Seduzida por Meu Cunhado
Seduzida por Meu Cunhado
Por: J.P Andrade
Capítulo 1

TRECHO

— Ninguém aqui interessa a você então. — presumi.

— Eu não disse isso.

— Você não está dizendo nada, na verdade.

— É porque eu quero ouvir. — murmurou.

— Sabe Rick, eu pensei que teria minha primeira vez essa noite nessa barraca. — falei sem receios, o álcool me tirava todas as minhas reservas.

Rick me olhou surpreso.

— Há quanto tempo vocês namoravam? — perguntou.

— Dois anos.

— E vocês nunca...?

Balancei a cabeça que não.

Um silêncio constrangedor se instalou entre nós.

Depois de alguns segundos ele quebrou o silêncio.

— Fico feliz que interrompi vocês ontem, imagine só lembrar dele pelo resto da sua vida como seu primeiro.

— Minha mãe sempre diz que o último é mais importante que o primeiro. — murmurei.

Ele me encarou parecendo refletir nas minhas palavras.

Depois sorriu e disse.

— Suponho que sua mãe esteja certa, ainda assim fico muito feliz de ter chegado no meio da noite.

Sorri daquilo.

Há algumas horas eu sentia uma certa antipatia por ele, mas agora aqui conversando começava a simpatizar com ele.

— Mas Mia, eu não investir em ninguém, aqui não é o único motivo de sua suposição é?

Ele sabia haver algo mais.

— Fico me perguntando que espécie de homem recusa uma garota nua que o abraça. — revelei e bebi mais.

— Não sei... talvez o tipo decente?

Ri daquilo.

Ele estava certo.

— Então a desonestidade não é de família? Sorte a sua.

Deitei na barraca e encarei o teto pensando em como minha noite estava diferindo da que eu esperava.

Era para eu estar tendo a melhor noite da minha vida.

Mas em vez disso estava aqui conversando com Rick, e o pior de tudo era que quando ele entrou eu estava convicta que dormir com ele faria eu me sentir melhor, me vingar de Scott.

Mas será que faria? E Rick merecia ser tratado assim?

Com certeza não.

Antes que eu percebesse Rick estava inclinado e com a ponta dos dedos ele secou as lágrimas que desciam sem que eu me desse conta.

Me sentei e segurei sua mão, devagar eu a abaixei afastando do meu rosto.

Sua mão estava quente e era bem maior que a minha.

— Eu sei que você sabe que ele não merece essa lágrima. — murmurou.

Com seu olhar fixo em mim.

— Não sei se consigo evitar, e começo a duvidar se sou realmente melhor do que ele.

As lágrimas desceram profusamente agora, e todo o choro entalado, aquele nó em minha garganta foi sendo despejado tudo de uma vez e quando vi eu havia sido puxada para seus braços que me envolveram enquanto eu soluçava na sua camisa.

— Você é muito melhor que ele. — murmurou Rick.

Eu me afastei só o suficiente para olhar em seus olhos verdes estrelados.

— Não sou, no momento que você entrou nessa barraca a única coisa que pensei foi em transar com você e me vingar do seu irmão.— desabei em seus braços, as palavras embora verdadeiras ao sair da minha boca deixaram um gosto amargo e irreal.

Aquilo tudo não parecia real e nem algo que eu fizesse, porque eu não era assim.

Rick me afastou o suficiente para olhar em meus olhos, seu olhar verde estava escuro.

Me preparei o máximo que pude para o que viria, com toda a certeza ele expressaria seu repúdio por minhas intenções tão idiotas e infantis.

Eu estava envergonhada, constrangida.

Mal conseguia encara-lo nos olhos.

— Sabe o que eu pensei quando entrei nessa barraca? — murmurou ele, sua voz rouca.

Não respondi, apenas o olhei incapaz de dizer algo mais, só tentava parar de chorar.

— Eu pensei no quanto você é linda. — revelou.

( CAPÍTULO 1 DIAS ANTES.)

Esperei que as luzes se apagassem, retida em minha cama, esperei enrolada em meu edredom, atenta à penumbra do corredor.

Já se passou, das nove da noite, meus pais deviam ter finalizado o vinho que tomam, sempre após o jantar.

Alguns minutos depois eu pulei da cama para ver as luzes finalmente apagadas, coloquei minhas botas e meu casaco, meu coração batia acelerado em antecipação com a noite, não era todo dia que se perdia a virgindade.

