Já é noite e de volta a vila, Aislan estaciona o seu carro no jardim e se dirige para a casa de Catléia ao perceber que as luzes estão acesas e ao imaginar que ela provavelmente esteja acordada. Ele toca a campainha. Dessa vez ela demora um pouco mais para abrir a porta...
— Oi! Você veio pegar a foto? Está aqui.
— Oh, não. Desculpe, mas eu tomei a liberdade e procurei por fotos suas na internet, quer dizer, do gato e encontrei essa aqui.
Aislan entrega uma cópia da foto para ela que observa já com os olhos a lacrimejar.
Bom dia! Bom dia e o que temos pra hoje? Um Aislan tomando seu desjejum de um lado e uma Catléia dormindo do outro. Terça-feira, mais um dia quente, trinta graus na sombra às nove da manhã. Aislan já fez sua corrida matinal. Já alimentou Skoob e retirou a sujeira dele deixada pelo jardim. "O que fazer agora?" Pensa ele. Sem opções ele decide dar uma volta pelo bairro em busca de pistas que o levem ao gato. Já perto do horário de almoço ele retorna para casa e se depara com Catléia deitada em uma rede, do lado externo da casa, com Luna deitada no chão ao seu lado e com o notebook em seu colo.— Nada?— Infelizmente não! Domingo. O dia amanhece com recorde de temperatura. Dez horas da manhã e os termômetros marcam 32° graus. Aislan com certeza vai tentar uma aproximação com Catléia esperando ver no que dá, campainha acionada. Luna late. A porta se abre. Catléia vestida num vestido longo, amarelo florido.— Oi! Bom dia Aislan!— Bom dia!— Alguma novidade? Tem pistas do meu gato?— Infelizmente não. Por isso eu estou aqui. Amanhã eu vou embora e eu ficarei bem chateado se não encontrar o Finn.<Capítulo nove:
Minutos depois é Catléia quem saí com o celular e o seu notebook nas mãos. Ela chama Luna a aguardando passar, tranca a porta e acompanha o vizinho medroso.— Você vai mesmo lá?— É claro que vou. Aislan, não tem nada naquele telhado. Dias antes de você chegar eu e a dona da casa fizemos uma bela de uma faxina. Só tem caixas e bugigangas lá. O barulho deve ser da janela que nos esquecemos de fechar.— Um sótão?— Sim, um sótão. Nada demais.
Aíslan sai esbarrando nos móveis tentando chegar à mesa de centro onde também deixara o celular e as lanternas. Catléia ri a cada batida. Finalmente ele encontra o celular e logo senta na poltrona almofadada onde deixara o vibrador. Ele coloca pilhas em uma das lanternas e clareia a sala. Catléia vai até a sala de visitas e senta-se no sofá ao lado da poltrona.— Obrigado Aíslan!— Por nada. Que se faça a luz.— Não é por isso. É pelo Finn. Se não fosse o seu medo nós não teríamos o encontrado a tempo. O assunto deixa Catléia tensa.E Aislan insiste a deixando mais desconfortável.— Ok! Mas quanto à pergunta! Você falou que não e eu não acredito em você.— Isso é irrelevante. Quer mudar de assunto, por favor?— Por que está ficando nervosa? Qual é? Falar de sexo não é mais um tabu. E eu não vou sair por aí te difamando. Relaxa e responde vai?— Eu já respondi. Catléia revira os olhos e instintivamente repara no volume avantajado por debaixo da cueca samba canção.— Isso é melhor do que assistir filme pornô. É sério. Ler é mil vezes mais excitante. Sei lá. Talvez por causa do desafio de imaginar a cena. A gente tem o controle das escolhas. Escolher como são os personagens, as roupas que eles usam, o lugar, a maneira como tudo acontece. Isso é demais.— Já terminou?— Não! Eu estou muito excitado.Agora eu quero ver se você está.Capítulo doze:
Capítulo treze:
Aislan altera a voz e se aproxima dela assustando-a. Em resposta ela se encolhe se arrastando no sofá.— Fala baixo que você está me assustando.— Desculpa. — diz ele se afastando — Eu jamais te obrigaria a fazer alguma coisa a força, mas eu quero você e vou insistir pela última vez. Você topa uma última aposta? Prometo que te deixo em paz.— Vou ouvir só por curiosidade. Que nova aposta é essa?— Deixa eu te tocar?
Três da tarde. O sol brilha lá fora. Os cachorros não param de latir. O calor dentro da casa com as janelas e portas fechadas os incômoda. Eles querem nadar no lago, mas seus donos estão trancados na suíte, despertando nesse exato momento.— Bom dia agente Clark!— Bom dia agente Jeffrey. Que noite. Isso foi real?— Se você está aqui é porque foi muito real... Você está arrependida?— Não! Foi incrível, só que acabou.Último capítulo