- É um plano muito arriscado, e não irei usá-la como isca por mais que eu queira que aquele desgraçado pague por tudo o que ele fez a você. – James levanta exasperado, atravessando o quarto, ele encosta o braço no vidro da janela, tentando se acalmar.
- Não vou esperar de braços cruzados por anos até que a polícia consiga o prender. Saber que ele estará solto por aí planejado sabe se lá o quê contra nós, é torturante, jamais conseguirei viver em paz com medo. Não quero isso para o nosso filho, uma vida restrita pelo medo do que o Caio pode fazer a ele, ou a nós, isso não é viver, é sobreviver, e é tudo o que eu tenho feito nos últimos meses. – James passa mão pelos fios curto de seu cabelo, com um olhar triste, ele se volta para mim.
- Não vou passar por aquilo de novo, sem saber s
Talvez Luke estivesse certo, talvez fosse loucura querer bancar uma de justiceira apenas por estar cega de ódio pelas atrocidades cometidas pelo Caio. Eu não poderia por a vida do meu filho em risco apenas pela minha sede de justiça, tudo o que eu podia fazer era esperar a polícia fazer o seu trabalho, o que não é fácil, esperar quando você tem medo de passar por tudo que passei de novo. Mas havia algo que eu podia fazer, uma que não me colocaria em risco, apenas talvez minha sanidade metal. Eu estava prestes a enfrentar o meu pai desde que todas suas mentiras desabaram sobre meu castelo de areia.- Sabe se James irá demorar? Irei receber alta ainda hoje, preciso de uma cama confortável e um banho quente, quando sair desse hospital. – digo, disfarçando minhas reais intenções.- Talvez, não tenho muita certeza. Posso ficar aqui com você e levá
- Sim. A promotoria tem provas contra ele, além da confissão do Shawn que confirma o envolvimento do seu pai nos crimes do Caio. James te avisou sobre os bens do seu pai? - Ele mudava de assunto numa fração de segundos.- É, sim.- descobrir que meu pai perdeu tudo, não é muito fácil, ainda mais levando em conta a forma que ele perdeu. Estou, como dizem, na rua da amargura, o que é irônico, quando eu olho para trás e vejo como vivíamos esbanjando riqueza.-Você terá algum tempo para pegar suas coisas pessoais, é só o que você tem direito. Tudo que está dentro da casa, incluindo os carros, foi comprado com os subornos que seu pai vem recebendo dos acordos feitos com criminosos. E claro, as contas bancárias também foram bloqueadas até o julgamento, depois o dinheiro será devolvido ao estado. – parei de ouvir o detetiv
Caminho a passos curtos atravessando a sala, seguindo pelo corredor que dá para a sala de jantar e a cozinha. A casa está vazia desde que meu pai havia sido preso, todos os empregados devem ter sido dispensados, ninguém deveria ter acesso a propriedade desde que foi confiscada pela polícia. Minha paranóia tem feito ouvir e ver coisas que não existem, volto pelo mesmo caminho, paro em frente do escritório, a porta estava entre aberta, mas estava fechada segundos atrás. Entro analisando o cômodo escuro por estar com as janelas fechadas, acendo a luz, caminho dando a volta na mesa, sentando na cadeira. Talvez eu ache alguma coisa que me ajude a encontrar o Caio, vasculho as gavetas, não encontrando nada útil. Abro a última gaveta, debaixo de uma pilha de papéis encontro uma arma, a mesma que meu pai usava na noite que o Caio tentou invadir o meu quarto.Levo um susto quando o celular
- Não adianta, tranquei tudo enquanto você estava no escritório. Planejei isso durante os dias que me escondia nesse buraco, fala sério, seu pai tem um péssimo gosto para casa. Mas amei o seu quarto, às vezes deito na sua cama sentindo o seu cheiro, até eu me lembrar que você abriu as pernas para aquele maldito lá, eu meio que destruí o seu quarto com raiva, foi mal. - reconheço que o estado metal do Caio tem se agravado, seus rompantes de loucura muda seu humor em segundos.Quantos minutos se passaram? Quantos minutos ainda terei até da casa virar pó? Tenho que sair daqui, não vou morrer por causa das loucuras do Caio.-Não é engraçado, você fugiu de mim salvando o seu bebê e depois de já estar salva, veio diretamente para onde eu estava... É o destino. Sua única chance é me matar, mas nós dois sabemo
