Jackson
Hoje Fazem exatos um mês que aconteceu a festa na casa de Florence e já de volta a Paris, continuo lembrando da cena ela junto com aquele branquelo de suéter. Sorrisos e risadas e logo depois um cochicho na orelha e mais sorrisos, até que subiram e pro meu azar, quarto de Florence estava com as janelas abertas e somente as cortinas fechadas, estava uma cena digna de filme, para quem não estava com olhos grudados em Florence enquanto ela rodava pela festa, porque pra mim, estava com vontade de vomitar já. Kobe disse que é ciúmes porque estou gostando dela, não acho que seja verdade. A questão é que ela chega hoje a Paris por conta do Fashion Week, mas inocentemente, a convidei para se hospedar em minha casa e ela aceitou numa boa, disse que sempre se estressa com hotéis.
Pedi para Yolanda deixar tudo pronto e arrumar o quarto de hospedes bem pertinho do meu. Às três e meia da manhã o avião dela chega e eu prometi de busca-la. São duas horas e eu estou voando para o aeroporto porque estou ansioso demais para esperar ela me ligar avisando que chegou. Coloquei apenas uma calça de moletom com uma camisa e passei meu perfume de sempre. É o meu cheiro.
03:40 da manhã e Florence me aparece lindamente num look todo da Adidas, calça de moletom e uma jaqueta, tênis, cabelos soltos, mala numa mão e celular na outra, estava com fones nos ouvidos e estava linda. Algo chamou sua atenção pelas costas e ela se virou, me dando me dando total visão da bunda dela que estava bem marcada naquela calça, e que bunda... Florence tem o corpo perfeito. Me desliguei de meus pensamentos quando o perfume dela atingiu meu nariz e ela chegou perto de mim ficando sem jeito.
― Olá! – A voz dela muda quando está tímida.
― Olá! – Peguei em sua mão direita e beijei delicadamente. – Podemos ir? Tem algo que queira fazer antes de irmos para casa? – Perguntei enquanto pegava sua mala incrivelmente leve para uma mulher.
― Eu só preciso comer, meu voo atrasou e eu fiquei sem comer no aeroporto porque acabei dormindo e acordei com uma barulheira danada quando os voos foram liberados. – Diz com uma certa timidez. – Mas eu posso comer quando chegarmos em casa, é só me mostrar onde fica a cozinha. – Ela meneia o corpo me observando com cautela.
― Tudo bem! Podemos procurar um fast food drive thru. A essa hora Yolanda já deitou. – Ofereci meu braço a ela que ficou um pouco receosa e tímida, mas aceitou.
Segui em direção ao único Mcdonalds que fica aberto durante a madrugada e estava lotado. A fila estava com quase um quilometro e depois de dez minutos sem sair do lugar Florence insistiu para eu dar meia volta. Eu agradeci bastante em pensamento e obedeci.
― Sua casa é linda! – Disse enquanto entravamos pela porta principal.
― Obrigado, a sua também é linda. Você não vai ver tantas decorações como tem na sua, minha casa é mais neutra e eu não ligo para essas coisas. – Falei enquanto entrávamos pelo hall grande e quase vazio.
― Deveria, obras de arte são um ótimo meio de ter dinheiro sem ter em espécie, sem contar que quanto mais raro o objeto, mais valioso ele fica. – Ela fala de forma calma e certa.
― É, meu contador diz isso, mas eu teria que entender pelo menos um pouco. – Comento encarando as paredes vazias.
― Posso ajudar com isso. – Diz me encarando.
― Seria ótimo. – Profiro sem ter mais o que falar.
Um silencio se instalou e nem ela e muito menos eu sabia o que falar.
― O seu quarto. – Me lembrei – Pedi para Yolanda preparar hoje cedo, tem tudo o que precisa lá e se faltar alguma coisa é só me avisar, estarei no ultimo quarto do corredor. Vamos, eu te mostro.
Subi com a mala dela na mão e ela me seguiu em silencio. Entrei no quarto de frente ao meu e dei passagem pra ela.
― É aqui. Não é um quarto de hotel, mas parece.
― Pra mim está ótimo, só de não precisar ficar em hotel me estressando com qualquer coisinha, já é ótimo. – Disse sentando na cama e me sentei ao seu lado.
