Derek
– Adoraria pagar para dividi-la com o senhor. – Falou o velho, enquanto eu olho para o palco.
– Não divido algo que me pertencer – eu digo ainda focado no palco, pois se olha-lo, vou matá-lo. Isso não ia ajudar muito nesse momento.
– Por essa noite, posso tê-la amanhã. – Falou o velho e eu viro para olhá-lo e coloco toda minha raiva no meu olhar, e fico satisfeito quando o vejo engoli em seco.
Eu estava irritado com a demora, mas eu tinha que parecer relaxado, um idiota que podia compra qualquer coisa, como o idiota do velhote ao meu lado, e o outro idiota que está do outro lado, o senhor Montgomery.
O jantar passa muito lentamente para meu agrado, mas o que me mantém focado é ter minha companheira. E me forço a comer mesmo não sentindo fome, não desse tipo de fome. Mas essa vou sentir por um bom tempo até pode tê-la.
Preciso tirá-la daqui, e levá-la em segurança para minha matilha, onde posso mantê-la segura e depois tomá-la como minha. Tomá-la como minha. Isso com certeza seria uma boa ideia, mas o tempo está contra mim.
Eu me controlo quando a mulher de vermelho chega a nossa mesa com um sorriso malicioso no rosto olhando na minha direção, ela tem um celular. Ela fala com todos como uma boa anfitriã, e depois vem aos negócios.
Eu passo a quantia para sua conta sem nem piscar, e ela sorri ainda mais quando é feita com sucesso, e depois me entrega uma chave com número do quarto que minha companheira se encontra. E eu me seguro para não correr atrás dela.
– Você pode trazê-la ao salão e apresentar ela, se assim quiser, muitos dos convidados amam assistir. Você também pode deixar a porta do quarto aberta para vocês terem espectadores. – A mulher de vermelho que quero matar, fala passando a mão no meu ombro.
– Vou certificar que ela esteja fechada. Não sou um dom que gostar que as pessoas me vejam com minhas submissas – eu digo interpretando um papel de dom, mas isso não me agrada, mesmo sendo mentira.
Idiotas fodidos.
– Adoraria ser uma delas. – Ela diz sorrindo, eu seguro o desejo de quebrar sua mão.
– Vou manter isso em mente quando voltar – eu falo e vejo o brilho de malícia nos seus olhos quando ela sai em direção à outra mesa.
Cadela.
Eu levanto no momento que todos os compradores são informados que estão permitidos ter acesso a suas compras, e eu sigo os idiotas riquinhos que se acham no poder de estuprar e machucar uma mulher.
Todos são culpados e nada vai me dizer o contrário. Adoraria descer a justiça sobre eles, mas esse não é o meu papel. Infelizmente.
– Esteja pronto em uma hora. – Andrew fala e eu sei que é a hora que ele nos tirará desse lugar.
Eu me foco no caminho que estou indo, e encontro alguns guardas, não com armas visíveis, mas ainda tenho certeza que eles as têm, mas isso não me pararia.
Eu respiro fundo e deixo a felicidade chegar até mim, quando posso sentir o cheiro da minha companheira cada vez mais próximo, e isso acalma minha fera.
Passamos por um salão, onde eu vejo várias mulheres semi nuas circulando, e um bar. Tem cadeiras e sofás, onde os clientes podem socializar, e quando passamos por ele, entramos em um local para a prática de BDSM com pessoas exibicionistas.
E enfim somos levados em direção a uma escada no final da sala, e quando chegamos ao topo dela, vimos um corredor com seis portas. E eu olho o número da minha chave, e suspiro.
Seis, é a porta que preciso abrir para encontrá-la.
O seu cheiro me consome quando mais próximo cheguei à porta, e eu abro, e respiro fundo para ter meu controle, não posso assustá-la, ela já está passando por muito.
Tudo que importa é que ela esteja em segurança.
Eu entro e fecho a porta atrás de mim à chave, mas mesmo assim não me sinto satisfeito, isso não impede das pessoas entrarem. Pelo menos não os administradores desse local.
O quarto está escuro, mas posso vê-la na cama, seus braços estão amarrados contra o metal da cabeceira, como seus tornozelos.
Ela está desmaiada, mas posso sentir que logo ela vai acordar. Tento não olhar para seu corpo, é errado quando ela não me permitiu isso, mas é difícil.
Ela está nua como veio ao mundo, e eu posso ver todas as suas curvas, e como tudo nela me pertencer, como eu a pertença.
Eu me aproximo da cama, puxei um cobertor fino e cobri seu corpo não quero que ela se sinta mais exposta do que já está, quando acorda e me vê aqui.
Eu me sento em uma cadeira, e espero acordar.
Lorena
Deus. Minha cabeça dói.
