— Ellen. Baby, eu estou aqui.— Nick... — ela abre os olhos — Ah meu Deus, você está aqui. — ela me abraça.— Eu estou aqui, meu anjo. — aperto seu rosto contra minha bochecha e ela grunhe de dor — Me desculpe linda, me desculpe.Ela força para sentar-se, mas depois de algumas tentativas sem conseguir, ela desiste.— Não tente se mover Ellen, você está muito ferida.— Parece que eu não sou a única. — ela passa o dedo pelo meu lábio inferior um pouco inchado.— Isso aqui não é nada. Não se preocupe comigo. Poupe forças. Você vai precisar quando fugirmos.— Não há como fugir Nick, há praticamente um exército lá fora.— Não importa como, nós daremos um jeito. Ele disse que tem planos ambiciosos pra mim e eu vou usar isso contra ele. Descanse.— Como eles pegaram você? — Ela não me escuta.— Você deveria descansar ao invés de falar.— Você deveria me responder ao invés de ficar enrolando.Não tenho opção a não ser sorrir por sua insistência. Sorrir por não tê-la perdido.— Um cara me pe
— Pare com isso seu bastardo. — eu grito.Ele não me escuta, é claro. Só irá parar se o seu chefe mandar. Mais golpes se sucedem.— Logan, por favor. — imploro — Eu faço o que você quiser.O cara dá mais um golpe que a deixa inconsciente. Ela não tinha a chance de se defender. Já estava bastante machucada por causa da luta que foi obrigada a participar.— Pare de machucá-la. — cedo completamente — Eu faço. Eu faço.Ele faz um gesto para o tal Frederich e enfim ele para o seu massacre. Não posso acreditar que ele iria continuar batendo enquanto o seu maldito chefe não o mandasse parar.— Sinto muito que as coisas tenham chegado a esse ponto, senhor Hoffman. Na verdade eu não sou a favor da violência. Não acredito que ela consiga algo.— Diga logo o quer de mim. — corto o seu papo furado.— Eu já disse. O contato do seu parente mais próximo.— Darei com uma condição.— Acho que já disse antes, mas reforçarei. Você não está em condições de fazer exigências.— Solte a Ellen.— Senhor Hoff
Tenho certeza que se eu fosse um cão, estaria agora espumando pela boca. Minha raiva e determinação em acabar com a raça desse desgraçado é tão grande que eu mal me dou conta de que alguém atrás de mim toca meu braço.— Nick você precisa parar.É o Robert.— Eu vou matá-lo. —aperto ainda mais os punhos no pescoço dele.— Você não é um assassino.— Mas ele é. — eu grito — Ele quase a matou. Quase a matou. Eu a amo e ele tentou tirá-la de mim. Agora eu vou matá-lo Rob e nem por um segundo pense que pode me impedir.Ele está quase morto.— Pense na Ellen, Nick. Ela precisa de você e não vai suportar se você for preso.Com essas poucas palavras, ele consegue puxar todas as cordas do meu coração. Mas a minha raiva é grande demais para abrir mão de acabar com ele. Eu não consigo parar. Eu não posso parar. Eu não quero parar.— Nick... — só pode ser a voz de um anjo atrás de mim — Pare, por favor.Olho para trás sem largá-lo e vejo Ellen nos braços do meu amigo com os olhos quase totalmente
Continuo minha história, falando agora sobre meus pais e sobre como eu consegui minha emancipação pra poder fazer o vestibular na Universidade de Miami – claro, já que eles não me dera autorização. Ela merece saber, embora seja doloroso lembrar de tudo. Mas eu me lembro como se fosse hoje. Todas as coisas que o meu pai me disse e eu disse a ele naquela ocasião. Coisas que não se diz nem a um inimigo, que dirá a um pai ou a um filho.— Não foi fácil, mas eu consegui. Eles se negaram a assinar os papéis e disseram que se eu quisesse, teria que levá-los a juízo e isso demoraria bastante então tive que jogar... sujo com eles.— Sujo como?— Meus pais nunca foram santos e como filho deles eu sabia de toda a sujeira que eles varriam pra debaixo do tapete. — ela ergue as sobrancelhas — Eu ameacei contar alguns dos podres deles pra conseguir a aprovação do juiz, então eles cederam. Eles tinham bem mais a perder do que eu se nós fôssemos a juízo.— Hmm. Por isso você não fala muito deles, não