― Tem toalhas no armário do banheiro, sabonetes, cremes e tudo mais. – Falei apontando em direção ao banheiro.
― Ah, muito obrigada, por mais que eu não vá usar, porque sempre carrego os meus, mesmo assim, foi muito atencioso. – Ela dá um sorriso de matar. – Agora acho que vou tomar um banho. – Diz por fim e eu concordo.
― Tudo bem, fique à vontade. – Digo me levantando com o corpo pesado, não quero sair de perto dela.
Sai do quarto e quando fechei a porta atrás de mim, senti meu corpo tenso e excitado. É, também não entendo.
Depois de uns trinta minutos, estava no quarto quando ouvi passos no corredor, esperei um pouco e sai do quarto. A casa estava silenciosa, exceto por uma melodia que soava longe. Segui o som e cheguei na cozinha, encontrei Florence na geladeira, estava de quatro com a bunda bem empinada dentro de uma camisola de seda rosa bem clarinha, ela procurava algo na parte mais baixa da geladeira e achou levantando rápido, eu me escondi um pouco e por sorte ela não me viu. Continuei observando ela que dançava pela cozinha ao som de Ella Mai – Trip. Distraída demais para me perceber, fingi estar ainda chegando na cozinha e cantei acompanhando a letra da música e ela parou rápido.
― Que foi? – Perguntei ao entrar na cozinha ao perceber ela me olhando assustada.
― Você canta muito bem, parabéns. – Ela falou isso colocando uma mecha de cabelo para trás de uma forma tão meiga que meu coração errou o ritmo dos batimentos.
― Ah, não foi nada demais, você também dança super bem! – Ficou vermelha no mesmo instante e automaticamente eu abri um sorriso.
― Você não viu! – Desviou o olhar e andou para perto de seu celular travando a música.
― Lógico que eu vi! Se você não fosse uma empresária tão boa, poderia ser dançarina. – Falo com um sorriso divertido e ela me encarou incrédula.
― Nem pensar, eu só s... – O celular dela tocou e quando olhou o nome na tela, relaxou os ombros e a coluna que sempre estão em perfeita postura. Como se estivesse cansada.
“Oi, Jesse! Cheguei sim, precisei de um banho e estou comendo agora. Não, Mike está no Hotel com Angel. – Seu olhar mudou e ela ficou tensa. – Jess, não prefere esperar mais um pouco? Não acho uma boa hora pra isso... Sim... Eu sei... Jesse...”
Desligou o telefone sem dar tchau. Ela a estressou.
― Briga de casal... – Resmunguei pegando um copo de água.
― Jesse me estressa com facilidade... – Ela diz sem paciência. Ela não sente nada por ele.
― Você e ele estão juntos a muito tempo? – Logico que não...
― Tem cerca de um mês, mas e você e Yolanda? Juntos a muito tempo? – Sinto um tom de ciúmes? Sim...
― Yolanda e eu? – Perguntei já rindo, ela afirmou com a cabeça sem entender o motivo do meu riso. – Pelo menos uns 5 anos... – Vi uma certa decepção correr pelos seus olhos e logo eles se tornaram frios e escuros novamente, ajeitou a postura e deu um sorriso.
― Ah, que bom então! Bastante tempo mesmo. – Vejo o brilho dela diminuir e sua expressão ficar mais dura.
― Sabe como é né? Governanta boa igual a ela, é difícil de achar em qualquer lugar. – Pude ver um pequeno feixe de luz iluminar seus olhos e ela corou.
― Governanta? Ela não é sua esposa? – Perguntou esperançosa.
― Não, minha empregada, governanta... Porque pensou que era minha esposa? – Provoco-a.
― É que você fala tão bem dela que parece que é sua esposa. Tudo que você fala coloca ela em alguma brecha. – Diz sincera.
― Doidinha. – Falo rindo. – Termine este sanduíche e vá dormir, já é bem tarde. – Chego perto dela e deposito um beijo em sua testa, ela fica parada e estremece ao meu toque. Deixo-a terminando seu lanche e saio da cozinha.
Fui para meu quarto cantarolando a música anterior e assim que me deitei olhando pro teto, tive um vislumbre imaginário de Florence com aquela bunda dela empinada na porta da geladeira, fiquei imaginando como seria chegar por trás dela e passar a mão naquele rabão, sentir que estava sem calcinha, puxa-la contra meu corpo e deixa-la de frente pra mim, e então beijar aquela boca carnuda e gostosa.
