Não sei o que fazer se essa menina começar a chorar, e ainda mais por minha culpa. Seus olhos ainda estão cheios d’água e sua feição triste então do nada começa a rir. Eu fico sem entender nada.
— Você tinha que ver sua cara! – Camila começa a rir. – Você pensou que iria chorar, né?Deus, ela estava fazendo isso para ver a minha reação? Fico com mais raiva ainda. — Você tem algum problema? Isso não se faz – falo, ainda sem acreditar no que ela fez. — Davi, mesmo nova, já passei por muita coisa não é um grito que vai conseguir me abalar, então pode gritar à vontade até ficar sem voz. – Ela dá de ombros rindo. — Você é bem maluquinha, né?! – falo e acabo rindo. — Você riu, então não está tão bravo assim! — Não, ainda estou com muita raiva. Tanto por você me chamar de playboy quanto por fingir que vai chorar. – Me viro e começo a andar. Ela vem e me acompanha. — Foi uma brincadeira, Davi. Só queria ver se você tinha um coração ou não. — Eu tenho um coração. Ele está machucado, mas está aqui – digo desanimado. — Foi uma decepção amorosa? – Camila questiona, olhando para mim. — Antes fosse. Eu fiz uma coisa errada que prejudicou muito outras pessoas. Mas não quero mais falar sobre isso, vim pra esse lugar pra me distrair. — Então o que acha de irmos até a cachoeira? – ela sugere. — Não trouxe sunga, e tenho certeza de que você também não está de biquíni — falo, olhando-a dos pés à cabeça. — Verdade, ão pensei nisso. Então podemos ir amanhã, o que você acha? — Pode ser. Não tenho nenhum compromisso mesmo. Continuamos a andar, até que Camila tropeça em uma pedra e para não cair se segura em mim, mas como estava distraído, não adianta muita coisa. Antes de cair por cima dela e acabar lhe machucando, consigo colocar minhas mãos no chão. Em questão de segundos, estou com meu rosto muito próximo ao dela e ficamos um tempo olhando nos olhos um do outro. Seus olhos castanhos brilha com o reflexo do sol, e isso os deixa ainda mais lindos. Seus olhar vai até meus lábios. Fico com muita vontade de beijar essa boca linda. Coloco seu cabelo atrás da orelha, e ela fecha os olhos quando minha mão toca o seu rosto. Sua pele é tão macia. Ela respira fundo, então me levanto antes de fazer algo inapropriado ou que me arrependa depois. — Eu te ajudo. – Estendo minha mão para ela, a ajudando a levantar, e posso perceber que ela ficou sem graça pelo que aconteceu. — Obrigada. Desculpa ter te puxado. – Começa a limpar sua roupa. — Imagina, foi reflexo. Você se machucou? – questiono, analisando-a com o olhar.— Estou bem, não se preocupe.Eu concordo e continuamos a andar. Posso ver que ela manca um pouco, então paro. — Você se machucou sim. – Cruzo os braços. — Não foi nada, Davi. Consigo andar. Só dói um pouco o tornozelo. — Chego bem perto dela, olho em seus olhos e então a pego no colo. — Eu posso andar! – ela resmunga. — Eu te levo. Não vou discutir. — Mas são mais de cinco minutos andando, você vai se cansar – fala, preocupada, e acabo rindo. — Você é leve. Consigo muito bem te levar até em casa. Lá colocamos gelo no seu tornozelo.Sorrindo, ela concorda. Camila envolve seus braços no meu pescoço e deita sua cabeça em meu peito, e o cheiro de seu perfume invade as minhas narinas. É um cheiro doce, mas não enjoativo; algo que envolve... Não sei explicar em palavras. Essa menina, querendo ou não, está mexendo comigo. Mas não posso deixar ela pensar que podemos ter algo. Daqui a pouco tempo volto para São Paulo. Não vou ficar nessa cidade. Gosto deste lugar para visitar, mas não me vejo mais morando aqui.Assim que chegamos, a coloco sentada no banquinho da varanda, me abaixo, abro o zíper de sua bota, tiro-a e dobro um pouco a barra de sua calça jeans para avaliar como está seu tornozelo. — Não está muito inchado. É um bom sinal. Amanhã já deve estar melhor. Vou pegar gelo e já volto.Camila assente. — Já voltou, filho? – minha mãe questiona assim que entro. — Sim, Camila torceu o pé. – Pego gelo no congelador e enrolo em um pano limpo que peguei na gaveta da cozinha. – Ela está lá fora sentada, vou levar isso pra ela. — Você acha melhor chamar Conceição? – ela questiona. — Não foi nada grave, mãe — tento acalmá-la. — Tudo bem, se precisar de alguma coisa é só chamar. Vou me deitar um pouco e seu pai está em algum lugar pela fazenda trabalhando. — Ok, vai lá descansar. – Antes de sair, dou um beijo em sua cabeça.Chegando do lado de fora, ajudo Camila a colocar as pernas em cima do banco e coloco o gelo. Ela fica segurando. — Muito obrigada, Davi, você