Capítulo 5

Derek

Ela parece um cordeirinho assustado, mas vou fazê-la confiar em mim mesmo que para isso tenha que mentir. E eu rosno e ela se assusta contra mim.

Eu a peguei em meus braços e a levei até a cama, e ela tenta sem sucesso sair dos meus braços, ela é uma gatinha raivosa. Eu a coloco na cama e me movo para ela ficar em meu colo e a mantenho lá.

– Me deixa ir. Isso não pode ser verdade – ela diz com raiva, acabo rindo quando uma das suas mãos atinge minha bochecha com força.

– Nunca. Lorena. – Eu digo levando minha mão até sua nuca, e encaro seus olhos. Eles são azuis, ela é tão linda.

– Como sabe meu nome? – Ela pergunta com os olhos arregalados. E isso me matou, fizeram algo com ela naquele lugar de teste. Ela não é uma vampira. Mas sim uma humana.

– Porque você é minha. – Eu digo olhando para seus lábios. Tão tentadores como tudo nela.

– Quem é você? – Ela pergunta procurando nos meus olhos algum reconhecimento, mas sei que ela nunca vai encontrar nada, antes dessa noite nunca nos vimos.

– Derek Montenegro, sou seu marido – Eu digo e ela balança a cabeça confusa.

– Não. Não. – Ela fala balançando a cabeça. 

– Lorena, você não se lembra, mas eu sou seu. – Lhe digo e ela arregala os olhos e eu odeio como ela está perdida, mas eu vou manter ela no lugar certo.

– Mentira! Isso não é real – ela fala tentando me empurrar, mas eu a mantenho no lugar.

– É real, minha gatinha. – Falei sorrindo e sem esperar mais nenhum protesto dela, eu a beijei, e sua surpresa me faz, aprofunda o beijo, ela pode me negar no começo, mas logo está devolvendo tudo que estou dando.

Seus lábios são maravilhosos, um pedaço de céu, que vou aproveitar muito. Eu a puxo para mais perto, e a beijo mais lentamente e solto, ela ainda está com luxúria e confusão em seus belos olhos azuis.

– Agora me diga, Lorena, isso parece errado? – Eu perguntei ainda segurando sua nuca.

– Eu... Eu... – ela resmungou levando um dos dedos aos seus lábios. E a beijei novamente, e como esperava, ela corresponde, e eu gemo de alergia, ela é minha, seu corpo sabe disso, só preciso que ela saiba e reconheça. 

– Não é errado. E nunca será. – Eu digo. Passando o polegar em sua bochecha.

– Derek... – Ela diz incerta. E eu odeio isso, odeio mentir, mas preciso de sua confiança para sair daqui juntos, e depois vou fazê-la ser minha esposa, não será uma mentira por muito tempo.

Eu rosno e a soltei na cama quando escuto uma batida na porta, e a deixo com uma bela cara de confusão. E controlo meu lobo que quer voltar para ela, e fazer mais que beijá-la, mas esse não é o lugar em a hora para isso.

Eu abro a porta e vejo Astra sorrindo para mim, ela está de peruca loira, eu a deixo entrar e fecho a porta atrás dela, ela rosna e depois liga a luz, já que está escuro só com a luz do abajur, e vai direto para a cama e começa a tirar as roupas.

– Você tem cinco minutos. Meus irmãos estão causando confusão. – Ela diz e eu concordo. Está na hora de agir. 

E me volto para Lorena e a encontro no mesmo lugar que a deixei, quando me aproximo, ela salta, e eu seguro antes dela tentar fugir novamente, e ela arregala os olhos ao perceber Astra aqui.

– Vista. – Astra diz entregando o vestido que estava vestindo a ela, e eu me viro para colocá-la em Lorena, ela ainda está sem reação.

– Espera. O que está acontecendo? – Ela pergunta procurando o meu olhar. 

– Estamos te resgatando, gatinha. – Eu digo a puxo para ela está de pé nos seus próprios pés, e arrumei o vestido, e eu gemo ao vê-la de vermelho.

– Eu fui sequestrada... – ela fala tentando simular tudo. E eu faço usar saltos, e ela segura em mim para se manter de pé.

– Eu sou o seu salvador. – Eu digo arrumando seu cabelo. E pego a arma que Astra entrega.

– As câmeras do corredor foram alteradas, você tem dois minutos antes que elas voltem ao normal. – Astra avisa, e eu não espero mais nada, e puxei Lorena para fora do quarto.

Ela arregala os olhos e eu faço ela baixar a cabeça, e assentiu quando vejo Anthony passar por mim pelo o corredor e se fecha no quarto que está sua irmã.