Florence tem o dom de me deixar pirado o tempo todo. Eu a quero, isso é fato, mas tem esse Jesse.
Eu faria de tudo para descobrir o que eles conversaram no telefone que deixou ela estressada daquele jeito. E fica linda até estressada.
Ainda com Florence na cabeça, fui para o banheiro e deixei a água fria percorrer meu corpo, me aliviei um pouco e gozei imaginando aquela bunda grande e redonda. Poderia por fim, dormir em paz agora.
Me deitei e fechei os olhos tentando me concentrar. Mas só tinha Florence em minha mente.
A noite inteira foi um fiasco tentando dormir e o cérebro só sabia de Florence, parece que esqueceu tudo que sei sobre outras coisas e deixou aberta uma pastinha apenas com um looping infinito de momentos dela. Era ela sorrindo, a bunda dela, o rosto sério nas reuniões que tivemos, a imponência que ela passa dentro da própria empresa, o respeito que ela recebe e cada reverencia que pessoas fazem a ela. A beleza inteira de Florence estava passando nesse looping preparado pelo sacana do meu cérebro. Era injustiça demais comigo... com muito custo, após o pau acordar e amolecer na marra umas três vezes, eu não aguentei e me entreguei ao sono, acordando somente agora.
FlorenceNão demorei muito para pegar no sono, estava cansada por conta do voo e cansada mentalmente com tudo que vem acontecendo na Russ. Eu vim para Paris para conhecer a empresa de Jackson e Kobe e com o embalo, Angel já foi me alertando sobre o Fashion Week que acontecerá nesta semana em que estarei aqui. Eu nunca faço programas com ela, a gente nunca sai para um shopping da vida ou vai a alguma rua movimentada fazer compras aleatórias, essas coisas que amigas fazem. Nós somos sim melhores amigas, mas somos mulheres com responsabilidades e compromissos inadiáveis. A melhor parte disso tudo é que estarei na casa de Jackson, posso conhecer sua rotina e sua vida mais de perto, quando tenho um sócio novo, gosto de saber tudo sobre ele bem de pertinho.Levantei-me bem cedo e tomei logo um banho perfumado, Trabalhei um pouco pelo computador e peguei minha pequena malinh
FlorenceNunca pensei que seria tão ruim estar à beira da morte. Se eu não morrer, hoje será o início de uma nova vida.As vozes voltaram a se manifestar e eu continuei no breu total, como um golpe de box as luzes invadiram meus olhos quando o capuz preto foi removido em milésimos de segundos da minha cabeça. Estou anestesiada pela exaustão, meus pulsos doem por conta da corda amarrada ali que sustenta todo meu peso quando minhas pernas fraquejam.― Vamos lá, Florence. Eu sei que você vai ser boazinha e me contar. – Falou pegando meu rosto com uma das mãos― Vai se foder! – Vociferei quando ele ousou chegar mais perto.― Bem, acho que não temos muita escolha então.Um golpe na barriga.Então, eu sou a Florence e acabei de levar uma paulada na barriga pelo babaca do Frank.Deixe-me te explicar melh
JacksonAssim que me dei conta da hora que era, comecei a correr e fui rápido tomar um bom banho e me apressei mais ainda para descer. A mesa do café estava posta ainda e Yolanda Rapidamente esquentou um pouco de café.― Assim que Florence levantar, avise que eu já fui para a empresa. – Informei a ela enquanto tomava um gole do café.― A senhorita Florence já acordou e pediu um carro para leva-la até a empresa, senhor. – Yolanda disse me olhando estranho como se nunca me tivesse visto atrasado.― E ela foi já tem bastante tempo? – Perguntei espantado.― Sim, senhor. Faz algumas horas, levantou bem cedo, tomou café e saiu. – Diz dando de ombros.― Certo. – Falo inerte em meus pensamentos.― Senhor... Desculpe-me a intromissão, mas o que houve que deixou o senhor tão cansado a ponto de dormir até a
