A garrafa ouro Bodas foi um sucesso nos dois dias de lançamento em Napa, vendendo 78 das 150 garrafas que Danilo disponibilizou para a adega Saborosamente. No sábado ela seria lançada na Saborosa e Maya estava preocupada que fosse um fiasco. Afinal, para Napa, o aviso de lançamento foi para os clientes e colecionadores de Danilo, pessoas que já estão ansiosas pelos lançamentos da garrafa ouro dele! Para a Saborosa, além de serem os clientes de Maya, ele precificou a garrafa além do valor de Napa, em torno de 80 mil dólares! Maya sabia que tinha clientes importantes, pessoas poderosas e muito ricas, mas não ao ponto de pagar 80 mil dólares em uma garrafa, mesmo que seja de guarda, mesmo que seja ouro! Aliás, ela nem sabia se tinha público para as 150 garrafas que Danilo reservou para a Saborosa. No lançamento da Saborosa, ele providenciou um vestido vinho pra ela, com mangas, reto e as costas nuas, relativamente curto. Dessa vez era um par de sapatos fechados camurçado, um luxo só.
Maya ficou olhando pra ele, sem entender. Ele se aproximou dela, deu um selinho e disse: — Eu nunca pensei que uma mulher pudesse mudar o meu mundo e meu jeito de pensar. Mas naquele dia você me falou algumas verdades e eu queria te odiar, queria sentir raiva de você por destruir a imagem do meu pai. Mas não consegui, Maya. Eu só consigo me imaginar enterrado em você, não consigo parar de pensar em sua beleza, em seu carisma, na sua sedução. Você está me enlouquecendo, Maya Bukaiter. Danilo foi falando e tirando o arranjo do cabelo dela, que não conseguia esboçar reação. Quando se percebeu com a cascata de cabelo, com mechas de todos os tamanhos, soltos em volta do rosto, teve uma leve idéia de como deveria estar parecendo selvagem. O olhar de Danilo se transformou, escureceu e ela sabia que ele a desejava. Não tinha mais sanidade pra resistir ao marido, então se permitiu ser beijada com volúpia, até quase perder o fôlego. — Diga que também me quer, Maya. Eu preciso disso! Maya
Maya saiu do banho só de roupão. Decidiu que mesmo que não se saísse tão bem, pelo menos teria o que queria! Quando se percebeu sozinha no apartamento, vendo o smoking de Danilo cuidadosamente guardado no cabide, se encheu de ira. Então aquele filho da puta provocou ela até quase ceder e foi se aliviar com alguma vadia na rua? "Maldito seja você, Bukaiter! Nunca mais vou deixar você se aproximar de mim!" Maya tirou o roupão e deitou nua. Imaginou que ele não voltaria mais aquela noite, como ele fazia as vezes em casa naquele mês de casados. Pensou em pegar seu parceiro de auto amor, pois estava louca por um orgasmo. Danilo estava deixando ela com pensamentos muito, muito sujos. Mas estava tão cansada da maratona de lançamento, que ficou com preguiça. Acabou pegando no sono, amaldiçoando Danilo por deixá-la excitada e ir trepar com outra. Tão excitada que acabou sonhando com ele. Ele sentava ao lado dela na cama e ficava observando seu corpo por algum tempo. Depois passava a pon
Danilo já tinha entrado em contato com Sabrina, que já tinha mandado o jato buscar eles. Ela disse pra ele não se preocupar que resolveria tudo com a gerente da Saborosa para a festa da noite sem a presença dos dois e pediu a Maya autorização pra buscar Justin na casa da vovó Sophia que estava fervendo de repórteres aguardando a chegada deles. Maya achou que seria perfeito tirar Justin do sítio. Vovó Sophia não era muito paciente e tinha certeza que ela ainda não usou a espingarda para afastar os repórteres em respeito a condição do pai. — Maya. Sei que você é uma mulher independente, que sabe resolver seus problemas e tudo o mais. Mas quem atraiu a imprensa pra sua vida fui eu, você me deixa resolver? — É claro, Danilo. Não sei como lidar com nada disso. — Então confie em mim e observe, porque vai precisar aprender. Você é casada com um homem que está no olho do furacão. Consegui proteger Isabella disso, sendo arrogante com Sabrina e não deixando ninguém saber que sou padrinh
