O Leoni Messina, no entanto, ainda continuava ali, segurando nas partes intimas. E a gargalhada irritante do homem bem humorado ao fundo o fez sentir ainda mais ódio.
– Eu vou acabar com aquela filha da mãe.– E o que você queria? A garota ficou assustada com a sua abordagem sútil.– Ok, mas pare de rir. Essa droga dói!Lucca tentou controlar-se, mas o riso pareceu tão inevitável quanto respirar. – Olha só, o homem que aguenta todo tipo de tortura se dobrando pelo chute de uma garotinha fácil que encontrou no beco.Leoni Messina direcionou-lhe um olhar mortal. – Quando eu me recuperar disso aqui, juro que vou deixar você caído nesse m*****a chão, se não parar com essa merda agora!Lucca ergueu os braços para cima, em rendição, mas ainda tentava esconder o riso em lábios dobrados para o interior da boca. – Da próxima vez que gostar de uma garota, tente não deixar ela apavorada desse jeito. A próxima pode acabar arrancando o seu amigo...– Do que você está falando? – Ele finalmente endireitou a própria postura.– Eu vi o jeito que você olhou para ela. Te conheço bem para saber que gostou da mulher.Leoni Messina direcionou-lhe outro olhar enviesado de ódio e julgamento. – Idaí? Ela é bonita e eu estou atraído. Isso é tudo.– Mas poderia... Essa garota tem fibra. – Ele encarou o irmão. – Melhor tomar cuidado. Você sabe que...– Eu sei muito bem as minhas obrigações. Agora, chega desse papo de merda e vamos resolver o que viemos fazer aqui!– Sim, chefe!– E Lucca, da próxima vez que apontar uma arma, que seja para um criminoso. Você sabe que eu odeio injustiça.– Desculpe! Não queria ameaçar a garota que você pode um dia quem sabe amar.– Eu não amo. Eu apenas as fodo e depois as deixo se tiverem sorte o bastante.– Admita, você gostou dela.– Eu tenho que encontrar ela outra vez.O homem sorriu como um vitorioso. – Eu sabia!– Eu vou ensinar a ela uma lição.– Sei...Leoni Messina apenas o encarou com um olhar de impaciência. – Você tem sorte de ser meu irmão. Qualquer outro e eu teria perdido a paciência faz tempo.– Bom, tecnicamente ainda não sou.– Isso é outra merda que eu preciso resolver. Não se preocupe!– Não é a única!Leoni Messina o encarou com um olhar enviesado de desconfiança. – O que quer dizer com isso?– Sabe aquilo que você não queria que eu fizesse?– O que tem?– Eu acho que me empolguei um pouco!– Lucca Messina, que merda você fez?– Uma festa! Mas é simples. Apenas para os mais próximos.Leoni Messina ainda tentou manter o controle, apertando o próprio punho com toda a força. A única coisa que o acalmaria seria o sangue, mesmo que fosse o dele. E as unhas fincadas contra a pele das palmas da mão deveriam servir por hora.– Está me dizendo que você fez exatamente o que eu disse que não deveria fazer?– Ok, eu sei que você está bravo, mas ...– Bravo? Eu só não mato você, Lucca, por que você é o meu irmão. Mas eu não sou um fraco. Não faça mais nada pelas minhas costas!– Eu só achei que você deveria ser apresentado. Você agora é dono de toda a merda e...Leoni Messina ajeitou o terno, tentando manter a paciência que quase havia se esvaído por completo. – Dessa vez passa!– Você não está bravo?– Melhor não perguntar isso agora!– Ok... – Lucca tentou disfarçar o próprio desconforto por agir pelas costas do chefe.– Cadê a beldade? – O mendigo acordou cambaleando do golpe que havia levado.Se ele ainda tinha algum dente dentro da boca, este foi-se embora com todos os socos que o Leoni Messina o atingiu.O mafioso sentiu cada gota de sangue fervendo contra o seu punho forte, mas ele não estava disposto a parar, até que o homem chorou como um covarde.– Mande que levem esse lixo daqui!– E o que eu faço com ele.– Isso não é da minha conta! Só faça com que esse verme suma. Ele não vai fazer falta a ninguém.– Vou chamar alguém e te encontro.– Cuide disso pessoalmente!– Eu sei, eu sei... Você está chateado, mas eu tenho que estar lá. Aquele traidor merece uma punição e eu adoro a ação.– Eu não preciso de você lá. Você fica e resolve isso.– Esta me punindo?– Se eu quisesse puni-lo, não seria tão fácil assim.Então ele continuou seu caminho, segurando na adaga de brilho amarelo intenso.Dois dias depois ele estava descendo do carro blindado, em a frente a uma m*****a festa pomposa, como se não tivesse violado a lei em mais de uma instância.Ele deu a volta no carro e abriu a porta para a mulher que o acompanhara naquela noite. – Fique aonde eu possa te achar!