Passaram-se uma semana desde que Pilar ouviu as piores barbáries de sua mãe, e mesmo assim aquelas acusações duras e injustas ainda doíam-lhe na alma e ela sabia que ainda iria custar muito até aquela ferida cicatrizar completamente; pois de todas as apunhaladas que ela recebeu desde quê, por amor a Alejandro aceitou a proposta de ser mãe de aluguel; nenhuma delas a feriu tão mortalmente quanto a adaga que sua mãe cravou-lhe nas costas. Mas, como no fundo de seu coração ela sabia que — apesar de tudo — o seu amor por sua mãe era incondicional; não demoraria muito para aquela ferida cicatrizar e tudo voltar a normalidade dentro do que era minimamente aceitável frente à nova realidade de vida dela.

Pelo menos era aquilo que Pilar esperava, já que a mãe dela no momento estava propensa a não acreditar em nenhuma palavra vinda de sua filha, pois assim ela se isentava da culpa que de certa forma recairia sobre ela, caso dona Carmem se visse obrigada a aceitar que não fizera nada para impedi