Maya estava angustiada. Fazia mais de dez anos que não via o pai. E da última vez, foi aquele fuzuê. Agora iria reencontra-lo e a emoção poderia matá-lo! Não sabia se queria ve-lo nessas condições, mas o médico disse que iria monitorar ele, estava até colocando toda a aparelhagem pra ao menor sinal, socorrer. E que achava melhor desarmar essa bomba logo. Maya foi se encaminhando sozinha pra sala de exames onde o pai estaria aguardando o médico pra monitorar ele. Na sala de espera ficaram Justin, Danilo e vovó Sophia. Maya não sabia porquê vovó Sophia trouxe Justin, mas estava agoniada demais pra lidar com tudo Isso. Entrou na sala, encontrando seu pai deitado, com aquela camisola ridícula que deixa a bunda aparecendo, cheio de fios conectados em seu corpo, suas mãos começaram a suar e não conseguiu dizer nada. — Enfermeira, por favor, peça pro médico vir logo. Eu gostaria de ver o noticiário da hora do almoço. Maya entendeu que o médico e Danilo estavam certos. Muito provavelme
Danilo estava cada dia mais mal humorado. Sabrina avisou que a mãe estava ao telefone. — Cadê a Lizzie? — Ela está de atestado, Danilo. — Plena segunda-feira? Deve ter enchido a cara! — Danilo, Maya está dormindo de calça jeans? — Samantha perguntou. Sabrina transferiu a chamada dela sem avisar ao Danilo! — Deve estar, dona Samantha. Porque ele está azedo há dias... — Sabrina, pode desligar o seu ramal, por favor. Essa é uma ligação particular. As duas riram e Sabrina desligou, deixando Danilo com a mãe na linha. — O que está acontecendo, Dan? — Ele está em minha casa, mãe. Há um mês em minha casa. Andando por lá, usando da minha piscina. Maya e Justin dão toda atenção a ele! — Espere, fale devagar pra que eu possa entender. Você está com raiva de estar morando com o sogro ou com ciúmes da sua mulher e seu filho estarem dando atenção para ele? — Você sabe muito bem o que está me irritando, mamãe. É ter que olhar e cuidar do assassino de meu pai, que eu estava quase
— Eu estou te falando, mamãe. É ele! — Como assim, Hanna? — Danilo Bukaiter é o mesmo homem que marcou encontro com você no hotel dez anos atrás. — Você disse que não conseguiu acesso ao registro do homem, e também não conseguiu vê-lo chegar por causa da despedida da Maya. Repassamos isso um milhão de vezes nos meses seguintes Hanna. — Eu batizei a bebida da Maya. Preparei a seringa e aguardei o garçom me avisar que o homem do quarto do recado pediu alguma coisa. Comprei toda a bebida do frigobar e batizei. Assim que cheguei no hotel, mesmo antes de Maya, paguei o segurança das câmeras pra trocar as imagens pela porta fechada, de todo o corredor. Depois ele me cobrou um extra pra manter a farsa porque os seguranças do hóspede puxaram as imagens em tempo real. Quando Maya bebeu, eu a levei pro quarto dele. A porta estaria aberta para você entrar. Depois desfiz a festa e fui para meu quarto, Denny deveria chegar a qualquer momento. Onde fiquei até a hora do flagrante. Achei que v
Maya desembarcou em Napa contente. Fazia uma semana inteira que não voltava pra casa. Estava com saudades do pai e de Justin. Tá, tinha que ser honesta, de Danilo também! Há mais ou menos um mês, ele a chamou para uma conversa. Disse que não ia mais insistir em um casamento de verdade, já que ela não confiava nele. Prometeu que não saiu com nenhuma outra mulher desde que a conheceu, mas não esperava que ela acreditasse nele. E fez uma oferta de paz! Que os dois fossem amigos e levassem os 9 meses que faltava para o fim do casamento, tranquilos. Maya aceitou, e então eles ficaram muito amigos. Ele a ajudava em tudo, dava dicas de como fazer as adegas crescerem, conversava com ela sobre como deveriam agir com Justin e até estava tentando manter um relacionamento com John Lee. Ela passou a admirar o marido. Ele estava cumprindo bem sua promessa. Não tinha um dia que dormiam juntos que ele não tinha uma ereção. Mas não avançava o sinal nem ficava se esfregando nela. Nos primeiros dias