– Sim senhor. – Ela abaixou a cabeça e seguiu seu caminho sem ele. Haviam coisas mais interessantes a fofocar com as amigas.Ele revirou os olhos assim que se encontrou no salão de festas. As pessoas, o incomodavam, mas a quantidade delas pareceu o mais alarmante.Lucca Messina fugiu assim que o viu, mas ele sabia que não escaparia da fúria daquele mafioso por muito tempo.E após um breve e grosso discurso, O mafioso desceu do púlpito e se isolou no meio de todos aqueles soldados. Parecia que tudo naquele lugar era entediante, e de alguma forma, a garota do beco não saia de sua mente perversa e corrompida. – Fiquem aqui! – Ele ordenou.Sem mais respostas, sem perguntas. Todos apenas o obedeceram como se o temessem mortalmente.Leoni Messina debruçou-se contra a varanda e observou o jardim. Ali estava um anjo de vestido amarelo e costas nuas tão sedutoras que o fez imaginar o quão sedosas estariam quando ele deslizasse os dedos contra aquela pele.Mas o coração dele praticamente parou de bater. Era ela. A garota problemática que ele exaustivamente procurou por malditas vinte e quatro horas até que finalmente decidisse que seria melhor que não a achasse.– Então quer dizer que você é uma senhorita da máfia... Giulia pareceu distraída demais para responder-lhe qualquer coisa. Ela apenas estava ali, olhando para o lago enquanto realizava estranhos movimentos com as mãos delicadas. Ele franziu a testa e sentiu a irritação tomar-lhe todo o controle. Mas ele ainda se conteve. Aquele homem não perdia a sobriedade com facilidade, embora ela tivesse uma estranha influência sobre ele. – Eu estou falando com você! É de bom tom responder ao seu don! Mas ela ainda se manteve neutra como se aquilo não importasse de nada. Justo no momento em que ele pensou que ela apenas se jogaria contra a grama e pedir-lhe-ia vigoroso perdão pelo erro. Então ele avançou contra ela, pressionando a barriga da Giulia Rossi contra o batente de madeira adornado de flores. Os fones caíram na água, e ela sentiu que o coração caíra junto, de uma forma violenta e sofrida. – Você ficou maluco? – E então ela se virou para ele, pronta para dar-lhe um forte tapa.
Ela arregalou os olhos, deixando cada aspecto do medo em evidência. O local onde havia sofrido o golpe doía, e ela já não podia parar de massagear a nádega direita. – Fiquei preocupado de que fosse atacada, mas acho que você esperava alguém aqui. Giulia se virou apressada. – Não. Eu não ia encontrar... – Mas ela percebeu que ele a devia desculpas outra vez. – Você está mudando de assunto. Quem te deu o direito de me tocar assim. – Bom, se você deixa essa bunda grande para cima, espera que eu faça o que? – Eu não... – Ela sentiu a ofensa atingir-lhe tanto que mal podia raciocinar. – Ok, eu não vou me explicar para você. – Por que você não pode. – Por que eu não quero. – Ela se levantou e tentou voltar pelo mesmo caminho. Algo a bloqueava, e ela sentiu as mãos quentes como fogo conte-la com grande fúria, apertando-lhe o braço de uma forma tão possessiva que ela mais pareceu uma propriedade dele de fato. – Nunca mais fale assim comigo. Ela o encarou com desconfiança. –
– Meu deus, o que eu fiz para merecer isso? – Quer que eu chame o cavalheiro que estava dançando com você antes? Giulia tentou soltar-se do homem que a prendia nos braços como se a tivesse por inteiro. – Não quero que chame ninguém. Não preciso da sua ajuda. Não preciso de ninguém para dançar comigo. Posso fazer isso sozinha. – Eu adoraria ver isso. – Me ver dançando sozinha? Me solte e verá! – No meu quarto. Estou na cobertura. – Ele liberou um sorriso de canto de boca. Giulia ergueu as mãos atrevidas mais uma vez naquela festa, e aquela altura, o Leoni Messina sabia bem o que esperar. Ele a segurou pelo pulso com tanta facilidade que a deixou assustada. – Me solta! – Ela puxou o braço para si, parando no meio da pista ainda em movimento de danças aleatórias dos casais distraídos. Leoni Messina a tomou pela cintura mais uma vez, e então pairou com ela pelo salão. – Eu conheci muitas mulheres no mundo, garota. Mas devo admitir que você é a mais corajosa que eu já vi.