foi um cavalheiro. – Seu sorriso lindo está lá estampado, me fazendo perder todo o juízo. — Te provei mais uma vez que tenho um coração — falo e ela ri. — Você não vai esquecer da brincadeira que fiz, né?Balanço a cabeça negativamente. — É difícil ver uma mulher chorar, ainda mais por sua culpa. Não queria viver isso de novo. – Ela me olha confusa. – Ainda dói? – Aponto para o pé, na tentativa de mudar de assunto. — Está bem melhor graças a seus cuidados. – Coloca os pés no chão e me entrega o pano, onde já não há mais gelo.Estendo o pano molhado na grade da varanda e me sento ao seu lado. Ficamos um tempo olhando para o nada. — Você tem quantos anos, Camila? — Tenho dezoito anos — responde. — Uma pivete!! – falo rindo, e ela olha para mim de cara feia. — Muito engraçadinho. E você tem quantos? — Eu tenho vinte e sete. Mês que vem já faço vinte e oito. — Nossa, você é velho! – fala, rindo. — Não sou nada, você que é criança demais. — Pensa, Davi. Enquanto eu ainda estava nascendo você já tinha quase dez anos. Já ia pra escola, já fazia tudo sozinho. E eu ainda era uma bebê fofa. – Essa última parte fala com voz de criança. O sol já estava se pondo. Olho o rosto de Camila, que agora ri da própria voz que havia feito, e seus olhos nesse momento parecem brilhar com a iluminação alaranjada. Ela consegue ficar ainda mais linda, mesmo não sabendo se isso é possível. — Por que está me olhando assim? – fala, me encarando. Aí percebo que estava ali hipnotizado novamente. — Nada, pivete. Só estava pensando em algumas coisas. – Me viro para a frente envergonhado por ter sido pego no flagra. — Não me chama de pivete, Davi! – me repreende. — Então você não me chame mais de playboy. Vamos fazer esse combinado? – Estendo minha mão e ela aperta, firmando o acordo. Sua mão fica na minha por tempo demais. — Você é muito bonito, Davi! – fala, olhando fundo em meus olhos, e aproximando seu rosto do meu.
Estou aqui, sem conseguir dormir. Não acredito que Camila tentou me beijar, e bem na hora sua mãe apareceu. Pelo menos não desconfiou de nada ou disfarçou muito bem. Acho que isso foi um sinal de que não é para me envolver com aquela garota. Eu tenho que ser forte e me manter afastado dela. Aquela beleza toda junto com aquele jeito doida se ser dela está me encantando, e não posso deixar isso acontecer. Minha mãe, durante todo o jantar, ficou questionando se havia algo de errado comigo. Respondi quenão,mas não tenho certeza. Acho que seria melhor voltar para São Paulo antes que as coisas comecem a sair do controle por aqui. Mas aí teria que enfrentar todo o problema que causei, e vim para cá para fugir deles. Ou pelo menos tentar não me culpar tanto, mesmo sabendo que foi tudo culpa minha. Pego meu celular para ver o horário e são duas da manhã. Meus pais foram dormir cedo. Já eu não estou acostumado com isso. Já me acostumei com a vid
Camila havia mesmo me proposto a ficarmos juntos o tempo que vou passar aqui na fazenda? Meu corpo grita para aceitar logo, mas minha razão fala que isso não daria certo. — Então, o que me diz? Não fica assim em silêncio, Davi. –Seguraminhas mãos. — Você acha mesmo que é uma boaideia? – questiono, olhando em seus olhos. Ela faz que sim com a cabeça. – E se um se apegar ao outro? Não quero te fazer sofrer. – Levo minha mão ao seu rosto; sua pele macia me encanta. — E se eu conseguir te convencer a ficar? A ficar aqui, comigo e com sua família? — Eu não quero que você se apegue a essa ideia, Camila. Eu não pretendo ficar aqui. –Agoraé a sua mão que está acariciando o meu rosto. Seu toque é tão delicado, cheio de ternura. Sinto o meu coração aquecer no mesmo instante. — Mas eu quero tentar. Me deixa tentar? Se após esse tempo juntos, você ainda quise
Acordo com minha mãe me chamando. Abro meus olhos e ela está me olhando e sorrindo. — Vamos almoçar, filho? Fiz um almoço bem caprichado. — Já vou, mãe. Obrigado por me acordar. — Te esperamos na mesa — fala,saindo do quarto. Me levanto, jogo uma água no rosto e visto uma camisa, já que estou de bermuda e vou para a cozinha. Almoço com meus pais e depois ajudo minha mãe a arrumar tudo. Conceição não está para ajudá-la. Como era domingo, estava de folga. Vou até meu quarto e começo a arrumar minhas coisas no lugar.Quando termino de arrumar tudo, me deito na cama e fico mexendo no celular. Chega uma mensagem no W******p de um número desconhecido e olho a foto. É a pivete. Me pego sorrindo igual um bobo. Salvo seu contado e respondo sua mensagem. Camila:Ei, velhote, já está pronto pra nossa ida a cachoeira? Davi:Já sim, só estou te esperando. Não esqueça de
