Aurora BackerAbro meus olhos ao sentir cheiro de bacon, ainda sonolenta me espreguiço e toco o outro lado da cama procurando por Taylor. — Ué? Para onde esse homem foi? Dou de ombros e me levanto, por hora, esquecendo meu pé machucado.— Que merda! Xingo, ao pisar sem querer com ele. No mesmo instante, como se orquestrando, a porta se abre e Taylor entra com uma bandeja de café da manhã. Sua atenção corre logo para o meu pé em minha mão e depois para meu rosto buscando alguma reação. Ele, coloca, então, a bandeja de lado na mesa e caminha até onde estou, se ajoelhando diante de mim e perguntando em seguida:— Machucou? — Esqueci e pisei com ele, mas foi leve.— Aurora —, acaricia minha bochecha e torna a dizer: — Deita que vou olhar.— Não vai brigar comigo? — Sem entender seu carinho, interrogo.— Por quê? Não foi sem querer? Apenas um acidente?— Sim, acabei esquecendo e machuquei.— Deite-se para que eu possa dar uma olhada melhor. Deitei e Taylor tirou o curativo para olhar, a
Aurora BackerTenho uma brilhante ideia que fará Taylor parar tudo e me dar atenção. Enfiei o dedo na geleia e levei aos lábios, lambendo lentamente toda melosidade do doce.— Não para de provocar? — Interrogou olhando o meu movimento com o dedo na boca.— Do que está falando? — Sua diabinha, não vai funcionar, acordei blindado.— Que pena! Eu estava lembrando da noite de ontem e iria sugerir para a gente ir tomar banho na cachoeira e fazer loucuras.— Loucuras? — Sim! Loucuras, vamos? — Quais loucuras? — Taylor, as loucuras que envolvem a palavra luxúria.— Onde foi parar o seu juízo? Sabe que horas são? — Não, acho que perdi o juízo por culpa sua.— No que eu te transformei, Aurora?— Não gosta de sexo, doutor?— Sou viciado, e você não para de me provocar com isso.— Provocar? De onde tirou isso, doutor? — Com a testa franzida, perguntei.— Tão diabólica que nem ela percebe. — Cite as minhas provocações.— Coma, antes que eu jogue essa bandeja no chão e faça minha refeição ma
Taylor White Os dias com Aurora estão sendo tão calmos. É nosso segundo dia aqui, na noite que chegamos passamos a noite inteira fazendo amor. Ontem apenas nos curtimos reciprocamente, conversamos sobre vida e futuro. Chega a ser engraçado criar planos para algo incerto.— Marte, pronto para assistir um filme de terror? — Aurora pula nas minhas costas enquanto sento na cama com o controle.— Safira, terror não, zero paciência para filmes mentirosos.— Ação? — Falou no pé do meu ouvido.— É uma proposta interessante. — Quais gêneros você mais gosta?— Científico?— Isso foi uma pergunta? — Soltou uma risada gostosa de ouvir.— Gosto de filme científico, ou médico.— Tão óbvio, doutor! Virei e puxei suas pernas para que montasse em minha cintura. Aurora sorria por eu fazer cócegas em sua barriga. E tentava falar:— Não, por favor! — Pare de me provocar, sua safada!— Prometo! — Gritou em meio a gargalhadas.Joguei Aurora na cama e montei em cima dela e desci criando um caminho de b
Taylor WhiteFecho a porta com o pé, e levo a caixa até a mesa. Destampei e o cheiro estava maravilhoso, coloquei em pratos mantendo o cuidado de deixar apetitoso e bonito. Levei para o quarto com duas taças e o vinho rosé.Quando entrei, Aurora estava cochilando, serena e linda. Coloquei a bandeja na mesa ao lado da cama e fui até ela para acordá-la.Acariciei seus rosto e ela se mexeu abrindo os olhos, sua voz saiu baixa e sensível:— Taylor, você demorou.— A demora valeu a pena, olha o nosso jantar! — Apontei para a mesa onde estava a bandeja. — Trate de despertar, iremos beber um bom vinho chileno e comer as delícias que o restaurante preparou.— Isso tem um cheiro ótimo.Peguei a bandeja e coloquei em nosso meio na cama, ela pegou uma garfada e levou aos lábios saboreando e só pela sua reação notei estar impecável, o gemido de prazer que soltou ao experimentar a comida, evidenciava isso. — Então?— Nossa, delicioso. Comemos em silêncio terminando de assistir o filme clichê, co
