— Calma, querida. Não devem ter ido longe. — Flavian tentava acalmar a esposa, mas ele mesmo por dentro estava em pânico.
— E se eles os encontraram? — Asher tremia, olhava para todos os lados e havia poucas pessoas na praia. Mas não avistava seus filhos.
— “Flavian! Há quanto tempo, meu amigo. Perdeu alguma coisa? Melhor dizendo, coisas?”
— Meu Deus, Asher!!! — Flavian que estava de pé ao ouvir a voz antiga, mas inesquecível de Urd em sua mente, se deixou abater pela fraqueza de suas pernas e caiu por terra.
— O que foi, amor?
— Estão com eles.
Asher disparou a chorar.
— “São criaturinhas realmente adoráveis, não achou que iam esconder muito tempo de nós, não é mesmo? Estamos no Marco Padrão, não demore.”
—
Era tudo tão nostálgico, fazer aquele ritual sem seus pais presentes, sem seus amigos. Phílos e Gaia aprontaram tudo conforme foram ensinados. Apesar da luz da lua minguante iluminar o local, o rapaz parou o carro de modo que os faróis ajudassem a visualizar o desenho que a jovem fez no chão com sal grosso. Um triângulo envolto de um pentágono. No meio os pertences de Brida. Os irmãos esperaram os primeiros raios de sol, e posicionados um em frente ao outro, fora do desenho, começaram a meditar. Quando os pensamentos estavam totalmente sintonizados em encontrar a amiga, eles começaram os dizeres:— Chegou a hora de despertar, quebre as correntes, abra sua mente. Brida, Brida, BRIDA!!!! — E lançaram juntos um raio no objeto que estava no centro do triângulo, que continha a assinatura do DNA de energia da jovem.Os dois despertaram da meditação com uma
Thiry tinha sido pega de surpresa por aquela pequena criatura que a prendeu em um campo de força. Logo que se livrou dele, ficou furiosa por ter sido humilhada daquela forma. Seus seguidores começaram a se erguer e tomar suas posições naquela batalha, digamos no mínimo covarde. Eram doze Strix sendo uma Striga, contra três Strix adultos e três crianças, pois até então não se sabiam dos poderes de Brida.— Giles, meu amigo, você veio. — Flavian recebeu os amigos atrás de uma pedra onde estavam tentando se esconder.— Chegamos agora há pouco na cidade, e Brida sentiu o que estava havendo aqui. — Conversavam e se abaixavam cada vez que um raio caia mais perto deles. — A boa notícia é que consegui falar com um dos membros da alta cúpula antes de fazerem a assembleia. Já estão enviando emissários Strions para
— Brida, aquela é Amanda, minha melhor amiga, ela… — Gaia falava levando a garota para mais perto quando foi interrompida.— Já sei de tudo, querida irmã. — Pois depois da tragédia que os uniu, era assim que se consideravam. — Quando me despertaram, me atualizei de toda a situação. Infelizmente não posso quebrar o encantamento de outra Striga sozinha. — Brida viu a esperança esvair do olhar da irmã. — Hei!! — Ela passou a mão pelo rosto da garota, segurou em seu queixo e olhou bem em seus olhos. — Não disse que não a salvaremos. — As duas se abraçaram. — Vamos sair daqui. Deixei os outros apenas desmaiados. Temos muito o que conversar.— E Amanda?— Vou
— Tenho que ir em casa, você leva a Jéssi pra lá.— Mas Brida, o que você descobriu?— Acho que sei porque Thiry voltou. E melhor: Como detê-la. — Ela já falava e andava. — Tenho que ir.Ela correu para casa, no seu quarto tinha uma estante com vários livros comuns para as jovens da sua idade, livros escolares e mais abaixo, vários jogos de videogame. Ela passou a mão em frente aos livros que se revelaram outros muito diferentes. Mais antigos, alguns muito grossos e com capas de couro. Ela puxou um da estante. Era muito grosso, com páginas amareladas, tinha o papel áspero e cheio de figuras, cada página tinha a borda dourada. Folheou bastante procurando algo em específico.— ACHEI!!!— Que foi besta? Que livro é esse? — Um garotinho ruivo entrou pulando em sua cama, devia ter uns sete anos.— Oi
No caminho para resgatar seus amigos, Brida explicou sobre como seria o ritual que possivelmente Thiry queria fazer para tomar o poder dos jovens amantes. Ela iria precisar de mais uma Striga, a energia de seis seres humanos, sendo três machos e três fêmeas, o casal de amantes, sendo um Strix e um humano. O humano tem que dar seu poder de bom grado a Striga, e está se tornará além de imortal, sem precisar mais sugar mais ninguém, mais poderosa que qualquer um dos Strix.Depois que ela falou, todos ficaram em silêncio o resto da viagem, mergulhados em seus pensamentos mais sombrios.Gaia e Phílos chegaram no mirante, ele pisou no freio com tanta força que o carro derrapou quase chegando ao precipício, de onde estavam já avistaram Amanda. Mal o carro parou e Gaia abriu a porta do carro e saltou, correu até a amiga que faltava pouco para cair.— Mandi, Mandi!!! Acorde!!! El
— “Brida, para ele completar o ritual, precisa de uma Striga, então você fará o seguinte... — O Barão falava com a garota em sua mente.”— Phílos, venha aqui, agora. — Pedro ordenava.— “Phílos, ganhe tempo. — O Barão pediu.”— Não, sem mim nada pode fazer.— Tem razão, amigão. Mas mato ela por pura diversão. — E apertou seu pescoço, fazendo a garota gemer.Phílos quase desmaiou tamanha foi a sensação de agonia que sentiu ao ver sua amada sofrer. Mas tinha que se segurar, concentrou-se em sua raiva.— Vou me render, seu monstro.— “AGORA, MENINAS.”Em um momento de distração Gaia, a Baronesa e Brida lançaram um raio contra Pedro, lançando o jovem para longe de Jéssica. O Barão que est
— Bom dia, flor do dia. — Gaia abria as cortinas do quarto do irmão, deixando entrar a luz sobre o rosto do rapaz.— Qual é, milady. Ainda está muito cedo ainda. — Phílos cobria a cabeça com o travesseiro.— Nada disso, vamos levantar, já fiz o café. E ela deve estar chegando a qualquer momento.— Ok, ok!! Agora vai, que vou tomar um banho. — E jogou o travesseiro na irmã.Gaia foi até a cozinha e pegou uma xícara de café, levou para sala onde fechou os olhos e invocou a irmã.— “Onde você está?”— “No aeroporto, acabei de pousar.”— “Porque não abriu um portal e apareceu aqui?”— “Já te falei, tenho medo de ir parar no Everest ou em Marte e morrer sem ar.”Gaia ria muito disso, cad
— ÚLTIMA CHAMADA PARA SETOR B!!! — o alto-falante da prisão, anunciava o final da jornada de passeio no pátio daquele dia.— Prisioneira T77, Dra.Flor a aguarda. — Antes que a moça entrasse na cela, uma guarda a alertou.— A hora mais feliz do meu dia. — Uma moça de lindos cabelos cacheados e compridos, pele morena, jambo e traços simétricos; respondeu com tom de ironia e sarcasmo.O consultório era dividido por um vidro “fortificado”, não somente em termos comuns. De um lado um belo escritório clássico, com mesa, estantes e muitos livros. Nele uma mulher muito elegante, sentada em uma cadeira com um notebook em mãos, esperava sua paciente das 17h.Do outro lado, a prisioneira chegou e antes de ser convidada se jogou em um pequeno sofá, que era a única coisa que fi