O tempo passou voando, nos trazendo tantas alegrias. Minhas amigas: Keké, Juliette que já tem uma filha muito linda, Kim, Yasmim… sim, eu e ela estamos super bem e a nossa amizade está mais forte que nunca, também tem a Hadja. Todas estão amando e sendo amadas. Isso me deixa tão feliz, por vê-las construindo suas vidas.Agora, sobre mim, viver a maternidade real é me doar a todo momento.É ter meu filho nos pensamentos 24 horas por dia. É me preocupar e sentir medos, especialmente o medo de perder. É querer congelar o tempo para aproveitar cada instante como se fosse único.Ser mãe é crescer, amadurecer, entender o propósito da vida e o que significa amor incondicional. É saber que continuarei viva em algum canto, porque vejo partes de mim refletidas nas pequenas coisas que ele faz.Gerar, parir, criar, maternar… Ser mãe é lindo, solitário, intenso, desafiador e eterno. É viver entre o instinto materno e as responsabilidades compartilhadas ou enfrentadas sozinha. É lidar com as noites
Quem imaginaria que, depois de tanto tempo, estaríamos aqui hoje dividindo uma mesa: Hadja, Jullyete, Kim, Kéfera, Yasmin, minha mãe e eu? Todas reunidas em uma única mesa, comemorando o aniversário do Vince, meu pequeno príncipe, que está fazendo 7 anos. E, para ser sincera, o tempo não passou, ele voou.Já passam das 23h e as crianças já foram dormir. As meninas e eu estamos só observando a brincadeira besta dos nossos homens, de quem bebeu mais tequila. Qual a probabilidade disso dar errado no final? Com certeza, é cem por cento.— Bando de bobos! — diz minha mãe, e as meninas só sabem rir.— Mãe! — chamo sua atenção sorrindo.— Mentindo, ela não está! — fala Jullyete. — Em vez de aproveitarem que os pequenos estão dormindo, não! Preferem ficar enchendo a cara — diz ela, chateada.A zoação e as risadas continuam, até Yasmin fazer uma careta de dor.— Algum problema, Yasmin? — pergunta Kim.Todas na mesa olham para ela, esperando uma resposta.— Não é nada de mais, meninas, só uma d
Estou com frio. Tento me mexer, mas minha cabeça dói. Forço os olhos para abrir, mas a luz é forte demais, fazendo-os arder. Na segunda tentativa, consigo mantê-los abertos. Este quarto… estranho, não é o meu. Sento-me devagar, e as lembranças voltam como um turbilhão: alguém me agarrou por trás enquanto subia as escadas para tomar banho. Colocaram algo no meu rosto, um cheiro forte que me fez perder os sentidos. Tentei lutar, mas não consegui.Meu estômago revira e respiro fundo para não vomitar. Olho ao redor, e a visão me assusta. Não acredito no que estou vendo. Ramadas. Ele está sentado em uma poltrona, bebendo uísque e me encarando com um olhar que faz um arrepio horrível percorrer minha espinha.— Oi, princesa! Que bom que você acordou! Estava ansioso para ver os seus olhos.Olho em volta do quarto. As paredes são de metal e, em uma delas, há várias fotos minhas. Um calafrio me percorre…“Que merda é essa?”Preciso manter a calma, por mim e pelos meus bebês.Volto a encará-lo,
Hoje é o dia mais importante da minha vida. Estou me casando com a mulher que amo e ela está grávida da nossa filha. Estou tão nervoso que mal consigo respirar, mas, ao mesmo tempo, tão feliz que meu coração está prestes a explodir. Lembro-me do momento em que entrei no Brooklyn Botanic Garden pela primeira vez. O ar estava fresco e perfumado pelas flores que cercavam a entrada. Mas hoje, quando olho ao redor, tudo parece ainda mais mágico. O jardim botânico está decorado com elegância, cada detalhe exala luxo e sofisticação. A trilha que leva ao local da cerimônia é forrada com pétalas de rosas brancas, e as árvores ao redor estão adornadas com luzes cintilantes, criando uma atmosfera mágica. Enquanto caminho, vejo a ponte onde eu e minha noiva tivemos nosso primeiro encontro, agora enfeitada com flores brancas e luzes suaves. É como se o jardim inteiro estivesse nos preparando para o grande momento. Quando finalmente chego ao local da cerimônia, fico impressionado com a beleza do ce
