Ainda me vejo encantado com a beleza daquela moça. Ela é totalmente diferente do que imaginei quando meu pai a mencionou. Seus lindos cabelos castanhos combinam com seus olhos, e ela veste uma calça jeans colada, uma bota marrom e uma blusa de alcinha azul. Leva um tempo para sair de seu encanto.
— Filho essa é Conceição e sua filha Camila — minha mãe fala, apontando para cada uma. — Prazer em conhecer vocês. – Dou um breve sorriso e volto a comer meu pão. Camila resmunga alguma coisa que não entendi, e sua mãe a repreende. — Mãe vou ficar na varanda. Quando terminar você dá um grito que venho correndo. — Vou até ela, dou um beijo em sua cabeça. Faço um aceno breve para Camila e Conceição e saio. Assim que chego do lado de fora, me sento no banquinho de madeira, pego meu celular e dou uma olhada e nada de mensagem nova. — Você é metido assim naturalmente ou teve aula na faculdade? Olho em volta e vejo Camila de pé encostada na parede com os braços cruzados. — Você nem me conhece, menina, pra estar falando de mim. Vai procurar alguma coisa pra fazer! – falo rude. Ela vem e se senta ao meu lado. — Além de metido, é mal-humorado, o playboy. — Ela olha para mim e não consigo evitar, acabo virando os olhos. — Sério que nessa fazenda enorme, não tem nada pra você fazer? — Me levanto e encosto na grade da varanda. — Aqui está divertido.Que audácia dessa pivete! Certeza que está testando minha paciência. Quando vou responder, escuto minha mãe chamar e vou para dentro sem olhar para trás. — Vamos almoçar, filho, tenho certeza que está com saudade da comida de sua mãe — meu pai fala enquanto ajuda a colocar os pratos na mesa. — Com certeza estou. Não existe no mundo comida melhor. – Assim que me sento, Camila se senta ao meu lado. Só pode ser brincadeira! — Convidei Conceição e Camila pra almoçar conosco pra comemorar sua volta pra casa — minha mãe fala animada. Dou um sorrisinho falso. Começamos a nos servir. Minha mãe havia preparado tudo o que gosto; purê de batata, um lindo peixe assado que provavelmente veio de nosso lago, um arroz colorido e uma farofa de bacon. Encho meu prato sem dó. Faz tempo que não comia direito, que não comia comida de verdade. — Então, Davi, o que te fez abandonar a cidade e voltar pra cá? – Camila questiona. Todos olham para mim, aguardando minha resposta. Nessa hora fico nervoso. Dessa “pivete” tinha que tocar logo nesse assunto? — Eu cansei da agitação, então decidi vir passar um tempo aqui pra relaxar, só isso. — Dou de ombros. — Cinco anos na agitação da cidade não deve ser fácil, ainda mais pra você que cresceu aqui, estudou fez a faculdade, tudo, nessa cidade — meu pai fala e o restante concorda. — Mas agora ele está de volta em casa, mesmo que por um tempo. – Minha mãe estende sua mão sobre a mesa e segura a minha. Após o almoço, um lindo brigadeirão é colocado no centro da mesa. Meus olhos brilham assim que o vejo. Minha mãe serve cada um, o meu pedaço sendo o maior. Ela me conhece muito bem. — Por que você não dá uma volta com Camila pra ver toda a mudança que fizemos na fazenda? – meu pai sugere, e eu sei muito bem o joguinho que ele está fazendo. — Estou cansado, pai, prefiro ficar no quarto. — Você não veio pra cá pra ficar preso no quarto, Davi! – minha mãe me repreende.— Eu adoraria te levar por toda a fazenda. Você ainda se lembra como se anda de cavalo? – Camila fala. — É como andar de bicicleta, nunca se esquece – falo, e ela olha para mim e sorri. Que sorriso lindo! Que ódio! — Então vamos andando até às baias pra fazer a digestão. Lá cada um escolhe um cavalo. O que me diz? – Seu tom de voz soa como um desafio. — Vamos. Quero ver se você sabe cavalgar bem. – Faço sinal para a porta. Por que falei isso? Minha mente levou totalmente para o outro lado, e acho que a dela também, pois ficou corada. — Se divirtam! Lá tem chapéu e botas, Davi. Como você e seu pai calçam o mesmo número, pode pegar a primeira que vir.Eu concordo. Caminhamos até às baias em silêncio. O lugar também está lindo. Procuro logo o meu cavalo, e assim que chego perto dele, faço um carinho em sua crina e ele relincha. — Ei, Garanhão, você sentiu minha falta, nê? — falo todo carinhoso. Camila me olha rindo. — Sua cara colocar esse nome no cavalo. — Seu sarcasmo me irrita.