— Chega de desenho, os dois para a caminha. — Asher juntava o restante de brinquedos espalhados no chão da sala enquanto falava.
— Ah, mãe!!! Mais meia hora, por favor. — Phílos pedia com uma voz manhosa.
— Nem mais um minuto, tem aula amanhã cedinho. Escovar os dentes e fazer oração.
As crianças resmungaram um pouco mas acabaram obedecendo a mãe. No meio da noite Gaia começou a gritar e chamar pela mãe. Asher correu para o quarto da filha, acendeu a luz e viu que ela chorava muito agarrada ao seu ursinho de pelúcia.
— Mamãe está aqui meu amor, calma. Foi um pesadelo.
— Não foi não mamãe, eu as vi. Elas estão vindo me pegar.
— Quem, meu amor? — olhou para os olhinhos vermelhos e molhados d
Phílos e Gaia ainda estavam no quarto de Jéssica pensando na estratégia que fariam para passar todo um dia protegendo os amigos e se preparando para o ritual do despertar de Brida.— Jéssica, meu amor, preciso ir. Vou deixar você descansar para o jogo de amanhã cedo. — Disse Phílos tocando o rosto de sua amada e acordando ela do transe.— Mas você acabou de chegar, não pode ficar mais um minuto? — Ele pediu que a irmã esperasse por ele no corredor, achava que elas tinham que se conhecer do jeito natural, sem hipnose. Gaia antes de sair apagou a lembrança de ter estado ali.— Não posso, só passei pra te falar que vai dar tudo certo amanhã.— Mas bênção, e nossas amigas? — Phílos sabia o que deveria fazer, por mais que não fosse o certo, pois foi ensinado que o humano precisa vivenciar o
Já tinha amanhecido quando Asher terminava de arrumar as coisas das crianças. Elas acordaram e foram se trocar.Enquanto colocava coisas nas malas das crianças, conversava com elas tentando manter a calma.— Atenção, lembram do teatro que a mamãe e o papai fizeram sobre o povo mal? — Ela abria as gavetas e puxava roupas aleatórias.— Eu lembro!!! — Phílos levantou a mão empolgado.— Mamãe, eu também lembro!!! — Gaia falou tentando passar o buraco da blusa pela cabeça.A mãe ao pegar uma coberta na parte de cima do guarda roupa, trouxe junto outros lençóis que caíram por sobre sua cabeça e a tirou da sua suposta calma.— Maldição!!! — Quando deu por si, já havia falado e as crianças de imediato começaram a observá-la.
O estádio estava lotado, a maioria dos jogos já estavam definidos, era o penúltimo dia. A música tocava animando o pessoal na arquibancada, e o locutor anunciava a tabela dos semifinalistas.Pedro diz: “Eu e Lucas estamos na arquibancada esperando vocês!”Marcelo diz: “LM onde você está?”LM diz: “Estou chegando, vou passar na lanchonete.”Lucas diz: "Traz um pão de queijo pra mim, recheado, por favor.”LM diz: “Alguém quer mais alguma coisa?”Pedro diz: “Não, obrigado.”Marcelo diz: “Também não, valeu. Vou passar no vestiário e já falo com vocês.”Enquanto Phílos digitava no telefone, Gaia falava com a mãe que achou que ela tinha passado a noite na casa de Amanda.— Está bem, pode deixar. Beijos. Também te amo
— Calma, querida. Não devem ter ido longe. — Flavian tentava acalmar a esposa, mas ele mesmo por dentro estava em pânico.— E se eles os encontraram? — Asher tremia, olhava para todos os lados e havia poucas pessoas na praia. Mas não avistava seus filhos.— “Flavian! Há quanto tempo, meu amigo. Perdeu alguma coisa? Melhor dizendo, coisas?”— Meu Deus, Asher!!! — Flavian que estava de pé ao ouvir a voz antiga, mas inesquecível de Urd em sua mente, se deixou abater pela fraqueza de suas pernas e caiu por terra.— O que foi, amor?— Estão com eles.Asher disparou a chorar.— “São criaturinhas realmente adoráveis, não achou que iam esconder muito tempo de nós, não é mesmo? Estamos no Marco Padrão, não demore.”—
Era tudo tão nostálgico, fazer aquele ritual sem seus pais presentes, sem seus amigos. Phílos e Gaia aprontaram tudo conforme foram ensinados. Apesar da luz da lua minguante iluminar o local, o rapaz parou o carro de modo que os faróis ajudassem a visualizar o desenho que a jovem fez no chão com sal grosso. Um triângulo envolto de um pentágono. No meio os pertences de Brida. Os irmãos esperaram os primeiros raios de sol, e posicionados um em frente ao outro, fora do desenho, começaram a meditar. Quando os pensamentos estavam totalmente sintonizados em encontrar a amiga, eles começaram os dizeres:— Chegou a hora de despertar, quebre as correntes, abra sua mente. Brida, Brida, BRIDA!!!! — E lançaram juntos um raio no objeto que estava no centro do triângulo, que continha a assinatura do DNA de energia da jovem.Os dois despertaram da meditação com uma
Thiry tinha sido pega de surpresa por aquela pequena criatura que a prendeu em um campo de força. Logo que se livrou dele, ficou furiosa por ter sido humilhada daquela forma. Seus seguidores começaram a se erguer e tomar suas posições naquela batalha, digamos no mínimo covarde. Eram doze Strix sendo uma Striga, contra três Strix adultos e três crianças, pois até então não se sabiam dos poderes de Brida.— Giles, meu amigo, você veio. — Flavian recebeu os amigos atrás de uma pedra onde estavam tentando se esconder.— Chegamos agora há pouco na cidade, e Brida sentiu o que estava havendo aqui. — Conversavam e se abaixavam cada vez que um raio caia mais perto deles. — A boa notícia é que consegui falar com um dos membros da alta cúpula antes de fazerem a assembleia. Já estão enviando emissários Strions para
— Brida, aquela é Amanda, minha melhor amiga, ela… — Gaia falava levando a garota para mais perto quando foi interrompida.— Já sei de tudo, querida irmã. — Pois depois da tragédia que os uniu, era assim que se consideravam. — Quando me despertaram, me atualizei de toda a situação. Infelizmente não posso quebrar o encantamento de outra Striga sozinha. — Brida viu a esperança esvair do olhar da irmã. — Hei!! — Ela passou a mão pelo rosto da garota, segurou em seu queixo e olhou bem em seus olhos. — Não disse que não a salvaremos. — As duas se abraçaram. — Vamos sair daqui. Deixei os outros apenas desmaiados. Temos muito o que conversar.— E Amanda?— Vou
— Tenho que ir em casa, você leva a Jéssi pra lá.— Mas Brida, o que você descobriu?— Acho que sei porque Thiry voltou. E melhor: Como detê-la. — Ela já falava e andava. — Tenho que ir.Ela correu para casa, no seu quarto tinha uma estante com vários livros comuns para as jovens da sua idade, livros escolares e mais abaixo, vários jogos de videogame. Ela passou a mão em frente aos livros que se revelaram outros muito diferentes. Mais antigos, alguns muito grossos e com capas de couro. Ela puxou um da estante. Era muito grosso, com páginas amareladas, tinha o papel áspero e cheio de figuras, cada página tinha a borda dourada. Folheou bastante procurando algo em específico.— ACHEI!!!— Que foi besta? Que livro é esse? — Um garotinho ruivo entrou pulando em sua cama, devia ter uns sete anos.— Oi