelo menos por enquanto. Hoje vamos a uma consulta, coisas normais de uma gravidez, e vamos ouvir pela primeira vez o coração do nosso bebé batendo.Quando chegamos ao hospital, sou logo chamada e entro dentro da sala da ecografia. Leon está nervoso, anda de um lado para o out
- Você prima o gatilho, ou eu juro por Deus que eu deixo cair o isqueiro e ardemos todos! – Laura grita.- Renata, faça o que ela quer… - Leon fala, chorando – Por favor.Minhas mãos começam tremendo cada vez mais. Levanto o revólver e miro para Leon. Mesmo que eu mirasse para Laura e eu desse um tiro nela, ela deixaria cair o isqueiro ao chão e tudo começaria ardendo. Fecho os meus olhos e primo o gatilho. Felizmente para Leon, a bala não estava no meu revólver. Infelizmente para mim, a bala está no revólver de Leon.Laura ri e corre para abraçar Leon.- Você ganhou, Leon! – Laura grita, e Leon tenta se desprender do abraço dela. Leon olha para mim, chorando cada vez mais. Ele preferia que fosse eu matá-lo, do que ao contrário.- Atire nela, Leon! – Laura fala, rindo.- Não. – Leon grita.<
21 de fevereiro de 2020POV RENATA:Já são dez da manhã e Laura ainda não apareceu. A gente já está aqui desde das nove e meia, para a polícia puder se esconder. Para falar a verdade eu nem sei onde eles se esconderam. Mas Leon e o Luan estão com eles. Eusó quero que Laura apareça e me entregue a filha dela, apesar de eu saber que ela vai querer fazer alguma coisa. Ela falou que se eu morresse no incêndio teria sido demasiado fácil para ela.Eu estou dentro do meu carro quando finalmente Laura aparece também num carro velho e vermelho, provavelmente roubado. Ela para o carro mesmo à frente do meu carro. Nós ficamo-nos olhando por um tempo, até que ela pega num celular. Pouco tempo depois,
- Quer que eu chame alguém? – eu pergunto.- Não. – ela se arrasta para um lado da cama – Só quero que você fique comigo.Eu me levanto da cadeira e me deito na cama, abraçando ela, e Renata pousa a cabeça sobre meu peito.- Tudo acabou. – eu falo – Eu tô aqui, e vou estar sempre aqui consigo. – respiro fundo – Vai ficar tudo bem. Ospesadelos acabaram… Eu prometo.Ver Renata nesse sofrimento, e ter visto ela quase morrer hoje, me fez perceber que a vida às vezes pode ser curta.E que por isso temos que a viver ao máximo, e não nos prendemos com o passado. Só preciso de arranjar um tempo.Eu tomei uma decisão, e vou surpreender Renata. Talvez isso a faça alegrar. Vai ter que a aleg
16 de julho de 2020POV LEON:Nós já estamos em Los Angeles. Na segunda-feira, Renata vai começar com as gravações do seu próximo filme. Eu não podia estar mais feliz. Eu e Renata decidimos que vamos casar em novembro, depois de ela acabar as gravações do filme.- Você vai me dizer o que é almoço hoje? – pergunto impaciente.Nós estamos sentados na mesa, preparados para almoçar. Ela só está esperando que o almoço fique pronto.Entretanto, ela está decorando os textos, me deixando sozinho.- É Strogonoff, Leon. – ela fala rindo, me dando finalmente alguma atenção.- De frango? – eu pergunto contente.Renata perde o sorriso que tinha na cara.- Não… - ela fala séria – &Eac
Bem... Como eu começo? Ok...O meu nome é Renata Cavalcante tenho 21 anos e hoje será o dia decisivo: no final desse dia, se tudo correr bem, eu vou estar com o Leon Onete de Souza, a pessoa que eu mais amo. É incrível pensar aquilo que nós dois passamos nos últimos 2 anos: quando e como nos conhecemos, as barreiras que foram postas no nosso caminho, e como todos os problemas acabaram... A gente nunca tinha tempo de pensar que tudo tinha acabado e que tudo estava bem. Mas ainda não acabaram... Agora estou metida nesse vestido de noiva, pronta para a minha forca. Mas o melhor é começar por contar como tudo começou.Eu sou filha da dona de uma das mais bem sucedidas empresas imobiliárias do Brasil. Há 4 anos atrás eu não era atriz, e nem sequer pensava em ser uma; há 4 anos atrás, eu era chefe da empresa da minha mãe no Rio de Janeir
Abro meus olhos com muito esforço devido à luz intensa que está mesmo sobre mim. Quando finalmente consigo ter os meus olhos abertos, dou por mim numa sala onde a luz é se torna mais intensa ao olhar para as paredes brancas que só refletem a luz. Não sei onde estou, nem o que estou aqui fazendo. Só me lembro de um barulho e de um clarão.Estou quieta uns minutos até que ouço a porta da sala abrir e entre uma mulher vestida de branco e cabelo preso. Uma enfermeira, uma médica?- Olá senhorita Renata! Como se sente? - ela não deve ser americana, tem sotaque britânico.- O que aconteceu?- pergunto, mas as palavras demoram a sair. Tenho uma enorme sensação de formigamento na minha boca.- Você foi atropelada e esteve em coma por uns cinco meses - diz a enfermeira enquanto me avalia para ver se está tudo bem -, mas você ainda precis