— Sério, não entendo porque você está implicando tanto comigo. Você nem me conhece, não sabe nada sobre a minha vida. Muito menos o que já passei enquanto estive fora. – Lembranças vêm à minha mente. — Não quis ser indelicada. Me desculpa! – fala de cabeça baixa. — Tudo bem, esquece. Você vai montar qual cavalo? – tento mudar de assunto. Ela vai até a Princesa, uma égua marrom que é bem mansa. Penso em fazer uma piada, mas deixei quieto — dessa vez! Tiro meu tênis e calço um par de botas, e pego um chapéu. Camila já está colocando a sela em sua égua. Assim que termino de me arrumar, faço o mesmo e levamos os cavalos até o lado de fora. Camila sobe na égua com muita destreza. Dá para ver que faz isso com muita frequência. Mas também não fico para trás. Subo rapidamente e começo a cavalgar. Sempre amei o Garanhão, por ser o cavalo mais rápido de toda a fazenda. Em questão de segundos Camila já fica para trás. Sentir aquele vento no rosto, aquela sensação de liberdade após todo esse tempo, é sensacional. — Me espera, Davi! – ela grita, mas eu continuo no mesmo ritmo. Quando já estou bem à frente, puxo as rédeas do cavalo e espero ela me alcançar. — Não sabia que esse cavalo era assim tão veloz. Seu pai não deixa ninguém montar nele e agora sei o motivo. Ele é só seu. — Ele sempre foi meu. É meu xodó. Ganhei ainda filhote, quando fiz quinze anos – falo, fazendo carinho em sua crina. — Você é estranho! Uma hora parece ser carinhoso e na outra já fica emburrado de cara fechada. — Ela aproxima seu cavalo do meu. — Eu sou complicado, Camila, então é melhor manter distância.Antes que ela possa falar alguma coisa, volto a cavalgar rápido, deixando-a para trás. Após um tempo, decido voltar para a baía. Já chega de cavalo por hoje. Desço dele, levo-o para dentro e tiro sua sela. — Você ainda está em ótimas condições, parabéns! – Dou um abraço nele, saio e fecho o pequeno portão. Coloco meu tênis de volta e penduro o chapéu de volta no lugar. Quando estou saindo da baía, Camila está entrando. Começo a andar em direção ao casarão a passos largos, e pouco tempo depois escuto ela me chamar. Ignoro-a e continuo meu caminho. — Ei, playboy, me espera! – ela grita, e nessa hora paro de andar, meu sangue ferve. Odeio quando ela me chama assim. — Pivete, você é chata pra caramba. Vê se me deixa em paz! – grito. Seus olhos se enchem d’água. Que droga. Só falta agora ela começar a chorar.Não sei o que fazer se essa menina começar a chorar, e ainda mais por minha culpa. Seus olhos ainda estão cheios d’água e sua feição triste então do nada começa a rir. Eu fico sem entender nada. — Você tinha que ver sua cara! – Camila começa a rir. – Você pensou que iria chorar, né?Deus, ela estava fazendo isso para ver a minha reação? Fico com mais raiva ainda. — Você tem algum problema? Isso não se faz – falo, ainda sem acreditar no que ela fez. — Davi, mesmo nova, já passei por muita coisa não é um grito que vai conseguir me abalar, então pode gritar à vontade até ficar sem voz. – Ela dá de ombros rindo. — Você é bem maluquinha, né?! – falo e acabo rindo. — Você riu, então não está tão bravo assim! — Não, ainda estou com muita raiva. Tanto por você me chamar de playboy quanto por fingir que vai chorar. –Meviro e começo a andar. Ela vem e me acompanha.<
Estou aqui, sem conseguir dormir. Não acredito que Camila tentou me beijar, e bem na hora sua mãe apareceu. Pelo menos não desconfiou de nada ou disfarçou muito bem. Acho que isso foi um sinal de que não é para me envolver com aquela garota. Eu tenho que ser forte e me manter afastado dela. Aquela beleza toda junto com aquele jeito doida se ser dela está me encantando, e não posso deixar isso acontecer. Minha mãe, durante todo o jantar, ficou questionando se havia algo de errado comigo. Respondi quenão,mas não tenho certeza. Acho que seria melhor voltar para São Paulo antes que as coisas comecem a sair do controle por aqui. Mas aí teria que enfrentar todo o problema que causei, e vim para cá para fugir deles. Ou pelo menos tentar não me culpar tanto, mesmo sabendo que foi tudo culpa minha. Pego meu celular para ver o horário e são duas da manhã. Meus pais foram dormir cedo. Já eu não estou acostumado com isso. Já me acostumei com a vid
Camila havia mesmo me proposto a ficarmos juntos o tempo que vou passar aqui na fazenda? Meu corpo grita para aceitar logo, mas minha razão fala que isso não daria certo. — Então, o que me diz? Não fica assim em silêncio, Davi. –Seguraminhas mãos. — Você acha mesmo que é uma boaideia? – questiono, olhando em seus olhos. Ela faz que sim com a cabeça. – E se um se apegar ao outro? Não quero te fazer sofrer. – Levo minha mão ao seu rosto; sua pele macia me encanta. — E se eu conseguir te convencer a ficar? A ficar aqui, comigo e com sua família? — Eu não quero que você se apegue a essa ideia, Camila. Eu não pretendo ficar aqui. –Agoraé a sua mão que está acariciando o meu rosto. Seu toque é tão delicado, cheio de ternura. Sinto o meu coração aquecer no mesmo instante. — Mas eu quero tentar. Me deixa tentar? Se após esse tempo juntos, você ainda quise
