Um mês depois
Os primeiros dias foram horríveis. Os piores da minha vida. Eu queria dizer que fui forte o suficiente para não me afundar em uma onda de tristeza e melancolia, mas não. Eu somente me deixei afundar em um buraco tão fundo que nada nem ninguém conseguia me tirar de lá.
Era horrível. Eu o queria comigo. Falar o nome dele acarretava uma dor imensa em meu corpo, comparada a milhões de facas se enterrando em meu coração e sendo torcidas todas ao mesmo tempo. Era difícil pensar nele, mas ao mesmo tempo ele era tudo o que eu pensava.
Pesadelos horríveis me faziam acordar gritando no meio da noite e eu tinha certeza de que estava fazendo da vida de Brenda e Nicholas um infer
Era como se o mundo estivesse em câmera lenta. Fiquei lá com o coração aos pulos, enquanto observava um Nicholas completamente desesperado se aproximar de Nathaniel e procurar por ferimentos. Rosnados e palavrões eram ecoados ao longe, mas nada captava meu interesse. Somente ele. Seus olhos completos por um vermelho brilhante se cravaram em mim e eu ofeguei em busca de ar. Ele estava ali. Ele voltou. Nathaniel tinha voltado para mim. Pisquei deixando que os primeiros soluços doloridos saíssem pelos meus lábios e observei Nathaniel empurrar o corpo de Nicholas para longe e dar um passo vacilante em minha direção. — Saia Nicholas. Eu estou bem. Eu quero... eu preciso ver como está a minha garota. - aquela voz, a voz dele, que eu tanto temia ter esquecido. Era como poder respirar ar fresco. — Rose? — Nathaniel, seus olhos... - a voz de N
— Vá lá para cima, agora. - pulei de susto com a ordem e meus olhos se arregalaram. Não tinha sido Nathaniel quem tinha dito aquilo, mas sim Nicholas e ele falava com Brenda. — Vá, agora. Parece que a festa acabou. E leve a Rose com você...— Rose fica. - meus olhos arregalados se voltaram para as costas tensas de Nathaniel. Nicholas rosnou de novo e olhei para o lado para ver ele empurrando uma Brenda chocada em direção as escadas. — Eu não queria isso...— Você sabia que ela estava vindo?! - senti meu coração acelerar com a raiva no tom de voz de Nicholas. — O que está acontecendo, Nathaniel?— Eu sabia. As bruxas vieram até mim assim que eu sai do infern
— Não. - as palavras saíram da minha boca antes até mesmo de eu ter processado o que Glinda disse. Aqueles olhos penetrantes e convidativos me fitaram e um sorriso um tanto quanto malicioso desenhou em seus lábios. Ofeguei sentindo seu poder penetrar meu corpo. Eu podia sentir cada célula do meu corpo ordenando para que eu lhe desse o que ela queria, para que eu fizesse de tudo para que eu ficasse ao seu lado, mas eu também estava bem consciente da mão de Nathaniel apertando a minha. De quanto eu o amava e que eu definitivamente não o deixaria. — Não. - rosnei com todas as minhas forças. Eu sentia meu corpo ser atraído para ela, recusando a minha resposta, mas minha cabeça e meu coração estavam no lugar certo. Eu definitivamente não aceitaria isso. Glinda levantou uma sobrancelha em minha direção e observei se
(Capítulo com conteudo sexual ) — Bruxa filha de uma puta. - Nathaniel murmurou sobre meus lábios ao mesmo tempo em que suas mãos iam para minhas coxas e ele me levantava. Minhas pernas enlaçaram sua cintura automaticamente e eu gemi ao sentir sua ereção pressionar o meio das minhas pernas. — Não era assim que eu queria que a gente fizesse amor, mas eu sinto que eu se eu não entrar em você vou morrer. — Sim. - gemi jogando a cabeça para trás ao ser prensada em uma estante de livros. Eu entendia perfeitamente. Meu corpo queimava de desejo. Não era natural e nem igual ao desejo que eu sentia quando Nathaniel me beijava ou colocava suas mãos em mim. Era algo mais forte. Beirava a dor física ao se quer pensar em me afastar agora. Eu o queria desesperadamente. Eu não conseguia entender o que Glinda tinha feito conosco, mas
