Ver James ser preso quando eu sabia que ele era inocente me desestabilizou, perdi a razão, enquanto os funcionários e os seguranças se afastam, permaneço no mesmo lugar em prantos. Deveríamos ter permanecido em Port Dover, estaríamos seguros longe dessa confusão, ainda poderíamos sonhar com um futuro juntos.
Eu me sentindo perdida, sem meu porto seguro, a quem eu me apoiava, mas agora sou eu quem precisa ajudá-los. Luke surge ao meu lado, me abraçando por longos minutos, me consolando, mas eu precisava ficar sozinha, longe de olhares curiosos de todos que ainda permanêcia me encarando com olhares penosos.
De volta ao meu quarto dispensei a companhia do Luke e Francesca, que insistiram em não me deixar sozinha, mas eu precisava por os pensamentos em ordem. Andei de um lado para o outro, pensando em uma forma de ajudar a provar a inocência de James, mas como eu far
Meu pai me abraçou, eu me senti uma criança de novo, ele ainda era o meu pai e eu o amava muito, ainda queria que ele fizesse parte da minha vida. Nos segundo que nos abraçávamos tive certeza que as coisas seriam diferentes agora, tudo seria resolvido, e minha relação com meu pai voltaria ao normal como antes de toda essa confusão começar. Precisávamos disso, um do outro, desde que a perdemos. Precisávamos desse abraço mais de que qualquer outra coisa, mas meu pai se fechou, e nos perdemos em nossa dor, na tristeza.- Desculpe filha, é que sinto tanta falta da Melissa e sempre que olho para você, são os olhos dela que vejo. É, por isso que não posso deixar que suas decisões erradas afetem seu futuro, ele não te merece, e nada do que você diga me fará muar de idéia. - Meu pai se aproximou dando um beijo em minha testa. - Esteja pronta
Era bom saber que nos momentos difíceis podemos contar com amigos verdadeiros, era o que Luke se tornou, um amigo, e sei que eu e James podemos contar sempre com a amizade dele. Falando em amizade, eu precisava falar com minha amiga fiel, preciso dividir com ela a minha maior alegria mesmo com tudo o que tem acontecido, ter me tornado mãe tem me dado forças para superar os obstáculos, pelo meu pequeno anjo. - Pensei que nos encontraríamos no campus, o que houve? – com tudo, a faculdade tem estado em segundo plano. - As vezes acho que estou presa em um pesadelo, o James foi preso pelo assassinato da minha mãe, meu pai quer ir embora e me levar junto. - despejei tudo de uma vez, eu precisava desabafar antes que eu enlouquecesse e quem melhor do que a minha melhor amiga para me apoiar nos momentos complicados da vida. - Como foi que James se tornou o assassino da sua mãe? E que loucura é essa do seu pai? - ouço barulhos de vozes ao fundo, kallie deveria estar no
Analisei minhas probabilidades, ficar aqui a espera do maníaco que me sequestrou ou ir com Caio que não me inspira confiança. Eu não tinha muitas alternativas, quanto mais tempo eu permanecesse nesse lugar mais perigoso seria para meu bebê, e nesse momento toda minha preocupação era com o bem estar dele. Segui Caio para fora do quarto, fomos por um corredor escuro, chegando em uma escada que dava para outro corredor com várias portas, ao final, havia outra escada, mas essa dava para uma sala mal iluminada, havia poucos móveis pelo que eu pude ver com minha pouca visão.Enquanto saímos da casa não encontramos ninguém pelo caminho, a casa ficava cercada por uma floresta, na entrada haviam grandes pinheiros de cada lado da estrada de terra, que sumiam na escuridão da noite mal iluminada pela lua que se escondia entrem as árvores. Caio me puxou segurando em minha mão, se