Acordo com minha mãe me chamando. Abro meus olhos e ela está me olhando e sorrindo. — Vamos almoçar, filho? Fiz um almoço bem caprichado. — Já vou, mãe. Obrigado por me acordar. — Te esperamos na mesa — fala,saindo do quarto. Me levanto, jogo uma água no rosto e visto uma camisa, já que estou de bermuda e vou para a cozinha. Almoço com meus pais e depois ajudo minha mãe a arrumar tudo. Conceição não está para ajudá-la. Como era domingo, estava de folga. Vou até meu quarto e começo a arrumar minhas coisas no lugar.Quando termino de arrumar tudo, me deito na cama e fico mexendo no celular. Chega uma mensagem no W******p de um número desconhecido e olho a foto. É a pivete. Me pego sorrindo igual um bobo. Salvo seu contado e respondo sua mensagem. Camila:Ei, velhote, já está pronto pra nossa ida a cachoeira? Davi:Já sim, só estou te esperando. Não esqueça de
Camila está ofegante em meus braços após um longo beijo. Me deito ao seu lado e ficamos olhando um para o outro. — Como você conseguiu fazer isso? – Camila me olha sem entender minha pergunta. – Como você conseguiu mexer comigo assim, me deixar caidinho por você, me fazer te levar por aí na sua bicicleta com uma mochila rosapinknas costas? É tudo muito louco. Dois dias atrás eu nem sabia da sua existência e agora estou aqui na sua frente perdido no seu olhar. Ela estende a mão e acaricia o meu rosto. — Eu também queria saber como você me encantou em tão pouco tempo. Acho que já estava traçado. Nossos caminhos tinham que se encontrar. Assim que te vi naquela cozinha você despertou algo em mim, Davi. Algo que nunca havia sentido antes. Eu entendo completamente como você se sente, e quero aproveitar cada momento ao seu lado. – Deita sua cabeça no meu peito e me abraça forte. Também quero aproveitar cada momen
Já está quase na hora de ir buscar Camila. Já havia tomado banho e estava só de cueca em frente ao guarda-roupa, decidindo qual roupa usar para impressionar. Estou parecendo uma garota que não sabe o que vestir. Só aquela menina para me deixar assim. No fim, coloco uma calça jeans e uma camiseta xadrez vermelha. Deixo as mangas dobradas e os primeiros botões abertos, pego uma bota preta emprestada do meu pai, arrumo meu cabelo, passo um perfume e claro, não posso esquecer o chapéu. Sinto a minha barriga doer de ansiedade para ver como minha linda estará arrumada. Meus pais sabem para onde estou indo e com quem. Ele me emprestou a chave da suaHiluxvermelha e pediu para que tomasse muito cuidado, pois é o seu xodó. Vou até o quarto, aviso aos dois que já estou saindo, d pouco tempo depois já estou em frente a casa de Camila. Saio do carro e fico de pé encostado na porta. Assim que ela sai pela porta, fico encantado. Ela é a mulher mais linda q
Assim que termina o último gole da cerveja, ela olha para mim com cara feia. Seu olhar é penetrante e dá para ver que está furiosa. Camila se senta no capô do carro de braços cruzados. Me aproximo devagar. — Ei, vamos voltar pra festa. – Tento segurar a sua mão, mas ela puxa de volta no mesmo instante. – Vamos, Camila, a festa está tão boa. você não vai ficar aí emburrada,né? — Vai lá com sua amiga peituda. Ela está doidinha pra “dar” pra você. –Abreum sorriso forçado. Mesmo sabendo que não deveria acabo rindo. — Às vezes esqueço que você é tão direta assim, mas é uma das coisas que gosto em você. — Meencaixo no meio de suas pernas e seguro sua cintura. — Me dá essa garrafa! – fala, tirando a cerveja da minha mão. Em questão de segundos já não havia uma gota. — Acho que já chega de cerveja por hoje – falo e ela revira os olhos. — Davi, eu vou beber o quanto q
💗Camila narrando... Em questão de segundos, estou em cima do colo de Davi e ele já está sem camisa. Minhas mãos deslizam sobre seu peito. Posso sentir que ele já está duroem baixode mim. Nunca me senti assim tão louca de desejo por um garoto. Sinto meu corpo todo queimar. Ele está me proporcionando sensações novas, e estou amando isso. Afasto nossos lábios e começo a abrir os botões na minha camisa. Davi segue cada movimento meu com o olhar. — Assim você me mata do coração Camila — falaassim que abro o último botão. Seguro suas duas mãos e levo aos meus seios. Ele massageia mesmo por cima do sutiã. Seus lábios agora percorrem meu pescoço, e um gemido baixo escapa dos meus lábios. Sinto a minha intimidade pulsar. Caramba, eu quero mais. Tiro a minha camisa, que já estava aberta, e jogo no banco do passageiro. Sinto que Davi quer fazer isso, mas ele está co