— Nathaniel. - seu nome saiu de meus lábios como um suspiro cansado. Ainda estávamos na biblioteca, nossos corpos colados e soados estavam contra a grande estante de Nicholas, e Nathaniel tinha sua testa quente e molhada sobre a minha. Seu quadril ainda se movia vagarosamente para frente e para trás, mesmo depois dele me fazer gozar duas vezes e ter conseguido seu próprio alivio a uns minutos atras. Notei que mais uma vez ele não tinha colocado camisinha e nem se retirado de dentro de mim ao gozar.— Hmm. - passei as mãos nos fios sedosos de seus cabelos e seus lábios se abriram sobre o meu em um pequeno gemido ao sentir minhas unhas arranharem seu couro cabeludo. — Continue fazendo isso e irei te comer de novo. - ri baixinho, pois eu não iria me opor contra sua ideia, mas mesmo assim parei com a caricia e mordi seu lábio de leve. — Eu sei, precisamos sair daqui...— Nathaniel,
— Ela está dormindo. - a voz de Nicholas ecoou me fazendo encara-lo. — Glinda antes de ir embora, a fez dormir e ela se lembrara somente do seu aniversário amanhã. Terá uma memória feliz. Eu não quis envolve-la nisso. - assenti incapaz de achar minha voz naquele momento. Continuei encarando-o enquanto me lembrava do que Glinda tinha falado. Brenda era algum tipo de companheira de Nicholas... — Rose, não é assim...— E como é? - me vi perguntando, enquanto cruzava os braços. Nicholas passou ambas as mãos nos cabelos e abaixou seu rosto em direção a suas pernas. — Você ama ela ou algo assim? - seus olhos se prenderam em mim e eu sustentei. — Não estou julgando, Nicholas. Só quero ter certeza de que você não vai machucar minha melhor
Os olhos prateados do homem, não era nem o mais impressionante. Eram suas asas brancas que chamava toda a minha atenção para ele. Eram gigantes como as de Nathaniel, e lindas. Nunca, em toda minha vida, imaginei uma coisa daquelas. Ao mesmo tempo em que parecia ser macia, dava a impressão de que furaria minhas mãos como facas se eu as passasse ali.O homem anjo era negro, seu rosto quadrado o deixava com uma aparência severa e mortal. Suas sobrancelhas grossas estavam franzidas em nossa direção e seus lábios generosos estavam comprimidos um contra o outro. Automaticamente eu tive a certeza de que definitivamente não queria conversar sozinha com ele. Tinha a impressão de que ele não era uma figura sarcástica ou amigável como Glinda e que na primeira oportunidade iria decepar minha cabeç
— Isso foi... - murmurei encarando o homem negro a minha frente. De repente ele não era tão bonito assim, pois eu sabia qual era sua verdadeira face. E aquela casca não chegava aos pés da verdadeira beleza de Miguel. — Cruel. - completei engolindo em seco e desviando meu olhar para Nathaniel que me encarava meio perplexo. — Isso não é uma verdadeira piada? Eu era um anjo. Cai ao cobiçar o amor e Deus em sua infinita misericórdia não deixou que eu me transformasse em demônio, mas permitiu que eu sofresse com mortes dolorosas sempre que eu estava prestes a descobrir o amor. - não consegui segurar o desprezo em minha voz ao deixar aquilo sair. Eu ainda conseguia sentir a dor das mortes em meu corpo. Porém, o rosnado que veio de Miguel me alertou que ele não gostou nem um pouco das minhas palavras. — Então... você que