Três Anos Depois... Passando por mim, ela sorri apertando meu ombro afetuosamente, indo embora em seguida. Resolvo voltar ao trabalho, analiso um dos meus casos de um garotinho com traumas causado por um pai drogado. Perco-me em meus pensamentos observando os quatro brincando sem qualquer preocupação. Lembro que Alice era uma criança retraída com tristeza no olhar. Hoje ela se tornou uma criança extrovertida, comunicativa e cheia de alegria. E pensar que quase não consegui adotá-la, Marta, a diretora do orfanato onde Alice vivia, me disse há três anos que eu não tinha chance de adotá-la por causa de toda a confusão em que minha vida estava. Um dos motivos de reconstruir minha vida foi para poder tê-la como minha filha, pois meu coração a escolheu. Assim que pude dar início ao processo adotivo, Marta permitiu que Alice passasse os fins de semana comigo, ela ficou tão feliz em saber que seria minha filha e ainda mais quando soube qu
Acordo ao som da risada de Alice e Noah acompanhada pelo riso de James. Os observo pela janela do meu quarto, os três brincam no parquinho. James empurra Alice no novo balanço, ela gargalha à medida que o balanço vai mais alto, enquanto isso Noah sorri batendo palminhas pela felicidade da irmã. Quando foi que James montou o balanço? Olho para o relógio na mesinha perto da cama, já passa das dez da manhã. Como pude dormir por tanto tempo? A culpa é inteiramente do meu lindo namorado que me manteve acordada ao longo da noite, nos amamos até que nossos corpos suados estivessem completamente cansados.Após um banho demorado, me visto apressadamente por estar atrasada para minha única consulta do dia. Desço a escada indo para a cozinha, surpreendentemente, a mesa estava posta com um delicioso café, meu lindo amor preparou tudo e ainda tem tempo para brincar com os filhos, sou um
Não segurei o choro quando Alice veio em minha direção, parecendo uma mini princesa de cachos dourados, ela me entregou um buquê de rosas vermelhas, me abaixo beijando suas bochechas. James segura minha mão, terminamos o trajeto de frente para o coreto com todos ao nosso redor, eu não entendia nada, o porquê de tudo isso, o motivo da minha sogra estar emocionada, do sorriso de Kallie, até ver James ajoelhado, segurando minha mão.- Te amei no segundo que a vi caminhando em minha direção. Amei-te a cada segundo que passei ao seu lado, desejando tê-la para mim. Amei-te em cada sorriso seu, em cada troca de olhar. Amei-te em cada dificuldade que passamos e nos obstáculos que superamos. Eu te amo porque em meio à multidão são suas esmeraldas que minhas safiras procuram desesperadamente. Estar com você faz a vida ser completa e me faz querer compartilhar cada se
Respirei fundo pela décima vez em menos de cinco minutos, na tentativa de acalmar meu nervosismo. Devo dizer que nas últimas semanas meu estado de ansiedade tem se elevado em níveis altíssimos. E não é para menos, não é sempre que você tem que organizar um casamento às pressas, porque o seu noivo marcou a data para quatro semanas depois do pedido. Durante essas semanas as horas foram corridas. Planejei tudo nos mínimos detalhes; decoração, flores, Buffet, vestido das damas de honra, das madrinhas. A minha maior dificuldade foi na escolha do meu vestido, confesso que experimentei vários antes de achar o escolhido. Aquele que quando James me visse prenderia a respiração e mantivesse sua atenção apena em mim. Mas a cada vestido eu não conseguia sentir aquela emoção, a certeza que era o vestido certo. Acho que meu problema era que eu nã