Steffano RomanoQue porra foi essa que acabou de acontecer?É o que estou me perguntando há pelo menos cinco minutos enquanto espero a secretária de Vicenzo tenta encontrá-lo na hípica, a mulher parecia nervosa em me ver por ali e não é à toa.Só venho aqui para usar um espaço muito específico que Vicenzo mantém, até que possa arrumar um melhor para mim. Depois da invasão da minha casa há dois anos, me desfiz de muitas propriedades por não querer que Vittorio tivesse lembranças daquela noite.Mas sei que ele ainda tem pesadelos, suas babás sempre comentavam que ele às vezes acordava chorando as madrugadas. Olho novamente para o meu relógio e já estava a mais de vinte e cinco minutos ali esperando por ele.Me ergo do sofá e fecho o meu terno irritado, olho para a secretária que ainda parecia estar assustada com alguma coisa.— Assim que ele aparecer por aqui, avise que estarei à sua procura, estarei na arena observando o meu filho!Digo irritado, uma vez que ele está em meu território,
Laura Miller Não posso deixar me envolver assim, não posso permitir isso, que Steffano consiga entrar em meus sentimentos e controle os meus desejos como acabou de fazer. Sorte que Vittorio surgiu bem na hora nos afastando e me livrando de talvez uma investida que com toda certeza não terei forças para negar. Sentir Steffano contra o meu corpo foi algo que me deixou a noite inteira e também a manhã desejando sentir novamente as suas mãos em meu corpo. — Está tudo bem Laura? — Vittorio me pergunta antes de se precisar se afastar. — Está, sim, pequeno traquina! — Digo e o vejo sorrir com o apelido. Sinto os seus braços se fechando em meu pescoço e um beijo em minha bochecha. — Obrigado por aceitar ser minha babá! — Ele diz e corre em direção ao seu cavalo. Me ergo do chão e caminho para a cerca com os olhos em cima de Vittorio que parecia feliz ao subir em seu cavalo e começar o seu treino. Ainda com os olhos em cima da minha criança, meus pensamentos vão em direção ao que aconte
Steffano Romano Saio da hípica direto para o escritório, sabia que assim que chegasse lá para mais um dia de trabalho meu irmão teria algo para me irritar e zombar de minha cara. Sinto que ele sabe algo sobre a noite anterior, mas também não quero contar que realmente não me recordo o que aconteceu na noite. Assim que entro em minha sala, retiro o meu terno e deixo o celular sobre a mesa. Quero ser informado assim que Laura e meu filho sair das dependências da hípica e ainda essa noite ensinarei ao Vicenzo Caccini que não deve tocar o que me pertence. — O que vem te preocupando? — Enrico diz. Depois de mais de duas horas sozinho, meu irmão havia entrado em minha sala com um sorriso no rosto e mesmo assim via em seus olhos algo que o preocupava. — Não deveríamos ter aceitado estar naquela primeira reunião! — Afirmo com os pensamentos no passado. Há mais de oito meses as maiores casas da máfia italiana foram convidadas para uma reunião com alguns terroristas, tinham a intenção de
Laura Miller Sua mão passeava por meu corpo, naquele momento esqueço os meus motivos, minha vingança, a insegurança que estava sentindo e me rendo ao toque possessivo que sinto em suas mãos. Ergo meus braços permitindo que ele retire a camisa de meu corpo, nossos olhos estavam presos um no outro e de forma mítica algo me dizia que deveria confiar nesse homem, nesse pecado de mal caminho. Não dizendo quem sou, mas deixando que ele conhecesse as bordas onde termina Laura e começa Bianca Collins. Com o seu delicado toque em meu rosto, fez com que cada barreira que a SISU passou anos me treinando para construir em torno dos meus sentimentos, se desmoronando ali em seu olhar quente, não pelo desejo, mas pela mesma confusão que estava sentindo. Claro que por razões totalmente diferentes, meu desejo de morte é diferente do dele, fui treinada para matar em prol a outros, ele foi treinado para suportar a dor de uma tortura. — Não sei o que estou fazendo… — Ele diz com as sobrancelhas fran
