Retomar a vida depois de ter deixado partes importantes dela para trás não estava sendo nada fácil para Pilar que, mesmo passando-se uma semana ainda sentia como se estivesse acorrentada ou trancafiada em algum porão, longe de tudo e de todos, principalmente de Javier e daquele bebê que, mesmo não sendo biologicamente seu filho, ela aprendeu a amá-lo e não estava sendo nada fácil esquecer a sensação gostosa de tê-lo em seus braços e de o ter amamentado.

Por outro lado, definhar aos poucos em uma cama, enquanto a família Martinez curtia o filho deles, não a ajudaria em nada a superar aquela grande perda, de maneira que ela precisava a qualquer custo buscar forças para vencer àqueles dias difíceis que insistiam em se projetar na sua frente e fazer deles um motivo a mais para continuar lutando e acreditando que no final daquele túnel escuro e tenebroso existia um lindo raio de luz e um mundo inteiro a espera que ela o desbravasse, mesmo que figurativamente.

Sentir-se desafiada a romper a