Há velas espalhadas pelo chão e uma mesa com morangos, alguns pratos saudáveis e, claro, nada com álcool para não prejudicar a minha amada esposa e a nossa princesinha.— Elli, isso é tão romântico. Eu não poderia estar mais feliz. — ela diz, sorrindo.— Eu queria que nosso primeiro momento como marido e mulher fosse especial. E eu prometo que vamos ter muitos momentos especiais juntos. — respondo, abraçando-a.Sentamos e brindamos ao nosso amor e à nossa nova vida juntos. E eu sei que, com Jullyete ao meu lado, tudo será possível. Eu a amo mais do que tudo nesse mundo e farei de tudo para que ela e nossas filhas sejam felizes sempre.••••♥•••••Depois de um tempo, deixamos a mesa e nos sentamos em um banco no jardim. Jullyete descansa a cabeça em meu ombro e nós nos abraçamos.— Eu não poderia estar mais feliz, Elliot. Esse é o começo de uma nova vida para nós — ela diz, sorrindo. — Eu nunca imaginaria que depois de alguns anos estaria me casando, e ainda mais com um dos homens mais
Uma palavra tão simples e que, muitas vezes, muda toda a nossa vida. Não tem como voltar atrás, não tem como mudar o fato, não tem como apagar tudo e começar novamente. Bem, depois de uma decisão tomada, não tem como voltar no tempo. Precisamos erguer a cabeça e assumir as consequências. É assim que me sinto ao lembrar do tempo perdido longe do meu loiro delícia, sem ter aceitado logo o seu pedido de namoro. Se eu soubesse que seria maravilhoso assim, teria falado sim, logo no primeiro dia. Minha vida é perfeita! Sou amada, cuidada por um homem lindo, pai incrível. Nossa filha mais velha é perfeita e estamos a poucos dias de receber a Júlia. Saio dos meus pensamentos com a voz de Elliot.— Me espere aqui, não vou demorar — ordena Elliot, e eu reviro os olhos!Estamos caminhando pelo shopping, comprando mais roupinhas para os armários já cheios do quarto de Júlia. Claro que tenho que usar chantagem emocional. Faltam poucos dias para entrar na última semana de gestação, e eu deveria es
Ela não diz nada, ficou encarando o vazio como se tentasse entender cada palavra que eu lhe disse.— Se quiser ter um cachorro, vocês dois seriam uma família. — brinco.— Eu poderia ter um cachorro! — cogita a ideia e depois arregala os olhos quando volto a espremer sua mão. — Estamos quase chegando? — pergunto aflita. — As contrações estão vindo em períodos curtos.— Falta pouco — jura Elliot. — Meu bom Deus, falta pouco! — Ele está surtando, e eu não tenho capacidade de pensar em palavras para acalmá-lo. Meu Jesus, que dor!Tudo o que faço é gritar toda vez que a dor vem me espremer como uma maldita laranja. Tinha me esquecido de como a dor é massante. Deus, por que não poderia ser uma cesariana? Assim que chegamos ao hospital, já me levam para dentro.— Avisa todo mundo! Não sei se vai dar para esperá-los chegarem — digo e solto um grito, deixando Elliot paralisado no lugar. — Anda logo, Elliot! — Ele acorda do seu transe, pega o celular e avisa todo mundo.Essa dor está sendo p
Finalmente, depois de seis anos preso, hoje estou saindo da penitenciária. Assim que os portões se abrem, saio com mais dois ex-presidiários. Cada um corre para sua família ou alguém especial que os espera. Dou alguns passos e vejo meu advogado parado ao lado de um carro. Caminho na direção dele, que me cumprimenta, abre a porta do carro, e eu entro no lado do passageiro. Coloco o cinto e saímos dali.— Por que meus pais não vieram? — pergunto, olhando para ele.— Seus pais foram embora de Boston já faz uns dois anos.— E por que não me avisou?— Eles pediram para não avisar. Me desculpe, senhor Harris, mas quem paga os meus honorários são eles. Cumpro o ditado que diz: “manda quem pode, obedece quem tem juízo” — ele diz, e não acredito que fizeram isso comigo.— E o jornal?— Eles o venderam no ano passado.— O que vou fazer? — Ele encosta o carro em frente a um prédio, abre o porta-luvas, tira um envelope de lá e me entrega.Pego o envelope, abro e olho dentro. Vejo um celular, chav