Esperei alguns minutos antes de descer para o quarto, fui sorrateiramente amarrada à porta e quando tentei virar o dedo vi que estava trancada.

Mas isso não me impediria de escapar, esta noite era inegável.

Coloquei minha própria cópia da chave e virei a maçaneta, abri a porta com todo o cuidado para não fazer barulho e quando me vi na beira da rua meu coração ficou eufórico, pulou descompassado, quando vi o sedã preto estacionado do outro lado da estrada.

de Scott.

Atravessei a rua com as mãos tremendo de empolgação, ele destravou as portas e eu entrei.

O carro estava ligado e imediatamente senti um cheiro de perfume, ou melhor, uma ausência de perfume.

Scott sempre amou usar um sabonete de ervas finas, não gosto desse perfume porque eu adorava o cheiro natural que vinha dele.

Olhei para seus olhos verde-claros e seu sorriso radiante, seu cabelo castanho estava pontilhado e ele estava vestindo uma camisa azul escura e jeans.

Ele havia aumentado de massa muscular nos últimos meses para uma luta, então quando ele me puxou para um abraço fui completamente engolida por seus braços enormes, o calor que emanava do corpo dele era gostoso.

— Sinto muito amor, você já está esperando aqui há duas horas.

Ele segurou em meu rosto e pareceu analisar cada detalhe dele.

— É uma noite especial Mia, eu iria ficar aqui muito mais do que duas horas se fosse necessário. — revelou.

Meu coração acelerou quando ele disse isso, e uma parte de mim, teve medo.

Eu tinha prometido-lhe.

Já se arrastava por anos essa promessa.

Como se alguma nuvem negra pairasse sobre eu entregando meus pensamentos covardes, ele perguntou se afastando, suas mãos voltando ao volante e seu olhar em mim era um tanto frio.

— Não me diga que desistiu? — embora ele não estivesse gritando o seu tom impaciente e frustrado eram facilmente perceptível.

— Vou perder a virgindade hoje, com você. — afirmei.

Ele sorriu parecendo ter ganhado na loteria e se inclinou e senti o doce sabor do seu beijo.

Infelizmente o beijo acabou cedo demais.

— A noite vai ser ótima, amor. — prometeu ele e ligou o carro.

Alguns minutos depois chegamos na residência Harper, uma das casas mais antigas do bairro, a casa era do século dezoito e apesar de algumas reformas ainda mantinham seu esplendor de outro tempo.

Scott vinha de uma família tradicional que no passado eram duques e lordes da cidade Bennet bey, a residência era um dos inúmeros imóveis construídos pelos Harpers ao longo dos anos.

E hoje a casa era só nossa!

Quando entramos Scott se apressou em acender a lareira, era início de inverno.

Eu me sentei no sofá enquanto ele fazia isso e vi o vinho na mesa, estava posto com duas taças ao lado.

Servi as duas taças, mas antes que pudesse beber Scott me puxou pela cintura e me beijou, segurei em seu cabelo enquanto ele me beijava e suas mãos percorreram meu corpo.

Senti meu corpo estranho, uma excitação e empolgação tudo junto, o frio na barriga e o medo eram inevitáveis, mas afastei esses pensamentos e me concentrei no que eu queria.

Eu queria ele.

Scott tirou minha blusa, eu não havia colocado sutiã, queria facilitar para ele.

Seu olhar recaiu sobre meus seios e eu desejei naquele momento intensamente que eles fossem maiores.

Mas mesmo esse não sendo o caso ele se inclinou e os beijou e acariciou por longos minutos, me empurrou gentilmente para deitar e continuou com seus beijos, sugando meus mamilos, suas mãos grandes me acariciando.

Ele se levantou dando uma pausa nas carícias para tirar a camisa.

Eu me sentei sem blusa e tirei as botas e a calça enquanto ele abaixava sua própria calça.

Encarei ele completamente nu na minha frente e soube que não poderia retroceder, e nem queria fazer isso.

Seu corpo musculoso brilhava a luz da lareira, parecia um deus grego de tão lindo que estava.

Ele sorriu para mim e estendeu a mão.

Encarei confusa, o que ele queria que eu fizesse?

Então quando percebi ele estava me levantando e me deitando em um colchão improvisado no chão.

— Porque não vamos pro seu quarto Scott?