Eu abro os olhos e eu quase entro em pânico quando não vejo nada, mas isso não dura muito quando me lembro de tudo. O sequestro, o leilão, depois eu sendo forçada a entrar nesse quarto e em seguida um pano sendo colocado contra o meu nariz e boca. E depois nada.
Eu não consigo ouvir nada, nada além da minha respiração acelerada, o meu coração disparado que parece que vai sair do peito, o medo.
Eu tenho que sair daqui. Tenho que ser firme.
Eu puxo meus pulsos, mas eles estão amarrados no metal da cabeceira da cama, como meus pés. Eles são fortes e não tem como eu sair. Mas mesmo assim, luto contra as amarras e eu não ligo para a dor que está causando.
Prefiro morrer a ser violada. Mas não queria morrer, não, assim. E isso me faz lutar ainda mais, e isso aumenta a pressão contra meus pulsos.
– Pare. – Um rosnado me faz parar de medo. Eu não consigo falar, um nó está sufocando a minha voz. E fecho os olhos quando uma luz é acesa.
Eu não esqueceria essa voz nunca na minha vida, ela vem do homem que me comprou, do homem que lutou contra um velho que estava na mesa ao seu lado. Ele era frio e direto em sua escolha, e essa escolha era eu.
Mesmo sobre os holofotes, eu pude ver seu rosto e essa é outra coisa sobre ele que nunca vou esquecer, ele se parece com um Deus grego, caído direto do Olimpo para terra. Seus cabelos eram escuros como a noite, seu rosto bonito e bem marcado. Seus olhos, Deus, mesmo de longe, eu podia jurar que eram azuis cinzentos.
Eu deixei o choque da sua beleza cair no meu corpo, mas isso logo foi esquecido quando lembrei do motivo que ele estava ali, ele estava me comprando para fazer coisas horríveis comigo.
E isso me fez lutar ainda mais contra as minhas restrições que me mantinha presa, mas isso não me ajudava.
– Pare. – sua voz está mais forte e ela é como gelo, e isso me deixa tensa com medo.
– Eu mandei você para.
– Você não manda em mim, seu pervertido. – Eu falo encontrando minha voz. Mas antes que possa falar mais ou xingá-lo. Sinto que algo se levanta contra mim, ele está em cima de mim, e isso me assusta mais do que qualquer coisa que sofri para está aqui.
– Por favor, não. – Eu digo sentindo minha voz se diminuir até um sussurro.
– Eu mandei para. – Ele diz contra meu ouvido direito, e eu sinto seu nariz, descendo sobre minha pele, e parando no meu pescoço e eu estremeço de medo e de outra emoção que não sei reconhecer.
– Não gosto de sentir seu medo. – Ele rosna e eu salto contra a cama, e eu suspiro de alívio quando seu rosto sai de perto de mim.
– Você me faz ter medo. – Eu sussurro. Movendo minhas mãos novamente.
– Pare. – Diz levando as suas mãos para esta em cima das minhas e eu engulo em seco, quando sinto o contato de suas mãos mais quentes.
– Só me deixa ir – eu digo odiando minha voz.
– Droga. – Ele xinga e eu tremo. Suas mãos vão para as amarras dos meus pulsos, e com um puxão firme ele as rompe. – Você está sangrando.
Eu ainda estou tentando entender, como ele me soltou com sua força, eu não consegui, mas sei que elas eram fortes, nem ele conseguiria. São algemas. Eu engulo em seco, quando ele pega meus pulsos e eu sei que ele pode sentir o pulsar do meu coração.
– Aí – eu digo tentando sair do seu alcance, mas ele me mantém parada.
– Você não está curando. – Ele rosna e eu sinto o medo volta. – Você devia está curando.
– Louco! – Eu digo tentando sair debaixo do seu corpo, mas ele é pesado, mas não chega a me sufocar.
– Sim. Louco. – Ele diz aproximando o rosto do meu, posso sentir sua respiração.
– Me solta! Está doendo! – Eu digo e no segundo depois que minhas palavras saem, ele me solta e eu fico surpresa por ele fazer isso.
– Você é pesado. – Eu tento, sentindo a esperança de fugir cresce em mim. E quando ele sai de cima do meu corpo, eu levanto rapidamente e corro imaginando onde é a porta, mas acabei batendo em uma parede. Ainda estou confusa.
– Você não deve fugir de um perseguido natural. – Ele diz. Seus braços se fecham ao meu redor.
– Quem você é?
– Seu marido.
Não pode ser, ou pode?