FlorenceAcordei esta manhã me sentindo um trapo, olhei em volta do quarto e perto da parede estava a camisa de Jackson confirmando tudo que estava passando na minha cabeça. Eu me deixei levar pelo desejo e permiti que ele me beijasse, estava incrível e eu me entreguei de verdade, mas tudo mudou quando senti sua língua tocar um dos meus mamilos, fazendo meu corpo se arrepiar e se curvar, fazendo minha mente lembrar de um acontecimento no qual eu tive a mesma sensação, fazendo a área de defesa do meu cérebro funcionar rapidamente me fazendo empurra-lo para longe. A confusão que se instalava em mim era evidente e Jackson numa tentativa frustrada de se aproximar de novo, percebeu quão séria era a situação e recuou, pedi para que ele fosse embora e assim ele fez, sem discutir ou teimar. Passei o resto da noite em claro, com uma vontade terrível de chorar, de
JacksonEstava no quarto quando ouvi Florence chegando com a amiga Angel, sai em silêncio e pude pegar a conversa das duas. A todo segundo eu queria descobrir se Florence havia falado sobre nossos beijos, mas ela estava somente pedindo a amiga para ficar e dormir com ela.― Amiga, Jackson não vai se importar, eu aposto, fique! – Florence pediu abraçada na amiga.― Lógico que ele se importaria, ele quer você só pra ele. – A amiga brinca. E ela revira os olhos. Então ela contou sobre o beijo.― Não sei se eu conseguiria. Mesmo depois desses anos todos, eu ainda sinto falta do Malik, é uma dor horrível. – Neste momento posso ver os olhos dela se encherem de lagrimas e ela bufar ignorando-as e apertando os olhos, como se não quisesse chorar. Angel apenas a abraça mais forte ainda e olha pra ela.― Af, eu pensei que estava choran
FlorenceAcordei com as pernas doloridas e um cansaço que poderia me deixar dormindo por dois dias seguidos. Respirei fundo antes de abrir os olhos e senti um perfume gostoso, uma superfície rígida e macia ao mesmo tempo, um calor que emanava e uma mão na minha cabeça.Puta Merda! Puta merda! Eu dormi com Jackson. Fiz o que não podia, como eu pude? Que grande merda.Tento de desvencilhar de seus braços, mas eles são fortes e potentes. Jackson se mexe um pouco e me puxa de volta, faz força para abrir os olhos e com a outra mão ele coça os mesmos. Vejo a hora em que seu olho abre e ele sorri se deparando comigo em sua frente. Num movimento rápido e certeiro sinto ele me virar e me deixa de conchinha com ele. Sinto sua breve ereção e me afasto um pouco.― Jackson. – Chamo. – Precisamos conversar. – Falo lembrando do ac
JacksonO dia com Florence foi incrível e eu não esperava mesmo que ela fosse se entregar como se entregou. Depois que ela saiu do meu quarto vestindo apenas minha camisa eu continuei deitado por mais um tempo e ainda sem acreditar no que tinha acontecido e em como Florence apagou nos meus braços depois de gozar tantas vezes, me levantei apenas de cueca e fui até o quarto dela, eu estou com saudade do perfume dela, da sensação que é ter a pele dela em atrito com a minha.Ela estava no banho com a música alta como sempre, entrei no banheiro que ela nem ouviu, estava linda com a cabeça pendida para o chão, apoiando o corpo com as mãos no alto da parede enquanto a água escorria por todo seu corpo, arranquei a cueca e entrei no box, ali eu possui seu corpo novamente e sai satisfeito indo me arrumar em meu quarto e a deixando.Florence está incrivelmen
FlorenceDepois do desfile e do sexo na escada, fomos a um bar com Mike e Angel, Jesse não pode ir porque pegaria o avião essa madrugada ainda. Meu voo junto com Angel e Mike sai às dez da manhã então não podemos ficar muito tempo aqui no bar, depois de algumas cervejas e risadas dos tombos das modelos, seguimos o caminho de casa e acabei pegando no sono no meio do caminho, acordei no meio da madrugada com um golpe de ar gelado atingindo minhas pernas.Abri os olhos e estava em meu quarto na casa de Jackson e o mesmo estava atrás de mim, me abraçando e dormindo tranquilamente. Me mexi um pouco e ele se mexeu ficando de barriga pra cima, levantei-me e fechei a porta da varanda, o tempo mudou e o calor que fazia se tornou num frio extremo. Olhei as horas no celular e marcavam três e meia da manhã, arrumei minha mala e coloquei junto a porta, separei a roupa que eu embarcaria e