O e-mail do meu avô dizia que o Will está em São Francisco. Liguei várias vezes nas últimas duas semanas para o número que estava no relatório que eu recebi, mas não obtive resposta alguma. Porém nesse meio tempo, pedi mais um favor ao homem mais importante da minha vida. Descobrir o que pudesse sobre o padrasto da Ellen e seu endereço na Califórnia. Ele ficou bem tenso quando pedi isso. É claro. Na certa deve ter pensado que eu queria que ele investigasse o passado da garota por quem ele sabe que eu estou apaixonado e ficou horrorizado, mas logo expliquei as coisas direitinho e ele concordou fazendo de tudo para me dar as informações que eu queria.Agora, no consultório do Robert, faço o que posso pra conseguir que ele me libere da licença médica que me deu após o Logan. Mas qual é? Eu já estou pronto pra outra. Ellen se feriu mais do que eu e já voltou a trabalhar. Mas comigo as coisas são diferentes. Ele foi pessoalmente entregar um atestado médico ao Charlie para que ele me proibi
Ela não faz ideia do quanto me deixa feliz com essas palavras. Saber que eu a ensinei do zero a usar dois palitinhos, como ela diz, faz tão bem ao meu coração cheio de marcas. Algo tão simples. Tão bobo. E tão necessário para mim. Mas o que eu posso fazer? As coisas simples com ela me fazem feliz e isso é uma coisa que eu não sei como explicar. Ela chegou tão de mansinho e agora já é minha dona. Corpo, coração e alma. Já é tudo dela. Eu sou único e exclusivamente dela. Como não poderia ser?— Você está com aquela cara. — ela diz de boca cheia.— Que cara? — franzo a testa.— De... — ela parece pensar no que vai dizer. Depois apenas diz. — De nada. De bobão.— Bobão? — pergunto fazendo beicinho.Acho que ela quis dizer apaixonado. Se foi isso, ela não poderia estar mais certa.— Ficou ainda mais com cara de bobo agora. Bobo e fofo.— Está ciente de que é a única pessoa que fala assim comigo, né?— Estou. — ela abocanha outro pedaço de frango e mastiga — E fico muito feliz por isso.— B
Ela me deixa pra voltar aos seus afazeres e eu aproveito para observar ao redor. A casa não é muito grande, na verdade parece ser apenas um pouco maior que o apartamento onde a Ellen está morando em Miami. Há alguns quadros nas paredes e jarros de flores nas janelas. Em cima de uma lareira, tem três porta-retratos. Um, imagino seja a mãe da Ellen com o padrasto e ela no meio. O outro é o padrasto com a mulher que me recebeu agora a pouco. E o último é o de uma menininha morena de olhos verdes. Ellen não deve ter mais do que quatro anos nessa foto e já era a coisinha mais linda do mundo. Pego a foto e sorrio com a imagem que com certeza será mais uma dela que jamais sairá da minha cabeça.— Ela era uma graça, não era? — a voz de um homem atrás de mim quase me faz derrubar o porta-retratos no chão com um susto.— Me desculpe estar mexendo. — ponho o quadro de volta no lugar e estendo a mão — O senhor deve ser Benjamin Hunnigan.— Sim, sou eu. — ele aperta a minha mão. Forte. — E você ?
Droga! Estou com saudade dela.Conseguimos saber através dos contatos do meu avô e de alguns que encontramos aqui na cidade que o Will só aparece no circuito depois das oito da noite, que é quando as apostas nas corridas estão fervendo. Mas mesmo assim, chegamos cedo para não dar sopa ao azar. Ontem à noite enquanto eu estava na cidade da Ellen, Robert verificou por aqui e descobriu que as corridas dele só acontecem nas segundas, quartas e sextas. Fiquei feliz quando ele me disse isso. Odiaria perder a oportunidade de comprar o Tyler de volta por que resolvi ficar a noite lá.Robert bebe um refrigerante e come um saquinho de pipocas ao meu lado, o que está me pondo mais nervoso do que eu já estou, se é que é possível.— Quer parar de mastigar isso tão alto?— Estou pensando em apostar naquele cavalo preto ali. — ele aponta para o animal mesmo vendo que eu não estou acompanhando seu dedo — Ele venceu as três corridas dele, seria muito azar se ele perdesse na próxima só porque eu quero