Aurora Backer Acordo na manhã seguinte e olho para o lado onde Taylor dorme, ele é tão lindo que nem existe palavras para descrevê-lo. Sento-me na cama e o celular dele toca, mas deve está tão cansado que não atende. Atrevo-me a chamá-lo: — Taylor, seu celular está tocando. — Volta a dormir, meu amor. — Parei com os olhos arregalados por ele me chamar de amor, embora o celular toca incansável, pego e atendo: — Alô? — Tay? — Era a voz da Nadja, e isso já foi motivo para que eu enjoasse. — Desculpa, ele está dormindo. — Você está pegando o celular dele sem a autorização? Isso é roubo, garota! Trate de passar para meu homem. — Ela gritava histérica. — Você deveria ter bons modos, primeiro damos bom dia. — Caminho até a janela estressada e continuo falando baixo: — Segundo, perguntamos como a pessoa está, terceiro pedimos por gentileza para chamarem outra pessoa. — Não preciso de aulas sobre bons modos passa para o Taylor. — Sinto muito por isso, mas não passarei.— Aurora,
Aurora BackerTaylor confirmou com a cabeça, enquanto voltei a olhar o álbum de fotos, ignorei o fato de conhecer ou pensar conhecer o pai de Taylor. Tinha fotos dele indo para escola, brincando de carros, fantasiado no halloween de vampiro, até direito a capa teve, sorrimos como bobos por ver essa foto dele, na sequência tinha uma da Ellie vestida de princesa. Então Taylor deixar escapar uma coisa de seus lábios:— A vantagem de ter um filho comigo, é que ele será lindo. Analisei sua expressão e era doce, a cabeça de Taylor estava levemente inclinada para o lado e seus olhos estavam incógnitos, mas tinha um brilho forte que me refletia na sua imensidão azul. — O que foi? — Taylor estalou os dedos bem na frente dos meus olhos. — Estou retribuindo o que fez ontem, Marte. — Amo quando me chama assim, minha safira. Agora vamos comer? Estou faminto, e precisamos ver seu pé, como vive fazendo estripulias preciso ficar examinando. — Nem é para tanto, só tomei banho sozinha hoje, apena
Aurora Backer Taylor passou o dia fora, infelizmente teve uma consulta no hospital e precisou ir atender o paciente. Confesso que estou muito triste e sozinha aqui, como se fosse nos velhos tempos. Onde eu vivia vazia em Nova Iorque, sentei na cadeira de balanço da varanda do quarto, observei a cachoeira brilhando e refletindo a lua na água. Tempo depois um farol iluminou o chalé e eu sabia quem era, agradeci a Deus olhando para o céu ao ver Taylor chegar. Como não posso sacrificar meu pé, deixo que entre na casa, ansiosa o espero no quarto. Não demora e a porta se abre, e com um sorriso lindo o mesmo caminha até minha frente e diz: — Sentiu minha falta? Pois morri de saudades suas. — pegou minha cintura e apertou ao nos unir com um abraço apertado. — Taylor, você ainda pergunta? — Enfio a mão em seus cabelos curtos da nuca o puxando para mim, sentindo seu cheiro. — Me senti abandonada por você. — Minha safira, minha! — Beijou meu pescoço e me encarou pela primeira vez falando:
Taylor White Aurora está tão linda essa noite, com um sorriso tão reluzente. Usando um vestido azul-escuro, como cor da noite, um casaco grande preto, cabelos soltos ao vento e nenhuma maquiagem, realçando sua beleza natural. Me pego contemplando esse anjo à minha frente a cada segundo, sou neurocirurgião e sei como funciona a paixão, mas eu me vejo perdido. Terminei de beber meu vinho e fiquei ali, a observá-la calado. — Então, doutor, quais são os segredos da medicina? — A medicina tem segredos? Pensei ser necessário estudar por anos, e não algo simples, ou um passe de mágica. — Não negue que vocês médicos tem mordomias. — De qual tipo? Acordar a qualquer hora da noite para atender alguém? — Estou brincando, estava querendo quebrar seu silêncio. — Aurora, estou aproveitando a noite, o vento, o som das árvores e sua voz. — Minha voz? — Perguntou com as bochechas vermelhas, tímida. — Sim, acalma meu coração. — Você não acha exagero esse sentimento tão grande? — Exage