Eu a levo escada abaixo e suspirei aliviado quando encontro ninguém que esteja preocupado comigo, todos estão preocupados com suas vidas.

Lorena treme contra meus braços, e eu xingo quando vejo a mulher que a vendeu no leilão, ela me olha com cobiça, então eu mantenho o olhar, não posso parecer suspeito. 

Mas já é tarde quando seu olhar cai em Lorena e ela arregala os olhos e depois sorri, acho que ela pensa que a trouxe para as apresentações de Dons e submissas, mas ela não sabe como está enganada.

Eu sorrio e passo pelo o salão, estou na porta do segundo salão quando tudo fica escuro, e eu sei que virou um breu. Sem esperar mais nada, eu puxei Lorena para meus braços e a joguei sobre meu ombro. Ela pode reclamar depois.

Eu sigo o cheiro de camomila, e sei que a pista da saída, e sorri quando viro para um corredor de serviço e desvio dos guardas que correm a cegas como baratas tontas.

Eu a coloco no chão, e a empurro para a parede, e me abraço a ela, quando um guarda com óculos de visão noturna entra no corredor, eu espero ele se aproxima, e uso meu punho para quebrar sua mandíbula, afinal ele não estava esperando por isso.

Eu volto a segura Lorena, e entro em um corredor que dá a cozinha, e eu vejo alguns funcionários com lanternas, e eu não me incomodo com eles, vou direto para a saída. Eu respiro o ar frio da noite e me acalmo um pouco mais ainda não estamos livres.

Sou grato que Lorena não está tentando fugir, porque eu no lugar dela, eu faria justamente isso. No momento tenho que resolver um problema por vez.

Eu xingo quando vejo que as luzes voltaram, no momento que estou no estacionamento. A levo para atrás de um carro de luxo. E depois olhei em volta e xingo quando vejo dois guardas armados próximos.

– Hora de atuar minha gatinha. – Eu falo a olhando e a beijo. E me levanto, ela logo está atrás de mim, eu a seguro e riu forçadamente.

– Ei, o que estão fazendo aqui?! – Um deles grita na minha direção e eu ri um pouco.

– Acabamos de chegar, sempre perco a hora. – Eu digo sorrindo e eu vejo Lorena sorrir de leve.

– Seus nomes? – O outro pergunta.

– Eu sou Derek Montenegro, a morte. – Eu rosno e o atacando. batendo a cabeça deles dois juntos e deixo os corpos mortos no chão. Os seres humanos nunca tiveram cabeça boa.

– Deus – Lorena diz com os olhos arregalados, e dá um passo para trás, e eu já estou nela. Não vou deixar escapar.

– Hora de ir para casa. – Eu digo segurando seu braço, e abro a porta da Ferrari preta que está no estacionamento, e a coloco no banco de passageiro, mas rosno quando ela tenta sair pela a outra porta. – Não é hora para fuga.

–Você os matou – ela diz. Quando eu estou em cima dela, no momento que ela sai do carro.

– Você faria o mesmo gatinha. – Eu digo e a empurro para trás quando um guarda aparece e atira bem no meu ombro. Dói, mas não vai me matar.

Eu estou pronto para tirar a arma das minhas costas e atirar, mas um tiro é disparado e não foi por mim. E eu inclino para trás e vejo Lorena com uma arma nas mãos.

– Boa gatinha. – Eu gemo quando tiro a arma da sua mão e a forço entra no carro, e logo estou atrás dela, fico feliz que ela vai para o banco do passageiro sem reclamar. – Como eu disse, você faria o mesmo.

– Eu não sabia como. Só fiz. – Ela diz olhando para mim e eu sei que ela procura respostas, respostas que não tenho no momento, tudo que sei, é que minha companheira está sem memória, e não sabe de nada.

–Você sabe de muito, só não lembra. – Eu digo tirando o carro do estacionamento.

– Como matar?! O que eu era? Antes disso. Como vim parar aqui? Quem é você? – ela explodiu soltando toda sua frustração, e tudo que quero é deixá-la mais calma.

– Você era uma vampira. – eu falei e ela me olhou abismada por um tempo e depois riu, uma risada gostosa e alegre.

– Só você para falar isso nesse momento. – Ela diz me olhando ainda rindo, mas agora está mais leve.

– Não estou brincando gatinha, você era uma vampira. – eu digo saindo da pista e vou em direção a rua à minha direita.

– Eu era uma vampira! Então agora sou o que? Uma loba. – Ela provoca parecendo preocupada olhando para meu ombro.

– Você é humana, o lobo aqui sou eu.

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