Os dias seguintes na casa da tia de Pilar foram marcados por uma calmaria surpreendente e, até mesmo o tio dela que a olhava com certa reserva, de uma hora para outra mudou radicalmente com ela, o que a fez duvidar de sua desconfiança inicial de ela está sendo um estorvo para a família dele.

Aquela aparente tranquilidade aos poucos foi tranquilizando o coração dela e ela já não pensava com tanta dor no infortúnio dos últimos quase dez meses a qual ela fora submetida, mas isso também não significava que ela já tivesse passado uma borracha no passado; significava apenas que ela já estava começando a passar pelo longo e doloroso processo de cicatrização, que, embora tivesse o dom de sarar suas feridas, não tinha o poder de apagar as marcas que ainda estavam aberta em sua alma.

Mas, como na vida de Pilar as desventuras sempre davam um jeito de predominar e chegar primeiro, não tardaria muito para ela descobrir que o seu sacrifício vinha acompanhado de um preço e que, a primeira prestação