— Posso te propor uma coisa? — pergunto olhando para cima, para onde seus olhos olham para mim de cima para baixo.— É claro. — ela boceja.— Ora, parece que alguém está com sono. — sorrio já perdendo o foco ao ver minha nova visão favorita de novo em seus lábios.— Fala Nicholas, estou querendo voltar para o sonho maravilhoso antes de você me acordar gritando no meio da noite.— Com o que você estava sonhando? — pergunto erguendo uma sobrancelha.— Com nada que eu possa te contar. — ela cora — Agora fala, o que você quer propor pra mim?— O que era mesmo? — penso e me lembro — Ah sim. Eu estava dizendo, antes de você me interromper, que você deve me achar um pouco estranho... — ela começa a abrir a boca pra rebater isso, mas eu emendo logo — Tá bom, muito estranho, — ela concorda sorrindo — por causa de como eu tenho agido desde que nos conhecemos, não é?— É.— Mas você vai ver que isso é só porque você não me conhece, e provavelmente eu também te acho meio louca por que eu não te co
— Agora você vai ver. — Que barulho é esse? — Toma seu desgraçado.Acordo assustado com esse barulho que vem... de onde mesmo? Da varanda?— Miserável.Ellen. Levanto a toda velocidade seguindo o barulho que vem lá de fora. Da minha academia, na verdade. Angustiado com o que pode estar acontecendo eu me enrosco no lençol quando fico de pé e meu dedão vai diretamente na quina da cama.— Porra. — Me vejo grunhindo. Mas é outro barulho que me causa mais dor.— Ai porra, minha perna. — Ela se machucou?Alguém entrou aqui e está machucando Ellen? Se for isso, eu vou matar o desgraçado. Eu juro que eu mato. E nunca me perdoarei por estar dormindo enquanto ela luta com um bandido.— Ellen? Baby, você está bem?Baby? Nick qual o seu problema?Ela não responde. Ouço um barulho como de alguma coisa caindo no chão e corro mais rápido mesmo mancando um pouco até chegar à academia, temendo ser seu corpo que tenha sido derrubado.— Ellen? Você está aqui? — vejo a situação e paro tentando assimilar
Ela se senta no tatame no meio da academia e eu me sento de frente para ela em posição de sacerdote budista.— Acho que devo começar pelo início.— Por favor.— Minha mãe morreu há dois anos e eu fiquei apenas com o meu padrasto no rancho que a gente morava no interior da Califórnia. Ele sempre foi um cara legal, sempre me tratou como filha e seu único vício era apostar em corridas de cavalos, mas não era nada demais até ficarmos só nós dois em casa. Depois que ela morreu ele começou a apostar cada vez mais e penhorar objetos valiosos que a gente tinha e até mesmo coisas de família.— Isso é horrível. — ponho minha mão no seu joelho e dou um leve aperto — Sinto muito pela sua mãe. Deve ter sido terrível pra você.— Foi sim. Eu sei que pode parecer clichê, mas ela era a melhor mãe do mundo, sabe. — ela põe a sua mão na minha e depois a tira para continuar — Ela me deu o meu cavalo. Meu melhor amigo, como eu te disse ontem. O nome dele é Tyler.— Entendo. Imagino que seja por isso você
— Filho da puta. — digo com os dentes cerrados — Você poderia ter morrido.— O intuito real não é ganhar. As pessoas lá gostam de ver os outros sofrerem. Gostam de ver gente sendo morta, como até aconteceu na luta antes de mim. Um cara matou o outro de pancada.— É meio difícil de acreditar que você tenha passado por isso. Você não merece.— Eu achei que seria só uma luta. Se eu ganhasse, pagaria a dívida e pronto estaria livre, mas não foi isso que aconteceu. Minha primeira luta foi muito boa. Meus golpes de Taekwondo me serviram bem nessa hora, se não fosse por eles eu provavelmente estaria morta agora. As pessoas gostaram e o Logan não quis me liberar. Ele disse que perdeu dinheiro porque apostou contra mim, mas como eu havia ganhado de forma tão excepcional, eu seria sua mina de ouro. Ele me manteve cativa para que eu pudesse lutar pra ele e eu tinha que fazer isso ou acabaria morrendo, ou na arena ou pelas mãos dele se eu não obedecesse.Minha ira se acende. Acho que dá pra ver a