DerekEla parece um cordeirinho assustado, mas vou fazê-la confiar em mim mesmo que para isso tenha que mentir. E eu rosno e ela se assusta contra mim.Eu a peguei em meus braços e a levei até a cama, e ela tenta sem sucesso sair dos meus braços, ela é uma gatinha raivosa. Eu a coloco na cama e me movo para ela ficar em meu colo e a mantenho lá.– Me deixa ir. Isso não pode ser verdade – ela diz com raiva, acabo rindo quando uma das suas mãos atinge minha bochecha com força.– Nunca. Lorena. – Eu digo levando minha mão até sua nuca, e encaro seus olhos. Eles são azuis, ela é tão linda.– Como sabe meu nome? – Ela per
Lorena– Você é louco! – Eu digo olhando ainda sem acreditar nas coisas que saem da sua boca.Vampira. Lobo. Ele com certeza é um pirado, e não posso acreditar no que ele diz, muito menos que sou sua esposa.Quando ele falou fiquei em estado de choque. Mas não sei quem sou, ou melhor não lembro de nada, além do meu nome, cogitei que ele podia estar falando a verdade quando me tirou do leilão, mas ainda estava incerta, mas seus lábios contra os meus parecem tão certos.Minha cabeça dói ao tentar pensar em uma forma de lembrar de quem eu era, e como vim parar nesse lugar, mas está tudo em branco.&ndas
LorenaAí. Aí. É tudo que posso pensar.Minha cabeça dói, como meu braço direto, e eu abro meus olhos e tento me localizar, e acabo percebendo que estou em uma van, minhas mãos estão amarradas com algemas.Eu olho para frente e meu olhar cai em Derek, ele está desacordado e seu rosto está machucado, e sangrando muito, posso notar apesar de toda escuridão aqui dentro.Meu coração dói só de vê-lo assim tão machucado. E eu seguro o choro, isso não vai ajudar em nada.– Derek. – Eu sussurro sabendo que ele vai me escutar, mas não falo muito alto para o motorista ouvir. – Por favor, acorda.
DerekO meu sangue está fervendo e tudo que quero é matar, mas isso pode ficar para outra hora, tenho que tirar minha companheira daqui. E mantê-la em segurança, até poder nos tirar do país sem chamar atenção para nós, e eu sei que isso vai ser difícil.Eles não vão parar de procurá-la, não quando acham que é um milagre, isso me irritava ainda mais. Eu giro e rosno alto quando a percebo caída no chão da van, desacordada, e o maldito motorista apontando a arma para mim, e eu sorriu.Ele atira na minha direção com determinação no rosto, mas quando eu começo a desviar dos seus tiros com muita facilidade ele se assusta, e quando a sua munição acabou, eu pego a merda de um pneu
LorenaEu estava ansiosa e preocupada, não sabia o que ia acontecer quando estivesse em terra firme. Não sabia nada sobre mim além do meu nome e isso ainda me deixa transtornada.O que sei sobre mim nem dá uma grande lista. Lorena. Ok. Fui uma vampira. Ok. Sou loira. Ok. Meus olhos são azuis. Ok.
LorenaTudo que quero é sair daqui, e fugir.Não quero ser pega novamente, e muito menos que Derek também seja pego, isso não pode acontecer, ele pode ser grosso e extremamente frio e quente ao mesmo tempo, mas gosto dele e não quero vê-lo machucado.– Oi, bom dia. Vocês chegaram bem cedo – falou uma mulher de jaleco branco e um sorriso tão grande que posso ver todos seus dentes, e isso incomoda, pessoas que riem assim são psicopatas.– Nós... – Eu começo a dizer, mas sou interrompida por ela.– Eu sei, entrem. O processo é totalmente gratuito como diz no panfleto e só queremos ajudar famílias que querem ter f
Lorena Eu me sentia segura com Derek ao meu lado, e agora o medo, a insegurança e a incerteza estão comprando o preço na minha mente. Tenho medo por ele, se algo der errado, ele pode se machucar e só esse pensamento está sendo agonizante, eu sei que não vou ficar bem, enquanto não o ver ao meu lado.Não tenho certeza de nada na minha vida, a única é ele, pois eu acreditei no que ele disse que sou dele, e só de pensar que isso pode ser mentira me machucar de uma forma extremamente nova. Mas parar para analisar, tudo é novo.Minha mente está um caos, girando e girando em turbilhão de pensamentos sobre coisas que não posso controlar e odeio não poder fazer nada, isso chegar
LorenaChegamos à cidade um pouco depois do meio dia, mas não presto atenção no que está à minha volta. Meu foco está em Derek e onde ele pode está, eu estou tão preocupada que está difícil de respirar.Eu saí do carro quando ele parou, e olhei em volta, e vejo algumas pessoas nos olhando, mas depois seguiu seu caminho. Sigo os pais de Derek até um restaurante no outro lado da rua, e quando sinto o cheiro de comida, tenho o desejo de comer, é uma fome tão forte, que era como se não tivesse comido há muito tempo.Quando entro, o local está tão cheio que chega a ser sufocante e é como se todos estivessem olhando para nós, é um pouco desconfortável. E fui até um canto do rest