StefanyEu estava sentada com Fabrícia, tomando um café na varanda da casa dela. O dia estava tranquilo, e a brisa leve nos referescava. Era raro termos um tempo assim, só nós duas, longe da correria do dia a dia. Enquanto ela ajeitava as xícaras, aproveitei para perguntar sobre os filhos dela.— Como estão os gêmeos? — perguntei, tentando esconder o sorriso no rosto. Sabia o quanto ela amava falar deles, e a alegria que isso trazia era contagiante.Ela riu, ajeitando uma mecha de cabelo que o vento insistia em desarrumar. — Esse nosso momento só é possivel porque eles estão passeando com o pai, ele sempre que tem um tempo extra cuida deles para mim, como você mesma vê, ele é ótimo com as crianças, sabia que ele seria um bom pai, mas não imaginei que fosse tanto.— Stefany, essa fase de bebe é maravilhosa, bem que você me falou! Cada dia uma novidade. O Arthur tá mais risonho do que nunca, inventa travessura o tempo todo. E a Clara… aquela menina tem uma energia que eu não sei de ond
RafaelTudo que passei na minha vida, treinamento da máfia, a dor de perder prematuramente a minha mãe e o meu irmão, quando estávamos apenas esperando felizes a volta dela para casa após um parto tranquilo, que na verdade culminou na morte dela e do meu irmão, a perda inesperada do meu pai, e diversas situações que passei na minha vida, nada, absolutamente nada me preparou para esse momento que estou vivendo.Acordei cedo, como sempre, na verdade mall dormir, esse clima estranho com a Beatriz está me destruindo, fiz um café e ao terminar de arrumar a mesa ela chegou, a manhã começou com um clima tenso, desde que a verdade foi revelada, há dois dias. O silêncio que havia se instalado na nossa casa pesava mais do que qualquer palavra dita entre nós. Beatriz estava sentada à minha frente, também com a cabeça baixa, concentrada na xícara em suas mãos. O som das colheres mexendo o café era o único que preenchia o ambiente.Trocamos apenas um “bom dia”, seco e sem vida. As palavras parecia
RafaelMe aproximo devagar, sem tirar os olhos dela. Cada passo parece ecoar dentro de mim, como se estivesse pisando em terreno desconhecido, onde cada palavra, cada gesto pode ser decisivo.— Beatriz... — a minha voz sai mais rouca do que eu pretendia. Tento dizer algo, qualquer coisa que possa aliviar a dor que causei, mas sei que as minhas palavras, por si só, não são suficientes nesse momento.Ela permanece em silêncio, os seus olhos fixos nos meus, e isso me deixa ainda mais nervoso. O que ela está pensando? O que sente? Nem todo o meu treinamento na máfia me faz conseguir desvenda-la!Tento adivinhar, mas sua expressão é impenetrável. Chego perto o suficiente para sentir o calor de seu corpo, e por um momento, tudo parece parar. Minha mão, hesitante, toca o seu rosto com a delicadeza que ela merece. É um toque que pede perdão, uma súplica silenciosa.— Eu sinto muito. Eu sinto tanto. — as minhas palavras saem baixas, carregadas de uma sinceridade que ela precisa sentir. Eu não
BeatrizEle me deitou na cama com cuidado, e, por um momento, nos olhamos em silêncio. Não precisávamos dizer mais nada. Tudo o que necessitávamos estava ali, no olhar, no toque. Rafael se deitou ao meu lado, os seus lábios voltando a encontrar os meus, e nos deixamos levar pelo desejo que havia sido sufocado durante os últimos dias.A cada toque, a cada beijo, sentíamos mais do que apenas a atração física. Era como se, de alguma forma, estivéssemos tentando nos curar, tentando apagar o passado e recomeçar. Suas mãos deslizavam pelo meu corpo com uma urgência contida, enquanto os nossos beijos se tornavam mais intensos, mais profundos. Eu o puxei para mais perto, querendo senti-lo de todas as formas possíveis, como se aquele momento fosse capaz de nos unir de novo.As suas mãos apertam a minha cintura, já me sinto quente, terrivelmente quente, uma necessidade tão grande de tê-lo em mim, os nossos olhares conectados a todo momento, um buscando se saciar no outro, o nosso desejo é pa
