Analisei minhas probabilidades, ficar aqui a espera do maníaco que me sequestrou ou ir com Caio que não me inspira confiança. Eu não tinha muitas alternativas, quanto mais tempo eu permanecesse nesse lugar mais perigoso seria para meu bebê, e nesse momento toda minha preocupação era com o bem estar dele. Segui Caio para fora do quarto, fomos por um corredor escuro, chegando em uma escada que dava para outro corredor com várias portas, ao final, havia outra escada, mas essa dava para uma sala mal iluminada, havia poucos móveis pelo que eu pude ver com minha pouca visão.
Enquanto saímos da casa não encontramos ninguém pelo caminho, a casa ficava cercada por uma floresta, na entrada haviam grandes pinheiros de cada lado da estrada de terra, que sumiam na escuridão da noite mal iluminada pela lua que se escondia entrem as árvores. Caio me puxou segurando em minha mão, se
Me mantive quieta ouvido seus delírios, só que nada fazia sentido, resolvi não abrir a boca para não piorar a situação. Tudo o que eu não precisava agora era que Caio se descontrolasse, e resolvesse fazer algo pior do que me manter presa, longe de todos que conheço. O policial a qual ele se referia era o meu pai? O que ele teria a ver com toda essa história sem sentido do Caio? Eram tantas perguntas sem respostas e analisando tudo, eu começava a pensar que eu talvez não queira saber as respostas.- Fingi que estudava na mesma faculdade que você apenas para me aproximar, sabia que enquanto eu a levava para casa naquele dia pensei em levá-la para longe comigo? Mas meu pai tinha outros planos e eu não poderia estragá-los apenas porque você se manteve na minha mente. Beijá-la foi algo eletrizante, era como estar sob o efeito de drogas, deixando meu corpo e mente an
À medida que as horas iam passando a minha situação piorava, além da dor, calafrios faziam meu corpo tremer, a minha consciência ia e vinha. Já fazia muito tempo que Shawn havia ido buscar ajuda, eu esperava que não demorassem ou quando eles viessem, Caio já teria me levando para longe. Me preocupo que ele e meu pai tenha tido a mesma idéia, os dois querem me tirar de Toronto, querem me afastar de James. O ódio do meu pai é tão grande que ele se aliou a um psicopata, e em conseqüência disso, Caio nos tirou a pessoa mais importante para nós. Todo esse tempo ele sabia quem era o assassino, ainda assim, deixou que James fosse o culpado, o acusou na frente de todos, se fazendo de vítima.Aperto o lençol sujo, me contorcendo de dor. É horrível estar aqui imóvel,sabendo que estou perdendo o meu filho e não poderei fazer nada para salv&
Acordei de um sonho perfeito, era uma tarde ensolarada na praia com um lindo pôr do sol e pássaros voando no horizonte, o som das ondas, uma atrás da outra, enchia meus ouvidos, parecia uma pintura realista. O meu eu do sonho sorria para um lindo garotinho de cabelos escuro, que corria na minha direção, pulando em meus braços, em meio as gargalhadas que ele dava em enquanto eu beijava suas bochechas rosadas. Após nossa sessão de risos, o coloquei no chão pegando em sua mãozinha e fomos caminhando pela praia. Escolhemos um lugar próximo de onde as ondas tocavam a areia, deixando úmida, sentamos, com ajuda de suas mãos gordinhas começamos a fazer um castelo de areia. Não precisei me virar para trás para saber que James vinha em nossa direção, já que o garotinho correu até o pai que entregou a ele uma casaquinha de sorvete de chocolate. Sabe o que e