— Ellen... — sua proximidade está me matando. Fecho os olhos bem apertados e fico assim por um tempo. Quando os abro, ela está olhando pra mim com o lábio inferior preso entre os dentes. A visão mais sexy que eu já tive. Ela não é vulgar e nem ao mesmo sabe o efeito que tem em mim. E agora mesmo eu estou mais do que louco por ela.— Nick... — ela umedece os lábios com a língua — Certas promessas foram feitas na hora em que você foi embora do quarto na Casa da Rachel. Eu acho que está na hora de cumpri-las.— Você não me deve nada Ellen. De verdade. — ela ainda deve achar que eu estou fazendo isso por ela porque eu quero receber pelo que eu paguei á Rachel. Oh garota não se trata mais de sexo. Você não percebeu?— Eu sei. Mas eu não estou falando de você.— O quê? Como assim? — quanto tempo mais eu posso resistir a sua proximidade? Ela não tem o cheiro parecido com o de nenhuma mulher que eu já conheci. Seu cheiro é próprio e não de perfumes caros ou sabonetes de marca. É o cheiro de E
— O quê? — ela pergunta ofegante se apoiando nos cotovelos para olhar para mim — Não. Você sabe que eu sou virgem.— Mas um oral não tiraria a sua virgindade. Você nunca fez isso com algum namorado?— Não Nick... — seus olhos estão escuros e libidinosos — Eu nunca fiz nada parecido com isso. — sua resposta me agrada muito e vejo que ela está ficando impaciente. Vamos jogar Ellen.— Então nunca teve um orgasmo? — sei que meu sorriso surge de forma diabólica.— Não um dado por outra pessoa. — ela diz completamente corada.— Então quer dizer que você se masturba? Garotinha travessa.— Só no último mês. Eu tive pensamentos meio impuros com um certo homem. Foi difícil me controlar.— E esse certo homem sou eu?— Quem mais seria?Ora minha doce Ellen, o desejo é mutuo. Eu também fiz isso várias vezes pensando em você.— Bom, então me deixe te mostrar como é um orgasmo de verdade.Dessa vez ataco seu núcleo com fome total. Suas dobras estão encharcadas com o seu desejo e eu me delicio passan
— Não estou mentindo Ellen, não tenho porque mentir e além do mais, não concordamos que honestidade seria um ponto forte na nossa relação?Ela se aquieta por um instante e então sorri. — Sim, combinamos.— Ótimo. Você não quer ir tomar banho comigo?— Eu vou depois. Não quero te atrasar mais do que você já está atrasado e, além disso, eu não acho que possa me levantar agora.Eu sorrio. Sorrio ainda mais quando me levanto e vejo uma grande mancha vermelha na cama embaixo dela. A prova do crime. Inclino-me sobre ela e a beijo de forma molhada e lenta. Então vou tomar banho.Saio do banho com uma toalha enrolada na cintura e vejo que Ellen já não está na cama. O lençol manchado de sangue também não está no quarto. Nossas roupas antes espalhadas nos chão estão agora dobradas em cima do colchão. Entro no closet para procurar por uma roupa.Desço e encontro Ellen na cozinha comendo um sanduíche. No prato ao lado tem outro que eu imagino, seja para mim.— Você está muito bonito. — ela diz co
Ela se aproxima de mim como uma leoa encurralando uma presa. Passos, ao mesmo tempo, cuidadosos e ameaçadores. Seu olhar não mudou nem um pouco. Continua sedutor por fora com uma pontada de doçura. Ou pelo menos foi assim que eu sempre vi. Ada era perfeita na arte de seduzir alguém e nesse momento eu tenho certeza que é exatamente o que ela quer fazer comigo. A expressão do seu rosto, o jeito como ela caminha, como lambe os lábios a poucos centímetros de mim.Ela fica em pé bem na minha frente e me olha desde a ponta do meu sapato até o topo do meu cabelo.— Você não mudou nada, querido. — ela pega minha gravata nas mãos e a gira nos dedos — Bela gravata. Você continua o mesmo gostoso que sempre foi.A minha voz parece estar perdida em algum lugar dentro da minha garganta e por mais que eu queira falar um monte de coisas para essa mulher, tudo o que eu consigo dizer é — Porque está aqui?— Eu falei com o Julian em Nova Iorque e ele me disse que você continuava aqui. Pedi pra ele te li