Camila está ofegante em meus braços após um longo beijo. Me deito ao seu lado e ficamos olhando um para o outro. — Como você conseguiu fazer isso? – Camila me olha sem entender minha pergunta. – Como você conseguiu mexer comigo assim, me deixar caidinho por você, me fazer te levar por aí na sua bicicleta com uma mochila rosapinknas costas? É tudo muito louco. Dois dias atrás eu nem sabia da sua existência e agora estou aqui na sua frente perdido no seu olhar. Ela estende a mão e acaricia o meu rosto. — Eu também queria saber como você me encantou em tão pouco tempo. Acho que já estava traçado. Nossos caminhos tinham que se encontrar. Assim que te vi naquela cozinha você despertou algo em mim, Davi. Algo que nunca havia sentido antes. Eu entendo completamente como você se sente, e quero aproveitar cada momento ao seu lado. – Deita sua cabeça no meu peito e me abraça forte. Também quero aproveitar cada momen
Já está quase na hora de ir buscar Camila. Já havia tomado banho e estava só de cueca em frente ao guarda-roupa, decidindo qual roupa usar para impressionar. Estou parecendo uma garota que não sabe o que vestir. Só aquela menina para me deixar assim. No fim, coloco uma calça jeans e uma camiseta xadrez vermelha. Deixo as mangas dobradas e os primeiros botões abertos, pego uma bota preta emprestada do meu pai, arrumo meu cabelo, passo um perfume e claro, não posso esquecer o chapéu. Sinto a minha barriga doer de ansiedade para ver como minha linda estará arrumada. Meus pais sabem para onde estou indo e com quem. Ele me emprestou a chave da suaHiluxvermelha e pediu para que tomasse muito cuidado, pois é o seu xodó. Vou até o quarto, aviso aos dois que já estou saindo, d pouco tempo depois já estou em frente a casa de Camila. Saio do carro e fico de pé encostado na porta. Assim que ela sai pela porta, fico encantado. Ela é a mulher mais linda q
Assim que termina o último gole da cerveja, ela olha para mim com cara feia. Seu olhar é penetrante e dá para ver que está furiosa. Camila se senta no capô do carro de braços cruzados. Me aproximo devagar. — Ei, vamos voltar pra festa. – Tento segurar a sua mão, mas ela puxa de volta no mesmo instante. – Vamos, Camila, a festa está tão boa. você não vai ficar aí emburrada,né? — Vai lá com sua amiga peituda. Ela está doidinha pra “dar” pra você. –Abreum sorriso forçado. Mesmo sabendo que não deveria acabo rindo. — Às vezes esqueço que você é tão direta assim, mas é uma das coisas que gosto em você. — Meencaixo no meio de suas pernas e seguro sua cintura. — Me dá essa garrafa! – fala, tirando a cerveja da minha mão. Em questão de segundos já não havia uma gota. — Acho que já chega de cerveja por hoje – falo e ela revira os olhos. — Davi, eu vou beber o quanto q
💗Camila narrando... Em questão de segundos, estou em cima do colo de Davi e ele já está sem camisa. Minhas mãos deslizam sobre seu peito. Posso sentir que ele já está duroem baixode mim. Nunca me senti assim tão louca de desejo por um garoto. Sinto meu corpo todo queimar. Ele está me proporcionando sensações novas, e estou amando isso. Afasto nossos lábios e começo a abrir os botões na minha camisa. Davi segue cada movimento meu com o olhar. — Assim você me mata do coração Camila — falaassim que abro o último botão. Seguro suas duas mãos e levo aos meus seios. Ele massageia mesmo por cima do sutiã. Seus lábios agora percorrem meu pescoço, e um gemido baixo escapa dos meus lábios. Sinto a minha intimidade pulsar. Caramba, eu quero mais. Tiro a minha camisa, que já estava aberta, e jogo no banco do passageiro. Sinto que Davi quer fazer isso, mas ele está co
💫 Davi. 💫 Após o café da manhã, pergunto a Conceição o horário que Camila sai e em qual faculdade ela está estudando. Meu pai me deixou ficar com um dos carros usados para buscar compras no centro da cidade. Tomo um banho e me arrumo. Quero fazer uma surpresa para ela.Fico do outro lado da rua esperando ela sair. Assim que a vejo, ela está com seu braço entrelaçado ao de um garoto. Os dois estão bem sorridentes. Vou me aproximando devagar. O garoto a abraça e começa a fazer cócegas nela, que cai na gargalhada. Preciso assumir que fico com muito ciúmes. Muito mesmo. Não o quero tocando nela. Não quero ninguém além de mim tocando nela desse jeito. Sei que não devo pensar assim. Fui eu mesmo que falei que não temos nada sério. Mas ver a intimidade que os dois tem me ab