Aina
A manhã passou e o clima de tensão permaneceu na casa. Estávamos reunidos na cozinha, sentados ao redor da ilha de mármore, enquanto esperávamos notícias de Yumi e Saori. As duas estavam no último período de direito e se comprometeram em analisar o exame de DNA para ter certeza se era autêntico.
Enquanto não recebemos nenhuma notícia das gêmeas, permanecemos em silêncio sem saber o que dizer. A mãe de Bruno exibia um olhar preocupado no rosto, embora fizesse o possível para não deixar que emoções a dominassem. Yago exibia um olhar zangado e Bruno parecia perdido em pensamentos. No meio disso tudo eu estava a ponto de surtar. Minhas m&at
AinaAcordei com o leve som de uma batida na porta do quarto. Meu corpo estava acomodado sobre o de Bruno, minha cabeça descansava em seu peito e minhas pernas estavam encaixadas entre as suas. Naquela posição eu podia sentir perfeitamente a rigidez do seu membro que pressionava contra a minha barriga. — Bruno estava adormecido, mas aquela parte do seu corpo não.Xinguei baixinho quando alguém bateu na porta outra vez. Eu não queria que o nosso pequeno momento de felicidade fosse interrompido, mas infelizmente não havia para onde fugir.— Bruno? Está acordado? — Era a voz de Yago e ele parecia sério.Levantei a cabeça com re
BrunoAina e eu estávamos sentados em um banco que havia próximo da piscina enquanto Yago andava de um lado para o outro de maneira impaciente. Yumi e Saori preferiram ficar em pé na sombra enquanto aguardavam a chegada de Helena.Depois que descobri o plano diabólico da mulher, liguei para ela e pedi que viesse até aqui para discutirmos sobre a situação. É claro que não mencionei sobre a acusação que faríamos quando ela chegasse, então precisei lutar para não deixar a raiva transparecer durante o telefonema.Não demorou muito até Helena aparecer. Meu sangue ferveu com ódio no instante em que avistei a vaca loira entrar no pátio externo d
Bruno— Comprei as passagens. Pegaremos o vôo amanhã — informei Aina, que estava sentada na beira da minha cama.— Tudo bem. — Ela suspirou e encolheu os ombros, enquanto observava as folhas das árvores através janela de vidro que havia em frente à cama.Aina parecia chateada com alguma coisa e eu temi que fosse por causa dos últimos acontecimentos com Helena. Me sentindo preocupado, caminhei até a cama e sentei ao seu lado, deixando minha mão correr em suas costas para confortá-la.— O que está te incomodando? — indaguei, enquanto fitava o rosto da mulher.Aina suspirou e voltou seu olhar at&e
AinaAcomodei minha cabeça na bolsa de praia que Ivete me emprestou e suspirei enquanto sentia o sol da tarde queimando as minhas costas. Ao meu redor havia areia, vendedores ambulantes e crianças correndo por todos os lados. A batida de um funk tocava em uma caixa de som Bluetooth que pertencia a um grupo de pessoas acomodadas sob um guarda-sol à nossa frente. Um oceano azul se estendia além do meu campo de visão e o cheio da maresia misturado com o camarão que estava sendo vendido próximo dali preenchia o meu nariz. Atrás de mim erguiam-se prédios e hotéis onde pessoas da classe alta e celebridades se hospedavam. No final da areia, seguindo na direção da pista onde os veículos transitavam, havia o famoso Calçad&ati
AinaQuando chegamos em casa, encontramos Yago e as gêmeas assistindo TV. Contei a eles sobre a tarde maravilhosa que passei com Bruno — é claro, tomando cuidado para omitir alguns detalhes obscenos — e Yago explodiu em risadas quando mencionei que quase tive o celular levado.— Estou dizendo, ele era idêntico a você — repeti, com a atenção voltada para o meu novo cunhado. Eu estava sentada na poltrona, no colo de Bruno, que sorria enquanto acompanhava a conversa.— Devia ser bonito — Saori deixou escapar, e pareceu envergonhada quando notou que ouvi o seu comentário. Yago realmente não era de se jogar fora, mas na minha opinião, o prêmio de "irmão nem guindaste" definitivamente pertencia ao
AinaCerca de cinquenta horas depois, Bruno estacionou o jeep em frente ao chalé e um sentimento de nostalgia me atingiu. Parecia que ficamos fora por meses e não apenas alguns dias.Assim que desci do veículo senti o vento abafado que soprava por ali. Já estávamos no fim da tarde e o sol começava a se pôr. Corri para abrir a porta do chalé e esperei na entrada, enquanto Bruno retirava a nossa bagagem do porta malas. Quando ele se aproximou, me coloquei na ponta dos pés para lhe dar um beijo na bochecha que o fez sorrir.— Está feliz por voltar para casa? — perguntou, enquanto cruzava o batente da porta.— Estou, mas... aqui não é a mi
AinaA manhã estava quente. Bruno e eu paramos em baixo de uma árvore, no meio de um pasto de grama ressecada, onde conseguimos um pouco de sombra para descansar. Mais cedo, deixamos o jeep na beira da estrada e percorremos um longo caminho a pé para observar alguns antílopes. Agora, estávamos voltando até o carro para buscar o nosso almoço.— É impressão minha, ou a estrada parece mais distante do que eu me lembro? — perguntei, ofegante pelos quilômetros de caminhada sob o sol quente.— Já posso ver o jeep daqui. Não estamos muito longe — Bruno respondeu enquanto tirava a mochila preta que carregava em suas costas e a colocava no chão de grama ressecada. Lá dentro tinha uma garrafa d'água, um binóculo e a nova
AinaQuando estacionei na porta do hospital, desci do veículo em prantos, enquanto gritava por ajuda. Eu mal conseguia andar e fui amparada por uma das enfermeiras enquanto os paramédicos de emergência tiravam Bruno do veículo e o colocavam em uma maca.— Vocês precisam ajuda-lo... ele não pode morrer! — implorei, para um dos homens que levavam a maca para dentro do hospital.Meu desespero aumentou quando colocaram um balão de oxigênio em Bruno e outra enfermeira começou a medir sua pressão arterial. Ela fez uma careta e lançou um olhar estranho para o médico que se aproximava. O senhor de cabelos grisalhos veio ao meu encontro e perguntou calmamente o que havia acontecido. Dei um breve relato, torcendo para que ele entendesse a minha explicação, apesar dos soluços causados pelo choro. Depois d