Caminho a passos curtos atravessando a sala, seguindo pelo corredor que dá para a sala de jantar e a cozinha. A casa está vazia desde que meu pai havia sido preso, todos os empregados devem ter sido dispensados, ninguém deveria ter acesso a propriedade desde que foi confiscada pela polícia. Minha paranóia tem feito ouvir e ver coisas que não existem, volto pelo mesmo caminho, paro em frente do escritório, a porta estava entre aberta, mas estava fechada segundos atrás. Entro analisando o cômodo escuro por estar com as janelas fechadas, acendo a luz, caminho dando a volta na mesa, sentando na cadeira. Talvez eu ache alguma coisa que me ajude a encontrar o Caio, vasculho as gavetas, não encontrando nada útil. Abro a última gaveta, debaixo de uma pilha de papéis encontro uma arma, a mesma que meu pai usava na noite que o Caio tentou invadir o meu quarto.
Levo um susto quando o celular
- Não adianta, tranquei tudo enquanto você estava no escritório. Planejei isso durante os dias que me escondia nesse buraco, fala sério, seu pai tem um péssimo gosto para casa. Mas amei o seu quarto, às vezes deito na sua cama sentindo o seu cheiro, até eu me lembrar que você abriu as pernas para aquele maldito lá, eu meio que destruí o seu quarto com raiva, foi mal. - reconheço que o estado metal do Caio tem se agravado, seus rompantes de loucura muda seu humor em segundos.Quantos minutos se passaram? Quantos minutos ainda terei até da casa virar pó? Tenho que sair daqui, não vou morrer por causa das loucuras do Caio.-Não é engraçado, você fugiu de mim salvando o seu bebê e depois de já estar salva, veio diretamente para onde eu estava... É o destino. Sua única chance é me matar, mas nós dois sabemo
Três Anos Depois... Passando por mim, ela sorri apertando meu ombro afetuosamente, indo embora em seguida. Resolvo voltar ao trabalho, analiso um dos meus casos de um garotinho com traumas causado por um pai drogado. Perco-me em meus pensamentos observando os quatro brincando sem qualquer preocupação. Lembro que Alice era uma criança retraída com tristeza no olhar. Hoje ela se tornou uma criança extrovertida, comunicativa e cheia de alegria. E pensar que quase não consegui adotá-la, Marta, a diretora do orfanato onde Alice vivia, me disse há três anos que eu não tinha chance de adotá-la por causa de toda a confusão em que minha vida estava. Um dos motivos de reconstruir minha vida foi para poder tê-la como minha filha, pois meu coração a escolheu. Assim que pude dar início ao processo adotivo, Marta permitiu que Alice passasse os fins de semana comigo, ela ficou tão feliz em saber que seria minha filha e ainda mais quando soube qu
Acordo ao som da risada de Alice e Noah acompanhada pelo riso de James. Os observo pela janela do meu quarto, os três brincam no parquinho. James empurra Alice no novo balanço, ela gargalha à medida que o balanço vai mais alto, enquanto isso Noah sorri batendo palminhas pela felicidade da irmã. Quando foi que James montou o balanço? Olho para o relógio na mesinha perto da cama, já passa das dez da manhã. Como pude dormir por tanto tempo? A culpa é inteiramente do meu lindo namorado que me manteve acordada ao longo da noite, nos amamos até que nossos corpos suados estivessem completamente cansados.Após um banho demorado, me visto apressadamente por estar atrasada para minha única consulta do dia. Desço a escada indo para a cozinha, surpreendentemente, a mesa estava posta com um delicioso café, meu lindo amor preparou tudo e ainda tem tempo para brincar com os filhos, sou um
Não segurei o choro quando Alice veio em minha direção, parecendo uma mini princesa de cachos dourados, ela me entregou um buquê de rosas vermelhas, me abaixo beijando suas bochechas. James segura minha mão, terminamos o trajeto de frente para o coreto com todos ao nosso redor, eu não entendia nada, o porquê de tudo isso, o motivo da minha sogra estar emocionada, do sorriso de Kallie, até ver James ajoelhado, segurando minha mão.- Te amei no segundo que a vi caminhando em minha direção. Amei-te a cada segundo que passei ao seu lado, desejando tê-la para mim. Amei-te em cada sorriso seu, em cada troca de olhar. Amei-te em cada dificuldade que passamos e nos obstáculos que superamos. Eu te amo porque em meio à multidão são suas esmeraldas que minhas safiras procuram desesperadamente. Estar com você faz a vida ser completa e me faz querer compartilhar cada se
Respirei fundo pela décima vez em menos de cinco minutos, na tentativa de acalmar meu nervosismo. Devo dizer que nas últimas semanas meu estado de ansiedade tem se elevado em níveis altíssimos. E não é para menos, não é sempre que você tem que organizar um casamento às pressas, porque o seu noivo marcou a data para quatro semanas depois do pedido. Durante essas semanas as horas foram corridas. Planejei tudo nos mínimos detalhes; decoração, flores, Buffet, vestido das damas de honra, das madrinhas. A minha maior dificuldade foi na escolha do meu vestido, confesso que experimentei vários antes de achar o escolhido. Aquele que quando James me visse prenderia a respiração e mantivesse sua atenção apena em mim. Mas a cada vestido eu não conseguia sentir aquela emoção, a certeza que era o vestido certo. Acho que meu problema era que eu nã
Richard A estive observando desde que cheguei a essa cidade. Por sorte consegui sair ileso do acidente ontem a noite, durante a transferência para o Presídio Estadual. Meu único objetivo era chegar vivo nesse fim de mundo, antes de ir ver minha amada esposa morta. Eu tinha que ver Alexia, uma única vez, mesmo que ela tenha virado as costas para mim, nunca ter ido me ver uma única vez, desde que me jogaram naquele
James Sento no chão, apoiando a cabeça com a mão, desesperado, fecho os olhos respirando devagar, contendo o medo dentro de mim. Encaro a parede branca a minha frente sem ter informação, a possibilidade de perder minha esposa e nossas meninas tem rasgado meu coração profundamente. Volto à noite desesperadora da nossa lua de mel, fomos para Provence na França, visitamos várias cidade, foram dias incríveis. Em uma tarde ensolarada fomos a um campo de lavandas, ver Alexia no meio daquela imensidão lilás com a brisa soprando seus cabelos sobre o rosto, com o sol a cima das planícies, fez o momento parecer uma pin
Alice Passei o verão planejando essa viagem, todos os detalhes importantes. Ainda tive que convencer minha mãe que eu conseguiria sobreviver morando em uma cidade diferente longe de casa. Quando decidi ir para Vancouver, foi algo instantâneo, quase mágico na verdade. Meu melhor amigo David mora lá desde criança, seu pai, o irmão do meu pai, foi fazer faculdade quando conheceu a tia Erin, eles se apaixonaram, se casaram e tiveram o David.Enfim, a primeira vez que pisei o pé naquela cidade maravilhosa me encantei, não sei exatamente o porquê, talvez seja pelo motivo de ter passado algum tempo morando em um orfanato, depois que perd