Seus olhos azuis me encararam com intensidade, o ódio e despeito brilhando neles, o que me mostrou que eu havia suposto corretamente, então me peguei pensando como as mulheres se sentiam tão rapidamente atraídas por Scott?
No entanto quem era eu para fazer aquele tipo de julgamento se eu mesma me senti atraída por ele no minuto em que o vi no colégio, me lembro até hoje de como meu coração disparou quando o vi passar por no corredor, de seus olhos verdes que me olharam demoradamente.
Me apaixonei naquele instante, assim, sem explicação ou sentido, então eu não poderia estar aqui julgando essa menina, só poderia rezar para que ela não tenha jamais que descobrir quem ele realmente era, que jamais ela fosse alvo de suas ambições e obsessão.
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Já eram quase meia noite, James eu e Emily ainda estávamos reunidos na sala conversando sobre o meu problema com Scott e ele ter o vídeo original.— Eu posso reunir uns caras e obrigar ele a dizer onde está.— sugeriu James.— Isso não vai funcionar, e só vai fazer com que você se meta em problemas James, só tem uma solução, Mia você precisa desistir disso tudo, deixar com a policia para encontrar o culpado. — anunciou Emily.— Não posso desistir Emily, é minha mãe!Eu me levantei do sofá e quando olhei para os biscoitos e sanduíches sobre a pequena mesinha senti um nó na garganta, meu estomago se revirou.Sem pensar duas vezes eu me virei
Eu me olhei no enorme espelho sobre a parede.Eu parecia outra pessoa.O longo vestido branco se destacava por conta própria, ele exibia um decote em formato de coração, descendo até minha cintura havia uma fita cinza brilhante que marcava a curva da cintura, abaixo ele se alongava cheio por todos os lados, reluzindo como se fosse cravejado de pedras preciosas, e talvez fosse, Scott gostava de coisas caras.Meu rosto estava com uma maquiagem impecável, feita por uma maquiadora muito famosa na região, meu reflexo no espelho estava deslumbrante, meu cabelo havia sido escovado e hidratado, com um penteado que prendia parte dele a cima com um prendedor em formato de coração com um brilhante em incrustado, e a outra parte dele caía como ondas até minha cintura, sedoso
Quando Scott sacou sua arma Ward que eu nem tinha notado entre os convidados sacou a sua também, porém ele não teve tempo de ordenar que Scott abaixasse sua arma, porque o canalha disparou, Rick me protegeu com seu próprio corpo me cobrindo, nós dois caímos ao chão e Ward disparou contra Scott, que levou um tiro no peito e caiu ao chão.Rick foi baleado na perna e sangrava profusamente, seu sangue por todo o chão e meu vestido, eu coloquei sua cabeça em meu colo e comecei a chorar e gritar por uma ambulância.Um sangue vermelho vivo.— Por favor Ward! Rick está ferido! socorro! por favor! socorro!Eu gritava entre choros e soluços descontrolados, Ward imediatamente veio até nós e pediu uma ambulância pelo r
Os dias seguiram foram estranhos, o estado de Rick não mudou.Ele continuou em coma, seus avós foram avisados e finalmente eu os conheci, eram pessoas maravilhosas que realmente amavam o neto, eu lhes contei minha história, toda ela.Mas eles já me conheciam, porque Rick falou de mim.A Vovó Harper eram uma Sra. muito bonita para a idade e vi de onde veio os olhos verdes dos Harper, a semelhança quase me fez chorar, seus olhos eram calorosos e compreensíveis, seu nome era Amélia, seu marido se chamava Sam, e era igualmente amável, vi muitas características de Rick vindas dele, ele era firme e ao mesmo tempo amável, não falou nenhuma vez com o filho quando o viu no hospital.
Eu já estava com seis meses de gravidez quando os avós do Rick me ofereceram a fazenda para morar com eles, olhei para a casa onde nasci e cresci, mas também onde inúmeras mentiras foram contadas e resolvi deixar tudo para trás, eu não tinha trabalho nem dinheiro para mantê-la, e mesmo se tivesse não queria, foi nessa casa onde perdi minha mãe brutalmente assassinada, nessa casa onde mandei o amor da minha vida embora, onde meu pai teve um AVC, onde todas as minhas tristezas aconteceram...Dei uma ultima olhada e entrei no carro dos Harpers mais velhos que estavam contentes de eu ter aceitado, no carro da frente estava a Sra. Lockwood com meu pai, mesmo depois de eu ter dito que não poderia pagar mais seu salário ela se recusava a nos deixar, havia meses que eu não a pagava.
CINCO ANOS SE PASSARAM DESDE AQUELE TIRO NO HOTEL...Eu olhei para o menino correndo pelo campo, ele sorria e pulava brincando com seu cachorro, seus cabelos castanhos voavam ao vento, ele olhou para mim e seus olhos verdes cintilaram ao sol exatamente como os do pai dele costumava fazer no passado, seus olhos eram um lembrete constante de Rick.— Mãe olha para mim! olha! — ele gritou com sua voz infantil, então começou a dar piruetas no ar, o cachorro caramelo ao seu redor pulando contente.Eu sorri e acenei da varanda para ele, hoje era seu aniversário de cinco anos.— Estou vendo meu amor, você é incrível!— gritei de vo
Eu estava na varanda vendo pai e filho brincarem nos campos, algumas semanas haviam se passado desde que Rick acordou, ele permaneceu alguns dias em observação no hospital, fazendo inúmeros exames de todos os tipos, afinal ele havia acordado de um coma de cinco anos sem sequelas aparentes, os médicos estavam impressionados, seus avós estavam radiantes por ter o neto de volta, todos os dias estavam sendo como uma festa pela volta dele, aos poucos fomos contando a ele tudo que havia acontecido com sua família durante esses anos, seu pai assassino sentenciado a perpétua, sua mãe que trocou de nome e foi para outro país com um homem, e seu irmão que havia se matado na prisão, eu lhe contei sobre a carta que ele me deixou, cada palavra que ele havia dito nela, ele apenas assentiu e nesses primeiros dias mesmo que ele dissesse estar feliz conosco eu sabia que ele estava triste por todas essas coisas mas não o pressionei para me contar n
TRECHO — Ninguém aqui interessa a você então. — presumi. — Eu não disse isso. — Você não está dizendo nada, na verdade. — É porque eu quero ouvir. — murmurou. — Sabe Rick, eu pensei que teria minha primeira vez essa noite nessa barraca. — falei sem receios, o álcool me tirava todas as minhas reservas. Rick me olhou surpreso. — Há quanto tempo vocês namoravam? — perguntou. — Dois anos. — E vocês nunca...? Balancei a cabeça que não. Um silêncio constrangedor se instalou entre nós. Depois de alguns segundos ele quebrou o silêncio. — Fico feliz que interrompi vocês ontem, imagine só lembrar dele pelo resto da sua vida como seu primeiro. — Minha mãe sempre diz que o último é mais importante que o primeiro. — murmurei. Ele me encarou parecendo refletir nas minhas palavras. Depois sorriu e disse. — Suponho que sua mãe esteja certa, ainda assim fico muito feliz de ter chegado no meio da noite. Sorri daquilo. Há algumas horas eu sentia uma certa antipatia por