— No meu quarto não tem lareira, supus que você fosse achar romântico, como nos filmes que você vê. — respondeu.

Aquilo me surpreendeu, não sabia que ele reparava nos filmes que eu assistia nem tampouco se lembrava das cenas românticas que eu mais gostava.

Eu sorri satisfeita com seu gesto romântico e o envolvi com meus braços, ele me beijou e foi lentamente descendo até paralisar em uma das minhas coxas.

O que será que houve? Eu havia me depilado muito bem, tinha até pagado por isso! Será que ele estava me achando feia lá?

— Droga! Merda! Merda! — exclamou ele e eu imediatamente me sentei e puxei o lençol sobre mim, encarei sem saber o que dizer.

— Você por acaso tem camisinha? — perguntou ele me fazendo relaxar imediatamente, então esse era o caso.

Não tinha nada a ver comigo.

— Não. — respondi.

Ele respirou fundo frustrado e se levantou colocando a calça, jeans e os sapatos.

— Ei onde você vai? — questionei.

Ele terminou de colocar a camisa e se aproximou me dando um rápido beijo nos lábios.

— Fica quietinha aqui, vou comprar camisinha. — disse e saiu apressado segurando as chaves do carro.

Fiquei deitada enrolada no lençol pensando em tudo que aconteceria a partir daqui, eu perderia a virgindade finalmente.

E com o Scott.

Namoramos a dois anos, agora que finalmente terminamos o ensino médio estamos nos preparando para a faculdade, os pais dele querem que ele curse direito, mas ele ama o boxe e está tentando carreira nisso, não sei como seus pais vão reagir quando souberem que ele não vai fazer direito.

Nosso plano é morar juntos enquanto eu curso a faculdade e ele trabalha meio período e se dedica ao boxe.

Me levantei enrolada no lençol e peguei o vinho virando de uma vez.

Meu coração bateu acelerado de novo quando depois de alguns minutos ouvi um carro estacionando.

Olhei para minhas mãos que seguravam o lençol envolta do meu corpo e decidi tirar.

Me levantei esperando ele destrancar a porta.

Quando a porta foi aberta, Scott entrou e quando seu olhar cruzou com o meu empalideceu um pouco.

— Pensei que fosse demorar mais. — disse e caminhei até ele, envolvi meus braços no seu pescoço e o puxei para mim, seu olhar ainda parecia estranho, diria que chocado.

Ele olhava para meu rosto e meus seios, quase parecendo nunca os ter visto antes.

Estranhei o fato de eu estar tão próxima dele e ele não me tocar.

— Porque está tão calado?

Então ele fez algo surpreendente, segurou em meus braços e me afastou, embora delicadamente pareceu muito rude para mim.

Caminhou para a sala e começou a olhar tudo em volta, seu olhar se prendeu no vinho e nas taças.

— Não sei quem planejou isso ou pagou você, mas eu não estou afim, não que você seja feia, você é bonita. — Aquilo soou extremamente ofensivo, senti um nó se formar em minha garganta e imediatamente me cobri com o lençol de antes.

Ele continuou a me encarar, parecendo incomodado.

— Por acaso você se drogou no caminho da farmácia? Porque está falando essas coisas? — perguntei com a raiva quase me dominando.

— Não quis ofender você, só não curto prostitutas, nunca me deitaria com uma mulher que não me deseja. — anunciou e encheu uma taça de vinho.

Encarei-o completamente chocada, e sobretudo possessa.

— Você acabou de me chamar de PROSTITUTA?!

Comecei a jogar pequenos objetos na direção dele, enquanto ele se esquivava de todos e só então quando ele levantou as mãos me pedindo para parar eu notei uma marca de nascença em seu pulso direito, uma mancha arredondada.

Parei de jogar os objetos e olhei para suas roupas, uma camiseta preta e jeans preto, roupas completamente diferentes das quais ele saiu.

E ainda trazia uma mochila nas costas.

— Que roupas são essas? O que você está vestindo Scott?

Ele ficou perturbado e me encarou, parecendo surpreso.

— Eu não sou o Scott. - Ele respondeu naquele momento para a porta aberta e Scott entrou agitando uma caixa de camisinhas.

— Achei as camisinhas. — Anunciou no segundo em que entrou.

Olhei para os dois homens na sala, praticamente idênticos e eu dei um grito.

Bem alto.

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