RafaelO dia está calmo, o sol entrando pelas frestas da janela enquanto observo Beatriz se movimentar pelo quarto. Ela está linda, como sempre. Meu peito se enche de um calor que eu não consigo controlar, um misto de felicidade e alívio por termos conseguido nos reconciliar. Finalmente, sinto que estou respirando de novo, como se algo que estava preso dentro de mim por tanto tempo agora pudesse ser liberado.Eu me aproximo dela devagar, sorrindo ao vê-la tão tranquila. Meus dedos tocam suavemente seus ombros, e quando ela se vira para mim, eu a envolvo em um abraço apertado, daqueles que dizem mais do que mil palavras. Só de tê-la nos meus braços de novo, parece que tudo valeu a pena. A dor, os erros, as mentiras... tudo parece insignificante diante da chance de recomeçar.— Você está feliz? — pergunto, minha voz saindo baixa e cheia de carinho.Ela sorri de volta, e eu me perco naquele olhar por um segundo.— Muito feliz. — responde ela, e o meu coração dispara.— Eu também — digo
RafaelUma das melhores coisas que eu fiz no condomínio foi implantar a academia interna. Isso evita que a gente tenha que se deslocar para treinar, tornando tudo mais prático. Além disso, podemos conversar sobre os nossos negócios, sem nos preocupar com ouvidos curiosos por perto.Estrategicamente ela foi feita entre os dois condomínios, servindo como um meio de comunicação entre os dois, temos a outra passagem também, na parte externa. Geralmente, eu, o Marlon e o Antônio nos reunimos cedo para treinar, bem como os homens do outro condomínio. Sempre treinamos pela manhã, depois disso, a academia fica livre para as mulheres. Mas, em caso de necessidade, precisamos treinar fora do horário, enviamos um comunicado no grupo do Whats App, dessa forma, sempre separamos o treino masculino do feminino.Hoje, parece que nenhum deles está disposto, porque já faz 20 minutos que estou aqui e ninguém apareceu.Enquanto espero, aproveito para pensar em tudo que aconteceu nos últimos dias e em co
RafaelBeatriz não faz ideia do poder que tem sobre mim, e isso me dá uma certa vantagem. Eu sei exatamente como fazê-la sentir prazer, como derreter seu corpo com cada toque. Esse será o meu caminho para conquistá-la de novo, dia após dia. Quero seduzi-la com carícias, palavras, até que seu corpo se torne dependente do meu.Mas, ao mesmo tempo, eu sei que ela é uma mulher decidida, e qualquer erro pode ser fatal para nós. Eu não posso me dar ao luxo de perder a Beatriz. Tenho que ser meticuloso, cuidadoso com cada passo que dou. Eu a amo, e pela primeira vez na vida, esse sentimento é profundo e verdadeiro. Não vou deixá-la por nada neste mundo.Ter Beatriz ao meu lado me dá uma razão poderosa para querer viver o máximo de tempo possível. Se antes eu me preocupava com meu corpo, agora vou me cuidar ainda mais. Vou me adaptar ao estilo de vida saudável que Beatriz segue, porque quero estar ao lado dela e da nossa princesinha que está por vir, a Giulia.Antes, minha vida era solitária.
RafaelO dia está lindo lá fora, com o céu limpo e uma brisa suave, mas hoje não vamos aproveitar a natureza. Levo a Beatriz até o stand de tiro, um dos meus lugares preferidos dentro do condomínio. Aqui é onde posso me concentrar, me desligar de tudo e me preparar para qualquer situação. E agora, é hora de começar o treinamento dela.Reservamos o stand para nós dois, sem ninguém por perto. Eu não queria distrações, especialmente porque ela está grávida. Sei que preciso ser extremamente cuidadoso. Não se trata apenas de ensinar a Beatriz a atirar; é garantir que ela se sinta segura, confiante e, acima de tudo, protegida.— Pronta pra isso? — pergunto, olhando-a com um sorriso tranquilo.Beatriz assente, mas percebo a leve tensão no seu rosto. Não é medo, é mais uma mistura de curiosidade e determinação. Ela está pronta, só precisa de um empurrãozinho.— Vem cá — digo, chamando-a para perto de mim enquanto ajusto os protetores auriculares e o óculos de proteção. — O stand está só pra