Leoni Messina desviou o olhar da moça apenas por dois segundos para encarar o irmão, mas ele não podia deixa-la por muito tempo. – É a sua garota? A mulher do beco? – Lucca perguntou. – É a minha garota... É muita coincidência, não é?– E é da máfia... Isso é ótimo. – Ele encarou o irmão. – É ótimo se você quiser se casar com ela. – Não quero! – Ele continuou a olhar. – Você sabe que eu não vou frustrar uma mulher assim. Vai ser uma merda quando ela souber que... – É, eu sei! Ambos suspiraram, mas o Leoni Messina subitamente gargalhou. A garota que havia acabado de tropeçar nos próprios pés o encarava com um olhar enviesado de reprovação, mas ele só conseguiu sentir a maldita palpitação no peito. – Ela é desastrada. – E linda. Ela é perfeita. – Ele passou as mãos pelo rosto, esfregando o claro desespero. – Eu vou ter essa mulher. Eu preciso. – Da máfia? – Você sabe que isso não é um problema. – Talvez seja... Essa aí é pequena, mas é valente. Leoni Messina par
Giulia Rossi sentiu uma imediata falta dos fones de ouvido que tanto abafavam os sons agudos em sua cabeça. Ela pôde ouvir cada um dos gemidos que sua linda mãe emitia ao ser torturada por um marido controlador. Eles estavam no andar de baixo, e ela ainda esperava que o inútil irmão tomasse a frente e defendesse a sua mãe, mas aquilo nunca acontecia. Felipo Rossi era covarde demais para enfrentar quem quer que fosse. Desde pequena, tudo parecera desproporcional para ela. Ele ainda recebia todos os privilégios de ser um futuro capo, embora fosse a irmã mais nova a responsável por estudar todas as rotas e cumprir as funções que lhe era designado. E por mais que fosse injusto, ele não se ressentia por assumir os louros que não o pertencia, em troca de uma promessa de que daria ao menos a livre escolha a irmã, quando ele assumisse a liderança da família. “Você vai se casar com quem quiser”. Ela ainda podia ouvir vividamente em sua memoria, muito embora soubesse que Felipo Rossi não me
Giulia encarou os andares de baixo de uma gloriosa cobertura. As cores dos apartamentos acesos na noite pareciam mais atraentes que as pessoas que tomavam champanhe na sala. O anfitrião mal educado ainda não havia saído do quarto, e a garota apenas podia agradecer por isso. Ela esperava que pudesse estar menos atraente naquela noite, mas tudo havia sido preparado e controlado em sua vida. Suas roupas, as joias e até mesmo o penteado que usava no topo da cabeça foram calculadamente preparados para aquele dia que ela não sabia o que esperar. Não havia um único instante em que ela deixava de pensar no estranho atrevido, repreendendo a si mesma a cada segundo. Havia exatamente três noites em que sonhava com aquele homem surgindo em meio ao nada, apenas para roubar-lhe mais um beijo. Ela deveria ceder ao próprio desejo? Giulia virou-se em direção a porta que dava acesso a sala e deparou-se com a figura máscula do objeto dos seus melhores sonhos. Ela revirou os olhos, esperando que
Quase duas horas entediantes se passaram desde que todos foram ao andar de cima. Giulia ainda tentava manter a postura ereta, sentada no sofá como uma maldita boneca de decoração. Sua mãe, ao seu lado, gozava da mesma postura, embora demonstrasse gostar da vida recatada e controlada da máfia. – Mãe, por que o papai queria saber aonde você estava hoje? – Giulia interrompeu o silêncio. A sua mãe bebeu o champanhe de uma forma estranha. Helena Rossi pareceu tentar afogar-se no líquido gelado e borbulhante do copo como um suicídio de salvação. – Bobagem. – Ela contentou-se em apenas dizer a única palavra que fez a filha sentir-se desconfiada. – Mãe, o que você fez? – Ela encarou a mulher que claramente sentia-se desconfortável. – Não vai me interrogar agora como o seu pai faz, não é? Vocês são todos iguais. – Eu não sou igual a ninguém, mãe. – Eu não tenho saída, Giulia. Não posso dizer nada a você. É melhor que seja assim. A garota abaixou-se em frente ao sofá esperando que
Giulia Rossi segurou a súbita vontade de segura-lo com as pernas. Aquilo provavelmente seria apenas mais uma munição para as fantasias depravadas do don. Ela o encarou com frieza, tentando controlar o medo de destruir-se completamente ao cair no andar de baixo, mas ele a inclinou, e ela ainda tinha que garantir estar completamente entregue ou cairia acidentalmente. Ele tocou-a no pescoço, e em seguida a puxou de volta. Por que? O que ele queria com tudo isso? – Terminou sua demonstração de força ou ainda quer me testar mais? Ele esfregou o rosto por alguma razão, e no instante em que a Giulia sentiu os pés colarem-se na segurança do chão outra vez, ele a segurou pelas coxas, pressionando-se ao corpo dela. O beijo roubado a deixou completamente fora de si. As pernas completamente abertas estavam na posição perfeita que ele tanto havia fantasiado, mas Leoni Messina conteve-se apenas em senti-la pela barreira da calcinha que ele jurou amaldiçoar. Ela segurou-o pelo rosto par