Steffano RomanoO sentimento totalmente diferente de quando me casei com Eleonora, que mesmo virgem não senti a metade do tesão que acabei de sentir com a Laura, que sorria e fechava os olhos com certeza satisfeita com o que sentiu.Sei que posso me dar muito mal, colocar todos que estão debaixo da minha proteção por me envolver com uma órfã que ninguém sabe realmente de onde ela é, já que Laura é quase uma negra, seu tom de pele é lindo e sérvios são tão brancos que suas bochechas são rosadas.Deslizo para fora de Laura e deixo um beijo onde dei um tapa, aproveito e retiro a minha meia antes de me deitar ao seu lado, não vou simplesmente usá-la, a quero realmente. Com ela é diferente, quero cuidar de suas preocupações, mesmo que apenas a faça a minha amante, não a magoarei.— Vem cá! — digo ao notar seu olhar.A via confusa enquanto retiro o notebook debaixo do travesseiro e me deitei ao seu lado, ela ainda estava me olhando desconfiada e abro um sorriso para o seu jeito.— Tem certe
Laura Miller Saio do quarto usando um vestido quadriculado e com a mente voando em diversos cenários, com Steffano descobrindo quem realmente sou e provavelmente me levando para aquele quartinho destinado aos traidores de sua casa.Caminho até as escadas com o meu peito trepidando com o medo de muitas coisas, não deveria ter me envolvido de nenhuma forma dentro dessa casa, mas ver o olhar de Vittorio caindo em meu colo e pedindo que o protegesse me desmontou naquela manhã. Piorou tudo ainda mais quando o olhar quente de Steffano me fez desejá-lo.Saber que ele não estava lá foi o que me fez responder a sua pergunta, dizer a ele com todas as letras o que havia acontecido na noite anterior e que ainda o sentia em minha carne. Mesmo vendo em seu olhar o desejo e o tesão, fiquei receosa como qualquer mulher normal ficaria.Senti o medo da rejeição…Assim que meus pés tocaram o último degrau, vi Vittorio correndo em minha direção.— Laura, tio Enrico disse que vamos passear!!! — Ele salti
Steffano RomanoOlho para o celular, vendo a mensagem, deixando claro a audácia daquele homem me dizendo estar na porta de minha casa e precisava conversar sobre o que aconteceu na hípica. O que me deixou intrigado foi a rapidez com que ele chegou até a minha casa.Mal pude elogiar Laura que estava com Vittorio e cumprimentar o meu filho que parecia mais alegre que o normal, o que me deixou ainda mais feliz. Desci a escada e vi quando Tommaso sinalizou que Caterino Caccini estava em meu escritório.Respiro fundo para controlar a raiva que estava sentindo, sua visita apenas fez com que atrase os meus planos para Laura e Vittorio. Antes de entrar peço a todos os seres celestiais que me dê paciência, para não quero matar nenhum deles e causar uma guerra justo agora.Entro no escritório e vejo meu irmão conversando sobre alguns dos nossos negócios e me surpreendo ver Vicenzo aqui, sorrio para os dois e sinto vontade de debochar do idiota que correu para o colo do pai.— Como vai Caterino
Laura MillerDentro de mim havia um turbilhão de sentimentos conflitantes, devia estar focada em descobrir quem é o responsável pela morte da minha irmã. Mas agora estou aqui toda derretida por Vittorio correndo a nossa frente para ir ver os ursos pardos que estavam sendo alimentados.Steffano conseguiu manter o zoológico aberto até um pouco mais tarde, pelo menos para nos três.Ver Vittorio se divertindo me trouxe lembranças de minha infância, uma que idealizava antes de ser levada pela SISU daquele orfanato com a minha irmã. Um sonho de que conseguiríamos ser adotadas por um casal que nos amaria e nos levaria para passeios assim, para conhecer o zoológico, ir ao shopping e comprar bonecas que eu pudesse escolher.Podia ser coisas bobas, mas o desejo de poder dormir com um beijo de boa noite e ouvir que me amava se tornou cada dia mais distante depois que entramos na enorme mansão ao norte da Escócia, onde conheci o senhor Sinclair.Um homem ruivo com um certo charme, mas havia um ar