O medo de pensar que eu poderia perder meu filho me destruía enquanto eu permanecia naquele quarto, e mesmo agora, enquanto o médico diz que ele não corre nenhum risco, esse medo permanece dentro de mim. Não me restou muito, perdi minha família, toda a base que me sustentava, James e o bebê são tudo o que tenho agora e vou lutar para não perder nenhum dos dois.-Ei, vai ficar tudo bem. O pior já passou, e você e o bebê estão seguros agora. - Kallie se aproxima pegando em minha mão, sorrindo. Sorri de volta, esperançosa que ela estivesse certa, e que tudo de ruim havia acabado.James havia saído desde que o médico tinha vindo ver como eu estava, e ainda não havia retornado. Tentei me distrair com as meninas, que conversavam animadas sobre o jantar de ação de graças que seria em algumas semanas, foi quando percebi que seria o primeiro a
- É um plano muito arriscado, e não irei usá-la como isca por mais que eu queira que aquele desgraçado pague por tudo o que ele fez a você. – James levanta exasperado, atravessando o quarto, ele encosta o braço no vidro da janela, tentando se acalmar.- Não vou esperar de braços cruzados por anos até que a polícia consiga o prender. Saber que ele estará solto por aí planejado sabe se lá o quê contra nós, é torturante, jamais conseguirei viver em paz com medo. Não quero isso para o nosso filho, uma vida restrita pelo medo do que o Caio pode fazer a ele, ou a nós, isso não é viver, é sobreviver, e é tudo o que eu tenho feito nos últimos meses. – James passa mão pelos fios curto de seu cabelo, com um olhar triste, ele se volta para mim.- Não vou passar por aquilo de novo, sem saber s
Talvez Luke estivesse certo, talvez fosse loucura querer bancar uma de justiceira apenas por estar cega de ódio pelas atrocidades cometidas pelo Caio. Eu não poderia por a vida do meu filho em risco apenas pela minha sede de justiça, tudo o que eu podia fazer era esperar a polícia fazer o seu trabalho, o que não é fácil, esperar quando você tem medo de passar por tudo que passei de novo. Mas havia algo que eu podia fazer, uma que não me colocaria em risco, apenas talvez minha sanidade metal. Eu estava prestes a enfrentar o meu pai desde que todas suas mentiras desabaram sobre meu castelo de areia.- Sabe se James irá demorar? Irei receber alta ainda hoje, preciso de uma cama confortável e um banho quente, quando sair desse hospital. – digo, disfarçando minhas reais intenções.- Talvez, não tenho muita certeza. Posso ficar aqui com você e levá
- Sim. A promotoria tem provas contra ele, além da confissão do Shawn que confirma o envolvimento do seu pai nos crimes do Caio. James te avisou sobre os bens do seu pai? - Ele mudava de assunto numa fração de segundos.- É, sim.- descobrir que meu pai perdeu tudo, não é muito fácil, ainda mais levando em conta a forma que ele perdeu. Estou, como dizem, na rua da amargura, o que é irônico, quando eu olho para trás e vejo como vivíamos esbanjando riqueza.-Você terá algum tempo para pegar suas coisas pessoais, é só o que você tem direito. Tudo que está dentro da casa, incluindo os carros, foi comprado com os subornos que seu pai vem recebendo dos acordos feitos com criminosos. E claro, as contas bancárias também foram bloqueadas até o julgamento, depois o dinheiro será devolvido ao estado. – parei de ouvir o detetiv
Caminho a passos curtos atravessando a sala, seguindo pelo corredor que dá para a sala de jantar e a cozinha. A casa está vazia desde que meu pai havia sido preso, todos os empregados devem ter sido dispensados, ninguém deveria ter acesso a propriedade desde que foi confiscada pela polícia. Minha paranóia tem feito ouvir e ver coisas que não existem, volto pelo mesmo caminho, paro em frente do escritório, a porta estava entre aberta, mas estava fechada segundos atrás. Entro analisando o cômodo escuro por estar com as janelas fechadas, acendo a luz, caminho dando a volta na mesa, sentando na cadeira. Talvez eu ache alguma coisa que me ajude a encontrar o Caio, vasculho as gavetas, não encontrando nada útil. Abro a última gaveta, debaixo de uma pilha de papéis encontro uma arma, a mesma que meu pai usava na noite que o Caio tentou invadir o meu quarto.Levo um susto quando o celular