Me mantive quieta ouvido seus delírios, só que nada fazia sentido, resolvi não abrir a boca para não piorar a situação. Tudo o que eu não precisava agora era que Caio se descontrolasse, e resolvesse fazer algo pior do que me manter presa, longe de todos que conheço. O policial a qual ele se referia era o meu pai? O que ele teria a ver com toda essa história sem sentido do Caio? Eram tantas perguntas sem respostas e analisando tudo, eu começava a pensar que eu talvez não queira saber as respostas.- Fingi que estudava na mesma faculdade que você apenas para me aproximar, sabia que enquanto eu a levava para casa naquele dia pensei em levá-la para longe comigo? Mas meu pai tinha outros planos e eu não poderia estragá-los apenas porque você se manteve na minha mente. Beijá-la foi algo eletrizante, era como estar sob o efeito de drogas, deixando meu corpo e mente an
À medida que as horas iam passando a minha situação piorava, além da dor, calafrios faziam meu corpo tremer, a minha consciência ia e vinha. Já fazia muito tempo que Shawn havia ido buscar ajuda, eu esperava que não demorassem ou quando eles viessem, Caio já teria me levando para longe. Me preocupo que ele e meu pai tenha tido a mesma idéia, os dois querem me tirar de Toronto, querem me afastar de James. O ódio do meu pai é tão grande que ele se aliou a um psicopata, e em conseqüência disso, Caio nos tirou a pessoa mais importante para nós. Todo esse tempo ele sabia quem era o assassino, ainda assim, deixou que James fosse o culpado, o acusou na frente de todos, se fazendo de vítima.Aperto o lençol sujo, me contorcendo de dor. É horrível estar aqui imóvel,sabendo que estou perdendo o meu filho e não poderei fazer nada para salv&
Acordei de um sonho perfeito, era uma tarde ensolarada na praia com um lindo pôr do sol e pássaros voando no horizonte, o som das ondas, uma atrás da outra, enchia meus ouvidos, parecia uma pintura realista. O meu eu do sonho sorria para um lindo garotinho de cabelos escuro, que corria na minha direção, pulando em meus braços, em meio as gargalhadas que ele dava em enquanto eu beijava suas bochechas rosadas. Após nossa sessão de risos, o coloquei no chão pegando em sua mãozinha e fomos caminhando pela praia. Escolhemos um lugar próximo de onde as ondas tocavam a areia, deixando úmida, sentamos, com ajuda de suas mãos gordinhas começamos a fazer um castelo de areia. Não precisei me virar para trás para saber que James vinha em nossa direção, já que o garotinho correu até o pai que entregou a ele uma casaquinha de sorvete de chocolate. Sabe o que e
O medo de pensar que eu poderia perder meu filho me destruía enquanto eu permanecia naquele quarto, e mesmo agora, enquanto o médico diz que ele não corre nenhum risco, esse medo permanece dentro de mim. Não me restou muito, perdi minha família, toda a base que me sustentava, James e o bebê são tudo o que tenho agora e vou lutar para não perder nenhum dos dois.-Ei, vai ficar tudo bem. O pior já passou, e você e o bebê estão seguros agora. - Kallie se aproxima pegando em minha mão, sorrindo. Sorri de volta, esperançosa que ela estivesse certa, e que tudo de ruim havia acabado.James havia saído desde que o médico tinha vindo ver como eu estava, e ainda não havia retornado. Tentei me distrair com as meninas, que conversavam animadas sobre o jantar de ação de graças que seria em algumas semanas, foi quando percebi que seria o primeiro a
- É um plano muito arriscado, e não irei usá-la como isca por mais que eu queira que aquele desgraçado pague por tudo o que ele fez a você. – James levanta exasperado, atravessando o quarto, ele encosta o braço no vidro da janela, tentando se acalmar.- Não vou esperar de braços cruzados por anos até que a polícia consiga o prender. Saber que ele estará solto por aí planejado sabe se lá o quê contra nós, é torturante, jamais conseguirei viver em paz com medo. Não quero isso para o nosso filho, uma vida restrita pelo medo do que o Caio pode fazer a ele, ou a nós, isso não é viver, é sobreviver, e é tudo o que eu tenho feito nos últimos meses. – James passa mão pelos fios curto de seu cabelo, com um olhar triste, ele se volta para mim.- Não vou passar por aquilo de novo, sem saber s